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sábado, 14 de outubro de 2023

Um flagra (outro) da idiotice humana

O acontecimento a seguir relatado se passou há vários meses, ocorreu no começo deste ano. Tomei nota do mesmo e guardei para algum momento de entressafra de outros eventos e de inspiração para escrevinhar novas postagens aqui nesta tranqueira. Bem, chegou o momento de mobilizar a anotação e ela se tornar postagem e o blog continuar ativo. Vamos lá:

Estava este tipinho mais uma noite no seu porão/casa noturna favorita e eterna, acompanhado de sua melhor amiga. Uma hora, lá pelas tantas, realizei o tão humano e banal ato de usar o banheiro. 

Lá estava eu em um dos mictórios quando o banheiro masculino foi de súbito preenchido pelo som vindo de uma das cabines, fechada. Nada menos que um casal (homem e mulher) estava se pegando no cubículo, gemidos e sussurros partiam do local. Até aí, nada de mais, algo tão banal na noite quanto ir ao banheiro do bar dar uma mijada. Mas a noite sempre reserva surpresas...Tão ou mais subitamente, o rapaz começou a fazer perguntas à moça, num volume de voz muito mais alto, como se quisesse que eventuais usuários do banheiro os ouvissem muito bem (e a moça respondia no mesmo volume):

"Fala, você pegou fulana enquanto estivemos separados?"

"A....sei lá... devo contar? Hi hi!"       

"Ficou ou não com ela? Sei que você gosta de mulher"

"Ainmn, é que, hmm..."

"Fala logo, vai!"...

Uma conversa fiada nesse tom, caros leitores. E logo me apercebi do principal: além de terem aumentado bastante o volume de suas vozes, estas assumiram um tom de encenação, empostado, como se dirigindo a uma plateia, como se fizessem questão que nós, os 'felizardos' que estávamos usando o banheiro masculino naquele exato momento, ouvissem muito bem a empolgante conversa...

Dirigi à cabine em questão um olhar de desaprovação, o sujeito que estava no mictório ao meu lado fez o mesmo, trocamos olhares e um sorriso de desaprovação, de 'tsc' 'tsc.

Assim que saí e encontrei minha amiga, relatei a cena. Após rirmos um pouco, ela, do alto de sua inteligência habitual, disparou:

 - Alex, isso reforça uma impressão que já tenho há um tempo: as redes sociais estão tão onipresentes e opressoras, contaminando tanto a vida e a cabeça das pessoas que algumas, principalmente os mais jovens, estão se comportando fora delas como se toda a vida delas, inclusive no mundo real, fosse estar numa rede social, se mostrando!

Olhei para ela, espantado e concordei. Era exatamente isso, como se o patético casal estivesse fazendo uma live fetichista apenas com sons, digamos assim.

Moral da história: as redes sociais são realmente uma desgraça que estão imbecilizando e destruindo a humanidade, isso não é papo de tiozão desatualizado não!

Saudações (pessimistas) canalhas e cafajestes    

     

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