Retirei o conteúdo abaixo do blog de Paulo Lopes(http://www.paulopes.com.br/). O assunto é totalmente distinto de noitadas, mulheres, canalhices etc. E por que o postei? Porque, como defensor intransigente da liberdade de pensamento e de vida, estou mais e mais apavorado, ao assistir em que este país está se tornando, e atitudes como a relatada abaixo devem ser divulgadas e incentivadas, sempre, antes que este "maravilhoso" lugar torne-se uma teocracia evangélica em que "hereges" serão queimados por não se venderem a fanatismo e ignorância.
Saudações preocupadas.
Reação de aluno ateu a bullying acaba com pai-nosso na escola
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Estudante ateu Ciel Vieira, de Miraí (MG)
O estudante já vinha sendo intimidado
O estudante Ciel Vieira (foto), 17, de Miraí (MG), não se conformava com a atitude da professora de geografia Lila Jane de Paula de iniciar a aula com um pai-nosso. Um dia, ele se manteve em silêncio, o que levou a professora a dizer: “Jovem que não tem Deus no coração nunca vai ser nada na vida”.
Era um recado para ele. Na classe, todos sabem que ele é ateu. A escola se chama Santo Antônio e é do ensino estadual de Minas. Miraí é uma cidade pequena. Tem cerca de 14 mil habitantes e fica a 300 km de Belo Horizonte.
Quando houve outra aula, Ciel disse para a professora que ela estava desrespeitando a Constituição que determina a laicidade do Estado. Lila afirmou não existir nenhuma lei que a impeça de rezar, o que ela faz havia 25 anos e que não ia parar, mesmo se ele levasse um juiz à sala de aula.
Na aula seguinte, Ciel chegou atrasado, quando a oração estava começando, e percebeu ele tinha sido incluído no pai-nosso. Aparentemente com a aquiescência da professora, alguns estudantes substituíram a frase “livrai-nos do mal” por “livrar-nos do Ciel”.
O rapaz gravou o bullying com o seu celular e o reproduziu em um vídeo no Youtube, onde expos a sua indignação (ver abaixo).
E só então, por causa da repercussão do vídeo, a direção da escola e a inspetoria passaram a cuidar do caso, mas para dar um jeitinho, de modo que a professora pudesse continuar a rezar o pai-nosso sem a presença de Ciel.
Contudo, a Secretaria de Estado da Educação, ao ser procurada pela Folha de S.Paulo, informou que a professora Lila tinha sido orientada a parar de rezar. Não se tem a versão da professora porque ela não quis falar com a imprensa. Lila é católica.
O estudante gravou um segundo vídeo para contar o desfecho do imbróglio e agradecer o apoio da Atea (Associação Brasileira dos Ateus e Agnósticos), de familiares e dos parentes.
Ao jornal, a mãe de Ciel comentou: “Até chorei quando vi o vídeo [o primeiro] dele. Meu filho sempre foi um aluno ético”.
Ela é espírita.
"Livrai-nos do Ciel, amém"
"O diretor disse que era só um probleminha"
Com informação da Folha e dos vídeos do Ciel.
CNBB afirma que escolas não podem impor o pai-nosso aos alunos.
abril de 2012
Religião no Estado laico. Ateísmo
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Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2012/04/reacao-de-aluno-ateu-bullying-acaba-com.html#ixzz1rKuJMeTv
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