Era uma dessas noites em que, por alguma razão qualquer - cansaço, falta de dinheiro, o que seja - o sujeito fica em casa, entre filmes, livros e bebida. Em dado momento, resolve navegar pela maldita internet e verificar como está a medíocre vidinha dos outros humanos medíocres que conhece (ou se divertir como as pessoas fingem que são mais foda, mais bonitas, mais bem-sucedidas, mais tudo nesse vórtice de degradação que são as redes sociais). Bem, o sujeitinho que aqui escreve decide espiar a conta de uma quase celebridade da noite paulistana, uma loira já coroa, mas bem gostosa e charmosa, profissional da música que ele conhece pessoalmente, com a qual já trocou algumas palavras e galanteios em alguns porões da noite paulistana. E lá vai o sujeito espiar o instagram da moça em questão e, em plena madrugada, topa com foto dela, a loira gostosa, posando sorridente, em uma casa noturna, ao lado da praga de uma de suas ex- e logo a mais nociva, problemática e louca de todas elas, a que mais problemas, rancor e tudo mais que uma mulher pode fazer de ruim a um homem fez a este infeliz aqui.
Caros leitores, imaginem a cena: você sozinho, em casa, em plena madrugada, bundando pelo Instagram, internet, e topa com essa imagem: uma gostosa que você segue, galanteia, ao lado da pior mulher que passou por sua vida...
O calafrio de horror que senti foi escalofobético, indescritível de tão medonho. Involuntariamente, até olhei para os lados e cantos escuros, como se uma assombração tivesse surgido.
Saudações canalhas, cafajestes e assustadas