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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Reflexões curtas e alcoolizadas sobre homens frouxos

Conforme anunciado, este escriba publicaria outra postagem, com reflexões sobre os eventos narrados, em postagem recente, estrelados por Frouxo e Louca. Bem, caros leitores, como escreveria o grande Reinaldo Moraes, não ando muito aristotélico hoje (e nos últimos tempos), não consegui extrair muito mais e creio que não há muito mais a acrescentar sobre as desventuras do animado casal em questão além dos comentários marginais, das breves digressões que entremeei na narrativa das patacoadas que aprontaram na Rua Angústia nos últimos dois anos, pelo menos(e que provavelmente continuam aprontando, quem sabe neste momento em que você lê esta tranqueira).
O que pode ser dito? Que a carência sexual e afetiva é sem dúvidas  uma das maiores chagas que podem acometer um ser humano, levando-o a aprontar um rol espantoso de prezepadas, imolações morais, emocionais e sociais, tudo em nome de ter uma companhia para descarregar as pulsões sexuais e, puro paradoxo, aplacar os momentos de solidão, essa monstruosidade que o pobre infeliz não percebe, o acossa sobremaneira justamente quando está em péssima companhia, pois ao termos ao nosso lado alguém que não mais suportamos e que só nos faz mal, nos sentimos e estamos mais sozinhos que nunca, garanto que entendo dessa experiência humana.   

Saudações Canalhas e  Cafajestes

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Instantâneos da cidade - VII

 

O texto escrito na parede de vidro, flagrado em um começo de madrugada,  é nada mais nada menos que o seguinte: ' Tapa na cara do patrão hoje', uma mensagem muito apropriada para o local em que foi registrada (um grande centro de poder financeiro desta metrópole, que é tão inóspita com a maioria de seus filhos e tão maternal com tão poucos deles) e para os tempos que vivemos.

Saudações canalhas e cafajestes

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Ainda sobre homens frouxos Ou: cenas horríveis e patéticas na noite


Ao final da histórica centésima postagem da série Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos avisei que o evento inspirador da pensata em questão era tamanho que inspirou ao menos outras duas postagens, cujo germe, a ideia inicial, foi registrada no  calor daquele momento em outros papéis à mão, para posterior escrivinhação. Pois bem, segue o primeiro destes textos, o qual não se centra em reflexões e/ou elucubrações sobre os acontecimentos pantomínico-trágicos cometidos pelo frouxo (doravante será chamado Frouxo) e a louca (doravante será chamada Louca), mas se resume a relatar as cenas presenciadas por este desesperançado escriba.

Cena 1: este sujeito e seu parceiro habitual de beberagens e noitadas chegam a seu bar favorito, cumprimentam seus conhecidos/companheiros de copo habituais e o dono do bar, pegam suas bebidas e se misturam às rodas presentes. Não muito tempo depois, estamos em um quarteto, discutindo animados qual o melhor álbum do Black Sabbath. Eis que Louca e Frouxo surgem a nossa frente, no balcão, e pedem por mais bebida para o dono do bar, dinheiro na mão. Impávido, o sábio e calejado proprietário anuncia que não venderá mais álcool para ela naquela noite (e não era 1 da manhã...).  O casal, após algum tempo se encarando e trocando cochichos, começa a discutir entre si, xingos e ofensas chegam esparsos a nossos ouvidos, até que ela dá um berro, aponta para os quatro homens a sua frente (nós) e proclama:
- Você não é homem de verdade, você é um frouxo! E quer saber? Tá cheio de macho aqui, se quiser, dou para qualquer um deles agora!
O  sangue em nossas veias, apesar de já bem alcoolizado, gelou e a encaramos, aparvalhados. Mais tarde, comentando a cena, todos admitiram que tiveram ganas de responder a mesmíssima coisa à 'dama':
' E por acaso nós somos loucos ou burros de pegar uma chave de cadeia como você?' Mas claro, a prudência e o bom senso nos mantiveram calados.        
Caros leitores, a expressão de derrotado, de pobre infeliz que carrega todo peso do mundo e de uma vida fodida de péssimas escolhas, que formou-se como que a golpes de facão no rosto de  Frouxo, após tamanha humilhação, foi realmente de causar pena.

Cena 2: cerca de uma hora mais tarde, estamos na calçada do bar, admirando o movimento da noite, secando as meninas que passavam na esperança de algum sorriso e possibilidades amoroso-sexuais. Eis que ouvimos mais um berro, num timbre infelizmente já familiar e olhamos para abaixo, de onde a algaravia provinha. Há uns 15 metros abaixo de nós Louca segurava e puxava a gola da camiseta de Frouxo, que desesperado tentava livrar-se das garras da harpia e dizia: 
- Me deixa, me solta! Tenho direito de ir embora!!!
Ao ver mais essa situação nossa piedade se esvai, damos às costas e tratamos de cuidar de nossas vidinhas. Mas eis que outro berro rasga a noite e Frouxo surge em louca escapada, rua acima, tirando 'fina' dos carros que lotam a rua, arriscando a vida sem pudores. E Louca, atrás dele, aos urros: 
- 'X', 'X'  volta aqui desgraçado!!!
E ambos desaparecem rua acima, rumo à parte mais alta do Centro, rumo ao inferno, à puta que os pariu! E assim expresso:
- Tomara que esses dois infelizes fiquem se perseguindo e só voltem para cá daqui um ano ou mais!
Tomamos grandes goles de nossas cervejas e retornamos, um pouco a custo, a nossos interesses.

P. S. (ou cena pós-créditos, para soar moderninho...): 

Cerca de dez dias depois retornei ao bar para outra noitada, mas antes, parei no mercadinho mais próximo para comprar uma cerveja mais forte e complexa, do tipo que o bar em questão raramente vende. Estava a poucos metros do comércio, quem está ao lado da porta deste, conversando calmos, com ares de muita intimidade?

