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sexta-feira, 16 de junho de 2023

Cenas da noite (ou da vida ou ainda: texto curto, fútil e inútil)

 O caçador noturno estava no seu bar favorito, conversando com conhecidos e amigos, bebendo, e claro, observando o ambiente em busca de alguma 'musa questionável' (grande Chuck, autor desse termo lapidar, por onde andas?); pois tanto procurou que ela surgiu: uma criatura insistente, pegajosa, até mesmo desagradável em alguns momentos, dada a sem mais nem menos se achegar nos homens de longas madeixas e passar a alisar seus cabelos sem aviso ou permissão, sussurrar coisas desconexas nos seus ouvidos, o que gerou inclusive um 'chega pra lá' um tanto engraçado da namorada de um deles...

Bem, acontece que este escriba já travou contato físico com a moça em questão, no mesmo bar, há pouco menos de dois anos, evento devidamente relatado aqui nesta tranqueira. Pois desta vez, a moça foi muito mais incisiva:mal me viu, lançou-se a mim, após duas recusas veementes de outrem, com uma determinação e volúpia que não deixavam opção (aliás, optei por não perguntar se lembrava de mim daquela noite anterior não muito gloriosa...).

Após simplesmente pousar no meu colo e me tascar um beijo, digamos, bastante dedicado, caçador noturno e moça, tomados pelas forças atávicas que realmente governam a humanidade, foram para um lugar mais reservado, do qual retornaram talvez uma hora depois. Para alívio geral da nação, assim que readentramos o bar ela se juntou ao amigo, irmão  ou sei lá o que com quem chegara, se entupiu de bebida e desabou numa mesa. E este sujeitinho pegou mais uma porção de bebida e foi literalmente procurar sua turma, a qual, inclusive, já o esperava, de copos na mão e olhares divertidos e cínicos...

No decorrer do restante da noite meus amigos e conhecidos, ao me verem leve, livre e solto e a moça desmaiada na mesa apontavam para ela e inquiriam, exalando cinismo: 

"Ei, Alex, não vai cuidar da sua 'namorada'? rs rs rs"

E eu, mais de uma vez, simplesmente fazia o universal gesto de 'chiiii', 'silêncio'!

Fim da historieta? Chamei um carro de aplicativo, despedi-me da turma e sumi na noite, torcendo para que a mala, ops, a moça em questão, ficasse pelo menos mais quatro anos desaparecida.

Saudações canalhas e cafajestes     

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