Conheço um punhado considerável
de pessoas interessantes, aquele tipo de ser humano que estimula o intelecto de
quem convive com ela, que desperta o
pensamento e a inteligência de quem com ela confabula, dada a inteligência que
essa pessoa exala e também conheço uma expressiva leva de gente que causa
reações mais ou menos extremadas naqueles com quem convive, que acende o pior
ou o melhor de nós, dado usar o que ela tem de melhor ou pior (incluindo usar
sua cegueira e fanatismo – mais adiante ficará claro porque me referi exatamente
a essas entidades bestiais e não outras).
Bem poucas são as pessoas que
causam os dois tipos de reação: são inteligentes a ponto de querer sua companhia
mais vezes e também são por vezes cegas e fanáticas para também, por vezes,
desejarmos que ela se mude para a mais distante e congelada lua do sistema
solar...
Uma das únicas pessoas da
categoria acima que conheço é uma ativista feminista, nos trombamos em redações
de jornais e sites de notícias, convenções sobre jornalismo cultural, eventos
sociais de gente ‘criativa, essas maravilhas da modernidade... Ficamos um tanto
amigos, fizemos trabalhos juntos e permanecemos nos falando, anos afora, às
vezes mais, às vezes menos (não, caros leitores, não desfrutei dos favores da
moça, embora adoraria tê-lo feito: ela é uma lésbica linda e totalmente
convicta de sua sexualidade). Sua inteligência e sagacidade são estimulantes –
e sua visão tapada e estreita do que é ser feminista e das relações heterossexuais
– sobre as quais ela não tem vivência alguma, cumpre lembrar! – é de ferver o
sangue de raiva.
Eu seguia a moça nas ditas redes
sociais, mas por pelo menos duas vezes cliquei um belo ‘deixar de seguir’ e não
vi suas postagens por um ano ou mais, pois caros leitores, essa mulher não é
uma feminazi(sim, eu uso o termo; se o
julga grosseiro, favor procurar postagem antiga em que defendo o uso dele
para certas tipinhas) mas bate na trave com uma frequência perturbadora.
Pois eis que resolvi voltar a acompanhá-la
na principal das redes sociais e com que topo, assim que acessei seu perfil?
Uma postagem em que ela afirma que uma série de tv de enorme sucesso em todo
este planetinha, que encerrou-se este ano, há poucas semanas, ‘queimou o filme’
com ela, que passou a considerar a série um poço de sexismo fétido e apologia à
violência contra a mulher, objetificação desta, etc, etc, por causa de uma cena,
de uma temporada de anos antes, em que um dos principais casais da série está a
sós, o sujeito dá um tapa na bunda da moça...que gosta e pede mais.
Foi demais para este sujeito quase
sem paciência com a ridícula espécie humana: cliquei ‘deixar de seguir’ mais
uma vez e continuei cuidando de minha vidinha.
Mas os deuses da luxúria, da boêmia e da canalhice não me deixariam
desolado e descrente por muito tempo: não mais que dois dias depois, topei com
uma postagem, na mesma rede social, que expressa com todas as letras o que qualquer
homem de verdade já aprendeu, faz e deve fazer e o que toda mulher de verdade e
bem resolvida gosta e pede: uma postagem de uma mocinha de apenas 18 aninhos,
estagiária de uma das redações de notícias para as quais colaboro com regularidade,
postagem que exala sabedoria e viço ao afirmar, sem peias ou pudores politicamente
corretos, que ‘mulher quer carinho, beijo, mas também que puxão no cabelo e uns
tapas na bunda, enquanto é pega por trás.’
Caros leitores, fiquei inebriado
e esperançoso, ao ser mais uma vez lembrado que essas feministas azedas que
parecem não ter experiência de vida alguma e que, na ânsia de combater o sexismo,
machismo, etc, acabam sendo tão moralistas quanto os moralistas que dizem
combater, devido a sua total incompreensão das nuances e riquezas do sexo e do
erotismo, não são todas as mulheres do mundo, muito menos a vanguarda das
mulheres. Não! O futuro pertence às mocinhas safadas, sem medo, que sabem o que
querem. E minha confiança na juventude
foi renovada.
Saudações canalhas e cafajestes
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