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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Instantâneos da cidade - IX

 


 

Para surpresa até mesmo deste escriba a série de postagens feita de imagens da cidade ou de detalhes e cenas de lugares frequentados por este tipinho retorna. E como isso se sucedeu?

Pois bem, tive de sair do meu refúgio para adquirir coisas absolutamente necessárias para minha existência material e me deslocar um tanto pela cidade. Por puro acaso cruzei uma esquina no Centro, em uma região um pouco degradada, que não cruzava há meses. Eis que sou fulminado por essa frase certeira e cortante pintada na fachada de um bar situado na esquina em questão.Não titubeei: saquei o celular, fiz a foto, ignorei os olhares curiosos ao redor e segui meu caminho.

Uma frase muito mais precisa e profunda do que aparenta. E cumpre dizer: o contrário (A cidade é meu bar) também é absolutamente real e correto.

P. S. : quando a pandemia se abateu sobre nossa ridícula, patética e suicida espécie e o confinamento se impôs, deduzi que esta tranqueira seria prejudicada sobremaneira em termos de frequência de publicações, por motivos tão óbvios que não precisam sequer ser sugeridos. Assim, numa noite qualquer do fim de março, estipulei que tentaria atingir 40 postagens até o fim do ano; seria, dadas as circunstâncias, um feito. Sim, tive de apelar a citações de pérolas canalhas de personagem de série de tv, analisei/comentei algumas das muitas produções artísticas e intelectuais que assisti/li/ouvi durante estes meses malditos e miseráveis, e principalmente, contei com a ajuda dos meus amigos canalhas e da única dama que ousou frequentar meu refúgio durante este ano tão atípico. Meus agradecimentos a eles, pois esta é nada menos a postagem número 46 do ano!!! Sem a ajuda deles, não teria conseguido. 

Se haverá mais postagens este ano? Quem sabe. Após superar uma meta que eu já julgava ousada, não duvidaria. 

Saudações canalhas e cafajestes

domingo, 13 de dezembro de 2020

Texto curto, nada fútil, muito menos inútil

 Os vários ditos populares, anedotas, memes, etc a respeito estão absolutamente certos: 

As mulheres não esquecem!! Nenhuma falta ou desfeita será obliterada, todas no devido tempo (para elas, claro) serão cobradas, com muitos juros - é arquióbvio!

Mas o pior, caros leitores, é quando elas guardam e cobram por aquilo que nós homens jamais imaginamos ser uma desfeita, desrespeito ou mancada.

Sem explicações, como sempre.


Saudações canalhas e cafajestes abaladas


sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Mais um texto curto, fútil, inútil - porém sóbrio

 As mulheres desfrutam de um poder sobre nós homens imenso e impossível de evitar ou superar. Não satisfeitas em serem donas, senhoras, deusas e habitantes definitivas de nosso desejo, também são capazes de invadir o inconsciente e os sonhos - literais - de nós, membros da raça masculina, nos dominando e nos perturbando de uma maneira, que muita da vez, a moça que faz pose de inocente, não suspeita (ou será que não só suspeita como sabe e se aproveita?)

Nada a explicar, como sempre.

 

Saudações canalhas e cafajestes

 

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Texto curto, fútil, inútil e bêbado

Duas coisas que um verdadeiro canalha, um homem de verdade, deve saber escolher: amigos de caráter, que embarcam em e apoiam suas loucuras e aventuras(noturnas) e mulheres que valem a pena, que não são chave de cadeia(a não ser que as possíveis encrencas, se bem pesadas pela balança canalhística, valham o risco em prol dos prazeres). 

Sim, texto bêbado, nascido no decorrer de uma bebedeira. E não peçam explicações, claro!

    

sábado, 7 de novembro de 2020

Enfim, a hipocrisia (e também, o ódio e a burrice)

Os caros leitores mais antigos e assíduos sabem que a despeito de eu ser defensor intransigente da igualdade entre homens e mulheres, de simpatizar e apoiar o feminismo, nunca me furtei a criticar os desmandos, exageros e discursos de ódio das facções mais ensandecidas, mais violentas do movimento, as vulgas feminazis(é, eu uso esse detestado termo para me referir às radfemns tomadas por ódio. Por quê?Não gostou???).

Bem, a internet e o mundo real estão em polvorosa por conta de certos acontecimentos recentes nesta nada gloriosa pátria, que não citarei nem comentarei. Ocorre que por conta desses eventos as feministas em geral, principalmente as feministas de internet, as ativistas e lacradoras de sofá, aproveitaram para inundar o mundo virtual com suas mais novas demandas, suas novas queixas e reivindicações contra comportamentos masculinos que consideram abusivos e violentos.

Antes de chegar ao fulcro desta postagem, um aviso:NÃO, NÃO ESTOU FAZENDO APOLOGIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM NENHUMA FORMA!!! NÃO ESTOU DIMINUINDO OU RELATIVIZANDO NENHUM CASO RECENTE DESSE TIPO DE VIOLÊNCIA. APENAS VEJO, DO MEU LIMITADO PONTO DE VISTA, QUE O DISCURSO DAS MULHERES CONTRA COMPORTAMENTOS MASCULINOS VIOLENTOS ESTÁ COBRANDO A EXTINÇÃO DE COISAS CUJO DESAPARECIMENTO SERÁ NOCIVO ÀS PRÓPRIAS MULHERES. 

ENTENDERAM??? PODEMOS CONTINUAR??

Ocorre que a internet - twitter, facebook, instagram, etc, etc, etc, foi coberta,nos últimos dias, por um vagalhão de palavras de ordem de feministas que criticam os homens que se dizem indignados pelo recente caso da moça que denunciou um playboy por dopá-la e estuprá-la e na audiência foi massacrada por uma corja masculina. Segundo essas iluminadas, nós que nos indignamos com o desfecho(por hora) do caso, incluindo os que manifestaram desejo de espancar e fazer coisas piores com o boyzinho, falamos isso mas não somos capazes de meramente repreender nossos amigos que mandam fotos de mulher pelada no whatsapp e principalmente, que se somos realmente contra a violência contra a mulher devemos, por exemplo 'fazer o trabalho sujo de enfrentar nossos amigos que comentam que tal e tal mulher é gostosa e nos posicionarmos contra isso, combater essa prática, pois ela estimula a violência contra a mulher.'

Sim, leitores, é isso mesmo, segundo a vanguarda do feminismo contemporâneo, homens não podem mais apreciar o corpo e a beleza das mulheres. Vejam: elas não estão mais apenas combatendo as cantadas vulgares, o ato de passar a mão em uma mulher na rua ou chamá-la de 'gostosa', 'carnão' em voz alta, estão combatendo que nós homens, mesmo entre nós, falemos e julguemos uma mulher (OH! que horror!! Que coisa animal e suja!)atraente,bonita...gostosa.

Não é preciso ser muito inteligente ou ter imaginação muito fértil para perceber aonde isso vai dar, se a ideia de girico se espalhar e deitar raízes na sociedade, principalmente nos homens mais jovens, que estão começando a vida social e sexual agora... uma leva de homens frouxos, medrosos, que vão confundir o mais que correto respeito à mulher  e desejo sexual com violência e assédio. Delírio de 'esquerdomacho' cuja 'masculinidade frágil' está ameaçada? Então tá, continuem recorrendo a ideias idiotas  prontas e embalsamadas mas nada de reclamar depois.

E o mais hilário (ou o mais ultrajante, pois essas duas dimensões da nossa patética espécie quase sempre andam juntas) é que várias dessas pregadoras desse novo ridículo  homem, ao mesmo tempo que afirmam com todas as letras que um homem comentar com outros homens sobre o corpo de uma mulher estimula a violência sexual, salivam, imploram para que estes homens babem por elas, idolatrem sua gostosura e deixam claro que querem muito seus lindos corpos!! Exemplos???