Caros leitores, aguardem o próximo texto sobre essa saga de ridículo, horror e falta de vergonha na cara.

Saudações canalhas e cafajestes

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

O canalha nunca perde uma chance!


Estávamos este escriba, uma grande amiga sua, com a qual já teve um breve mas intenso e ótimo relacionamento e outro amigo nosso, em um de nossos bares favoritos, em uma inebriante noite de sábado. Ela protagonizou postagens do blog, há uns tantos (vários) anos, ele tornou-se o principal colaborador desta tranqueira, por merecimento.
Em dado momento, fomos para a calçada do estimado estabelecimento, tomar um pouco de ar fresco. Eis que durante a conversa, ocorre um esbarrão na mão da moça, que derrama um pouco de sua cerveja no próprio braço, desnudo devido à roupa, digamos, vaporosa e sensual que usava. Ela, como mulher de verdade e acostumada aos incidentes da noite, não fez caras e bocas de nojinho ou horror, longe disso:olhou para mim, sorriu e pediu para eu ajudá-la a se limpar. Interpretei da única forma possível e pus-me a lamber seu lindo braço molhado de cerveja, ao que ela reagiu com um sorriso indescritível de belo... Quando atingi sue ombro a troca de olhares foi fulminante e precisa: menos de um instante depois, nos atracávamos em frente ao bar e depois rumamos para os fundos deste.

Cerca de uma hora mais tarde, estávamos eu e meu amigo colaborador de volta à calçada; nossa amiga atendera à chamada de outro amigo/ficante e se bandeou para uma casa noturna muito propícia para encontros noturnos. Cerveja e conversa vai e vêm, ele dispara: 
- Meu, você é terrível, cê não perde uma chance! A 'X' fez uma graça, abriu uma brechinha e você, crau!
Sorri, meio encabulado e respondi: 
- Canalha é canalha.

Saudações canalhas e cafajestes.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - C


"Homem safado, sem hombridade e caráter, é que nem cadela no cio: pega qualquer coisa e não mede as consequências de pegar aquela chave de cadeia!"

O sempre sagaz dono do meu bar favorito da Rua Angústia, do Centro e quiçá de toda a São Paulo, definindo com extrema precisão o protagonista de uma sequência de cenas lamentáveis que se iniciaram no seu bar e continuaram rua afora - após ele convidar o sujeito e 'dama' que o acompanhava e com ele executava as cenas dantescas a se retirarem do estabelecimento.

Sim leitores, duas postagens seguida da mesma série interna do blog por duas razões: a primeira e muito especial, a série em questão, 'Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos',  atingiu seu centésimo número! Um feito a se destacar. Ao me aperceber disso, não me contive e fiz a postagem assim que possível e seguindo a programação usual (uma postagem por semana); a segunda razão é que essa pensata será, digamos, a prévia ou introdução de pelo menos duas postagens que exploram essa pequena pantomina tragicômica que presenciamos (o casal em questão já estrelou outras postagens do blog). Aguardem, pois estão em laboriosa e calma elaboração.

Saudações canalhas e cafajestes

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XCIX

"O cara casa, tem filhos, se separa, arruma outra mulher ou namorada, e depois quer dar atenção aos filhos e a essa nova mulher, igualmente. Daí ele fica que nem um cavalo de corrida pelo mundo, não consegue agradar de fato ninguém das suas relações e ainda reclama que não reconhecem isso? Bem feito, quem mandou acreditar que vão acreditar que um homem pode ser atencioso e legal? Tem que se foder mesmo!"

Pensata disparada em uma conversa de bar (é claro) por meu amigo divorciado, pai de dois filhos, que já estrelou algumas postagens desta tranqueira,  em um momento de amarga lucidez, zombando de si mesmo.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Postagem clichê, piegas, mas sobre algo verdadeiro e eterno



É um fato que deveria ser conhecido por todos e que deve ser lembrado com frequência, para estimular os mais jovens a experimentar e aqueles que já esqueceram ou desistiram retomar:
Vinho é sempre um ótimo estimulante/acompanhante para o erotismo, o prazer e o amor. Não importa se numa noite de sábado fria e nublada, numa escaldante noite de verão ou em um domingo à tarde, daqueles em que se rola na cama com sua companhia preferida: é a melhor bebida para acompanhar os momentos mais sacanas.
Viva essa bebida mágica e o que ela provoca em nós humanos.

Sim, um arroubo de lugar comum, breguice pseudossábia e texto vagabundo. Porque temos de exaltar a vida verdadeira, tão obliterada e esquecida! E por razões que não vêm ao caso!

Saudações canalhas e cafajestes  

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Instantâneos da cidade - VI





Encostado ao fundo penumbroso do bar, este objeto guarda dentro de si grandes poderes: de suas profundezas, se devidamente e bem manipulado pelos humanos, partem poderosas emanações que acendem a criatividade, ousadia e alegria desses mesmos humanos; espalham-se poderes inebriantes que conduzem nossos jogos e ritos amorosos-sexuais; explodem no ar combinações de sons e palavras que lembram de momentos gloriosos de nossas histórias e outros nem tanto. Esta máquina é na verdade um objeto mágico de poder que embala as sagas noturnas de muitos e muitos canalhas como nós e de nossas companheiras nessas aventuras, Centro de São Paulo afora, cidade afora, mundo afora. Assim, nada mais justo que este exemplar desse objeto tão importante para nossas noitadas brilhe em uma postagem desta tranqueira.
 
Saudações canalhas e cafajestes


quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Aprendam, damas, meretrizes, moças, chaves de cadeia, meninas apaixonadas, mulheres em geral!


