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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Uma banalidade, uma dura conclusão


O evento que disparou a conversa que resultou na observação a qual é razão desta postagem é indigno de umas poucas linhas, uma ocorrência prosaica e banal: dois sujeitos trocam ofensas e empurrões, em um bar da Rua Angústia, porque disputavam quem escolheria a próxima sequência de músicas na jukebox que reina nos fundos do estabelecimento... Após a previsível intervenção dos demais notívagos, os dois se afastam, trocando ofensas e olhares. Seria o fim de mais uma briguinha breve idiota em uma noitada qualquer em São Paulo, mas um dos envolvidos é habitué do bar, um sujeito lá pelos quarenta anos de vida, sempre acompanhado de uma mulher que parece rondar a mesma idade. E foi essa moça - não mais tão moça - a disparadora da reflexão que o dono do bar, com quem este escriba conversava antes e depois da pequena confusão, elaborou, reflexão que merece ficar registrada nesta tranqueira. 
Disse ele, do alto de seus vinte cinco anos trabalhando na noite, após certificar-se que a animosidade entre os dois machões vertendo testosterona se encerrara: 
- Na verdade, a razão dessa briga é dor de corno, ou melhor, medo de ter dor de corno. Esse cara sabe que essa mina que sempre tá com ele aqui não é e nunca vai ser toda dele, ela dá mostras que está com ele por estar, para não ficar sozinha e se divertir um pouco. Já reparou como ela olha para os homens aos redor, mesmo com ele ao lado, estica o olhar e sempre tem um sorriso nos lábios? Se aparecer 'algo' melhor, ela larga dele na hora, e ele cada vez mais percebe isso; daí essa necessidade de brigar, de se mostrar 'mucho matcho'. Triste isso, meu amigo... 
Enchi o copo com mais cerveja, tomei quase de um só gole e pus me a pensar nessa acurada observação, que me levou a uma velha e persistente ideia que regularmente volta à baila: como há tantas e desesperadas mulheres nesse mundo que ainda procuram o tal do príncipe encantado, continuam a acreditar nessa fábula nociva, mesmo já entradas em anos e supostamente mais sábias e céticas. Mas não, elas insistem: mesmo que se divirtam a rodo com os 'sapos' e 'vilões' que abundam mundo afora, guardam secretamente - não muito secreto, e eis a razão dessa esperança ser patética: quanto mais avança a idade dessas moças, mais desesperadas e bandeirosas elas se tornam nessa busca - a esperança que o 'príncipe', o 'varão', salvará suas pobres vidas, que ele surgirá resplandecente em um corcel(leia-se carrão) na mais próxima esquina movimentada. E essa busca cada vez mais insana leva a mais e mais agruras, tanto para elas quanto para os homens que cruzam seus caminhos, o que leva à inevitável conclusão: a crença no amor romântico tradicional, no casamento, na relação eterna, etc, etc, é uma peste que se abate sobre todos, homens e mulheres, vítimas que não se reconhecem nessa confusão de solidões, desejos e incompreensão.

Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Reflexão amarga, certeira, curta e grossa

A capacidade que nós homens temos de empestear com mal estar, ressentimento e rancor um relacionamento com uma mulher, principalmente quando este vai bem, quando ela é o tipo de mulher que merece odes e mais odes, flores a seu pés e tudo mais de belo, é de nos fazer os mais vis e imundos seres rastejantes de esgoto.

P. S.: Não peçam explicações, como sempre! 

domingo, 12 de agosto de 2018

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXXV

"Quem acredita no casamento não merece ser feliz, merece sim é sofrer muito."

Este escriba, alcoolizado e muito lúcido, em um bar qualquer do Centro de São Paulo, na última alta madrugada.

sábado, 4 de agosto de 2018

Pensamento canalha

Estávamos este escriba e o colaborador mor desta tranqueira em nosso recanto noturno favorito, nosso porão escuro do Centro definitivo e eterno, encostados no balcão, observando o mulherio local a desfilar. Dado o número de mulheres na flor da idade, mocinhas, ninfetas, garotas na faixa dos vinte anos que abrilhantavam o local, nos pusemos a divagar sobre essas criaturas adoráveis e como elas estão se tornando cada vez mais difíceis, progressivamente inacessíveis a quarentões canalhas grisalhos como nós, nos perdemos no assunto até lembrarmos de um conhecido nosso, um sujeito que se mostra louquinho para cair na gandaia, se perder na noite, e que quer fazer tal ato louvável 'assessorado' por nós (leia-se, nos seguir em uma noitada, ser conduzido por nós na zoeira noturna) pois nos considera mestres da canalhice e da vida noturna; porém como bom casado reprimido e acovardado, nunca concretiza o desejo, devaneia como seria bom e incontinenti busca desculpinhas patéticas para não fazer o que tanto deseja, inclusive arrebatar meninas pouco mais velhas que sua filha adolescente, o cara estremece de horror e de fascínio ante essa ideia, a ponto de, segundo meu amigo colaborador mor(que é vizinho de baia, no trabalho, do canalha enrustido em questão) ter formulado uma pérola típica de homem decente consumido pelo desejo de mandar moral, bons costumes, etc para o espaço, pérola que é o centro e razão dessa postagem, e foi citada por meu amigo, durante nossa conversa, enquanto admirávamos as meninas.Sintam o drama, leitores!
Segundo esse homem infeliz e domesticado, se você, homem canalha, cafajeste, pilantra, mau caráter, pretende ter um contato carnal com uma mulher na faixa dos vinte aninhos e tem uma filha pouco mais jovem que ela (como ele), deve fazer a seguinte conta, antes de consumar a ação: pegue a idade da moça desejada em questão e some com a idade de sua filha. Se o resultado for inferior ou igual  à  sua idade, fique na sua, é canalhice da mais reprovável arrebanhar a pobre mocinha em questão!
Que tal essa, leitores???Quá quá quá!!
Pois meu amigo canalha, sábio que só ele, fez a contraparte perfeita a esse raciocínio pueril:
- Claro que isso só vale até a quarta cerveja da noite, daí em diante, foda-se, vale tudo!!

Saudações canalhas e cafajestes