Uma das iluminadas que pregou isso, mera conhecida com quem troquei palavras e gracejos pelas noites (ela estrelou uma postagem dessa tranqueira), em um dia posta essa patacoada em instagram, facebook, etc, no outro posta memes que deixam claríssimo que está ardendo de tesão por um macho qualquer. Bem, caso o sujeito se toque que ele é o objeto de desejo dela, deve fazer o que, segundo a cartilha do novo homem? Pois eis o busílis: essas doidas clamam por um novo homem, atacam a tal masculinidade tóxica, mas não tem a mínima ideia do que querem no lugar e não demoram a chamar esses caras que ou buscam se adequar aos novos tempos ou estão, com toda razão, perdidos, desorientados, de 'escravocetas'  'frouxos que não sabem o que querem'. Inclusive,  ela propagou essa loucura de 'homens, vocês têm que fazer o seguinte trabalho sujo...'

Outro exemplo cabal: uma moça, que conheço há vários anos, espalhou as mesmas coisas via  Instagram. E dias depois postou uma foto feita em praia, seu belíssimo e delicioso corpo metido em um minúsculo biquíni e...agradecendo entusiasticamente os elogios de seus conhecidos e amigos homens. 

O nome disso, caros leitores?A mais velha e inescapável companheira da desprezível espécie humana, 

Hipocrisia.     

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Educação é a segunda natureza de um canalha

Estava este canalha no seu bar favorito - que, como já relatei aqui, reabriu seguindo todas as normas de segurança necessárias a esta época insana - bebendo junto com seu amigo e colaborador mor desta tranqueira. Eis que uma mocinha na casa dos vinte anos, por nós desconhecida, entra no estabelecimento, vai até o caixa e pede cigarros e qualquer outra coisa. Ela se vira para nós, sentados em uma mesa a uns metros dela, sorri e diz:"Oi, tudo bem?"

Com toda a educação e sorrisos possíveis respondemos no mesmo tom amistoso e sorridente, ela paga e vai embora, bela e lépida.

Após refletir por um instante, digo: "Somos canalhas educados não apenas por princípios, por caráter e boa formação: também temos interesses, queremos ser bem lembrados no futuro próximo pelas frequentadoras dos bares e casas noturnas que estão resistindo e que frequentamos durante essa pandemia: uma hora essa desgraça vai passar, isso vai acabar e os corpos poderão se tocar de novo."

Saudações canalhas e cafajestes

        

domingo, 25 de outubro de 2020

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CIV

"Sou favorável ao erro." 

Do mais novo colaborador desta tranqueira - que colaborou sem saber - que deu essa respostas sábia, fulminante e certeira, como resposta a uma pergunta casual feita por este escriba, se deveria realizar ou não uma ação que poderia ter consequências imprevisíveis e duradouras. A resposta, uma pequena pérola de paixão pela vida, pela aventura, pelo erro, e de recusa ao cálculo, à racionalidade estéril, à vidinha programada e vazia, casa à perfeição com o caráter e propósito do blog e portanto nele deve ser registrada.

sábado, 17 de outubro de 2020

Sentimentos e sensações do último domingo à noite

 Se já postei esse vídeo antes, que os caros e ainda persistentes leitores perdoem: 

No último domingo à noite, véspera de feriado, me aventurei em uma casa noturna - que tomou todos os devidos cuidados para os tempos que vivemos e este escriba, claro, também fez isso. 

Estava acompanhado de bem poucos mas grandes amigos e durante a execução desta obra-prima, pelo dj, concordamos que esta música, a despeito do que alguns teimosos e de gosto emperrado afirmam, é sim uma música para homens, a voz maravilhosa da eterna musa Debbie Harry é um verdadeiro afrodisíaco que leva a testosterona às alturas! Música de mulherzinha? Muito pelo contrário!!! E a noite, apesar das limitações, foi ótima e merece ser celebrada e registrada nesta tranqueira.

Saudações canalhas e cafajestes

 

 

sábado, 10 de outubro de 2020

Texto curto, fútil, inútil (reflexão bêbada no meio da madrugada, em meio a uma ressaca solitária no meio desse maldito confinamento)

Reflexão surgida ao lembrar das noites mergulhadas na penumbra e névoa do porão favorito deste sujeitinho, noites que parecem tão distantes e se tornaram tão importantes e ansiadas, neste ano maldito:

mergulhados, todos nós no frenesi ritualístico de música, dança e sexualidade das pistas de dança penumbrosas durante as madrugadas, somos envolvidos por uma avassaladora e inebriante contradição:

a técnica imensa, avançada e até opressora da civilização tecnológica, que criou todo aparato de reprodução de música a altíssimos volumes, em um ambiente protegido e criado especialmente para isso, está a serviço, nesses espaços, dos instintos primais mais animais, básicos e atávicos que nos governam, incluindo o desejo de eternizar os prazeres e a vida sensorial (sim, paráfrase de Nietzsche, mas garanto que foi espontânea! Os leitores antigos sabem que sou um canalha culto).

Ou: a técnica suprema a serviço, em dados momentos e espaços, da carnalidade suprema. 

 Saudações canalhas e cafajestes e também alcoolizadas. 

sábado, 26 de setembro de 2020

Uma mulher de verdade, como pouquíssimas

 Há alguns dias, este sujeitinho estava ao telefone com a mulher mais inteligente, sábia, sagaz e adorável que ele já conheceu em sua vida medíocre(acreditem, leitores, os canalhas também amam!)

Estávamos papeando, trocando gracejos e brincadeiras, falando bobagens divertidas, etc. Até que em dado momento da conversa, ao convidá-la a vir mais uma vez a minha humilde residência(sim, ela é a moça que esteve aqui recentemente e também...ah,não vem ao caso!), ela brincou, disse que eu estava muito grudento, parecia que eu queria casamento(urghh!!) ou coisa assim. Entrei na brincadeira e respondi, bem jocoso:

"Ué, você, como toda mulher 'decente'(ha ha ha!) não quer ter um homem para chamar de só seu, de ter um...marido??!!!rs rs rs.

Ao ouvir essa palavra macabra, esse termo que só pode ter sido forjado em trevas infernais, ela respondeu de primeira:

"Jamais! Marido não é homem de verdade, marido não é nada que presta. Marido rima com corno, com broxa, com encosto, com traste, tudo que mulher de verdade detesta! Quero um homem, não um frouxo implorando para eu mandar nele, muito menos um ogro que vai tentar me controlar ou me infernizar."

Caros leitores, um homem só pode idolatrar uma mulher dessas. 

 

Saudações canalhas e cafajestes     

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Uma descida aos mais fundos círculos do inferno (ou do Anhangabaú, ou uma descida ao fundo do poço moral, ou ao...)


Há cerca de duas semanas este escriba foi convidado a fazer um trabalho presencial, fora do seu refúgio, que era irrecusável: nas imediações de sua casa, o pagamento era excelente, serviço rápido de redigir um texto curto e acompanhar/supervisionar a gravação do curta metragem em que este seria usado, todos protocolos de segurança para esta época de pandemia seguidos à risca. E ainda convoquei meu amigo colaborador mor desta tranqueira para ser auxiliar e quebra galho da tarefa, por um pagamento também impossível de recusar. 

Serviço feito sem grandes imprevistos ou atropelos, pouco antes das dez da noite já estávamos a caminho de nossas casas, a pé (ambos moramos no Centro da cidade e o estúdio da gravação era na mesma região). Eis que ao chegarmos na Praça da República topamos com escuridão por todos lados: mais um blecaute no Centro. A fome apertava e como nenhum dos dois estava disposto a cozinhar em suas cozinhas, à luz de lanterna, resolvemos nos bandear para a Rua Angústia, em busca de algum lugar aberto para comermos alguma das deliciosas porcarias que cintilam sua gordura nos balcões dos bares/lanchonetes. Sabíamos que a chance da caminhada dar em nada era altíssima, em vista do horário restrito de funcionamento dos estabelecimentos, mas contumazes insensatos, lá fomos. Dito e feito: subimos e descemos a gloriosa rua e absolutamente nenhum bar com guloseimas prontas para consumo estava aberto.  Decidimos retornar e fazer o que seria mais sensato(curioso que nós temos o costume de fazer o lógico  somente depois de tentar o insensato e este dar errado): ir à eterna lanchonete Estadão, que sabíamos, estaria aberta e movimentada.    