Nós homens a-do-ra-mos o 'me engana que eu gosto', principalmente em termos sexuais; mesmo sabendo que estamos sendo feitos de bobos, queremos isso. A sábia natureza deu ao nosso gênero, burro e tonto por obra e graça dessa mesma natureza, essa compulsão por ser enganado por palavras doces, elogios falsos, carícias calculadas e a vocês, mulheres, superiores a nós e mais inteligentes, o dom para engambelar como nenhum outro ser em todo universo é capaz!
Então, por que a maioria de vocês ficam cheias de pudicícia, vergonhas e culpa por fazer aquilo a que estamos destinados? Interessante como a maioria das mulheres, quando um homem tem a coragem  e honestidade de revelar que gosta do 'me engana que eu gosto'  , fica indignada, posa de santa... Algo a se investigar.

Saudações canalhas e cafajestes

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

A lei do peido


Os caros leitores lembram de um protagonista de algumas postagens que se trata de um amigo deste que vos escreve, divorciado, pai de dois filhos e que sempre e continuamente tem problemas com namoradas, ficantes, rolos e casos, porque ele comete o imperdoável crime de priorizar os filhos e não sua vida sexual e amorosa?
Pois bem, interessados em ler o relato de mais uma desdita de nosso camarada de pastagem?(leia-se esse termo como pastar no sentido mais coloquial)
Nosso amigo, mais uma vez nos últimos anos, a despeito dos avisos que recebeu continuamente da turba de canalhas com que convive (nós, seus amigos mais próximos), tentou mais uma vez encetar um relacionamento fixo com uma moça...Certos homens não desistem. 
Bem, o namoro parecia ir bem (como sempre parece, no início), romantismo para lá e para cá, várias ligações melosas e trocas de emojis apaixonados por dia, sexo desvairado, juras de amor... Mas eis que o maldito passado dele bate à porta. - Não, ela não teve uma crise de ciúme por causas dos filhos deles ou da mãe destes, aliás, esse elemento 'nefasto' da vida pregressa dele é muito bem aceito por ela.
Acontece, caros leitores, que o sujeito em questão é um cavalheiro nato, um homem que ainda que mulherengo e 'cafa', trata as mulheres com dignidade e respeito, mesmo aquelas com as quais jamais planejou ou expressou interesse em algo 'sério'. Isso lhe garantiu algumas poucas amizades sinceras e sólidas com mulheres com as quais já teve envolvimentos carnais. 
Foi então que uma dessas, que se tornou sua amiga mais íntima e próxima (sim, a atual namorada não gostou dela de saída, éééé claaarrooo!!!!), terminou um namoro de anos porque, numa recaída, foi para a cama com outro homem e, devastada pela culpa, contou ao namorado, que reagiu muito mal à notícia e de um fim ao relacionamento. E para quem ela foi 'chorar as pitangas', em qual ombro amigo foi buscar consolo? Voilà!!!Ele mesmo. (Não, não rolou aquele acontecimento de filmeco romântico e/ou semierótico, a saber, se abraçaram, rolou um clima e... nada disso, ele apenas a ouviu e procurou aconselhar na medida do possível) Mas claro que homem sempre tem que fazer uma burrada e arrumar dores de cabeças. O que fez nosso amigo?
Contou para a atual namorada tudo que aconteceu com sua amiga, incluindo que ela o procurou arrasada e  que conversaram longamente. Junte isso aos fatos que ambos (o protagonista desta pantomina e a amiga) moram bem perto um do outro e que a namorada, desde sempre, julgou  essa moça uma 'vadia', bem, podem imaginar como namorada ficou desconfiada, cricri e a todo momento afirmando que ele estava 'pegando' a amiga, agora solteirinha...
Tudo isso ele contou a nós, em uma noitada etílica em um bar do Centro. Como reflexão-fechamento da conversa, um dos mais sagazes da mesa disparou:
"É, cara, a lei do peido é implacável e agiu em você!"
Todos o encaramos e o protagonista fez a pergunta estampada em nossos rostos:
"'Lei do peido', que porra é essa?"
"Simples: é uma analogia com a situação em que se solta um peido em lugar com mais pessoas. Você disfarça, faz que não foi você, mas mesmo que não descubram, você terá parte do peido para si: o cheiro ruim. Você quer dar uma de esperto ao soltar um peido e fazer de conta que não foi você, mas algo sempre volta e fica em você, que também sentirá o fedor. Seu envolvimento com essa hoje sua amiga sempre estará entranhado em você, por mais que negue e finja que não, e você ainda por cima contou para sua namorada, que não gosta da sua amiga,  o que ela fez, ou seja, trouxe mais um pouco de mau cheiro para  perto de si!"
Depois dessa pérola, caros leitores, só nos restou beber mais e tratar de amenidades...

Saudações canalhas e cafajestes

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Instantâneos da cidade - V


A imagem abaixo é fotografia de uma fotografia, parte de uma exposição visitada há alguns meses por este escriba, uma coletânea de fotografias de locais para encontros sexuais furtivos espalhado por esta magnífica cidade, os vulgos e tão necessários motéis baratos ao lado de estações de metrô, hotéis de fachada luminosa e ar nada secreto, postados em ruas de esquina e cantos do Centro...
Portanto, a imagem não é um instantâneo capturado no calor do momento por este sujeitinho, mas dados seu tema  e atmosfera, cabe perfeitamente na série interna do blog.

