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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XXXI

"Eu como uma puta, mas não como mulher solteira."

De um amigo canalha muito, mas muito rodado e sábio, mestre em observações curtas, diretas e desconcertantes. A frase foi a resposta que deu a uma "dama", colega sua de trabalho, que quis saber porque ele, após três meses naquele emprego, ainda não tinha se engraçado com nenhuma das moças que ali labutam. O suposto desinteresse dele pelas "beldades" da empresa a intrigou tanto que imaginou ser o rapaz um belo de um baitola (ha ha ha!) e resolveu averiguar a causa do fenômeno.Ocorre que esse amigo, como disse muito sagaz e vivido, não tardou a perceber que as solteiras integrantes das fileiras da instituição constituíam uma manada daquelas de dores de cabeça, encrenca, chaves de cadeia, enfim. Não satisfeito, ele completou a frase com uma reflexão: " E não seria a mulher casada um tipo de puta?"
  

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Como uma mulher ferra a vida de um homem - I: datas ridículas e desesperadas

Um casal já não se atura mais, tornaram-se somente sócios na criação dos filhos e na manutenção da casa, do sagrado lar, pois amor (o que é isso?) já se foi há milênios e o casamento está morto, putrefato e fétido tanto e há tanto tempo que todos os amigos próximos e parentes já sentem o mal cheiro e sentem-se incomodados pelo mal-estar contagioso. No entanto, a mulher, a doce criatura feita para a vida familiar e para TER TER TER TER TER um homem SOMENTE  para ELA ELA ELA, um homem que ela agarra e grita, orgulhosa e feliz(?)ao  mundo: MEU MEU MEU MEU!!!!!!, ela não assumirá jamais que esse matrimônio e a vida familiar(?) são um fardo pesado demais até mesmo para ela, apesar das várias e pesadas bandeiras que anda espalhando, assim continua exigindo dedicação integral e absoluta dele.
Para suportar esse mergulho na escuridão, o maridão tenta ter um pouco de vida social, rodar um pouco a noite paulistana com seu amigo de muitos anos e de muitas noitadas (este que vos escreve). Após semanas tentando encaixar as agendas e os compromissos vários de cada um, finalmente acertam uma ida a mais importante casa noturna da vida de juventude e loucuras de ambos, o templo em cuja catacumba escura e féerica, tomada de sons maravilhosos, voltam a ser jovens, poderosos e inconsequentes, em que o tempo e as marcas cruéis que deixou no espírito de ambos são anulados.
Pois bem, o que faz a esposa do rapaz, ao farejar que ele viverá momentos de satisfação e alegria sem ELA ELA ELA, sua contraparte, sua carametade, sua... DONA? Simples: ela o acusa de ser um insensível, um ogro que teve a audácia de esquecer que a data reservada para a noitada com o amigo é uma data importantíssima para o casal, um marco da maravilhosa relação, nada menos que o aniversário do... tchan tchan tchan...primeiro beijo! 
Sim, caros leitores, a mulher fez mimimi, ensaiou choro, chantageou o marido, exigiu a presença dele em casa para comemorarem não o aniversário de casamento ou de namoro, mas sim o do primeiro beijinho, quando eram ficantes eventuais.
Nunca, jamais, soube ou lidei, rodado como sou (qualidade atribuída a mim por muitos amigos e amigas meus, não por mim mesmo) com uma desculpa-chantagem dessa envergadura de sentimentalismo para manter um homem preso no... urgh... lar.. 
Como terminou essa noite romântica? Leitores, não tenho coragem nem estômago para relatar, pelo menos não nesse momento, algum dia, espero fazê-lo.       
P.S. : o espantoso é que há quem me acuse de ser grosso, sem sentimentos, um chauvinista, ao traçar essas reflexões.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos -XXX

"Algumas (muitas) mulheres sofrem e pior, se vangloriam, do pretenso poder mágico de identificar com qual infeliz irão  compor um casal eterno, perfeito e feliz, mesmo, por vezes, sem sequer ter visto o infeliz frente a frente, conhecê-lo apenas de modo virtual. Dirigem suas carências e frustrações para um idiota qualquer e querem convencê-lo de que as estrelas, os poderes do universo e as baboseiras que mandam na cabecinha avariada delas determinaram que ficarão juntinhos por toda a eternidade...E claro que esse sonho é acompanhado de imagens de puro delírio de romântico, bucólico, ameno."

Do amigo de sempre colaborador principal desta tranqueira, refletindo, com a sagacidade que lhe é peculiar, sobre uma profusão de doidas que o atormentou nos últimos, malucas que muitas vezes só conheceram os perfis fakes dele, contas de msn e ainda assim decretaram que ele era o homem de suas vidas... 