Após forrar o estômago com os ótimos lanches e salgados e nos abastecermos com cerveja, passamos alguns instantes, parados na calçada, proseando sobre os tempos idos, sobre o pré-pandemia, nossas noitadas na região, tão recentes e tão distantes em nossa deturpada percepção. Até que, desejosos de tomar uma cerveja mais intensa, resolvemos descer mais (em sentido literal e figurado). E lá fomos  rumo ao Vale do Anhangabaú, rumo a um mercado muito famoso na região(não direi o nome, mas frequentadores deduzirão de chofre a que comércio me refiro), em busca de uma cerveja de maior qualidade.  A noite estava escura, a rua Quirino de Andrade bem pouco convidativa, tipos suspeitos subindo e descendo a rua, mas seguimos impávidos colossos da insanidade. Foi com estupor que descobrimos: esse mercado também está decadente, somente cervejas baratas e da pior qualidade agora pontuam em suas prateleiras de bebidas, além dos indefectíveis vinhos baratos, vodkas horroviskas e corote(arrghhh!!!) e imitações deste. Por sorte, um pequeno, feio e acanhado mercadinho quase vizinho, o qual não conhecíamos até então, salvou nossos fígados sequiosos por álcool de qualidade, ao exibir na sua única geladeira ipas por preço decente! Apanhamos a bebida  e ficamos de bobeira, olhando o movimento, que ali, naquele pedaço do Centro tão marcado por encrencas e confusões  pesadas (incluindo tiroteios e brigas com facadas), é sempre digno de suspeita e de se ter cuidado redobrado. 

Quando demos por nós, nos encaminhamos à ponta da rua e espiávamos um lugar que foi muito importante em nossas vidas noturnas e do qual nos afastamos há uns bons anos, tão arriscado se tornou simplesmente ficar na sua porta (também não darei nome, localização ou descrição do lugar. Bons entendedores sabem que lugar é esse, inclusive, ele é cenário de postagens antigas do blog). Qual nossa surpresa!!! Uma noite nublada e friorenta de terça, pouco movimento naquela região degradada e o bar em questão aberto!! Não havia vivalma em frente ou circulando em volta, mas a porta de vidro aberta e as luzes acesas eram sinal inequívoco da presença do dono, à espera sabe-se do quê. 

Caros leitores, nesse momento ocorreu o ápice ou o momento mais degradante da noite(e afirmo que foi as duas experiências ao mesmo tempo): 

Nos encaramos fixamente, as garrafas de cerveja firmemente presas em nossas mãos. Em nossos olhos todas as lembranças das ótimas noites lá passadas, conversas, zoeiras, flertes e outras coisas mais com a mulherada, rock rolando, passaram com um brilho intenso de nostalgia e desejo por tudo isso. Mas era uma fria e tristonha noite de terça-feira e claro que nada disso surgiria. Apenas vontade de relembrar esses eventos, no local em que ocorreram, é que nos dominou por um momento. Mas a razão foi mais forte, ambos começamos a rir de puro nervosismo e exclamamos em uníssono:

-NÃO, NÃO!!!!!!!!!!!

E mais que depressa retornamos ao mercadinho, cujo dono já começava a fechá-lo. Terminamos a bebida, rindo, um pouco envergonhados, um pouco orgulhosos de nós mesmos, por termos resistido à tentação das trevas. Ficamos alguns minutos repassando a cena, rindo, desdenhando de nós mesmos, até que exclamei:

-Agora entendemos como nunca porque o Anhangabaú, dizem, era um lugar mal-assombrado e evitado pelos índios que viviam por aqui. Isso foi uma verdadeira descida ao inferno moral.

E mais que depressa subimos de volta à Praça da República, onde cada um tomou rumo para sua toca.

Os caros leitores podem julgar exagero dramático de parte deste sujeitinho, mas pensem um pouco: em uma terça à noite pouco acolhedora a boêmios, descer para um pedaço do Centro que se tornou notório pela violência, apenas para buscar cerveja incrementada e, mesmo que por um  átimo de tempo, ser tentado a visitar  o outrora epicentro dessas confusões, que afugentaram todos os frequentadores da região com amor a sua pele?  É ou não uma verdadeira descida ao inferno e voltar para contar?

Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Texto curto, fútil, inútil

Estava papeando ao telefone com o colaborador mor desta tranqueira e entre outros assuntos, me queixei da dificuldade de gerar novas postagens para ela, dados o isolamento social, a falta de vida noturna, que obviamente, impedem que novas experiências sejam vividas e testemunhadas com a regularidade e intensidade que o blog pede (aviso aos caros leitores: se estou até que me saindo bem e mantendo o blog ativo, isso é conseguido dura e bravamente).

Pois eis que ele, meu amigo/colaborador, sai com uma brincadeira de palavras simples e precisa e uma definição perfeita da situação:

"Alex, o Noites se alimenta das noites."

Saudações canalhas e cafajestes

domingo, 6 de setembro de 2020

É possível ajudar uma dama sem ter segundas intenções ou: você precisa tomar um pouco de água

 


 Recentemente, em um grupo daquele vampiro de almas chamado facebook, grupo criado para relembrar os tempos de 'juventude, baladas e loucuras' dos membros, quando frequentavam as casas noturnas de rock mais podres e divertidas que já reinaram na noite paulistana, foi posto à baila o assunto ajudar mulheres em apuros nos 'rolês' - leia-se mulheres embriagadas, com mal estar, passando maus bocados por exageros etílicos. Foi um tal de relembrar casos(ei, 'X', lembra que tal noite, em tal balada eu te ajudei a..., etc, etc), comentar, discutir, até que o tópico ficou um pouco mais interessante e começou uma típica conversa de botequim pseudo-filosófica sobre se os homens fazem isso por pura solidariedade e altruísmo ou se há outros interesses por trás, entenda-se, agir de modo desinteressado e cavalheiresco e mais tarde, em outra ocasião, com a moça já refeita e sóbria, esse bom comportamento ser porta de entrada para uma tentativa de desfrutar de seus favores. Abusar dela embriagada, jamais! Não serei ingênuo de afirmar que isso nunca ocorre em noitadas roqueiras, mas os caros leitores já perceberam que o cenário dos relatos sobre abusos sofridos por moças alcoolizadas na quase totalidade são boates 'da moda', casas noturnas caras, de boy, os típicos lugares frequentados por 'gente de bem'? Por que tais acontecimentos são tão raros nos meios roqueiro, gótico e headbanger?

Bem, retomemos, como disse, o tópico tornou-se mais interessante, até lembrou uma conversa de bar à distância(Grandes Baco, Dionisio e Ninkasi, o que a pandemia e o confinamento estão fazendo a nós?!), quando passou-se a filosofar sobre se os homens fazem isso por altruísmo ou canalhice disfarçada. E logo as próprias mulheres do grupo saíram em defesa dos homens, vários deles seus amigos, conhecidos e exs: relataram episódios de bebedeiras homéricas, vexames, gorfadas, etc em que foram ajudadas por homens e como estes foram, quase todos, gentis e respeitadores. Do alto de meus mais de trinta anos de rodagem na vida noturna, praticamente toda passada no meio roqueiro/gótico/headbanger, era isso que esperava como relato delas. 