Saudações canalhas e cafajestes


quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Texto fútil, inútil, sincero e cujo autor julga ser uma grande revelação para a humanidade, mesmo ele sabendo estar, nesse exato momento, bêbado

Sonhos podem ser o inconsciente castigando, humilhando e dando uma lição à consciência, moral e recalques, por estas tentarem ignorar e calar os instintos e desejos.
Em outras palavras: tenha medo e muito medo dos desejos ocultos e inconfessáveis que seus sonhos mais loucos e desconcertantes revelam. Ou deixe se levar por eles e caia nos prazeres sem  limites e culpa.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XCVIII


"Você é machista?"
"Só não sou viado, moça."
(Silêncio e expressão de pasmo no rosto imberbe da feminista-lacradora de vinte aninhos típica da Rua Angústia)  
"Olha, não estou defendendo nenhum abusador ou algo assim; mas vir acusar a mim de passar pano para esse tipo de gente sem saber o que houve aqui dentro, entrar no meu bar gritando e me acusando é foda, viu!"

O sempre sábio e certeiro dono do meu bar favorito na Rua Angústia (e quiçá, de todo o Centro de São Paulo), desferindo um golpe certeiro numa dessas feministaszinhas histéricas e burras que tomaram a região de assalto, que ensaiava armar um escândalo no bar dele, após uma desconhecida aparecer desfalecida e de saia arriada no banheiro do estabelecimento, sendo que ninguém conhecia a moça ou sabia como ela foi parar lá. A defensora  das pobres mulheres desamparadas, ao topar com a cena, desatou a fazer ao proprietário  todas as  acusações possíveis. E ele a desarmou com essas poucas palavras.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

A ridícula espécie humana, sempre

Noites e noites se passam; seus intervalos – os dias ­– também correm, até se tornarem  semanas entre uma dada noite e a última visita deste escriba e canalha a seu bar favorito da rua Angústia. E assim a falta daquele ambiente bate;  por isso, ele  decide, de supetão, visitar o bar em plena noite de quarta-feira, já quase madrugada de quinta: após terminar as duas últimas emocionantes matérias institucionais que deve a seu atual cliente regular, calça as botas, apanha o casaco e sai, decidido e ousado noite afora(pura pose e ironia esse trecho: este sujeitinho mora a menos de quinze minutos a pé da parte mais boêmia e agitada da rua em questão).      
                                                                                                                                 
Enquanto caminhava, assaltado por uma saraivada de pensamentos à la monólogos interiores de Ulisses, do mestre James Joyce – estou finalmente lendo da forma correta essa obra-prima e atordoado por tanta genialidade, sejam tolerantes com a citação barata! – pensando no mundo, na vida, no universo, caos, sexo, morte, mulheres, bebidas, sabiás que cantam a plenos pulmões às três da matina, a desgraça que este país virou e tudo mais, uma constante varava minha consciência, em meio ao caos semiótico: o tempo, a passagem do tempo, como algumas pessoas conforme envelhecem tornam-se mais sábias e outras aparentam nada aprender com a vida (devo confessar aos leitores que na maior parte do tempo  me incluo no primeiro grupo mas por vezes tenho sérias suspeitas de pertencer, isso sim, ao segundo).

Eis que alcanço o bar, um dos últimos redutos do verdadeiro rock na rua Angústia e em todo centro de São Paulo, como não canso de bradar. Sou  saudado pelo dono, que logo me serve minha cerveja favorita e nos sentamos para prosear, filosofar, discutir política, rock, a desprezível espécie humana e tudo o mais que pinta numa boa conversa de bar. Logo a conversa cai nos demais membros da dita elite do bar, que já citei em outras postagens desta tranqueira, os quatro frequentadores fieis (eu incluso), um tanto mais idosos que a média dos presentes, principalmente nas noites dos finais de semana, que foram nomeados pelo próprio dono como a elite intelectual e social de seu ponto comercial. Pois um desses membros do quarteto, uma moça que em breve estará na casa dos quarenta anos, protagonista de postagens recentes ( é nada menos aquela doida que, obcecada por um zé ruela que a comeu direitinho, com direito a orgasmo intenso, deu para causar escândalos no bar, quando vê o tipinho conversando com outra mulher. Lembraram-se, caros leitores?) foi objeto de outro relato do dono: após mais um escândalo feito pela doida, foi obrigado a intimá-la , uma cliente fiel e antiga, na frente de todos,  com direito a soco no balcão do bar, para encerrar os chiliques por causa de tão desprezível ser ou teria de proibi-la de adentrar o local...   

O segundo relato que ele me transmitiu é protagonizado por outro indivíduo que já brilhou em postagem do blog,  datada de uns dois anos. Trata-se do sujeito, já entrado nos quarenta anos, que, enroscado em um relacionamento complicado com uma autêntica ‘chave de cadeia’, arrumou briga com outros frequentadores do bar, por conta da jubebox de cds, por pura insegurança e desejo de se mostrar machão e dominante para ela...(E caros leitores, conheço a moça. Não vale uma briga de bar). Aparentemente, o sujeito tomou juízo e rompeu com a sujeita, mas ainda eram vistos em conversas sussurradas de rostinhos próximos. Até que uma noite, tomado por sabe-se lá que impulso masculino idiota(desculpem o pleonasmo), encrespou com uns sujeitos que conversavam com sua musa(blarghh!!) e apanhou duas vezes na mesma noite, de caras diferentes! (com direito a dedo quebrado).      

O dono do estabelecimento, com sua usual e exuberante sabedoria, desfilou observações venenosas e precisas sobre ambos. E eu, que pouco antes de chegar ao local, me julgava um cara que pouco ou nada aprendeu da vida percebi que não é bem assim, que deveria ser um pouco mais condescendente comigo mesmo. E em meio mais um copo de cerveja, após ouvir os relatos e reflexões daquele sábio homem, concluí:          
– Cara, como o ser humano é ridículo!

Saudações canalhas e cafajestes
   


quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Instantâneos da cidade - IV


Um momento de uma noitada, em um bar, sobre o qual não darei pistas - a própria imagem já informa demais! - em que um seleto grupo celebrava a obra de um dos maiores artistas que já passou por este país e por este mundo podres (também não darei nome); um ajuntamento de pessoas que celebrava essa obra, a vida, a bebida, o companheirismo, o simples fato de estarmos vivos, no meio de uma semana, desprezando totalmente o fato de ser o tal  meio da semana, que o dia seguinte era 'dia de batente', todos negando e mandando se foder o mundo normal das rastejantes pessoas normais.
 