sábado, 27 de outubro de 2012

Mais uma noite do caçador noturno Ou: canalha sim, mas com princípios

Afirmo com frequência a amigos de ambos os sexos e à maioria das mulheres que passam por minha vida que sou um canalha com princípios, com moral: não pratico a monotoni.., ops, a monogamia, não aceito cobranças ("oh, você não me liga há dois dias!", " ahhh! você fica com outras mulheres, cafajeste!!!"), ofereço tudo isso para a dama com quem divido horas e cama, mas estou sempre em busca de novas companhias, sempre querendo conhecer um pouco mais do mistério sem fim que são as criaturas do sexo feminino, porém sempre evito tratá-las como mero objeto ou ser sacana ou desrespeitoso.
Bem, alguns deles riem, as mulheres geralmente se indignam (por que será, hein?), uns poucos mostram-se intrigados e refletem sobre meu modo de vida, definido nessa formulação que aparenta ser contraditória. E curioso, sempre tenho oportunidades de demonstrar como esse termo, canalha com princípios, não é retórica barata, é uma prática. Segue um relato de uma ocasião, muito recente, em que fui canalha sim, mas honrado!
Uma dama com quem tenho travado ótimas conversas e intercursos íntimos vários pediu-me que a levasse até a entrada de uma famosa casa noturna, onde ocorreria o show de um grupo musical por ela muito estimado.Ocorre que a moça reside longe, muito longe do centrão, e como a apresentação se encerraria ainda durante a madrugada, ela ficaria ao relento, sozinha, desamparada, esperando o reinício das linhas de transporte público e solicitou que eu a recebesse em meu humilde lar, até que a alvorada rasgasse o horizonte. Claro que aceitei o pedido e a deixei na entrada do local, feliz e segura, e com horário para reencontrá-la, ali mesmo, marcado. Nas proximidades há outra casa noturna, na qual um grupo de rock pesado de ótima qualidade, seus membros são todos meus amigos, é uma das maiores atrações. Como tinham me convidado a adentrar o antro e se juntar a a eles no camarim e nas eventuais prezepadas noturnas, para lá rumei, com o intento de usar as cerca de três horas de que dispunha desfrutando da ótima companhia deles. 
E lá fomos nós. Uma rodada de abobrinhas e risadas proferidas no retiro dos grupos que se apresentam no lugar, passeio para observar a fauna local e ida ao fumódromo. Foi neste que  começou o evento que pôs meu caráter à prova...  Ocorreu que encontrei outro amigo lá, tão ou mais canalha que eu. Ele não demorou a anunciar: "estou com uma mina e tem uma amiga dela que está sozinha. Vamos lá, vou te apresentar pra essa!" Tremi diante a possibilidade, expliquei minha situação, que a moça que estava nas proximidades não poderia ser abandonada ou esquecida, que pintar algo com outra mulher era um péssimo evento naquela noite, mas meu amigo de vida noturna não me deixou argumentar muito, ele literalmente me puxou pelo braço e apresentou-me a tal garota, uma linda morena de cabelos encaracolados que, leitores, garanto que agiu assim ao sermos apresentados: seus olhos cintilaram ao me encarar, aproximou-se a ponto de roçar seus seios no meu tórax e anunciou, numa voz molhada de tão lânguida: "oi, meu nome é Celeste."(nome fictício e irônico, óbvio!!!!). 
Atraquei-me com a moça por sei lá quanto tempo até a consciência e os escrúpulos gritarem de que se eles não tomassem já, naquele instante, o controle de minha mente e principalmente de meu corpo, a coisa terminaria mal (ou muito bem, dependeria do ponto de vista). Assim, inventei uma desculpa qualquer, prometi voltar em minutos, e corri para o camarim. Assim que piso o local a namorada de um dos músicos me fuzila com a frase: "Senhor Alex B, não tem vergonha? A moça te esperando aqui perto e você de coxas atracadas com outra, aqui dentro!! ha ha ha ha!!" Pasmo, eu retruco: "Você viu?!!!" Ao que TODOS presentes respondem: " E quem não viu a cena? Quá quá quá!!!"
O que eu poderia ter feito, caros leitores? Ri com eles, tentei me explicar, me sentei num canto, esperei a hora soar, deixei o local, encontrei a dama titular da ocasião, rumei com ela para casa e tivemos um ótimo fim de noite.
Por que fui um canalha com princípios?Oras, porque se eu fosse um canalha qualquer, sujo e desprezível, baixo, teria partido para os finalmentes sexuais com a outra dama, a segunda da noite, e teria mandado à pqp a primeira. Mas o respeito, as regras falaram mais alto: marquei  algo com uma dama, abro mão de qualquer outra para manter meu compromisso!! Discordem, se forem capazes, de que isso é ser um canalha honrado e decente.    
Saudações canalhas e cafajestes              

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos -XXIX

"É possível cometer suicídio uma única vez."

Este escriba, ao ser perguntado se pretende casar-se de novo.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Mais uma noite do caçador noturno

Meio perdido, desorientado e inquieto, o caçador noturno perambulava pela noite de São Paulo, em busca de um substituto para seu antro favorito, tornara-se mais um saudosista daquele adorável lugar fétido, que tão bem casava com o conceito e atmosfera deste blog.
Seguindo indicações de amigos tão ou mais canalhas que ele, aportou em um galpão na zona oeste da cidade, que era ressuscitado pela segunda ou terceira vez, e para o qual muitas outras viúvas do antro também acorreram, incluindo as mulheres, segundo fontes confiáveis. Assim, adentrou aquele território da cidade um tanto boyzinho e bem diferente do centrão, onde ele reina, se perde e se acaba. aventura esta que arriscou acompanhado de companheiros de jornadas noturnas canalhistícas.    
Felizmente, o lugar em si nada tinha de classe alta ou decente, era um típico buraco do centro, situado em outro ponto da cidade, como ele bem iria descobrir.
O caçador noturno e seus companheiros dispersaram-se, cada um em busca de sua musa de uma noite. As opções, ele logo descobriu, era poucas e a maioria de baixa ou nenhuma qualidade, leiam-se atrativos físicos
 (tentem deduzir o que signifca a maioria de uma pequena quantidade), o que o levou a ousar mais uma vez, a atender, sem pestanejar, sua compulsão para buscar encrencas. Assim, lá foi ele abordar uma criatura de corpo e estilo atraentes e rosto diametralmente oposto a estes dois, uma criatura das trevas com qual já trocara algumas palavras em outras noites no extinto antro favorito, palavras que não se coagularam em atos, para sua sanidade e bem-estar, ele descobriria nesta noite...
Em pouco minutos de conversa ele descobriu coincidências preocupantes para ele e empolgantes para ela; o que tornou a criatura-fêmea muito mais receptiva e aberta, tanto que o caçador noturno percebeu que estava tornando-se caça, pois a boca da candidata a musa aproximou-se bastante da sua, a ponto de ele receber, vindo das profundezas da cavidade oral cada vez mais úmida e ansiosa, um odor típico da boca de carnívoros, de devoradores, que aniquilou por completo sua confiança, pose e lábia, um aroma que lembrou-lhe que o mal, a perdição e o arrependimento eterno residem na noite da cidade, e que enganam os incautos por meio de belos corpos e belos rostos (bem, neste caso, só havia o primeiro belos). Assim, o  caçador noturno conhecia uma versão literalmente putrefata da eterna capacidade feminina de fazer o mais rodado cafajeste se sentir um menininho assustado, pois desabou de todo e percebeu que provocara uma criatura por demais pesada para poder enfrentar.
Da melhor maneira que pôde, aproveitando-se da intervenção de um ser que se assemelhava a uma amiga da entidade, desvencilhou-se dela e seguiu noite adentro, vagando pela casa noturna como se perseguido por uma sombra maligna, enquanto aguardava o início da apresentação de um excelente grupo cover e quem sabe encontrando uma musa de uma noite que afastasse a atmosfera de pestilência que sentia rondá-lo. 
Claro que essa busca foi inútil: nada conseguiu e a alta e esguia fêmea trajada em couro, bafejando seus poderes das trevas, sem trocadilhos, aparecia aqui e ali, estendendo-lhe a mão, tentando continuar a conversa...
Ao encontrar seus companheiros de noitada, no local reservado para consumo de bastonetes cancerígenos, relatou sua história. Um deles, profundamente versado na artes e práticas do ocultismo, transmitiu-lhe a seguinte lição de sabedoria:
 - Quando invocar um demônio, tenha certeza de que seu conhecimento de magia e o círculo mágico que traçou sejam fortes o suficiente para contê-lo. Saber uma ou duas coisas sobre um demônio, incluindo seu nome, não basta para dominá-lo.
Ou: você invoca o mal e depois não tem força nem coragem suficiente para domá-lo?
Esta a lição da vez que este canalha lhes passa por meio deste relato.

Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos -XXVIII

"A ciência está errada, existe geração espontânea: minhocas e caraminholas surgem na cabeça das mulheres a partir de nada."

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Ainda lamentando-se pelo fim do antro favorito

"Sempre preparado para o fim, quando veio, me pegou de surpresa."

Charles Bukowski

domingo, 22 de julho de 2012

Quando é preciso ser homem

Estava prestes a retomar uma série antiga, dos primórdios do blog, que recebeu até o momento somente o texto de estréia, mas um acontecimento da última noite me obriga a adiar essa retomada.
Fui a uma conhecida e badalada festa de rock de São Paulo, com dois amigos. Um, recente, amigo de outros amigos meus e com o qual travei amizade imediata, há menos de ano, após sermos apresentados e um identificar o outro como canalha de estampa, claro. O outro, amigo de muitos anos, colaborador contumaz desta tranqueira (a postagem anterior é registro de uma conversa com este).
Entramos, após uma pequena e desprezível treta com a criatura escrota e obesa que se diz "hostess" da casa, curtimos o som (ótimo, rock´n´roll de primeira, no talo), bebericamos um pouco e partimos para o ataque, mesmo ao percebermos que a casa noturna e a festa já viveram noites melhores.
Meu amigo mais recente foi mesmerizado pelos encantos de uma roqueira muito bonita, estilosa, muito produzida, alta e com um belo corpo. Trocando em miúdos: uma autêntica equina, uma exuberância de mulher. Aproximou-se, pediu para conversar, entabularam conversa. Enquanto isso eu  e o outro cafajeste partimos em busca de nossas musas de uma noite.
Idas e vindas, abordagens, conversas, um trombando o outro pelos corredores, fumódromo e pista. Eis, mais de uma hora depois, que o amigo recente nos procura cuspindo fogo, os olhos cintilando de raiva:
"Cara, tô muito puto com aquela vaca! (quando  a mulher muda de família mamífera e migra de equino para bovino tão rápido, cumpre deduzir que a treta foi feia!) Ela sumiu após conversarmos um pouco, disse que ia ao fumódromo. Achei ela perto do palco dançando, um tempo depois, e fui direto: disse que gostei dela e que queria ficar, claro. Ela enrolou um pouco, daí disse que estava louca por uma bebida e pediu para eu pagar uma. Fui ao bar e peguei uma das mais caras. Pus a bebida na mão dela, conversamos mais um minuto, daí a vaca sumiu de novo, já faz tempo, sem sequer me dar uma resposta!"
Caros leitores, o relato de nosso amigo acendeu a fúria de seus companheiros canalhas. A falta de honestidade da garota, diga-se de breve passagem, uma marca muito difundida e detestável das mulheres jovens contemporâneas, não poderia ficar incólume; logo o trio nos pusemos a discutir o que ele faria ao encontrá-la (porque iriamos encontrar a bovina de belas ancas, ah, se iríamos!):encher um copo de água e arremessar no lindo rostinho? Chegar já chamando-a de puta e interesseira? Aproximar-se, pedir explicações e daí disparar os xingamentos? Ele decidiu pela ação mais fria, calculada e a que um homem de verdade deve executar num casos desses e fomos em busca da moçoila, a qual tive a honra de encontrar, conversando com um pequeno séquito de amiguinhos abicholados. Combinamos previamente que ele a abordaria e nós ficaríamos nas proximidades; caso as "amiguinhas" intervissem nós dois as afastaríamos, expondo que a coisa tinha de ser resolvida entre os dois.
Foi um espetáculo deveras interessante: meu amigo, com expressão de rosto e voz calmas, nomeando a garota de nomes e termos que vocês podem deduzir. E ela, aparentando resignação, concordando com curtos movimentos de cabeça. Por fim, o final triunfante: a garota abriu a bolsa e devolveu a meu amigo a honra dele, encarnada no valor que ele dispendeu com a bebida. Eu e o amigo antigo acompanhamos tudo com olhos e atenção de águias.
Finda a missão, cumprimentamos nosso irmão canalha, que, satisfeito e realizado, agradeceu nossa obrigação de o auxiliarmos; meu amigo mais antigo, o mestre dos canalhas, disse que o amigo mais recente tornara-se seu novo herói e que vagabas daquele naipe tem de ser tratadas dessa forma.
Não creio ser necessário discorrer muito sobre moral e significado da história, mas é fora de dúvida que um homem de verdade tem de assim fazer em certas ocasiões e que o evento valeu a noite.

Saudações canalhas e cafajestes, orgulhoso de ser o que é e de ter os amigos que tem.  