Pois por um desses curiosos sincronismos que o universo parece engendrar apenas pelo prazer de torcer nossa limitada compreensão dele, dois dias após eu ler os comentários da dita postagem estava eu ao telefone trocando palavras doces e palavras sacanas com a moça que estrelou a última postagem. E caímos justamente nesse tópico: ela se disse ao telefone meio embriagada por ter exagerado no vinho e eu, me ofereci, meio brincando, mas mais a sério, para ir até seu lar cuidar dela e me anunciei, num tom bem canalha e melífluo, como um cavalheiro/cavaleiro que sai pela noite a ajudar damas em apuros como o dela. Ao que ela respondeu de imediato: 'sei para que você ajuda as moças bêbadas. E bom saber que você também sai à noite para isso, seu pilantra, safado!'

Retruquei tão rápido quanto e fui veemente em me defender, expondo que nos meios que frequento, é uma lei não escrita respeitar mulheres nessa situação e ajudá-las sem tentar se aproveitar da sua embriaguez. Ela não tardou a reconhecer essa verdade e rimos com vontade. 

A moral dessa história, caros leitores, é simples, óbvia e importante: existem homens decentes mesmo entre os mais safados e canalhas. Principalmente em certos meios.  Como sempre digo: canalha, mas com princípios!!


Saudações canalhas e cafajestes

domingo, 30 de agosto de 2020

Saturday night feeling

Novo encontro entre este canalha e sua musa favorita e definitiva: ela vem ao antro deste sujeitinho cercando-se de todos os cuidados em tempo de pandemia; ele oferece todos os recursos para ela se higienizar e permanecer segura e confortável, durante sua estada de fim de semana no antro(leia ou releia a postagem de 27 de julho, para compreender com exatidão essa passagem desta postagem).              

O fim de semana transcorre muito bem, um típico final de semana de um casa recluso. Até que na noite de sábado ela volta a praticar um dos esportes verbais favoritos dela, perguntar e perguntar sobre as canalhices passadas - e outras nem tanto - dele, ouvir suas histórias e lembranças de sua vida de caçador noturno.  A moça exibia e manifestava aquela mistura de indignação e excitamento (ou seja, divertindo-se muito) que as mulheres de verdade, não as mulherzinhas comuns - leia-se medíocres e ciumentas - expressam ao ouvir esses relatos do homem com que estão.    

 Pois eis que a moça insiste para eu demonstrar como era/é a típica forma de dançar nas principais pistas góticas de São Paulo, dado que ela, nada afeita à vida noturna, não tinha a menor noção de como seria isso e tinha imensa curiosidade sobre como seria essa dança e sobre os rituais e eventos que a cercam - leia-se, como a dança na pista é modo para os casais se aproximarem e se atracarem, por óbvio... Eu, logo eu leitores, fui tomado por uma estranha timidez e me recusava terminantemente a representar a dança, mesmo na penumbra do quarto e nós dois estarmos seminus (digo e repito, nós humanos do sexo masculino somos umas criaturas muito bestas e patéticas).     

Pedidos, chantagens, delongas e eis que ajudada pela imensa coincidência de a webrádio que estávamos ouvindo ter iniciado minutos antes um especial de clássicos das pistas góticas de São Paulo nos anos 90, a dama venceu e representei a dança ao som de uma pérola do gótico, ela  'interpretando' a moça que seria abordada por meio do sacolejar dos corpos na pista, a moça escolhida para, como quem não  quer nada, se aproximar, se aproximar, trocar olhares...       

Enquanto dançávamos ou quase isso, ela perguntou, um olhar entre malicioso e indignado brilhando naqueles belíssimos olhos:         

- Essa é então a dança do acasalamento do Madame Satã, The The, Morcegóvia, After Dark, Tribe House e todos esses buracos que você frequentava?     

- Sim, basicamente. - Ela ri como resposta, me joga na cama e nos entregamos a mais uma sessão de atracamento, beijos e carícias. Depois de algum tempo, largados na cama lado a lado, estamos ouvindo com atenção o especial gótico (só coisa fina, clássico atrás de clássico). Eis que o apresentador do programa anuncia: "e agora, um clássico das pistas góticas de São Paulo que era verdadeira música ritual de dança do acasalamento, uma música que a morcegada usava em peso para se aproximar da(o) escolhida(o) da noite"    

Ficamos por quase um minuto paralisados, dominados pela música, até que desatamos a rir.  

Então vem o ápice, o clímax e a parte mais assustadora dessa pequena história ocorrida em um quarto de um apartamento qualquer do Centro de São Paulo, numa noite de sábado:      

Ela me encara no fundo dos olhos e dispara um 'HA HA HA HA' bruxesco do mais assustador que ouvi na minha patética existência. 

A música em questão está logo abaixo.

Nada mais a declarar, saudações canalhas e cafajestes. 

 

 


quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Um pouco de veneno para cima do interior de São Paulo

 

 

Um autor que este sujeitinho-escriba muito aprecia é Marcos Rey (devorei sua obra juvenil,quando pré-adolescente e estou prestes a dar por encerrada a leitura e degustação de sua obra adulta, sobre a qual inclusive já fiz postagem nesta tranqueira). 

Pois bem. Estou concluindo a leitura de Entre sem bater, que não está entre seus melhores livros mas contém páginas de qualidade inegável. Selecionei dois trechos em que Rey, com sua prosa ferina, ataca com precisão mortal os remediados e a classe média inculta paulista. O livro foi escrito e publicado no início da década de 60 do século passado, mas sua descrição dessa gente, do ridículo, da estreiteza de mente que exibem com orgulho, continua muitíssimo atual.Se não, vejamos dois trechos que selecionei a dedo:       

Descrição de uma daquelas tias solteironas ou viúvas, azedas e infelizes:

"Magra,(...)com todos os traços repuxados para cima(...), nunca sorria. (...) Não se podia dizer que era pura como uma vestal porque isso seria prejudicar um dos patrimônios poéticos da Roma antiga. Era assexuada e antipática, orgulhosa e tola..."

Pensamento sobre um daqueles primos ou irmãos tapados que consideram o interior jeca, caipira e ignorante do estado de São Paulo o preferencial (e quase sempre, dado a falta de visão, cultura e de dinheiro) destino para viagem de férias e o supra sumo do bem viver e da 'qualidade de vida'(conheço  bem a região, toda minha família vem de lá, boa parte ainda vive nessa roça que posa de vanguarda do estado e do país; já estive - infelizmente - em várias de suas cidades e as evito ao máximo há vários anos.):

"É pequeno um mundo que acaba em..." (não citarei a cidade que ele indicou, coloque a de sua preferência, a aldeia mais hipócrita, tapada e reacionária que conhece, dos rincões do bravo povo empreendedor paulista. )

Saudações canalhas e cafajestes

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Mais um pensamento brilhante do mestre dos canalhas

E este escriba tem de apelar a mais uma pensata do mestre dos canalhas da ficção televisiva - e por que não, também da vida real, o grande Charlie Harper:

"Há uma diferença entre reluzir e estar em chamas."

Maiores explicações são certamente desnecessárias

Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Guia para encontros sexuais durante a pandemia




1. Faça preliminares à distância: verbais, por telefone, webcam, fotos (os famigerados 'nudes'), durante vários dias, antes de marcar o encontro. Capriche nas palavras, nas imagens, qualidade de som, etc, aprimore todos elementos da comunicação, para a moça realmente ficar propensa a deixar o refúgio dela e se dirigir ao seu (ou vice-versa), a correr o risco de sair de casa, deixe-a curiosa e excitada.

2. Portanto, nada de 'sua gostosa, vou fazer isso e isso com você, te pegar de jeito'... Seja sutil, sugira, insinue, não explique com todas as letras o que farão na alcova. Sim, esse confinamento eventualmente está fazendo nós homens, por natureza já idiotas, ficarmos ainda mais infantis e afoitos, mas sangue frio durante a sedução à distância, para o sangue de ambos ferver mais tarde, e pela razão certa, é fundamental!

