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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Uma verdade incômoda

Estava este canalha ébrio conversando com um grande amigo, que já contribuiu com frases lapidares e relatos de eventos para o acervo desta tranqueira, conversa sobre mulheres e nossas últimas conquistas, reveses e encrencas com elas, claro. Eis que a confabulação cai no assunto lides na cama, como agir em certas situações de alcova muito comuns, manter-se no estreitíssimo e perigoso perímetro em que procuramos nos mostrar canalhas e ao mesmo tempo não nos mostrarmos desprezíveis demais, não estragarmos nossa imagem, para quem sabe repetir a dose ou ser elogiado conversas afora com as amigas e assim despertar o interesse destas. 
Conversa vai e vem, um supreso com as práticas do outro - como enrolar e começar as preliminares apenas após o apito final do clássico de futebol imperdível que passa na tv do quarto do motel, sem deixá-la doida, como virar para o lado e dormir sem ser grosseiro e oh! "insensível" etc - um exaltando o outro como  o maior cafajeste que conhece, como sempre, até que caímos no assunto o orgasmo das mulheres e a já mais que arquimitológica fama de nós, vis machos,  não saber e não se empenhar em provocar a sublime "pequena morte" nelas...
Bem, o sujeitinho aqui fez uma observação, durante o papo,  que nenhum homem contestou, em todas as ocasiões em que a disparou, a saber: quantas e quantas mulheres, o prezado leitor já teve(não importa seu sexo, leitor) que só alcançaram o êxtase após você manipular o instrumento do prazer das mulheres, vulgo clitóris, utilizando algum apêndice de seu corpo que não o órgão sexual? Em termos  muitos chulos e diretos: quantas e quantas mulheres, não importa o que fizesse a ela, nela e no interior dela, só tinham orgasmo após uma bela manipulação de dedinhos em seu "pontinho"?
É curioso, para não dizer revoltante: nós homens que crescemos durante as décadas de 70 e de 80 fomos massacrados com a idéia de que teríamos de estar a serviços das mulheres na cama, que elas são deusas supremas e perfeitas e que nós homens somos seres baixos, mesquinhos, e só pensamos em sexo sem sentimento(OHHHH!!!!!!) e que a culpa, se elas não atingem o gozo, é nossa e somente nossa. Discutir o estrago que essa patacoada causou nas relações entre os sexos e como foi e ainda é difícil para ambos superarem esse papinho de feminismo barato pós-revolução sexual dos 60´s é assunto para postagens e mais postagens imensas, por isso aqui só farei uma simples observação: sexo, me parece, é troca, comunicação, contato, influenciar e ser influenciado durante todo o ato, portanto se um não faz sua parte corretamente durante a coisa, o outro sempre tem alguma culpa nesse cartório repleto de papéis que ninguém quer assinar.
A culpa de as mulheres não atingirem o orgasmo é nossa, sem dúvida, mas também delas, que se proclamaram liberadas, mas ainda não sabem, na maioria, lidar com seu corpo, receios, recalques, desejos e inibições, esta a verdade incômoda: a culpa também é delas.
Ah, sim, a conversa sobre o assunto com meu amigo terminou da seguinte forma, caros leitores: comuniquei a meu amigo estar tão farto de toda a encrenca descrita acima que, quando percebo que minha acompanhante nas atividades imorais e hedonistas que nos afastam do divino é uma dessas liberais travadas e que meus esforços pouco adiantarão, não me furto a seguir o mais leve sinal emitido pela dama e desço o dedo....
Meu amigo apenas disse: Você é o cara, o mestre dos canalhas!!
Saudações muito canalhas e cafajestes.  
    

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