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Uma verdade incômoda

Estava este canalha ébrio conversando com um grande amigo, que já contribuiu com frases lapidares e relatos de eventos para o acervo desta tranqueira, conversa sobre mulheres e nossas últimas conquistas, reveses e encrencas com elas, claro. Eis que a confabulação cai no assunto lides na cama, como agir em certas situações de alcova muito comuns, manter-se no estreitíssimo e perigoso perímetro em que procuramos nos mostrar canalhas e ao mesmo tempo não nos mostrarmos desprezíveis demais, não estragarmos nossa imagem, para quem sabe repetir a dose ou ser elogiado conversas afora com as amigas e assim despertar o interesse destas. 
Conversa vai e vem, um supreso com as práticas do outro - como enrolar e começar as preliminares apenas após o apito final do clássico de futebol imperdível que passa na tv do quarto do motel, sem deixá-la doida, como virar para o lado e dormir sem ser grosseiro e oh! "insensível" etc - um exaltando o outro como  o maior cafajeste que conhece, como sempre, até que caímos no assunto o orgasmo das mulheres e a já mais que arquimitológica fama de nós, vis machos,  não saber e não se empenhar em provocar a sublime "pequena morte" nelas...
Bem, o sujeitinho aqui fez uma observação, durante o papo,  que nenhum homem contestou, em todas as ocasiões em que a disparou, a saber: quantas e quantas mulheres, o prezado leitor já teve(não importa seu sexo, leitor) que só alcançaram o êxtase após você manipular o instrumento do prazer das mulheres, vulgo clitóris, utilizando algum apêndice de seu corpo que não o órgão sexual? Em termos  muitos chulos e diretos: quantas e quantas mulheres, não importa o que fizesse a ela, nela e no interior dela, só tinham orgasmo após uma bela manipulação de dedinhos em seu "pontinho"?
É curioso, para não dizer revoltante: nós homens que crescemos durante as décadas de 70 e de 80 fomos massacrados com a idéia de que teríamos de estar a serviços das mulheres na cama, que elas são deusas supremas e perfeitas e que nós homens somos seres baixos, mesquinhos, e só pensamos em sexo sem sentimento(OHHHH!!!!!!) e que a culpa, se elas não atingem o gozo, é nossa e somente nossa. Discutir o estrago que essa patacoada causou nas relações entre os sexos e como foi e ainda é difícil para ambos superarem esse papinho de feminismo barato pós-revolução sexual dos 60´s é assunto para postagens e mais postagens imensas, por isso aqui só farei uma simples observação: sexo, me parece, é troca, comunicação, contato, influenciar e ser influenciado durante todo o ato, portanto se um não faz sua parte corretamente durante a coisa, o outro sempre tem alguma culpa nesse cartório repleto de papéis que ninguém quer assinar.
A culpa de as mulheres não atingirem o orgasmo é nossa, sem dúvida, mas também delas, que se proclamaram liberadas, mas ainda não sabem, na maioria, lidar com seu corpo, receios, recalques, desejos e inibições, esta a verdade incômoda: a culpa também é delas.
Ah, sim, a conversa sobre o assunto com meu amigo terminou da seguinte forma, caros leitores: comuniquei a meu amigo estar tão farto de toda a encrenca descrita acima que, quando percebo que minha acompanhante nas atividades imorais e hedonistas que nos afastam do divino é uma dessas liberais travadas e que meus esforços pouco adiantarão, não me furto a seguir o mais leve sinal emitido pela dama e desço o dedo....
Meu amigo apenas disse: Você é o cara, o mestre dos canalhas!!
Saudações muito canalhas e cafajestes.  
    

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Luto

Soube há pouco que o mais paulistano dos  cineastas brasileiros foi-se na tarde de hoje.Um sujeito como Carlão Reichenbach (pode parecer gaiatice essa intimidade, mas assisti a quatro palestras, bate-papos e encontros com ele nos últimos anos e em todos ele sempre fez todos os presentes se sentirem amigos, íntimos de sua grandeza de espírito e inteligência), que exaltou em sua obra  as mulheres, a liberdade de espírito, a vida livre e sem peias e era paulistano de coração, ainda que não de nascimento, e também exalta esta cidade doida e viciante em boa parte de seus filmes, deve ser lembrado nesta tranqueira.
Se o caro leitor se interessou pela obra do mestre, comece com o filme cuja capa está reproduzida abaixo, "Lilian M: relatório confidencial", o melhor ataque sob a forma de arte já feito neste país contra a putrefata família patriarcal.

Saudações entristecidas


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Reflexões após uma enfiada de noites canalhas e dias cafajestes

Para um canalha merecer essa alcunha, o estrago que causar na cabeça e na vida de certas mulheres sempre deve ser superior ao estrago que elas poderiam causar nas dele.

O verdadeiro canalha, ao deixar uma mulher, nunca olha para trás, em sentido literal e figurado; não importa quão longa, intensa ou duradoura tenha sido a relação. 

Pensamentos baratos de minha autoria, não formulados em uma mesa de bar, durante uma das noites do último feriado, mas em casa, recolhendo-se para o merecido repouso, enquanto o sol se levantava, após muitas atividades noturnas; pensatas que surgiram ao considerar os acontecimentos dessas últimas noites. 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Friday night feeling

Sim, já estamos às portas da quarta-feira, a postagem soa atrasada, mas os ótimos papos em que a obra de arte abaixo foi citada e enaltecida rolaram na última noite de sexta; assim, façamos justiça à noite e a essa ode à grandeza dos que seguem adiante sem olhar para trás, que não são estreitos de espírito, que deixam as mulherzinhas chorosas nos seus cantos se iludindo de que ainda há uma nesga de amor pulsando no fundo daquele coração canalha que a deixou, de que elas nunca (oh!) serão esquecidas. Ha ha ha! Baby, saiba que vem "o vento e te levou".