Saudações canalhas e cafajestes 

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Postagem fútil, inútil mas muito sincera, exalando vida, alegria e canalhice


Madame Satã forever!!!




Sim, postagem repetida, e será repetida toda as vezes que este lugar mitológico nos receber de braços abertos e alegrar nossas pobres vidas!

E não peçam explicações!

Saudações canalhas e cafajestes

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Last Saturday Night Feeling

A vida, sua continuidade; a alegria de  saber que está fazendo o correto no aspecto mais importante de sua existência; o heavy metal, a arte, a vida e o reino e o tempo em que todos se misturam e fortalecem um ao outro; a felicidade que não pode ser expressa por meras palavras.

Como sempre e como  nunca, não peçam explicações, inclusive porque esse grupo e esta música!



quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Instantâneos da cidade - III






Sim, a imagem não possui nenhuma relação direta e clara com a temática quase absoluta do blog; porém, considerando que estes adesivos foram colados na fachada da sede de um grande banco da Avenida Paulista, que registrei a imagem em plena madrugada e principalmente, sendo este escriba um libertário-progressista defensor intransigente da evolução do espírito humano e sendo os livros um dos principais meios para esta, nada mais justo que esta bela imagem figurar na série(que parece, engrenou, essa vai!)
Saudações canalhas e cafajestes


quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XCVII

"Se quiser acabar de vez com sua vida de maneira rápida e indolor, cometa suicídio; se quiser fazer o mesmo de modo lento e doloroso, case-se."

Este escriba, bêbado mas lúcido durante uma madrugada qualquer em um bar qualquer.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Homens e mulheres são todos iguais...quando gostam de mulheres


Os abnegados leitores desta tranqueira lembram de uma postagem recente,  sobre uma minha conhecida mais ou menos amiga, lésbica assumida, redatora e comunicadora como este sujeitinho? Pois então, nos trombamos recentemente em uma redação qualquer, chamados para preparar uma edição de uma revista imbecil qualquer (o que se faz para poder bancar cerveja, pizza e noitadas...). Conversa vai e vem durante a elaboração das matérias, da pauta, etc, passamos a lamentar a morte precoce e injusta de André Mattos, o maior cantor de heavy metal que este país jeca já teve ou terá. Ela estava ainda mais desconsolada que eu, fã ardorosa da obra do vocalista. Eis que ela saca o celular e mostra uma homenagem a ele feita por duas expoentes e musas do heavy metal brasileiro, mas no caso do dito metal extremo: uma versão de Nothing to Say cantada por Fernanda Lira(Nervosa) e May Puertas (Torture Squad). Ela pôs a versão para tocar e após ouvirmos com toda atenção, ela afirmou que nunca gostou de metal extremo, o estilo de vocal das moças em questão não a agrada, mas completou, com os olhinhos fixos nas duas musas, brilhando de desejo, que achou aquela versão 'bem legal!".
Não me contive, ri alto e disparei: 'X', deixa disso, você gostou da versão não porque te agradou, e sim porque são duas lindas e gostosas mulheres cantando! Se topasse com elas, para fazer um agrado você diria que a versão é genial, maravilhosa, diria qualquer coisa para conseguir chupá-las todinhas!!
Minha conhecida arregalou os olhos, fez cara de indignação, depois enrubesceu e  voltou ao trabalho.
Qual a moral dessas historinha, caros leitores? Ora, que se uma pessoa gosta de mulheres (seja essa pessoa um homem ou outra mulher), fala qualquer mentira ou bobagem, faz os elogios mais falsos para conquistar os favores da mulher desejada, que mulher que gosta de mulher não difere demais de nós canalhas mulherengos!!!

Saudações canalhas e cafajestes

O vídeo:


quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Instantâneos da Cidade - II

 

Sim, caros leitores. Segunda postagem da nova série logo após a estreia, por razões simples e fortes: primeiro, a imagem é registro de um cartaz que descobri colado em uma parede de um dos últimos bares da rua Angústia que preservam o espírito 'das antigas' da rua (que preservam aquele ar de decadência atraente a notívagos fuleiros como este escriba na decoração, no aspecto suspeito dos salgados vendidos, na limpeza deficiente, na atmosfera exalando de leve um certo perigo latente...). Esse bar (não revelarei o nome de modo algum, se o abnegado leitor conhece bem a rua, já sabe qual é o ilustre estabelecimento) é uma revigorante lufada de ar esfumaçado e rançoso em meio aos anódinos e detestáveis hipsterismo e gentrificação que estão descaracterizando a rua; claramente, trata-se de alguma espécie de gincana noturna etílica, sobre a qual desconheço qualquer dado adicional. Quem porventura souber mais, cartas(mensagens para o e-mail ou nos comentários) à redação desta tranqueira.     
A segunda razão está implícita na primeira: um objeto/evento como esse, perdido nesse local, sem dúvida é um instantâneo da cidade, do Centro e da noite de São Paulo que merece ser registrada aqui o quanto antes e assim estimular o proprietário do blog a manter seu olhar atento ao que essa cidade tem de inusitado e interessante e dar continuidade à nova série interna do site.

Saudações canalhas e cafajestes

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XCVI

"Quem tem boca vai a Roma, quem tem buceta dá a volta ao mundo."

