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sexta-feira, 26 de maio de 2023

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXXVII

"A vida é uma eterna busca pela vida."

Pensamento/frase muito simples aparentemente, mas que guarda grandiosas sabedoria e profundidade, se lida e pensada com a atenção e o vagar que os produtos da inteligência exigem.

A fonte dessa pensata foi uma surpresa, pois seu autor a disparou de modo bastante casual e é um tipo que já apareceu em postagem aqui na tranqueira, protagonizando cena digna de censuras e críticas; em suma o tipo de pessoa da qual jamais se esperaria essa sagacidade. 

Pois é, caros leitores, às vezes, muito às vezes, a vida nos surpreende e de onde menos se espera realmente sai algo bom e inesperado.

Saudações canalhas e cafajestes

  

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Cenas da noite (ou da vida)

Cena flagrada no bar favorito deste escriba: 

Uma morenaça e duas amigas suas, não tão deslumbrantes, mas também bastante apetecíveis, ganham todos os olhares masculinos do boteco assim que adentram o local; alguns mais ousados, decididos ou tontos (calma que este último termo será devidamente explicado por esta narrativa débil) tentam ir além dos olhares (este sujeitinho não fez parte do ilustre grupo, por razões que serão igualmente explicadas adiante). Assim, dois tipos meio bobos e sebosos são eleitos por elas, escolhidos, agraciados... com a honra de serem enrolados e feitos de trouxas toda a noite afora.

Conversas animadas na calçada, cerveja consumida a rodo, caras e bocas no balcão, assim vai o contato social entre as três gostosas e os dois patetas madrugada adentro. Este escriba registrou esses gloriosos acontecimentos enquanto ele cuidava da sua vidinha. 

Já passava das três da manhã, a música ao vivo findara, mas o bar ainda permanecia cheio e animado. Eis que olho na direção do fundo do bar e vejo uma cena aparentemente banal, mas muito educativa, plena de sentido e lições para quem souber entender.

As três amigas estão sentadas em uma mesa, voltadas umas às outras, cochichando, dando risinhos, trocando olhares de divertimento e cumplicidade. E os dois patetas, jogados de canto, de escanteio, olhando para elas com cara de babões, de idolatria mesmo, ainda alimentando a esperança que seriam abençoados com os favores amorosos das beldades. Não me contive, virei para uma amiga, parceira de copo e noitadas que estava a meu lado, apontei a cena e fuzilei:

- Veja como homem é muito, mas muito trouxa!

Ah, sim, por que não me inclui no ilustre grupo dos intrépidos caçadores noturnos? Simples, a morenaça, meses antes, surgira no mesmo bar, acompanhanda de uma trupe maior. Na ocasião,  fiz contato, trocamos algumas frases mas me afastei, ao logo farejar que dali nada mais intenso ou físico despontaria. E na noite narrada nesta postagem, dirigi um olhar à moça em questão, assm que nos cruzamos no estreito corredor do bar. A indiferença dela alertou a sabedoria dos anos vividos e refletidos: nada tente, pois nada prazeroso ou agradável sairá dessa ação. 

Caros leitores, envelhecer tem uma vantagem: a sabedoria. Ficar curtido, rodado e mais cético pode ser uma benção, às vezes.

E houve mais acontecimentos na noite, a serem narrados em outra postagem.

Saudações canalhas e cafajestes

           

sexta-feira, 12 de maio de 2023

Instantâneos da cidade - XXI


 Avenida Ipiranga, Centro da cidade.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Dica cultural de AlexB

 


 

"onde à noite, pobres estudantes, artistas pobres, 

sorvíamos lendas no ouro claro da cerveja..."

(A Visita, poema do livro A Paixão Medida)

Carlos Drummond de Andrade explorou como ninguém mais o tema da mulher, do corpo feminino, dos dissabores e êxtases dos (des)encontros humanos, da boêmia, da bebida, em poemas e textos que não são tão conhecidos ou frequentes, em relação ao grosso de sua obra (bem, pouco conhecidos ao menos para o brasileiro em geral, ao extremo inculto e avesso à leitura ou qualquer coisa que cause algum movimento em seu decrépito espírito, que mal sabe que é nosso maior poeta). 

São textos de uma sobriedade, elegância e profundidade sem par, que muito destoam daqueles escritos por tipos incapazes de abordar esses temas sem cair na imaturidade - estilística e poética - mais adolescente e rasteira.

Drummmond é o cara, que este escriba recomenda expressamente a sua meia dúzia de leitores.

Saudações canalhas e cafajestes