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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Reflexões curtas e alcoolizadas sobre homens frouxos

Conforme anunciado, este escriba publicaria outra postagem, com reflexões sobre os eventos narrados, em postagem recente, estrelados por Frouxo e Louca. Bem, caros leitores, como escreveria o grande Reinaldo Moraes, não ando muito aristotélico hoje (e nos últimos tempos), não consegui extrair muito mais e creio que não há muito mais a acrescentar sobre as desventuras do animado casal em questão além dos comentários marginais, das breves digressões que entremeei na narrativa das patacoadas que aprontaram na Rua Angústia nos últimos dois anos, pelo menos(e que provavelmente continuam aprontando, quem sabe neste momento em que você lê esta tranqueira).
O que pode ser dito? Que a carência sexual e afetiva é sem dúvidas  uma das maiores chagas que podem acometer um ser humano, levando-o a aprontar um rol espantoso de prezepadas, imolações morais, emocionais e sociais, tudo em nome de ter uma companhia para descarregar as pulsões sexuais e, puro paradoxo, aplacar os momentos de solidão, essa monstruosidade que o pobre infeliz não percebe, o acossa sobremaneira justamente quando está em péssima companhia, pois ao termos ao nosso lado alguém que não mais suportamos e que só nos faz mal, nos sentimos e estamos mais sozinhos que nunca, garanto que entendo dessa experiência humana.   

Saudações Canalhas e  Cafajestes

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Instantâneos da cidade - VII

 

O texto escrito na parede de vidro, flagrado em um começo de madrugada,  é nada mais nada menos que o seguinte: ' Tapa na cara do patrão hoje', uma mensagem muito apropriada para o local em que foi registrada (um grande centro de poder financeiro desta metrópole, que é tão inóspita com a maioria de seus filhos e tão maternal com tão poucos deles) e para os tempos que vivemos.

Saudações canalhas e cafajestes

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Ainda sobre homens frouxos Ou: cenas horríveis e patéticas na noite


Ao final da histórica centésima postagem da série Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos avisei que o evento inspirador da pensata em questão era tamanho que inspirou ao menos outras duas postagens, cujo germe, a ideia inicial, foi registrada no  calor daquele momento em outros papéis à mão, para posterior escrivinhação. Pois bem, segue o primeiro destes textos, o qual não se centra em reflexões e/ou elucubrações sobre os acontecimentos pantomínico-trágicos cometidos pelo frouxo (doravante será chamado Frouxo) e a louca (doravante será chamada Louca), mas se resume a relatar as cenas presenciadas por este desesperançado escriba.

Cena 1: este sujeito e seu parceiro habitual de beberagens e noitadas chegam a seu bar favorito, cumprimentam seus conhecidos/companheiros de copo habituais e o dono do bar, pegam suas bebidas e se misturam às rodas presentes. Não muito tempo depois, estamos em um quarteto, discutindo animados qual o melhor álbum do Black Sabbath. Eis que Louca e Frouxo surgem a nossa frente, no balcão, e pedem por mais bebida para o dono do bar, dinheiro na mão. Impávido, o sábio e calejado proprietário anuncia que não venderá mais álcool para ela naquela noite (e não era 1 da manhã...).  O casal, após algum tempo se encarando e trocando cochichos, começa a discutir entre si, xingos e ofensas chegam esparsos a nossos ouvidos, até que ela dá um berro, aponta para os quatro homens a sua frente (nós) e proclama:
- Você não é homem de verdade, você é um frouxo! E quer saber? Tá cheio de macho aqui, se quiser, dou para qualquer um deles agora!
O  sangue em nossas veias, apesar de já bem alcoolizado, gelou e a encaramos, aparvalhados. Mais tarde, comentando a cena, todos admitiram que tiveram ganas de responder a mesmíssima coisa à 'dama':
' E por acaso nós somos loucos ou burros de pegar uma chave de cadeia como você?' Mas claro, a prudência e o bom senso nos mantiveram calados.        
Caros leitores, a expressão de derrotado, de pobre infeliz que carrega todo peso do mundo e de uma vida fodida de péssimas escolhas, que formou-se como que a golpes de facão no rosto de  Frouxo, após tamanha humilhação, foi realmente de causar pena.

