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sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Não deve haver igualdade entre os sexos? Qualquer forma de violência em um relacionamento jamais deve ser tolerada, correto? Pois então...

 Um grande amigo me convocou para ajudá-lo em um trabalho que ele estava finalizando em seu estúdio de gravação, preparar um texto, achar as palavras certas para as legendas de um vídeo por ele filmado e editado. Pagamento e prazos acertados em dois minutos, lá fui eu.      

Enquanto mexíamos daqui, reescrevíamos daqui, falando bobagens no meio, claro, toca o celular. Era a  mais recente namorada dele, a qual, desde o começo do relacionamento, há poucos meses, mostrou-se, para ser eufêmico e não parecer chauvinista, uma belíssima desequilibrada e chave de cadeia. E assim naquele momento: ele mal atendeu ela disparou uma torrente de gritos, xingamentos e imprompérios que ouvi perfeitamente. Ele fez sinal para que eu ficasse em absoluto silêncio enquanto tentava acalmar o demônio que se manifestava do outro lado da linha. Após alguns minutos de puro desconforto, ele encerrou a ligação e pôs-se a desafabar sobre as violências cometidas pela moça: ele estava desde as 9 da matina labutando no estúdio (como faz todos os dias, aliás), mas segundo a doce moça, ele não passa de um 'vagabundo'; não safisfeita, disse que ele, um sujeito com mais de cinquenta anos nas costas, dono de si que paga as próprias contas, não iria de 'jeito nenhum' a um show musical para o qual fora convidado, naquela noite, pois claro que iria trai-la com 'essas vagabundas que estão na noite'. O sofrimento dele era visível, comovente, pois ao mesmo tempo que estava visivelmente apaixonado pela moça, também não aceitava  tanto desrespeito.              

Tentei ajudar como pude, aconselhei, ouvi seus lamentose retomanos o trabalho.

Mais tarde, em casa, refletindo sobre a triste cena e o quanto meu amigo estava desolado percebi algo deveras interessante: as falas dela eram idênticas às de homens machistas e violentos que oprimem, ameaçam e fazem até coisas piores com as infelizes mulheres que caem em suas lábias; se, num exercício de ficção, os papéis fossem invertidos e as falas adaptadas, os diálogos dela poderiam servir perfeitamente a um desses machões violentos e por vezes, assassinos.                                                       

Bem, caros leitores, não deve haver igualdade entre os sexos? Todos e todas não devem ser respeitados? A violência de gênero não é abominável? - Tudo isso certíssimo, mais que legítimo. Pois que seja realmente aplicado e nenhuma tolerância haja quando uma mulher faz o pior que pode fazer a um homem!   Basta de hipocrisia e misandria mal-disfarçada!

Em tempo: alguns dias depois, meu amigo tomou a decisão mais correta, a única possível, e despachou a aspirante a psicopata, que claro, passou a ameaçá-lo com mais intensidade...

Saudações canalhas e cafajestes                                                                                                            

sábado, 4 de outubro de 2025

Texto curto e muito fútil e inútil. Mas carregado de alegria e maldade...

 E durante mais peregrinações vadias pela internet descubro que mais um daqueles 4 ou 5 sites de 'cultura pop por mulheres', com um olhar 'feminista' sobre a cultura pop atual, que, digamos assim, vicejaram, há uns anos atrás, bem, descubro que mais uma dessas porcarias pelo visto morreu: desde janeiro sem novas postagens, aviso, nada!  Uma minúscula, mas boa notícia, pois um site que em nome do feminismo trata taylor swift, k-pop e livros de romance adolescente como alta cultura, como dignos de 'análises profundas' e 'um ponto de vista diferente' tem mais que morrer mesmo. Fora o nome ridículo: Valkirias (ah, essa maldita mania de alterar a ortografia oficial de palavras para parecer que tem 'identidade', posar de 'diferente'...)

Enfim, a banalidade e a superficialidade disfarçadas de ativismo e 'inteligência' também são punidas, eventualmente, no mundo virtual.

Saudações canalhas e cafajestes 

 

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXLV

"Só se é jovem uma vez, mas pode-se ser imaturo para sempre"

Lição de sabedoria que recebi de uma das figuras humanas mais interessantes e sábias que conheci em muito tempo.  

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Dica cultural de AlexB


  "Se eu ir para longe, quando voltar vou te amar mais" - Cuchilo

Depois de realizar a obra-prima suprema do faroeste italiano O Dia da Desforra, em 1966, o grande diretor italiano Sergio Solima fez uma espécie de continuação em 1968, o filme objeto desta postagem, Corre Homem Corre, em que Cuchilo, o protagonista do primeiro filme, um sujeito mulherengo, malandro, 'conversinha' pacas, mas muito ético e correto, assume seu lado revolucionário em um filme que é um verdadeiro chamado à consciência para todos que assistem. Mas Cuchilo, nesta nova aventura, não deixa de ser (muito) afeito às mulheres e safado, como o brilhante diálogo acima mostra.