Saudações canalhas e cafajestes.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Marcha das Vadias, neste sábado

É cansativo e tedioso ter de explicar mais uma e mais uma e mais uma vez: não sou machista, não sou um porco sexista, não defendo, pelas vias tortas das mal traçadas linhas que empesteiam esta tranqueira, a submissão da mulher, não sou favorável a uma volta aos tempos em que os homens tinham poder de vida e morte sobre as mulheres e seus corpos, jamais!! Já deixei claro em vários textos aqui publicados que as mulheres, para este tipinho, são as criaturas máximas e mais maravilhosas do universo inteiro; mas sou contra, sempre serei, o comportamento e ações de uma parcela das mulheres contemporâneas, mesquinhas e ressentidas, que crêem e praticam uma vingancinha barata e histérica contra os homens, e querem subjugá-los. Isso jamais! Igualdade sempre, nenhum sexo deve se curvar ao outro, entenderam?
Bem, por acreditar pia e irrevogavelmente nesta igualdade e nos direitos das mulheres, faço esta postagem para comunicar: a Marcha das Vadias será neste sábado, no mundo todo. Em São Paulo, a concentração será a partir das 13 hs, na Praça do Ciclista, no final da Avenida Paulista, quase na esquina desta com a  Rua da Consolação. Mulheres que acreditam terem pleno direito sobre seu corpo e homens que respeitam as mulheres mas também exigem serem respeitados, compareçam. Mais informações no grupo do evento, no facebook:

          https://www.facebook.com/marchadasvadias


Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos -XXVII

" Todo bom escritor é um músico frustrado."

Observação muito vivaz feita por um parceiro de noitadas e cafajestadas - e a primeira contribuição dele para este blog. A frase surgiu durante uma conversa em um bar da Augusta, em que nos abastecíamos enquanto planejávamos as ações para a noite que começava e discutíamos música e literatura (canalhas não conversam apenas sobre mulheres, também podemos ser cultos.); comentei meus planos sempre adiados de estudar música e ele, que me considera um bom escritor (é o que sempre digo: tem gosto para tudo nesse mundo!), mandou essa. 

 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Jóia de sabedoria

Caros leitores desta tranqueira, a frase lapidar logo abaixo não faz parte da série descobertas feitas em mesas de bar e anotadas em guardanapos porque foi colhida numa situação, pasmem, para lá de romântica: este canalha, com a mulher mais sábia e adorável que já conheceu, sentado numa varanda, num começo de noite fresco e agradável, suave, bucólico, ouso definir, diante deles a bela paisagem de uma importante cidade do sul do país, mãos dadas e vinho fluindo entre os beijos apaixonados... melhor parar por aqui, antes que eu decepcione vocês e se convençam que estou apaixonado... 
Bem, durante esse inebriante evento a moça disparou a que é certamente uma das mais profundas e sábias frases que já ouvi vindas da boca de um exemplar da suprema e maravilhosa raça feminina:

" Homem que não é safado não presta." 

É necessário algo mais, algum comentário ou explicação?

Saudações canalhas e cafajestes.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

A decadência, pelos olhos de um cafajeste Ou: Saturday Night Feeling

Para muitos, senão a totalidade dos seres humanos decentes e "de bem"(argh), a decadência de uma casa noturna, randevu, boate, bar, pulgueiro, seja o que for, instala-se quando o público "baixa de nível", a qualidade do atendimento e das bebidas caem de maneira inversamente proporcional aos preços, a sujeira e a falta de cuidados passam a impregar os mictórios, as brigas e baixarias tornam-se a principal "atração" do pedaço, ou seja, se o lugar em questão deixa de ser limpo, seguro e respeitável e torna-se sujo, violento e mal-afamado, pronto, eis mais um ponto de diversão noturna que caiu na decadência.
Bem, caros leitores, como já devem ter deduzido, não compartilho muito deste ponto de vista. A maior e a mais verdadeira decadência, para este escriba, é exatamente quando o empreendimento notívago torna-se pacato, normal e principalmente sem sacanagens, sem clima de e propício ao sexo.
Já há algum tempo percebo que meu antro favorito no Centro, tantas vezes aqui citado e discutido, cenário de várias de minhas postagens, caminha para uma decadência preocupante: a quantidade de mulheres diminui, as loucuras que ocorrem lá dentro cada vez mais comuns e "normais" e outras coisas mais.
Neste último sábado, após uma ausência de semanas, retornei ao querido antro e percebi mais um sinal de sua  triste decadência: uma boa e empolgante banda cover de Guns n´Roses executou o clássico abaixo e absolutamente nenhuma garota subiu ao palco e iniciou um strip! Nos bons tempos desse pulgueiro, se um grupo executava a canção abaixo, bela homenagens às mulheres da vida, pelos menos duas garotas logo
subiam ao palco, convidadas ou não pelos músicos, e  tiravam parte da roupa, se beijavam, se esfregavam, para delírio do homerio presente, claro.
Isto é a verdadeira decadênciam, compreendem? Pouca ou nenhuma sacanagem, meninas na flor da idade apenas assistindo a um show de rock e não viver o que essa música recria?
 Quando o parco público feminino presente não se anima a atiçar os machos de plantão, tenha certeza de que o antro caiu na lama.
PS: apesar de tudo exposto acima, o sujeitinho aqui se deu bem. 

Saudações canalhas e cafajestes


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Papéis avulsos - I

O título da postagem homenageia (cita) o mestre supremo da escrita em língua portuguesa(não sabe a quem me refiro? Pois como castigo ficarás milhares de eons preso em um pequeno inferno a ouvir michel teló, ao fundo a voz de paulo coelho a declamar suas obras-primas!!) e assim evita obviedades idiotas para essa postagem que rondaram o teclado do computador deste escriba, tais como "textos bêbados", "postagem etílica" e afins.
Bem, afinal, qual o conteúdo de mais essa inutilidade? Ocorre, caros leitores, que revirando e arrumando minhas pilhas e pilhas de papéis, anotações, rascunhos, recortes etc topei com algumas garatujas que tracei quando estava sob efeito de sabe-se lá quantas garrafas de bebida. Lendo-as agora, em perspectiva, continuam idiotas esses rascunhos, mas algo mais se prendeu a eles, talvez auto-indulgência, talvez um afeto desbotado de quem já aceita com alguma serenidade suas falhas e ridicularias e sabe que elas não mais podem ser corrigidas, muito menos eliminadas. Assim, resolvi publicá-las, em doses suaves, nesta tranqueira. Abaixo, o primeiro desses "textos", que não terão título.