3. Se não sabe cozinhar direito e/ou entende pouco ou nada das bebidas favoritas dela, esse é o momento, traste! Você faz parte da parcela privilegiada da sociedade que pode ficar em casa e executar o teletrabalho? Pois aproveite o tempo livre - não negue, ele existe e aumentou! - para praticar as artes culinárias. Assista a vídeos sobre culinária no onipotente e onipresente youtube, teste as receitas até ficarem no ponto e não seja muquirana ou preguiçoso, escolha ao menos uma garrafa da bebida favorita dela e anuncie, sem mais detalhes, que vai preparar um cardápio especial para ela, com direito a uma bebida digna do requinte e bom gosto dela. Se ela se mostrar cética ou duvidar de seus dotes culinários, mostre-se humilde e cortês: diga que está aprendendo, que adoraria que ela fosse a primeira a avaliar esses dotes e que o ajudasse a melhorar no que está errado, mas para isso precisa de uma mulher de  bom gosto e talento como ela.
 
4. Seja flexível e compreensivo. Se você planejou tudo para sexta-feira, no início da noite, ela surgir linda e cheirosa na porta de sua casa, e por algum motivo qualquer ela avisa que chegará ao ninho de amor e devassidão que você preparou, apenas no meio da tarde de sábado, não faça voz de menino contrariado ao qual negaram o doce. Seja solidário, mostre que se importa com ela e seus problemas e que você a esperará o quanto for, desde que ela venha de cabeça leve e toda sua (é, sou sim um 'puta dum conversinha'.  Já aplicaram essa pecha a mim centenas de vezes. Não pensem que isso me afeta ou ofende, caros leitores, muito pelo contrário!)

5. Mostre que além de galanteador e safado, também é consciente: tenha os devidos produtos de higienização literalmente à mão, assim que ela surgir em sua porta. Também tenha um conjunto de apetrechos de banho completo pronto e organizado e convide-a para, em nome da saúde de ambos, tirar toda a roupa assim que entrar  - não esqueça da sacola limpa e esterilizada para acondicionar estas, no kit de higienização - e tomar um longo e relaxante banho...

6. Já pensou em comprar algum item para uso na cama - óleo de massagem, brinquedinhos, acessórios de bdsm, seja lá o que ambos curtam - e colocá-lo na cama, debaixo do lençol ou colcha? E principalmente, nada de contar a respeito, antes de se jogarem na cama! Após o jantar e algumas doses da bebida, conversa amena, beijos e carícias, vocês se encaminham para o quarto, enquanto se atracam. Eis que um de vocês puxa a peça de tecido e... lá está, como uma roupa inocente esquecida ali por acaso. 

7. Por fim e não menos, faça como uma grande amiga me relatou sobre seus encontros sexuais com seu mais recente parceiro: um fim de semana 'do jeito que o diabo gosta'. Que a moça saia de sua casa ardida nas partes, pois se assim foi 'é que foi bom!'

Saudações canalhas e cafajestes

sábado, 18 de julho de 2020

Pensamentos bêbados em um sábado à noite


A civilização moderna e midiática produz um fluxo tão caótico de presente, futuro e passado de forma que só vemos um eternopresente efêmero, no qual somos heróis, mártires e bufões de  sagas vazias em que nostalgia se confunde com esperanças, delírios e frustrações. Todo passado torna-se igual e o futuro sempre bloqueado, assim falsas promessas de uma forma brilhante de futuro são vendidas como mera mercadoria e não como libertação, acumulando cada vez mais raiva.

P. S.1 : não peçam explicações, texto elaborado durante bebedeira e rompante de reflexão-revolta para com essa esbórnia em estado de derretimento acelerado que chamamos de 'mundo'.

P. S. 2 : apesar disso tudo,esta foi uma tarde gloriosa e esta informação também  não admite explicações!   

sábado, 11 de julho de 2020

Um exemplar da insuperável sabedoria feminina


Da mulher mais inteligente e deslumbrante que conheci(sim, leitores, este escriba e a dama em questão se encontraram. O texto que prometi, na última postagem, sobre como realizar um encontro seguro nestes tempos, foi adiado, pois esta peça abaixo não poderia esperar):

"Às vezes aplicava o fora nem tanto para se livrar do cara, mas principalmente pela fruição estética da língua, saborear o som de um bom trocadilho; pena que a maioria dos homens não entendia, faziam cara de 'hã??' ou se afastavam ofendidos e rebaixados. Bem, sem lamentações, eu perdia a chance de uma transa, mas não perdia a piada."

Caros leitores, sem dúvida uma mulher de raro quilate, 

Saudações canalhas e cafajestes 

sábado, 4 de julho de 2020

Sabedoria canalha


Em tempos de confinamento, contatos telefônicos são a saída para manter contato com os amigos, não deixar aquele lance com a ficante ou 'peguete' esfriar - aliás, a próxima postagem será um verdadeiro guia sobre encontros sexuais em tempos de pandemia, aguardem - , ou seja, manter um pouco de sanidade mental. Pois em uma conversa à distância recente com um grande amigo, colaborador fixo desta tranqueira, especulamos o que será que se passa ou se passou com as casas de tolerância, randevus, que estavam entre as nossas favoritas desse gênero de estabelecimento. Afirmei que prefiro não saber nem especular o que aconteceu a nossos prostíbulos favoritos, temeroso que o pior tenha ocorrido, mas em seguida ponderei que mesmo que tenham fechado, não demorarão a ressurgir, passado todo esse caos, pois este é um ramo de atividade para o qual a demanda é eterna e o retorno financeiro, certo.
Pois meu amigo, canalha que ele só, não se furtou a encerrar o assunto com uma obra-prima que só um membro da elite da canalhice seria capaz de forjar:

"Ora, não é tão complicado e perigoso assim comer uma puta durante a pandemia. Basta ela ficar de quatro e você comê-la por trás, e usando máscara. Mesmo que ela esteja sem máscara, se espirrar, as gotículas vão para a frente e você está no lado oposto!!"

Caros leitores, depois dessa pérola, só posso encerrar. 

Saudações canalhas e cafajestes

sábado, 27 de junho de 2020

Pérola de sabedoria




"Meu maior sinal de espiritualidade é odiar o trabalho, tal como é concebido, semanal e de tantas horas diárias, nesse mundo chamado cristão."

Mário de Andrade  incorporado por Jorge Miguel Marinho em Te dou a lua amanhã 

(Se quiser entender o 'incorporado', leia o livro)

sábado, 20 de junho de 2020

Mais uma joia de canalhice do mestre dos canalhas


E mais uma vez este escriba é obrigado a lançar mão das obras-primas, das lições de vida de Charlie Harper. Então, sem delongas, vamos lá:

Alan, o irmão roda-presa, travado, reprimido:
- Antes de eu vir morar aqui esse lugar era um espaço vazio e frio, só bebedeiras, mulheres e sexo, onde você só se embebedava e fazia sexo com mulheres que nada significavam para você. Não tinha família nem amor aqui.
Charlie, o mestre, devastador como sempre:
- O nome disso, Alan, é utopia!

Saudações canalhas e cafajestes

sábado, 13 de junho de 2020

Reflexão


A música e as outras artes nos concedem força para resistir a esse momento duro; nos lembra o que vivemos e experimentaremos de novo; evoca e alimenta nossa sagacidade e nossas energias, que  apenas hibernam. 
O tempo é um círculo, seremos no futuro tão brilhantes como fomos no passado.
Nada está perdido!!