Cena 2: cerca de uma hora mais tarde, estamos na calçada do bar, admirando o movimento da noite, secando as meninas que passavam na esperança de algum sorriso e possibilidades amoroso-sexuais. Eis que ouvimos mais um berro, num timbre infelizmente já familiar e olhamos para abaixo, de onde a algaravia provinha. Há uns 15 metros abaixo de nós Louca segurava e puxava a gola da camiseta de Frouxo, que desesperado tentava livrar-se das garras da harpia e dizia: 
- Me deixa, me solta! Tenho direito de ir embora!!!
Ao ver mais essa situação nossa piedade se esvai, damos às costas e tratamos de cuidar de nossas vidinhas. Mas eis que outro berro rasga a noite e Frouxo surge em louca escapada, rua acima, tirando 'fina' dos carros que lotam a rua, arriscando a vida sem pudores. E Louca, atrás dele, aos urros: 
- 'X', 'X'  volta aqui desgraçado!!!
E ambos desaparecem rua acima, rumo à parte mais alta do Centro, rumo ao inferno, à puta que os pariu! E assim expresso:
- Tomara que esses dois infelizes fiquem se perseguindo e só voltem para cá daqui um ano ou mais!
Tomamos grandes goles de nossas cervejas e retornamos, um pouco a custo, a nossos interesses.

P. S. (ou cena pós-créditos, para soar moderninho...): 

Cerca de dez dias depois retornei ao bar para outra noitada, mas antes, parei no mercadinho mais próximo para comprar uma cerveja mais forte e complexa, do tipo que o bar em questão raramente vende. Estava a poucos metros do comércio, quem está ao lado da porta deste, conversando calmos, com ares de muita intimidade?

Caros leitores, aguardem o próximo texto sobre essa saga de ridículo, horror e falta de vergonha na cara.

Saudações canalhas e cafajestes

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

O canalha nunca perde uma chance!


Estávamos este escriba, uma grande amiga sua, com a qual já teve um breve mas intenso e ótimo relacionamento e outro amigo nosso, em um de nossos bares favoritos, em uma inebriante noite de sábado. Ela protagonizou postagens do blog, há uns tantos (vários) anos, ele tornou-se o principal colaborador desta tranqueira, por merecimento.
Em dado momento, fomos para a calçada do estimado estabelecimento, tomar um pouco de ar fresco. Eis que durante a conversa, ocorre um esbarrão na mão da moça, que derrama um pouco de sua cerveja no próprio braço, desnudo devido à roupa, digamos, vaporosa e sensual que usava. Ela, como mulher de verdade e acostumada aos incidentes da noite, não fez caras e bocas de nojinho ou horror, longe disso:olhou para mim, sorriu e pediu para eu ajudá-la a se limpar. Interpretei da única forma possível e pus-me a lamber seu lindo braço molhado de cerveja, ao que ela reagiu com um sorriso indescritível de belo... Quando atingi sue ombro a troca de olhares foi fulminante e precisa: menos de um instante depois, nos atracávamos em frente ao bar e depois rumamos para os fundos deste.

Cerca de uma hora mais tarde, estávamos eu e meu amigo colaborador de volta à calçada; nossa amiga atendera à chamada de outro amigo/ficante e se bandeou para uma casa noturna muito propícia para encontros noturnos. Cerveja e conversa vai e vêm, ele dispara: 
- Meu, você é terrível, cê não perde uma chance! A 'X' fez uma graça, abriu uma brechinha e você, crau!
Sorri, meio encabulado e respondi: 
- Canalha é canalha.

Saudações canalhas e cafajestes.