Saudações canalhas e cafajestes


É em madrugadas frias e chuvosas que se pensa nas possibilidades e caminhos que deixamos para trás, na vida. Quando, abusando-se de bebida e dessas músicas chumbregas que marcaram sua adolescência e se ouve em segredo no lar,se medita sobre o que seria se tivéssemos feito isso e não aquilo (um aquilo que teima em não parecer distante). E a cidade e seus ruídos ao redor tornam essas lembranças e pensamentos ainda mais amargos, nos lembram os olhos de mulheres perdidas e infelizmente sempre lembradas, que nos assombram e nos assombrarão para sempre, noite após noite, copo após copo, cigarro após cigarro, outras mulheres após outras mulheres.

sábado, 7 de abril de 2012

Um novo assunto neste blog, mais que necessário nestes tempos obscuros e tenebrosos

Retirei o conteúdo abaixo do blog de Paulo Lopes(http://www.paulopes.com.br/). O assunto é totalmente distinto de noitadas, mulheres, canalhices etc. E por que o postei? Porque, como defensor intransigente da liberdade de pensamento e de vida, estou mais e mais apavorado, ao assistir em que este país está se tornando, e atitudes como a relatada abaixo devem ser divulgadas e incentivadas, sempre, antes que este "maravilhoso" lugar torne-se uma teocracia evangélica em que "hereges" serão queimados por não se venderem a fanatismo e ignorância.

Saudações preocupadas.


Reação de aluno ateu a bullying acaba com pai-nosso na escola
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Estudante ateu Ciel Vieira, de Miraí (MG)
O estudante já vinha sendo intimidado
O estudante Ciel Vieira (foto), 17, de Miraí (MG), não se conformava com a atitude da professora de geografia Lila Jane de Paula de iniciar a aula com um pai-nosso. Um dia, ele se manteve em silêncio, o que levou a professora a dizer: “Jovem que não tem Deus no coração nunca vai ser nada na vida”.

Era um recado para ele. Na classe, todos sabem que ele é ateu. A escola se chama Santo Antônio e é do ensino estadual de Minas. Miraí é uma cidade pequena. Tem cerca de 14 mil habitantes e fica a 300 km de Belo Horizonte.

Quando houve outra aula, Ciel disse para a professora que ela estava desrespeitando a Constituição que determina a laicidade do Estado. Lila afirmou não existir nenhuma lei que a impeça de rezar, o que ela faz havia 25 anos e que não ia parar, mesmo se ele levasse um juiz à sala de aula.

Na aula seguinte, Ciel chegou atrasado, quando a oração estava começando, e percebeu ele tinha sido incluído no pai-nosso. Aparentemente com a aquiescência da professora, alguns estudantes substituíram a frase “livrai-nos do mal” por “livrar-nos do Ciel”.

O rapaz gravou o bullying com o seu celular e o reproduziu em um vídeo no Youtube, onde expos a sua indignação (ver abaixo).

E só então, por causa da repercussão do vídeo, a direção da escola e a inspetoria passaram a cuidar do caso, mas para dar um jeitinho, de modo que a professora pudesse continuar a rezar o pai-nosso sem a presença de Ciel.

Contudo, a Secretaria de Estado da Educação, ao ser procurada pela Folha de S.Paulo, informou que a professora Lila tinha sido orientada a parar de rezar. Não se tem a versão da professora porque ela não quis falar com a imprensa. Lila é católica.

O estudante gravou um segundo vídeo para contar o desfecho do imbróglio e agradecer o apoio da Atea (Associação Brasileira dos Ateus e Agnósticos), de familiares e dos parentes.

Ao jornal, a mãe de Ciel comentou: “Até chorei quando vi o vídeo [o primeiro] dele. Meu filho sempre foi um aluno ético”.

Ela é espírita.

"Livrai-nos do Ciel, amém"


"O diretor disse que era só um probleminha"


Com informação da Folha e dos vídeos do Ciel.

CNBB afirma que escolas não podem impor o pai-nosso aos alunos.
abril de 2012

Religião no Estado laico. Ateísmo

Leia também

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2012/04/reacao-de-aluno-ateu-bullying-acaba-com.html#ixzz1rKuJMeTv
Reprodução deste texto só poderá ser feita com o crédito e link da origem.

terça-feira, 20 de março de 2012

Importante

O livro Noites Cafajestes e Alguns Dias Canalhas não está mais à venda no site da Gato Sabido. Iniciei tratativas com outras loja de e-books e em breve deverá estar disponível novamente.

domingo, 18 de março de 2012

Saturday Night Feeling

Independência ou Morte

Kid Vinil


Nem mulher pra cuidar!
Vivo de bico,
Sempre deu pra levar!
Durmo de dia,
Pra não me bronzear!
Porque é que você teima
Em querer me mudar?
Promessas baratas,
Nunca escolhem lugar!
Meu bem,
Eu preferia morrer!
À "tê",
Que me casar com você!
É madrugada e todos os gatos são pardos!
Circulam donzelas e super-vilões!
Durante o dia, identidades secretas,
Dizem amém ao patrão!
Ser kamikaze nunca foi profissão!
Ataco um iate, afundo um porta-avião!
Presidente sempre atrai atenção!
Passam quatro anos, surge a oposição!
Promessas baratas,
Nunca escolhem lugar!
Meu bem,
Eu preferia morrer!
À "tê",
Que me casar com você!
Madrugada e todos os gatos são pardos!
Circulam donzelas e super-vilões!
Durante o dia, identidades secretas,
Dizem amém ao patrão!
Meu bem,
Eu preferia!


sexta-feira, 16 de março de 2012

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos -XXVI

"As ninfetas adoram tudo."