Frase proferida por este escriba, durante uma beberagem,  ao comentar cenas e acontecimentos vividos/testemunhados por ele  e seus amigos canalhas.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Instantâneos da cidade - I (nova série no blog)


Sim, mais uma tentativa de criar uma série interna no blog. Sim, todas as tentativas anteriores falharam, foram abandonadas, com exceção da 'Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos', que se aproxima do número 100! 
Esta nova série, como as demais tentativas, não possui periodicidade: de acordo com os acontecimentos vívidos e/ou flagrados pelo autor e seus amigos-canalhas-colaboradores e com a inspiração e sagacidade nossas, as postagens surgirão ou não. 
Esta nova série será composta de imagens: fotos feitas no calor do momento, de improviso - daí seu nome - que registrarão lugares, textos, imagens, etc, encontrados cidade afora e relacionados à temática do blog. 
a primeira imagem foi capturada por sugestão do atual colaborador principal da tranqueira: entramos em um ônibus em uma noite de sexta-feira, rumo à Avenida Paulista e topamos com esse escrito gravado em um dos bancos. Meu amigo, inspirado quem sabe pelo adorável elemento da anatomia feminina citado no texto, sugeriu de imediato que eu o fotografasse e criasse uma nova série para o blog e a descreveu num átimo!Aceito e feito, aí vai:    


Saudações canalhas e cafajestes

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XCV

"Ao se terminar um relacionamento não se fica de luto, parte-se para a luta."

Pensamento trocadilhesco elaborado por o agora colaborador  principal desta tranqueira, após sermos informados sobre a atual situação de um conhecido nosso: mal se divorciou e se livrou de um casamento ruim(desculpem o pleonasmo: todo casamento é ruim!), já está engatando outra relação séria! Num átimo chegamos à conclusão que ficar curtindo a fossa, o mal estar de uma relação terminada, por mais de alguns poucos dias é um erro, mas resolver isso já embarcando, quase imediatamente após, em outra relação firme tem outro nome...

Saudações canalhas e cafajestes.

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Mais uma porção de sabedoria, de outro grande autor

"Pobres raparigas da minha idade!(...)Através de suas palavras, nitidamente surge a cada passo a miséria desoladora duma educação toda errada, contrária à vida, contrária à natureza. E são risos abafados, são súbitos silêncios, rubores súbitos. Elas sabem muito bem  quando se devem calar, sabem o que lhes é  proibido e têm um cuidado extremo em não infringir essas proibições - justamente porque conhecem de sobejo aquilo que o convencionalismo lhes manda ignorar. Diante das mães e das tias, é claro, ou da gente de cerimônia. A sós com as companheiras,  muda a conversa de rumo e só do proibido se fala. Atascam-se então no lodo que lhes é vedado palmilhar descalças, e as tristes não veem que esse lodo foi o que uma sociedade torpe fez da água límpida, da água cristalina e puríssima onde, sem crime, podiam mergulhar todas nuas.
Cegas elas próprias, educarão mais tarde identicamente as filhas. E os homens clamam no seu orgulho revoltante de machos:
- A mulher é um ser inferior...em geral de pouca inteligência; fútil, má e falsa.
Mas decerto. É isso. É isso porque a fizeram assim. Fizeram-na assim os homens, e ela mesma colaborou na sua destruição. As mães são as piores inimigas do seu sexo.  

(Mário de Sá-Carneiro, O Incesto)
 

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Texto curto, fútil, inútil, porém extremamente sincero

O que um homem é capaz, para garantir sexo com uma mulher, é inimaginável para ele mesmo...

Como sempre e mais do que qualquer outra postagem um grama semelhante, não peçam explicações!

terça-feira, 25 de junho de 2019

The future is (not) female!! The future is equal !!! Sorry, girls...



Durante o último feriado nacional este escriba foi convidado, pela dama mais inteligente, cheirosa e atraente que ele  já conheceu, e com a qual tem o privilégio de travar relações carnais e intelectuais frequentes, a acompanhá-la em um churrasco de aniversário de uma sua colega de trabalho, em um bairro qualquer de classe média alta 'descolada'. O evento realmente não soa atrativo, concordo com o leitor, mas o fato de desfrutar de mais algumas horas da companhia dessa moça me entusiasmou de imediato. 
Nos encontramos em um dos epicentros da dita modernidade paulistana, para ela comprar um presente  para sua colega, antes de nos dirigirmos à festança. Ela detesta esses antros tanto quanto eu, mas uma vez que lá é sabido haver loja de cosméticos de boa qualidade, adentramos o buraco. Ao percorrermos os corredores repletos de lojinhas metidas a besta repletas de gente ainda mais metida a besta e moderna, passamos defronte a um desses balcões que vendem camisetas 'modernosas', 'deslocadas', para os 'modernos' e hipsters que pululam por São Paulo e envergonham esta cidade que, verdade seja registrada, merece passar essa vergonha...
Bem, uma das camisetas expostas naquele camelô pós-moderno era esse modelo já clássico que encima esta postagem. Não resisti e fiz uma brincadeira, certo que a resposta seria vivaz e estimulante:
- Olha só essa camiseta, que legal, tudo a ver com você. Vou comprar uma e te dar!
Ela olhou para o modelito, depois para mim e respondeu com a sabedoria e profundidade que só as verdadeiras e grandes mulheres possuem:
- Não mesmo, não concordo com isso. Isso é pregação de femismo e ódio aos homens mal disfarçada. Não sou contra os homens, gosto muito deles. O futuro tem que ser 'equal' e não 'male' ou 'female'! -
Caros leitores, não resisti: puxei a moça a mim e tasquei-lhe um beijo daqueles.

Portanto, feministas de internet de vinte aninhos que se acham revolucionárias, sem formação intelectual necessária, sem pesada carga de leitura sobre feminismo, machismo, sociologia, história,etc nem reflexão densa e intensa sobre esses temas, que vivem a repetir palavras de ordem vazias vomitadas por criaturas cheias de ódio que consideram lideranças do feminismo, aprendam isso, incorporem essa sabedoria, vivam isso, vindo de uma mulher de verdade,  evoluam!!! 