Saudações canalhas e cafajestes 

sábado, 6 de junho de 2020

Postagem curta, direta e seca


Que saudade de minha cidade.
(Exilado na própria)

Como sempre, não peçam explicações (precisa?)


domingo, 31 de maio de 2020

Dica cultural de Alex B




Este escriba está aproveitando o período de confinamento para tirar seu perpétuo atraso cultural - por mais que leia, assista e ouça, sempre anseia por mais artes e cultura - e fruir obras que estão registradas em listas escritas ou mentais, algumas há vários anos. Pois há bem poucos dias assisti a um filme sobre o qual lia e ouvia a respeito mundos e fundos há décadas, o lendário 'Noite Vazia' de Walter Hugo Khouri, o cineasta-cronista-filósofo absoluto dos impasses e conflitos da condição masculina. 
Bem, caros leitores, limpei essa mácula da minha formação cinéfila e informo que ainda não me refiz da ação: fiquei tão impactado pela estética claro-escuro da película, os diálogos mortais de tão cortantes e precisos e principalmente, fiquei tão impactado pela precisão, distanciamento e desencanto com que retrata e reflete sobre os homens e sua perpétua busca pelo prazer, pela experiência sexual suprema, capaz de obliterar em definitivo as dores da existência, que passei o resto da noite e parte do dia seguinte a curtir ressaca física e moral enquanto vagava pelo apartamento, se entupia de café e folheava livros e revistas a esmo.       
Assim, recomendo expressamente essa obra-prima do nosso cinema (tudo que encontrarem sobre esse filme em meio físico e eletrônico - elogio ou crítica - garanto, é pura mistificação muito aquém do que ele realmente é.)
Por último, mas não menos importante, uma das atrizes principais do filme é ninguém menos que Odete Lara, musa, deusa do nosso audiovisual, e uma das mais belas e sedutoras mulheres que já fulgurou neste país.

P. S. : o filme pode ser encontrado na internet em poucos minutos. 

Saudações canalhas e cafajestes 

domingo, 24 de maio de 2020

Uma comovente homenagem a este canalha


Em uma conversa pra lá de informal e descontraída em um grupo dessa verdadeira maldição, dessa desgraçeira, essa deep web de bolso que é o maldito whatsapp, um dos membros assim descreveu esse sujeitinho, descrição que para seus ouvidos e mente deturpados soou como mais que um elogio, é uma verdadeira homenagem:

"Alex B: grande comunicador social (nome chique para jornalista metido a besta), blogueiro da vida putanhista, canalha e cafajeste procurado por muitas moças de moral duvidosa, que alegam ter ele destroçado as últimas ilusões de príncipe encantado que as arrombadas tinham, autor de livros escatológicos, somelier de mijo de égua e outros elixirs(sic) etílicos de procedência duvidosa além de frequentador assíduo de quengais da Boca do Lixo de SP e tido por alguns como o maior beijador de putas da região da Augusta."

Caros leitores, não é para encher o peito saber que esse é o conceito que se tem sobre sua pessoa, nos  lugares mais interessantes e sórdidos do Centro de SP?

Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 18 de maio de 2020

Postagem curta, direta, porca e chauvinista

Por absoluta falta de acontecimentos vividos e/ou vistos, pelo motivo arquióbvio e já explicado antes, esta postagem consiste em mais uma pérola de canalhice de Charlie Harper, extraída do seriado em que ele brilha:

"Quanto mais inteligente é a mulher, mais difícil se livrar dela"

Saudações canalhas e cafajestes

domingo, 10 de maio de 2020

Alex B ataca de crítico literário( Na verdade, não é bem isso...)


Tenho opiniões e reações contrastantes para com a obra de Charles Bukowski: sua escrita é plena de energia, convicção e entrega, ele é conhecido como um dos escritores nos quais o clichê 'obra é registro/recriação do que viveu'  mais se encaixa corretamente; porém também é conhecido por uma escrita desleixada, mal-acabada de propósito, exagerada. Domar a criatura que sai da mente após o jorro criador, rever o que foi registrado no papel antes da publicação era algo abominável para ele e seus fãs, o texto deveria vir ao mundo(leitores), exatamente como gerado, o 'velho safado', portanto, era de todo fiel ao pior aspecto do Romantismo.     
E essa a causa de minha ambiguidade para essa obra longa e tão desigual: ao mesmo tempo que me emocionei, ri e refleti, lendo seus relatos crus, excessivos e brutos, muito também me irritei com as frases de efeitos vazias e muitas vezes ridículas, com a narrativa sem fio condutor claro, pontuada por observações desconexas, enfim com a escrita sem nenhum cuidado. A poesia é um terreno ainda mais grave: muitos estudiosos e admiradores da obra do 'velho Buk' no exterior preferem sua poesia a sua prosa. Aqui nestas plagas, parece ocorrer o contrário: seus romances e coletâneas de contos tiveram melhor acolhida, sendo publicados desde os anos 80, enquanto traduções da poesia só começaram a circular no Brasil da primeira década deste século para cá e muitos leitores brasileiros realmente preferem a prosa. No meu caso, li uma fração de sua poesia e foi uma jornada árdua chegar à última página (soa a poemetos de adolescente que acha ter descoberto o sentido do universo  por ter dado a primeira trepada em meio a uma bebedeira e coisas do gênero). Fato é que ele tem público cativo no país, é publicado aqui há décadas e é um ídolo de escritores e aspirantes a tal que posam de 'malditos', 'marginais', 'rebeldes' e outros termos que já se tornaram, no depressivo meio artístico/cultural brasileiro, nada mais que pura marquetagem.   
Os poucos leitores que acompanham esta tranqueira já devem ter se perguntado, ao chegar a este parágrafo: tá faltando assunto mesmo, hein, Alex B? Não tem mais nada a contar sobre vida noturna, mulherio, beberagens,etc, por conta do isolamento e resolve enganar escrevendo resenhinha barata sobre um escritor cuja obra toda versa sobre esses temas? Não exatamente, meus caros. Enquanto divagava pelas minhas estantes de livros, esperando ansioso que a divina Calíope me abençoasse com uma livre associação de ideias que levasse a um texto para esta tranqueira, topei com os livros de Bukowski, há muito recebendo impassíveis camada após camada geológica de poeira e súbito lembrei de sua fauna de cultuadores que povoa determinadas partes do Centro de São Paulo. Em seguida, veio à mente uma conversa sobre esses tipos, que tive com uma grande amiga e voilà!!  A próxima postagem do Noites Cafajestes surgia em minha combalida mente.
Ocorre que já há vários viceja uma subcultura de boêmios, bêbados, aspirantes a escritor (ou que já o são, ou acham que são escritores de fato - esses são os piores), em certas partes do Centro, cujo ídolo, guia, mestre é o próprio escritor bebum supracitado. Essa fauna pulula e prospera principalmente  nos bares da Praça Roosevelt (sim, estou me referindo aos bares frequentados pela turma do teatro, artistas, 'alternativos' - outra palavra que caiu no ridículo há décadas e que ainda tem gente neste paíszinho medievo que leva a sério), bares do dito Baixo Augusta e adjacências. Pois bem, essa grande amiga, que como eu reside no Centro, em suas incursões noturnas, em busca de bebida e companhia (não necessariamente nessa ordem), topou mais de uma vez com exemplares masculinos dessa fauna(embora não seja formada só por homens: o 'velho safado' tem muitas leitoras brasileiras, incluindo uma escritora tão ruim quanto, que por um bom tempo posou de Bukowski de saias dessa região), que vinham com um papo pseudo-cabeça 'radical' e 'rebelde' para se mostrarem interessantes e assim angariar os favores dela; porém, esperta como é, não demorou a sacar quão falsa e artificial, estudada, era essa persona e logo criou uma curta e mortífera sequência de perguntas para demolir os tipinhos - segundo ela, alguns se apresentarem afirmando com todas as letras: 'sou o Bukowski do Centro'(!!!!!). 
Conta ela que olhava docemente nos olhos do rapaz, estudava sua aparência, a barba hipster cheirosa e bem aparada num dos salões da moda da moda da rua Augusta, o sapato e a jaqueta de couro gastos e ainda usados para dar um ar de 'marginal' e 'rebelde', em contraste com a camisa limpa e passada e então disparava o raio desintegrador:
- Vem cá, você tem uma pia de cozinha repleta de louça para lavar e transbordando de líquido gorduroso e mal-cheiroso? Mora em uma quitinete minúscula e toda bagunçada? Já teve de encarar um trabalho degradante, para conseguir pagar o aluguel dessa quitinete? Mesmo quando faltava grana para comer, não deixava de escrever um poema?
Caros leitores, a descrição das reações desses artistas malditos de butique, ao serem desmascarados com tamanha agudeza, é hilária. Deixo esse elemento da narrativa a ser composto por vocês, só conto que segundo ela alguns desses sujeitos pareciam prestes a cair no choro e sair aos gritos do bar chamando pela mamãe!!!
Bem, tarefa cumprida: um texto que ao fim tratou de vida boêmia, canalhice, a infinita mediocridade da espécie humana e das desventuras do Centro de São Paulo, temas centrais e perenes desta tranqueira.
Saudações canalhas e cafajestes  

domingo, 3 de maio de 2020

Reflexão - curta, direta e seca


O Homem pode ser dedicado, incansável, companheiro por um dia inteiro, uma semana inteira; basta um único deslize, uma única fala infeliz, na cama, ou em um momento de intimidade e tudo isso é esquecido e pulverizado em único instante por um golpe devastador feito pela mulher.

