Esta postagem é estrelada pelo meu amigo divorciado, pai de dois filhos, que faz sacrifícios, malabarismos e peripécias absurdas para conjugar a atenção que seus descendentes merecem com a atribulada vida amorosa, sempre pontuada por confusões e ciúmes. Ele já protagonizou outras postagens nesta tranqueira, estão lembrados?
Então, bora lá!
Contou-me esse meu amigo, durante uma cervejada (é claro), que uma bela tarde estava ele curtindo um belo parque público da bucólica e saudável São Paulo na companhia de sua filha mais velha, a qual já se tornou uma bela e inteligente mulher, afinal já tem quase vinte aninhos. Bem, conversa vai e vem com a filha amada, o assunto patriarcado surgiu nem mesmo ele sabe como. Daí que disparou:
- Bem, eu e sua mãe te ensinamos a repudiar e rejeitar totalmente o patriarcado, que você nunca seja submissa em aspecto nenhuma a homem nenhum. Acho que posso ficar tranquilo quanto a isso. Tentei te tratar e me relacionar com você evitando ao máximo cometer alguma atitude patriarcal ou machista, embora, claro, tenha com certeza cometido alguns deslizes, afinal sou humano e imperfeito. Como diz minha namorada: morte ao patriarcado!
A filha olhou para ele mergulhada em profundo pensamento e com toda sua sabedoria, respondeu:
- É pai, verdade, e agradeço muito por isso. Mas ainda bem que você cometeus uns deslizes patriarcais, machistas.
Ele olha estupefato para ela e pergunta:
- Como assim, 'ainda bem'?!
- É que para eu crescer e amadurecer de verdade, precisava experimentar um pouco de patriarcado e machismo para conhecê-los ter como me rebelar contra eles. Um pouquinho é necessário, sim.
- Tipo, não crescer problemática, uma rebelde sem causa?
- Isso mesmo!
E após dar um abraço e um beijo na sua amada filha, foi a vez dele mergulhar em profundo pensamento...
O que os leitores acham desse diálogo, desta postagem? O que acham da fala da garota?
Cartas à redação!
Saudações canalhas e cafajestes