Frase que me foi transmitida por, claro, uma deliciosa ninfeta, em um canto escuro e estratégico do bar roxo (mudei de opinião, caros leitores, o lugar é legal pacas!! Viva o bar roxo!!), explicando porque um velhaco velhusco como eu faz sucesso com as ninfetas: é a sede de experimentar de tudo, nós caras de mais de 30 somos uma espécie de iguaria exótica que elas saboreiam sem pudor ou critério, nessa fase onívora, em termos amorosos e sexuais, que elas vivem. No entanto, surge a dúvida:  seria essa frase um elogio ou uma chamada a minha consciência? O que acham? Respondam por favor, pois este escriba está um tanto embriagado. 

 Saudações canalhas e cafajestes.


sexta-feira, 9 de março de 2012

Homenagem

Estou quase dois dias atrasado, mas não esqueci de homenagear as criaturas mais maravilhosas do mundo ( não, meus amigos e caras leitoras que se indignam com meus textos porcos e desprezíveis, não sou um chauvinista nem um sexista, se vocês realmente acompanham essa tranqueira sabem que minha raiva  não se direciona a esmo, contra toda a linda raça feminina. O alvo é muito bem escolhido).
Enfim, como simples e singela  homenagem, algumas belas imagens,. escolhidas a dedo, de belíssimos exemplares da criatura que é nossa razão de viver.
 Saudações canalhas e cafajestes








     

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Texto curto, fútil e inútil

Caros frequentadores do bar roxo(Rua Augusta, São Paulo): vocês sofrem de daltonismo cultural.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Textos curtos e diretos, para o blog não mofar

Caros leitores, muitos e divertidos (na maioria) acontecimentos, aventuras e potenciais encrencas  nas últimas semanas. Como o tempo para textos mais densos, longos e elaborados, é, por hora, muito escasso, seguem registros diretos  e secos  como uma cantada barata, disparada  em meio ao barulho e ar enfumaçado de um bar suspeito e nada recomendável, dirigida a uma candidata a musa para lá de questionável, registros de situações que pretendo explorar de maneira mais profunda e detida em breve,

Saudações

A maldição do ex

A deliciosa candidata a musa da noite está prestes a cair nas garras do canalhão, que fora irremediavelmente apanhado pelo lindo sorriso, o olhar perigoso, as tiradas arrogantes e envolventes e, claro, pelo corpo na flor da idade, incluindo seios firmes e fartos que humilham a lei da gravidade, quase desnudos (afinal, quem é mais safado e malicioso nessa história?). A garota já desistia de entrar no pulgueiro em que bate ponto, estava prestes a  acompanhar este escriba numa jornada noite adentro, quando é informada por uma "amiga", uma vaca gorda e decadente qualquer, que o ex está lá dentro, aprontando poucas e boas. E o que a menina faz? Corre para dentro do antro (paga o valor integral para entrar, às 3;30 da madruga), esquece em absoluto que o parvo que a galanteou e ajudou-lhe em uma baita encrenca noturna pouco antes existe e vai em busca de um trolha que não merece sequer um olhar dela. 
Por que as mulheres se perturbam tanto, agem de maneira tão adolescentezinha que levou um pé quando ouvem " ei, aquele ali entrando na balada(argh!! odeio esse termo, típico das mesmas vacas que adoram falar na "pegada" dos caras) não é seu ex, com uma puta loiraça?" e venenos do tipo, sempre disparados por grandes "amigas"?  

O anti-capitão Ahab do centro de São Paulo

Ao que parece, algum espírito de mulher mal-amada que assombra os bares, randevus, pulgueiros e outros antros insalubres do centro de São Paulo que este frequenta rogou uma praga sobre ele, nas últimas semanas:
"Serás abordados por baleias noturnas, criaturas que nadam nos mares de cerveja que fluem pelos copos dos bares do centro! Serás cercado por elas até ceder aos apelos delas: " Ai, meu capitão Ahab, venha me apanhar com seu arpão!!!"
Bem, caros leitores, devo informar que fui forte, resisti e não ataquei nenhuma das baleias assassinas que me assediaram, e cá pra nós, que assédio barra!

IMPERADOR NOTURNO

O título é berrante, em caixa alta por ser o registro mais prazeroso, que mais me empolga registrar, dentre todos desta postagem:
Uma garota do passado, com a qual tive momentos fugazes, mas inesquecíveis, afastou-se pouco depois, apesar de minhas tentativas de manter contato e até amizade, pois não estava interessado somente em seu corpo escultural, também queria desfrutar da companhia vivaz dela (canalhas também gostam de boas conversas e de inteligência, creiam-me). A moça em questão deu no pé sem dar nenhuma explicação e preferi, após algum bode devidamente curtido, esqueçê-la. 
Eis que há poucas semanas ela  ressurge, numa rede social qualquer, pede os meios telefônicos e virtuais para me contatar e diz que está com saudades do seu "imperador noturno"... Um nome que merece ser registrado, convenhamos. Aliás, pretendo pedir a todos meus amigos, amigas, companheiros e acompanhantes de vida noturna que me chamem assim, durante nossas incursões pelas noitadas paulistanas.

Oh! Como os homens são vis e canalhas - suspira a trintona que busca um príncipe encantado no bar mais podre do centro   

Há pouco dias, antes de mergulhar no meu antro favorito, fiz uma visita rápida ao bar mais podre e fascinante do centro, como sempre faço, diga-se.
O dono, o qual conheço há mais de década, mal me vê e apresenta uma das cetáceas registradas mais acima. Conversa vai e vem, insinuações dela, fleuma britânica minha, ela me apresenta dois amigos seus (um homem e uma mulher), com os quais em instantes adentrará uma festa de rock de "classe", "arrumadinha" (blergh!!).Em poucos minutos eu e o cara nos reconhecemos como canalhas e trocamos figurinhas sobre nossas práticas e táticas para viver a canalhice. A cetácea não se abalou nem um centímetro diante de nosso escatológico diálogo, mas a outra, uma loira passada dos trinta, no rosto estampada a típica expressão da balzaquiana que ainda não achou seu príncipe encantado e já ostenta sinais claros de desespero e rancor, sentimentos que afoga com leitura compulsiva e no recôndito do lar da saga crepúsculo (vinte arghs ao cubo!!!!!), não demorou a nos censurar por sermos tão descarados e baixos, tendo dirigido os olhares mais ferozes a mim. Logo nos separamos e tomamos nossos rumos, e não reprimi a satisfação de saber que transtornei um tanto uma dessas mulherzinhas azedas e infelizes que grassam pela cidade, apenas ao declarar ser o que sou. Um belo começo de noite, não?  