domingo, 26 de abril de 2020

Pensamento lapidar de um canalha exemplar



Como informado aos leitores desta tranqueira, este blog passa por um recesso de postagens baseadas em fatos vividos ou testemunhados por este escriba, dado que ele continua seguindo o confinamento e todos (eu repito: todos) os locais de vida noturna, boêmia, beberagem  e música, centros de devassidão, etc, que ele frequentava continuam fechados. E tanto o escriba quanto suas eventuais companhias femininas, apesar das tentações e desejos e de trocarem telefonemas repletos de baixarias, seguem sem se encontrar (decididamente, caros leitores, homens não pensam somente com 'a cabeça de baixo').
Assim, para manter a frequência de publicações do blog (algo necessário e bem-vindo nesse momento, tanto para vocês leitores - suponho - quanto para o escriba), passei a revirar anotações em pedaços de papel jogados pelos cantos da minha biblioteca/escritório, em busca de alguma anotação/ideia/rascunho esquecido, contatei amigos e solicitei que relatassem algo recente, anterior ao maldito confinamento, para ser transformado em postagem do blog (a da semana anterior foi resultado disso. Meus excelsos agradecimentos ao amigo que contribuiu). Por fim, apelei para a reprise particular que estou fazendo todo fim de noite, a insuperável série Two and Half Men(mas somente da primeira temporada à primeira metade da oitava; daí em diante, ignorem com todo desprezo possível!), e escolhi algumas frases lapidares do protagonista, o imortal, a lenda,  o mito Charlie Harper, para rechear algumas postagens. Sim, não é a ação mais correta e elogiosa para se manter o blog ativo (apelar para frases prontas de outro canalha, ainda que este seja O CANALHA!!!), mas é o que tem pro momento. Então, sem mais delongas e lamentações, vamos à pérola de mau caratismo:

Alan (o irmão pateta,burro, roda presa e reprimido de Charlie):
- Sempre achei que uma única mulher me completaria.
Charlie - canalha e afiado como sempre:
-  Isso é papo de esposas feias,velhas e mal-amadas para proteger seus interesses!           

Saudações canalhas e cafajestes

domingo, 19 de abril de 2020

Mais glorioso, impossível

Ele já passara dos cinquenta e os anos vindouros prometiam o oposto daquilo que os sonhos dourados da juventude - tão distantes, tão esmaecidos, tão esquecidos - faziam brilhar em seus olhos, pois assim que cometera o irremediável e abismal erro de ingressar na vida adulta, ou seja, tornar-se um homem decente aos olhos da sociedade - casamento cristão na igreja, família tradicional, filhos, carro, prestação da casa própria, emprego com horário para entrar e sair, vida programada até o túmulo - procurou com a volúpia dos homens desesperados reparar algo que não pode ser mais reparado de fato.
Ele tentava resgatar a juventude perdida e nunca mais recuperada por meio dos recursos usuais que  todos os homens que cometeram esse erro fatal lançam mão. Boêmia, mulheres pagas, amantes, jogatina, tentava equilibrar-se entre uma vida familiar cada vez mais pesada e insuportável e os apelos desses prazeres que tinham se tornado não mais que anestesias para calar sua própria consciência, sempre a lhe acusar de ter fodido a própria vida e não ter ninguém a culpar além de sua desprezível pessoa.
E assim os anos foram passando nesse equilíbrio  cada vez mais tênue, sua vida dupla cada vez mais evidente para sua mulher, que mesmo educada(leia-se deformada) para ser rainha do lar, mãe e esposa submissa, cada vez menos suportava as noites passadas a sós, os aromas mais que suspeitos que cercavam seu marido como uma névoa, quando este ressurgia, os fins de semana em que ele, de ressaca, mal dava alguma atenção aos filhos, que logo crescidos, passaram a responder com a mesma indiferença.
Mas nada disso parecia abalá-lo, mais e mais mergulhando na libertinagem, jogatina, boêmia, na boa e velha esbórnia que parecia ser tudo que lhe restava. E quanto mais a vida familiar se tornava deletéria, mais na decadência ele mergulhava. O irresistível charme da degeneração moral, da putaria barata, do inferninho esfumaçado, como ignorar? 
Até o dia em que tanto desregramento cobrou seu preço e ele teve a mais gloriosa morte que um canalha, bebum e mulherengo poderia ter.
Um infarto fulminante, em um hotel barato, ao lado de uma puta vulgar, uma garrafa de gim em suas mãos manchadas de nicotina.
Tudo isso, incluindo a cena da morte, me foi relatado por um parente próximo do falecido e velho amigo meu que, por meio desse relato, estreia como colaborador desta tranqueira. Ele, o parente, foi incumbido de manter as aparências, apagar as evidências da vida putanheira do sujeito e garantir que durante velório e sepultamento esse lado 'sujo' não viesse à tona.  

Convenhamos, caros leitores, há outra morte a que um canalha e cafajeste pode aspirar?

domingo, 12 de abril de 2020

Sabedoria suprema em poucas palavras

Homem que nunca ficou com a mandíbula dura, dolorida, de tanto chupar, cair de boca na deliciosa genitália feminina - e que, principalmente, não passou por isso muitas e muitas vezes - não é homem de verdade.
E tenho dito!

Saudações canalhas e cafajestes 

segunda-feira, 6 de abril de 2020

A eterna sabedoria dos gregos antigos


Como informado na penúltima postagem, o escriba desta tranqueira também se encontra em isolamento social, sendo assim, as próximas postagens serão citações, pensatas e frases de grande pensadores da canalhice e sábios em geral, colhidas durante a reclusão, uma vez que para haver relatos de canalhices e cafajestagens é necessário vivê-las no mundo exterior, o que é deveras difícil neste momento. Este sujeitinho agrade a compreensão dos benignos leitores e inicia essa nova - e esperemos, breve! - fase mais reflexiva e contemplativa do blog com uma peça de sabedoria do mais sábio dos povos, os pais culturais do Ocidente, citada em uma obra de Medeiros e Albuquerque, um dos maiores e mais subestimados escritores de nossas letras: 
"Aquele sábio grego que falava contra o casamento tinha bem razão ao dizer que, quando alguém se casa com mulher bonita, os outros também a querem; quando se casa com mulher feia, é o marido o primeiro a desgostar-se..."

Uma reflexão a respeito dessa peça exemplar caros leitores, que vale para ambos os sexos (não sejamos chauvinistas muito menos machistas): se casar-se com uma pessoa bonita  gera tantos desgostos quanto casar-se com uma pessoa pouco ou nada dotada de belos traços e corpo, então o ideal é...jamais se casar!!!

