Como este escriba está passando por uma espécie de bloqueio criativo - e
também por uma fase de marasmo existencial, que na verdade é causa do
dito bloqueio - segue, para esta tranqueira ao menos aparentar atividade,
dois trechos lapidares da introdução do mestre e imortal João Antônio
para seu não menos magistral e imortal livro Malagueta, Perus e
Bacanaço, um dos mais perfeitos e inebriantes retratos de um Centro de
São Paulo que não mais existe, mas que quixotes patéticos
como eu continuam a buscar, em suas andanças noturnas por esse Centro.
Dois
trechos que sintetizam perfeitamente o que é ser boêmio e
deliberadamente fora da normalidade medíocre, ser o que os
mortos-vivos que rastejam pela cidade chamam
de 'derrotados, 'perdedores' (Nos orgulhamos de sermos assim
considerados por vocês, gente que 'venceu na vida'!)
Os trechos:
"Parece-me
que tenho um das mais puras bossas para a malandragem, entre as muitas
que vi. Mas nunca vi ninguém com tanta vocação de otário."
"(...) Os porres resolvem o problema do dono do bar. E certos vícios, com autenticidade, são até virtude."
Saudações canalhas e cafajestes
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