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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Dica cultural de AlexB


"Labuta rima com puta" 

Márcia Denser foi uma tremenda escritora paulistana, falecida recentemente, das melhores que este país gerou e uma das autoras favoritas deste escriba, não devendo nada para os grandes escritores homens do Brasil! Ela retratou como nenhuma outra autora os conflitos, problemas e dramas vividos pelas mulheres dos grandes centros urbanos brasileiros dos anos 70 para cá.

Esse trecho, em que ela propositalmente usa uma rima barata, faz parte de um conto do livro cuja capa está acima, conto escrito  para desancar o típico machão comedor de classe média que 'dá duro' no emprego, se acha por ter um carrinho do ano e tem uma namoradinha com a qual pretende casar e 'constituir família', mas claro que a moça tem um amante, muito mais interessante que o imbecil do 'oficial', e claro que ela é uma tremenda duma interesseira.

O conto foi escrito e publicado nos anos 70 e continua atualíssimo. Se você ainda não conhece a literatura magnífica, densa, dessa mulher maravilhosa, corra a ler tudo que encontrar dela.

Saudações canalhas e cafajetes    
 

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

As ilusões e sensações que nos rejuvenescem (postagem fútil, inútil mas muito sincera)

 Durante a andança noturna relatada na postagem de 10 de agosto, tivemos outra surpresa, ainda maior e melhor que descobrir um salão de bilhar 'promíscuo' ainda funcionando tal como antes: meu amigo e colaborador-mor desta tranqueira, enquanto escalávamos a rua 13 de Maio, perguntou sobre um bar situado nesta, que frequentamos muitos nos dois anos anteriores à maldita pandemia. Bem, o referido bar, quando estabelecimentos comerciais puderam reabrir, se transformou em uma mercearia de produtos orgânicos e de cooperativas agrícolas, com uma modesta miniatura do bar, digamos assim, nos fundos, na forma de uma geladeira com cervejas especiais. Contei a meu amigo que, ao passar por lá recentemente, o dono do estabelecimento tinha planos de retomar o antro de beberagem com tudo, mas não sabia muito bem quando. Pois as forças cósmicas do bem e da bebedeira ouviram nossas preces, os deuses Comus e Baco intercederam e ao estreitar o olhar para adiante, meu amigo exclamou:     

- Ei, o que é aquilo?Não são cadeiras e gente bebendo bem em frente onde era o bar 'X'????         

Também apurei o olhar e confirmei: o lugar estava aberto e com movimento! Apressamos o passo e a grande revelação ocorreu: o bar,  reaberto, com música, bebidas, pessoas, vida. O dono ficou muito surpreso e feliz com nossa aparição, bebemos, conversamos, rimos, travamos conversa com pessoas legais e interessantes.                                                                                                                            Foram cerca de duas horas em que o tempo regrediu e todos nós não só lembramos, mas revivemos anos anteriores, mais felizes, em que éramos mais um pouco mais jovens e o mundo não estava tão degradado. 

Ilusões que duram pouco, as que experimentamos nessa recente noite de sexta-feira? Sim, mas muito necessárias e bem-vindas, afinal, o que seria do ser humano se não cultivar algumas ilusões e relembrar, entre amigos, alguns bons anos e momentos?

Saudações canalhas e cafajestes 

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

A volta dos que - infelizmente - não se foram

 Há pouco mais de um ano fiz uma postagem aqui na tranqueira, entitulada 'Quarteto eclético...', em que desancava uma turminha (dois casais, ou talvez não) que com periodicidade incerta baixam no meu bar favorito para aprontar das suas (a moça que é a figura principal do grupo já protagonizou outras postagens, é a tipinha que em outras noites jogou charme pra cima de mim e quando tentei algo ela deu um chega pra lá e se disse uma 'mulher casadíssima que só pode ficar com outra mulheres', sendo que o 'maridão', segundo fontes, não passa do 'corno oficial da vez'). Por peripécias como esta que ela e seus acompanhantes angariaram grande má fama entre os demais frequentadores, muitos não os suportam, sequer os cumprimentam.

Na referida postagem relato a noite em que eles chegaram aos píncaros da idiotice e sem-noção: dominaram a jukebox do bar e após uma sequência de rock já questionável quanto ao gosto, tascaram pagode e pop horrendo dos anos 90, ao que fui obrigado a agir, praticamente tomar a máquina e programar uma sequência de rock pesado tão arrasadora que eles debandaram.

Pois bem, há poucas semanas, eles retornaram como um trio:  casadíssima, corno oficial e um amiguinho. E repetiram a dose: tomaram conta da máquina de música, começaram com rocks de baixo nível - new metal, grunge, essas merdas - e logo caíram no pagode e pops oitentistas péssimos... Só que dessa vez se esmeraram: deixaram umas três porcarias das mais insuportáveis programadas e sumiram na noite, antes  que eu e a elite roqueira do bar pudéssemos consertar o estrago que deixaram!

Moral da história: há seres humanos que são estragados por natureza, nada - tempo, experiência, trancos morais dados por gente que não suporta mediocridade e estupidez - os melhora, serão sempre uns idiotas e que ainda se acham.

Saudações canalhas e cafajestes

sábado, 10 de agosto de 2024

Mais uma postagem fútil e inútil mas muito sincera


Este escriba e o colaborador-mor desta tranqueira recentemente retomaram um dos seus programas favoritos em dupla: percorrer Bela Vista (Bixiga), rodar até alcançar a Avenida Paulista e a partir desta chegar ao nosso bar favorito na rua Augusta, parando nos mais pitorescos e caídos botecos durante o percurso (que na verdade não passa de um pretexto para este safári etílico, claro!). Pois durante a caminhada, passamos em frente a um bar equipado com mesas de bilhar, o qual visitamos algumas vezes, em outros anos. Marcamos de retornar ao local - que felizmente, nada mudou - e ele saiu-se com a pérola:

"Esse lugar é perfeito: uma sinuca promíscua do jeito que uma verdadeira sinuca deve ser. "

Anotei imediatamente a afirmação, mais profunda e rica de significado que pode soar à primeira vista e aqui está.

Saudações canalhas e cafajestes

domingo, 4 de agosto de 2024

A humanidade, a maldita humanidade...(ou: incidentes na noite)


 Um bar é um local, uma instituição, em que tanto sua fé na humanidade pode ressurgir e/ou se fortalecer, ao estar com pessoas cuja companhia fazem bem, quanto fazer sua misantropia atingir níveis inimagináveis, de desejar a extinção dessa desgraça que é a espécie humana, especialmente quando você está em uma conversa animada com amigos que causam a primeira emoção descrita e subitamente o universo, ao flagrar aquele momento de enlevo, bem-estar e alguma elevação espiritual, trata de colocar no seu caminho um grandesíssimo pau no cu que vocês não conhecem ou nunca viram antes e  ele entra na conversa sem ser chamado, você o repele com palavras secas mas educadas, o filho da puta insiste, daí a pouca paciência se esvai no ar como fumaça de cigarro e apela-se para gritos, grosseria e violência pura e simples, para afastar o imbecil.   

Não peçam explicações, claro!

P. S. : a imagem acima, que ilustra e sintetiza à perfeição o que este escriba estava sentindo, após o incidente aqui relatado, é de autoria de Renan César, cartunista cujas obras retratam muito bem o que é esse horror chamado vida contemporânea e o horror maior de aturar seres humanos! Ele tem conta no Instagram, recomendo muito seguir e apoiar, comprar a arte dele.

Saudações canalhas e cafajestes