Saudações canalhas e cafajestes   

terça-feira, 18 de junho de 2019

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XCIV

"Um guerreiro viking jamais teme sujar sua espada de sangue!"

De um dos principais colaboradores desta tranqueira, para comentar um evento recente que este escriba viveu: convidou uma bela moça, com que trava relações carnais, etílicas e intelectuais regulares, a ir mais uma vez a sua casa. A moça a princípio resistiu, disse que não era uma boa ideia, por 'estar naqueles dias' mas este sujeito, com lábia e paciência, convenceu-a. Ao contar o ocorrido, meu amigo saiu-se com esta pérola de canalhice e pensamento neo-pagão, digna de ser registrada aqui com todas as honras. 

segunda-feira, 10 de junho de 2019

O tempo é implacável (mas nós nos viramos bem, por enquanto)


Como este escriba anunciou na postagem de 14 de maio último, segue o texto que de certa maneira a completa:
 
Umas duas ou três horas após o breve diálogo que travei com meus dois companheiros canalhas, estava este sujeitinho para lá e para cá na casa noturna, apreciando a programação musical dos vários ambientes, vendo o movimento e sendo visto e claro, apreciando a beleza feminina que desfilava em múltiplas variedades. 
Eis que, ao passar diante o banheiro feminino, vi duas garotas na flor da juventude para ele se dirigindo, uma delas tagarelando frases meio desconexas, que correu para o toalete, esbaforida. O instinto canalha me levou a se dirigir para a outra moça e perguntar:
- Sua amiga está bem? Precisam de ajuda?
- Ela é assim mesmo, nunca está realmente bem. - respondeu entre risos.
E entabulamos uma conversa; não mais que três minutos foram necessários para a moça anunciar:
- Ai, moço, acho que quero te beijar!
Claro que atendi o desejo da moça sem titubeios. Moça que mostrou sabedoria e fez a pergunta mortífera após consumada a sessão de carícias labiais, pergunta cuja resposta, se imprópria, poderia estragar tudo e impedir a beijação:
- Posso perguntar uma coisa? Quantos anos você tem?
Caros leitores, quase nunca minto  a idade. Mas não consegui ser honesto nessa ocasião: disparei '42' (menti para menos), perguntei a dela e esperei sua reação, que sorriu, percebeu minha estudada cara de vexado e respondeu:
- Tenho 19, mas tudo bem, já fui apaixonada por um cara de 50, nenhum problema com sua idade. 
E providencialmente a amiga surgiu, nos despedimos e cada um tomou seu caminho na noite.
 
Bem, caros leitores, o que essa minúscula experiência noturna ensina? Dada a frequência com que as mulheres andam a perguntar a idade a este sujeito, na maioria das vezes à queima-roupa, já no início do papo, e que são sempre as mais jovens que o fazem com mais interesse e rapidez, esta historinha é apenas mais uma lembrança que o tempo passa sem misericórdia para todos, que este escriba já adentrou o grupo dos tiozões de meia-idade, aos olhos das moças jovens, e acima de tudo, avisa, aconselha, clama:
aproveitem sua juventude,  enganem o tempo e as convenções sociais o quanto puderem, desfrutem de suas capacidades e habilidades ao máximo, pois um dia seremos relegados ao nada seleto grupo dos 'velhos safados', objeto de risadas e desdém. 

Saudações canalhas e cafajestes

terça-feira, 4 de junho de 2019

Os(As) jovens são realmente a salvação do mundo!



Conheço um punhado considerável de pessoas interessantes, aquele tipo de ser humano que estimula o intelecto de quem convive com ela,  que desperta o pensamento e a inteligência de quem com ela confabula, dada a inteligência que essa pessoa exala e também conheço uma expressiva leva de gente que causa reações mais ou menos extremadas naqueles com quem convive, que acende o pior ou o melhor de nós, dado usar o que ela tem de melhor ou pior (incluindo usar sua cegueira e fanatismo – mais adiante ficará claro porque me referi exatamente a essas entidades bestiais e não outras).
Bem poucas são as pessoas que causam os dois tipos de reação: são inteligentes a ponto de querer sua companhia mais vezes e também são por vezes cegas e fanáticas para também, por vezes, desejarmos que ela se mude para a mais distante e congelada lua do sistema solar...
Uma das únicas pessoas da categoria acima que conheço é uma ativista feminista, nos trombamos em redações de jornais e sites de notícias, convenções sobre jornalismo cultural, eventos sociais de gente ‘criativa, essas maravilhas da modernidade... Ficamos um tanto amigos, fizemos trabalhos juntos e permanecemos nos falando, anos afora, às vezes mais, às vezes menos (não, caros leitores, não desfrutei dos favores da moça, embora adoraria tê-lo feito: ela é uma lésbica linda e totalmente convicta de sua sexualidade). Sua inteligência e sagacidade são estimulantes – e sua visão tapada e estreita do que é ser feminista e das relações heterossexuais – sobre as quais ela não tem vivência alguma, cumpre lembrar! – é de ferver o sangue de raiva.
Eu seguia a moça nas ditas redes sociais, mas por pelo menos duas vezes cliquei um belo ‘deixar de seguir’ e não vi suas postagens por um ano ou mais, pois caros leitores, essa mulher não é uma feminazi(sim, eu uso o termo; se o  julga grosseiro, favor procurar postagem antiga em que defendo o uso dele para certas tipinhas) mas bate na trave com uma frequência perturbadora.
Pois eis que resolvi voltar a acompanhá-la na principal das redes sociais e com que topo, assim que acessei seu perfil? Uma postagem em que ela afirma que uma série de tv de enorme sucesso em todo este planetinha, que encerrou-se este ano, há poucas semanas, ‘queimou o filme’ com ela, que passou a considerar a série um poço de sexismo fétido e apologia à violência contra a mulher, objetificação desta, etc, etc, por causa de uma cena, de uma temporada de anos antes, em que um dos principais casais da série está a sós, o sujeito dá um tapa na bunda da moça...que gosta e pede mais.
Foi demais para este sujeito quase sem paciência com a ridícula espécie humana: cliquei ‘deixar de seguir’ mais uma vez e continuei cuidando de minha vidinha.  Mas os deuses da luxúria, da boêmia e da canalhice não me deixariam desolado e descrente por muito tempo: não mais que dois dias depois, topei com uma postagem, na mesma rede social, que expressa com todas as letras o que qualquer homem de verdade já aprendeu, faz e deve fazer e o que toda mulher de verdade e bem resolvida gosta e pede: uma postagem de uma mocinha de apenas 18 aninhos, estagiária de uma das redações de notícias para as quais colaboro com regularidade, postagem que exala sabedoria e viço ao afirmar, sem peias ou pudores politicamente corretos, que ‘mulher quer carinho, beijo, mas também que puxão no cabelo e uns tapas na bunda, enquanto é pega por trás.’
Caros leitores, fiquei inebriado e esperançoso, ao ser mais uma vez lembrado que essas feministas azedas que parecem não ter experiência de vida alguma e que, na ânsia de combater o sexismo, machismo, etc, acabam sendo tão moralistas quanto os moralistas que dizem combater, devido a sua total incompreensão das nuances e riquezas do sexo e do erotismo, não são todas as mulheres do mundo, muito menos a vanguarda das mulheres. Não! O futuro pertence às mocinhas safadas, sem medo, que sabem o que querem.  E minha confiança na juventude foi renovada.

