Que me lembre, nunca citei ou homenageei, aqui nesta tranqueira, o grande Barão de Itararé, jornalista, escritor, humorista e pensador que definiu e esculachou como ninguém este paiszinho e a espécie humana em geral.
Bem, caros leitores, foi inevitável lembrar da verve insuperável dele e de uma de suas mais conhecidas pensatas, após um quase-acontecimento, algo banal, mas que confirma como certas pessoas são casos perdidos a que devemos dar as costas...
Lembram-se de uma postagem do ano passado, em que ataco a hipocrisia em versão feminina, encarnada na figura de uma certa conhecida que bradava em redes sociais que homens não podem achar que mulheres são 'gostosas' entre nós, que afirmar isso para outro homem é 'machismo' 'objetificação da mulher' blá blá blá, que - pasmem - nós homens realmente aliados das mulheres devemos repreender outros homens que falarem 'esses absurdos' (!!!!) - sim, é sério! - e que essa mesma sujeita dias depois se expõe em uma certa rede social, proclamando sua carência e como ardia de tesão por um certo macho? Pois é, ela protagonizou mais outras postagens aqui, menos notáveis que a supracitada. Perdi minha paciência após tanta contradição barata e juvenilidade e deixei de acompanhá-la nesse lodaçal de idiotização que são as redes sociais, até há alguns dias, quando, dominado por essa mesma imbecilização, resolvi espiar, dar só uma espiadinha no que ela andou postando, do alto de seu feminismo de adolescente (e a moça em questão já é uma balzaquiana há pelo menos um par de anos!)...
Com o que topei? Mais palavras de ordem contra os homens e nosso comportamento totalmente pueris e irreais, que muito convenientemente esqueciam que as mulheres fazem as mesmíssimas coisas que ela desanca nestas postagens ...Foi demais para a parca paciência deste sujeito. Bloqueei a moçoila de uma vez e combinei comigo mesmo nunca mais perder minutos de minha medíocre vida com ela.
E o tal Barão? Bem, benevolentes leitores, lembrei de imediato de uma de suas frases mais brilhantes:
"É de onde menos se espera que não sai nada mesmo."
Preciso, cortante, perfeito: esse grande mestre desfaz a ilusão de que podemos ser surpreendidos pelas pessoas e insistimos em cultivar, porém conforme o tempo passa e mais e mais convivo com meus patéticos companheiros de espécie, menos me surpreendo e mais confirmo a genialidade desse pensamento, que esqueci, iludido que por trás de um belo par de olhos, bonitos rosto e corpo poderia haver (como já houve muitas vezes antes, cumpre registrar) um cérebro pensante.
Infelizmente, isso é cada vez mais raro e o Barão torna-se mais e mais atual
Saudações canalhas e cafajestes
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