Muitas vezes, ao retornar para casa em madrugada avançada de alguma noite de final de semana, a bordo de um táxi ou carro de aplicativo, este, devido aos lugares que frequento e por morar no Centro, desce a rua da Consolação. E sempre, sempre, quando por ali passo após as quatro e antes das cinco da manhã, a calçada da estação da linha amarela situada nessa ilustre rua de São Paulo, estação que recebe o nome daquele bairro paulistano habitado majoritariamente por gente metida a besta e arrogante, está tomada por grupos de jovens que passaram a noite em 'rolês' nas proximidades - Rua Augusta, claro, impera - esperando o metrô abrir para retornarem a suas casas e vidas comuns, após se divertirem, se entorpecerem e se acabarem nas noites feéricas que a cidade oferece.
E sempre que olho para eles, lembro de quando eu fazia o mesmo, lembro do começo de juventude, lembro de coisas boas que ocorreram naquelas noites, tento esquecer outras tantas coisas que se passaram na mesma época, às vezes na mesma noite.
E silenciosamente os cumprimento e celebro essas novas gerações, com todos os erros e esplendores que cometem (praticamente idênticos aos que todas as gerações antecedentes cometeram) e espero que essa cena se perpetue.
Saudações canalhas e cafajestes