Se ainda não assistiu, corra a corrigir essa falha, pois o filme é facilmente encontrável, dublado, no YouTube.

Saudações canalhas e cafajestes   

domingo, 14 de setembro de 2025

Algumas coisas e comportamentos realmente só são diferentes no endereço

Ontem, como faço com frequência, parei para conversar com um dos porteiros do turno da noite, do edifício onde resido, ao chegar em casa. O cara é inteligente, articulado, temos gostos e opiniões parecidos e ele ainda conta muitas tretas (algumas engraçadas) que ocorrem neste prédio fincado bem no Centro de São Paulo, portanto, podem imaginar o que acontece por aqui...

Bem, ontem ele estava tenso, desatento, olhar de perturbação. Perguntei o que se passava e ele disparou: o casamento de mais de duas décadas acabou mas ainda não saiu da casa onde agora ex-mulher e filhos residem, ou seja , está vivendo um verdadeiro inferno cotidiano, dia após dia.  

Passei a trocar figurinhas e reflexões a respeito com ele (como já revelei antes nesta tranqueira, sem orgulho algum, já cometi esse desatino, essa burrice, fui casado, em priscas eras...). E mais uma vez aconteceu o que já aconteceu um sem-fim de vezes, ao trocar relatos, com quem quer que seja, sobre a agrura da vida que seja: os sentimentos, sensações e dores são muito semelhantes, quando os problemas são parecidos. Incrível como nós humanos somos prosaicos, limitados, nos repetimos, somos sempre iguais, não importa onde e como vivemos e estamos e o que tenhamos vivido. Certas coisas, incluindo tretas conjugais e comportamentos escrotos, só mudam de endereço mesmo.

Em tempo: procurei aconselhar o cara e expliquei que o processo de separação é dolorido, sofrido pacas, mas depois, com a vida reconstruída, ele passará por um glorioso renascimento.

Saudações canalhas e cafajestes 

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Dica cultural de AlexB

 


 Filme brasileiro dos anos 60 baseado em conto do mesmo nome de Aníbal Machado. O conto é uma das maiores criações do gênero em língua portuguesa; este filme é uma adaptação à altura, uma obra-prima. Mas este sujeito curtido pela vida avisa: é triste, melancólico pacas e ao final, faz pensar muito na vida e os pensamentos instilados são de acordo com o filme.

Saudações canalhas, cafajestes e desiludidas

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Texto curto, fútil e inútil Ou: não era isso que vocês queriam???!!!!

 Não consegui fazer uma cópia a tempo, mas descrevo aqui a peça com que topei na infernet.

Explico-me: vi no stories do Instagram de uma conhecida uma tira, uma hq em poucas imagens: Uma mulher nos seus trinta e tantos anos está caminhando na rua, bela e faceira. Um passarinho falante a acompanha; obviamente, a pequena ave representa sua consciência (e também, claro, seu mal-estar, como veremos adiante).                    

Toda cheia de si, ela diz ao ser enplumado que agora é muito melhor, nesses tempos atuais em que as mulheres são respeitadas e ela não é mais assediada na rua, não ouve cantadas grosseiras, 'fius-fius', etc. etc. O passarinho, desenhado não por acaso com uma expressão sábia e sarcástica, interpela: 'será mesmo que é melhor hoje e antigamente era ruim?'              

A mulher empoderada e dona de si o olha com pesado ar de reprovação e pergunta: 'Por que você diz isso?    

E ele responde de primeira, mais sarcástico que antes:

'Quando você era assediada na rua você tinha quantos anos? 16, 17, 20 e poucos, certo? E hoje, quantos anos você tem?

Ela olha para ele com ar azedo, responde apenas com um 'ah' murcho e continua a andar.

O interessante é que a moça que postou isso é uma mulher na casa dos 40 que continua bonita e atraente, mas cujo pouco do comportamento que vi (ela protagonizou alguns postagens aqui nesta tranqueira, há quase uma década atrás) e o um pouco mais que soube por terceiros mostrou que sempre foi a típica feminista moderninha: nas redes sociais, no discurso na mesa do bar, só críticas aos homens, lacração feminista radical, mas na vida real, quando topava/topa com um macho que lhe interessa, sai de baixo! Ou seja: essa sujeita ter postado isso beira a hipocrisia, de tão contraditório.

Não queriam que os homens nunca, nunca, nunca, nunca, nunca fossem 'vulgares e grosseiros', que 'cantada na rua ou olhar para nosso corpo é igual a um estupro' (garanto a vocês que li e ouvi isso!!!), não satanizaram o interesse dos homens heterossexuais pelas mulheres até o nível mais irracional possível? Taí, aproveitem o mundo maravilhoso que criaram, caras senhoras!

Como eu já escrevi várias vezes aqui, abomino o machismo e o que ele fez e faz às mulheres, mas o feminismo atual, essa tal onda moderna desse movimento não fica atrás!   

Saudações canalhas e cafajetes