Luciano de Samósata foi um dos grandes autores da antiguidade clássica e por tabela, portanto, de toda a humanidade. O cara deixou uma obra em que as falhas de nós humanos, nossas hipocrisias, vaidades, vícios e ridículos são pulverizados sem misericórdia: ricos, poderosos, pessoas comuns, sacerdotes, filósofos, ninguém escapou da verve implacável desse gênio.
Pois bem, caros leitores, apesar de saber da existência dessa obra desde a adolescência, só recentemente mergulhei de cabeça nela. E no estudo introdutório da joia que estou a ler, Diálogo dos Mortos, há uma catalogação de toda sua produção. Pois a sinopse de uma delas me chamou a atenção de imediato: a novela picaresca O Asno.
Acompanhem a história: Lúcio de Pratas, por acidente de sua escrava, é transformado em asno e vive várias aventuras, inclusive ser objeto da paixão de uma mulher muito rica(!). No entanto, ele consegue recuperar a forma humana. Pois não é que a mulher, ao saber que ele não mais era um burro, o rejeitou???!!
Caros leitores, precisa explicar a moral dessa história imortal e tão profunda??
Saudações canalhas e cafajestes
É a mais pura realidade : se o cara deixar de ser burro, a mulher perde o interesse, pois afinal não poderá mais se aproveitar dele, explorá-lo.
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