Saudações canalhas e cafajestes

  

sexta-feira, 27 de março de 2020

Diálogo Ou: texto curto, fútil e inútil


Passávamos em frente à atual versão da legendária, mitológica, eterna Kilt shows, na Nestor Pestana, rua muito importante para a vida boêmia-putanheira de São Paulo. O nível das moças defronte à fachada do estabelecimento, que papeavam com seguranças, clientes e paga paus nos impressionou. Disparei: "Pagar uma grana preta para entrar nesse lugar e escolher entre essas aí?"
E meu parceiro de beberagens, sempre preciso:"Se você fizer isso o pau fala: você vai, eu fico"

Saudações canalhas e cafajestes

sábado, 21 de março de 2020

Utilidade pública





Esta é a postagem da semana. Headbangers e roqueiros entenderão o trocadilho. Este sujeito também se encontra recluso, para retornar às noitadas em breve, que esperemos, voltem mais ativas e cheias de vida, prazer e boas confusões que nunca!
P. S. : deveria ter feito esta postagem ontem, mas  estranhos problemas no site hospedeiro impediram. 
Saudações canalhas e cafajestes.


sexta-feira, 13 de março de 2020

Decadência





Os caros e fieis leitores certamente hão de lembrar das postagens, um tanto recentes, sobre uma conhecida deste sujeito, ex-frequentadora assídua de meu bar favorito. Ex-assídua porque, conforme aqui relatado, o dono deu um ultimato à doida, farto das confusões que ela arrumava no estabelecimento: ou tomava jeito, parava de se transformar em uma pomba gira encarnada em um demônio da Tasmânia, a cada vez que via seu ex-caso a conversar com outra mulher, ou ele a proibiria de adentrar o local (já relatei essa história com mais detalhes).
Bem, além disso, a perturbada moça deu para arrumar confusão com outro frequentador assíduo do local, amigo de uma moça integrante de nossa turma. Pois ela desandou a berrar e ameaçá-lo da forma mais selvagem, por causa de brincadeiras desnecessárias, mas um tanto inocentes, que não são para tanto. Qual o resultado? Novo ultimato do dono, ainda mais firme, e o desaparecimento temporário da moçoila, devo confessar, para alívio de nós, a turma considerada a elite do bar por seu dono, cansados dos desatinos, de ouvirmos queixas sobre uma barra a qual ela não queria solucionar, de pagarmos cervejas semana após semana para ela e nunca recebermos um copo em troca.
Fiquei algum tempo(não mais que três semanas...) sem dar as caras no boteco. Ao retornar, recebo a notícia que a doida raramente tem aparecido e que, quando aparece, o faz no começo da noite, pouco fica e zarpa, sabe-se lá para onde, e que ficou mais comedida - finalmente! Mas o mais interessante veio em seguida: bem próximo desse bar, há outro, um dos últimos redutos de rock ao vivo na Rua Angústia. Pouco vou nesse, tão fissurado sou no primeiro, como os leitores atentos podem perceber. Pois não foi que a doida, também grande frequentadora desse segundo bar, foi dele escorraçada pelos donos, também fartos de suas despirocações? 
Caros leitores, ao ouvir isso, foi imediata a associação com a Rê Bordosa de certas tiras que o mestre, o gênio Angeli fez para uma edição especial publicada em meados dos anos 90, após a morte oficial da 'porraloca', tiras que retratam à perfeição esse tipo de mulher, entrada nos 30 anos, cada vez mais azeda, problemática, mergulhada em suas neuras e erros e descarregando-as nas pessoas ao redor, que passam a evitá-la e sejamos honestos, não estão erradas em fazê-lo. Imediata inclusive porque as histórias que ele criou, retratando a São Paulo dos anos 80 e o Brasil da mesma época foram e ainda são uma influência básica, absoluta, na visão de mundo e criações textuais deste sujeitinho.
Testemunhar a decadência social de uma pessoa, lentamente tornar-se uma pária em seus ambientes favoritos, é algo triste e até meio perturbador, mas acreditem, não foi por falta de conselho ou aviso, embora nessa cumbuca tenha mais coisas guardadas em seu fundo (como tudo que envolve nós humanos, aliás).

Saudações canalhas e cafajestes           

quinta-feira, 5 de março de 2020

Texto curto, mas nada fútil ou inútil (Uma obviedade que deve sempre ser dita)

 
 
O álcool não cria monstros, não transforma boas pessoas em más: apenas traz à tona o que já existe nelas.
Sem mais, 
 
Saudações Canalhas e Cafajestes

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CIII

"Puta tem uma afinidade com chuva  e dia chuvoso: ficar na cama com ela, como se estivesse chovendo lá fora e você quentinho, abraçado com ela, é muito bom; mas sair com ela(a puta)na rua, na maior, é bem ruim, igual quando está chovendo!

O dono do bar favorito deste sujeitinho, sempre sagaz e sábio. Mas cumpre registrar o complemento a essa peça de sabedoria, feita pelo colaborador mor desta tranqueira:
"Sem dúvida, mas isso depende da puta; aquelas bem caras e de alto nível, muito bem-vestidas e educadas, qualquer homem mostraria até para os pais sem o menor medo."

Saudações canalhas e cafajestes

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Nossa missão: espalhar caos


Estávamos este escriba e seu parceiro habitual de incursões notívagas circulando por um certo bairro da região central da cidade, recém-saídos de um bar/casa de shows pequeno e muito bem arranjado, tudo de muito bom gosto e qualidade(não citarei para não dar pistas comprometedoras, lamento. Ou melhor, não lamento nem um pouco!) Mal deixamos o estabelecimento em questão e ganhamos a rua, topamos com outro bar que nos chamou a atenção de imediato, mas por uma razão bem diferente: era nada menos que um local de lacração feminazista,onde 'homens não são bem-vindos', sobre o qual lêramos na 'infernet'. Abelhudos e dados à encrenca que somos, caminhamos até a porta e encaramos o local. Talvez uma ou duas das moçoilas engajadas que papeavam na calçada notaram nossa abjeta presença, sem dar atenção especial, assim decidimos partir. Porém, ao caminharmos menos de dez metros, meu amigo revelou: 
-  Reparou na garota lá dentro do bar, à esquerda da porta, que ficou nos encarando?
Ao que respondi de pronto:
- Não. Vamos voltar!
E os dois intrépidos encrenqueiros noturnos(sim, esse termo é irônico/jocoso) se postaram mais uma vez diante o bar e logo este sujeitinho que vos escreve encontrou a tal moça, que o encarou de imediato e recebeu como resposta um largo e debochado sorriso. 
Como nada mais havia a ser feito, nos afastamos de uma vez, entre risos:
- Viu a cara de tensa, nervosa, com que ela nos olhou? Quá quá quá!
- Vi. Esta é nossa missão no mundo: espalhar o caos! 
E caímos de novo na risada, até que ele fez uma precisa observação:
- Reparou como elas eram todas parecidas, uma linha de montagem com variações mínimas? Todas com roupas, postura e olhares quase idênticos. Isso aí é a tal nova geração engajada, progressista, do feminismo?
Pois é, caros leitores.

Saudações canalhas e cafajestes        

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

A verdade é sempre dura de se ouvir - e de aceitar




"Você na verdade é o Frangolino: banca o pilantra, safado, esperto mas não passa de um tonto que se acha!"

Frase dita pela mulher mais sábia, sagaz, adorável e a mais importante na vida deste canalha, que obviamente ficou desconcertado, mudo, arrasado após ouvir essa revelação. Cumpre anotar, porém, que foi dita em um tom carinhoso e seguida de várias carícias. Mas este pobre galináce...digo, este pobre sujeito, ainda está a digerindo...

Saudações canalhas e cafajestes...  

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Diálogo em uma noite de sábado chuvosa, numa alcova qualquer no Centro de São Paulo

– Não me venha com essa conversa de que a buceta é um universo inteiro, um infinito maravilhoso, ou pelo menos o portal que dá acesso a ele, para ser explorado pelo homem, tira essa mão daí!
– Mas é, meu amor! Vocês mulheres são realmente infinitas, contêm um universo em seu interior.
 Sei... e o pau é o foguete explorador, né? Foguete que devasta o que explora e solta um monte de dejetos durante sua exploração!

Caros leitores, como responder a tanta esperteza e agudeza de espírito?

Saudações canalhas e cafajestes