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Postagem dupla - Mais uma noite do caçador noturno e nova reflexão colhida em mesa de bar

Observai as pessoas a seu redor e o que elas fazem, pois sempre verás alguém mais baixo e sujo que você, para te consolar de suas falhas e fraquezas, ó canalha!

Por motivos diversos fiquei mais de mês ausente do meu antro favorito.O retorno triunfal, na noite de sábado último, como sempre, garantiu diversão, boas conversas, instântaneos sobre as relações entre os sexos que renderiam muitas linhas de observações psicosociológicas pós-modernas e outras bobagens do tipo, além de uma reflexão, que segue abaixo.
Retornei ao adorável pulgueiro seguindo as indicações dos barmen da casa, os quais entregaram o ouro sobre qual a melhor noite para farrear no local, que divide sua programação em  noites temáticas ou algo que
se pretende isso.
Mal atravessei o portal para o reino da música tosca e mal-executada, das trevas e dos prazeres e confirmei a indicação: os salões pululavam de gente, muitas mulheres inclusas, das mais diversas idades: de ninfetinhas a cinquentonas(anote essa informação, pois ela será importante para o desfecho do relato).
Circulei um tanto, apanhei alguns copos de bebida e pus-me a escolher e abordar as candidatas a musa questionável da noite, e os resultados se sucediam, uma procissão de insucessos que contrastava de maneira inquietante com a variedade de belos exemplares do belo sexo presentes, tanto que, quando a noite ia avançada, pus de lado meus princípios e caráter e procurei, digamos, hããã, a ajuda de uma conhecida para satisfazer minhas pulsões, uma moça bela e atraente, frequentadora assídua desse e de outros antros do centro de São Paulo e também muito dada a excessos alcoólicos; em outros termos: a moça, que eu já tinha visto e cumprimentado um par de horas antes, estava para lá da mais remota e exótica cidade mítica do oriente e consegui sua companhia, beijos, abraços e carinhos sem o mínimo esforço, me aproveitando dessa condição de pinguça compulsiva, assim como pelo menos outros três caras o fizeram depois, conforme testemunhei... Mais tarde, respirando um pouco de ar fresco no fumódromo (sim, é isso mesmo que você leu, caro leitor), incomodado por uma pequena ressaca moral (antes que o leitor tome conclusões apressadas, não fiz nada ilegal, imoral ou à força com a garota, muito rodada na prática de passar uma única noite na companhia de vários homens, apenas sentia-me rebaixado por não ter conseguido os favores da moça graças a meus dons discursivos) presenciei algo que me curou de imediato e gerou esta pequena e desprezível crônica: um casal se formara dentro do antro, embalado pela meia-luz que emulava os efeitos cromáticos de um puteiro barato, pelos doces aromas que partiam dos banheiros imundos e pela música suave e romântica que partia do palco; os dois corações feitos um só buscaram um ninho de amor e se aninharam debaixo de uma aconghegante árvore a poucos metros do fumódromo, como dois pombinhos, trocando arrulhos, cicios e beijinhos, e que beijinhos!
E o que havia nessa cena que curou uma súbita crise de remorsos em um canalha qualquer, fazê-lo se sentir não mais sujo, vil e asqueroso? Simples: o homem era um rapaz de vinte, vinte e dois anos, um dos muitos que acorriam àquela casa noturna em busca de bebidas, aventura e mulheres, claro. E a mulher, bem, lembra-se da informação registrada acima, sobre a qual alertei o bravo leitor, ele deveria reter na memória?
Há algumas mulheres (cerca de três ou quatro, ao que percebi)  que percorrem a cena roqueira de São Paulo em busca do que a maioria, senão todos, seus frequentadores, buscam, a saber, as anestesias que esse mundo cruel vende para nos esquecermos um pouco desse horror que é a vida contemporânea. Bem, essas damas são, para ser correto na descrição e politicamente incorreto, um tanto passadas. Na verdade, são umas cinquentonas rumando a largos passos para a senilidade, a ponto de meu amigo canalha colaborador principal desta tranqueira  as apelidar de "mulher-maracujá", dado o estado um tanto ruinoso de suas faces outrora lisas e macias (suponho que assim foram); bem, sejamos claros: não é censurável ou ridículo uma pessoa entrada em anos continuar frequentando os ambientes e lugares em que foi feliz quando jovem e bonita, ou a ele retornar para lembrar/reviver os bons e velhos tempos, mas vestir-se exatamente como se vestia naqueles tempos e fingir que ainda é um(a) jovem cheio(a) de energia, beleza e graça... Meus amigos leitores, as mulheres-maracujá que rondam a cena roqueira de São Paulo vestem-se como lolitas góticas, como autênticas ninfas noturnas: saia curta, botas de salto e cano longo, corpete negro rendado...Sim, leitores o rapazote de vinte, vinte dois anos trocava beijos apaixonados com uma mulher-maracujá metida a roqueira juvenil, com o maior desprendimento, entrega e abandono, à vista de todos que morgavam na porta do antro! A rodinha em que eu estava, no fumódromo, silenciou de imediato para contemplar a cena, estarrecida. Após algum tempo, tomei coragem de quebrar o silêncio e comentei:
"Na verdade não podemos zuar ou criticar esse cara; ele deve é ser enaltecido: essa coragem, essa audácia, esse é um verdadeiro guerreiro noturno!"

Convenhamos, é ou não é uma cena para curar a ressaca moral de qualquer canalhazinho barato?

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos -XXV





" O bar é a torre de marfim dos derrotados da sociedade"
Frase dita por nada menos que um rapaz de dezessete anos, aluno de um grande amigo meu, eventual colaborador desta tranqueira e que a anotou e me repassou, certo de que seria uma boa aquisição a esse repositório de pensamentos bêbados, imundos e baixos.