Saudações canalhas e cafajestes
          

terça-feira, 28 de maio de 2019

Experiência Noturna Ou: nenhuma experiência é páreo para a malícia da mulher


O rock ´n´roll rolava (aliteração primária, admito) a toda no último grande reduto da boa música na Rua Angústia;  rock acústico mas tocado com técnica, entrega e alto volume por um dos melhores músicos que se apresentam naquele bar. Este escriba acompanhava atento, sentado em uma mesa bem próxima, junto com outros dois membros da elite do microcosmo social do boteco em questão. A noite avançava, a música mais e mais poderosa, a bebida sendo consumida.
Eis que, ao final da primeira parte do show( show mesmo, sem imprecisão ou exagero: o cara estava detonando), surgem duas moças, saltitantes e sorridentes, já conhecidas de muitos ali. Uma delas, acompanhante, ficante, ou seja lá o que for do músico... e um flerte já um tanto antigo deste canalha que vos escreve, a qual já protagonizou postagem nesta tranqueira.   
Conversa vai e vem, os casais se juntam, mais bebida, o ritmo da noite.  O músico faz sua primeira pausa. A madrugada já ia um tanto alta quando o escriba se encosta no balcão para se abastecer de mais cerveja. Quem surge a seu lado, sorrindo, cintilante, linda?  Ela mesma, ficante ou sei lá o que do astro. Cumprimenta-me pelo nome e puxa uma conversa que já sinalizava coisas, toda entusiasmada, me tratando com uma intimidade até então rara...Mas não demorou a ela partir para os braços de seu verdadeiro interesse.
A noite ia para seus estertores, o bar se esvaziava, a apresentação se tornou um karaokê alcoolizado entre amigos e casais.  A moça sai das mãos habilidosas do músico, senta-se a meu lado e – já visível e por completo alcoolizada  - retoma a conversa, exaltando o cara, dizendo como ele é demais e se perguntando porque não assume de vez esse relacionamento, perguntando  a mim o que acho. Eu, tonto com tanta beleza, charme e perfídia, decido entrar no jogo e disparo:
– Acho que se eu fosse homem de verdade tomaria você dele!
Ela sorri, entre lisonjeada e encabulada, e responde que não pertence a homem nenhum, para ser de um e ‘tomada’ por outro.  Sem se abalar, respondo que foi apenas um modo de dizer, um galanteio mais ousado. E se manda para os braços do astro da noite mais uma vez...
Avancemos a narrativa até o que realmente importa, pulemos um período em que nada digno de registro e alcancemos o clímax : o finalmente fim da noite, todos nós já meio acabados, bêbados, claro. O músico, ainda animado, atendia aos pedidos dos amigos, tocando com quase a mesma gana do começo da noite. Eis que a linda moça, que ainda tinha ânimo para dançar, me puxa para perto e me põe para dançar ao som tocado e cantando por seu caso, que estava bem a nossa frente, e sem mostrar a mínima perturbação. Após alguns rodopios, ela se liberta, sorri um sorriso de despedida e se atraca mais uma vez com o cara. Mal tenho tempo de ponderar sobre, do alto de mais de 45 anos, ainda me envolver em intriguinhas e joguinhos dignos de adolescentes desajeitados com hormônios em fúria: um conhecido, também frequentador do bar, e que estava um pouco acompanhando a apresentação, um tanto mais circulando, fumando, etc, surge, percebe minha expressão facial e pergunta se estou bem. Digo que estou muito bem, chego mais perto e falo:    
– Estou bem, mas cara, tenho de dizer algo:  junte um ser demoníaco, manipulador, tinhoso (a mulher) e um ser que é idiota por natureza ( o homem) e você terá no mínimo cenas cômicas ou encrenca na certa, o que é mais provável.
A namorada dele, que tinha se juntado a nós um átimo antes de eu responder, riu e disse:
– É, eu vi as coisas demoníacas que tavam rolando com você. Toma cuidado! Ha ha ha.
Nos despedimos e cada um rumou para seu refúgio. 

Saudações canalhas e cafajestes