Durante a andança noturna relatada na postagem de 10 de agosto, tivemos outra surpresa, ainda maior e melhor que descobrir um salão de bilhar 'promíscuo' ainda funcionando tal como antes: meu amigo e colaborador-mor desta tranqueira, enquanto escalávamos a rua 13 de Maio, perguntou sobre um bar situado nesta, que frequentamos muitos nos dois anos anteriores à maldita pandemia. Bem, o referido bar, quando estabelecimentos comerciais puderam reabrir, se transformou em uma mercearia de produtos orgânicos e de cooperativas agrícolas, com uma modesta miniatura do bar, digamos assim, nos fundos, na forma de uma geladeira com cervejas especiais. Contei a meu amigo que, ao passar por lá recentemente, o dono do estabelecimento tinha planos de retomar o antro de beberagem com tudo, mas não sabia muito bem quando. Pois as forças cósmicas do bem e da bebedeira ouviram nossas preces, os deuses Comus e Baco intercederam e ao estreitar o olhar para adiante, meu amigo exclamou:
- Ei, o que é aquilo?Não são cadeiras e gente bebendo bem em frente onde era o bar 'X'????
Também apurei o olhar e confirmei: o lugar estava aberto e com movimento! Apressamos o passo e a grande revelação ocorreu: o bar, reaberto, com música, bebidas, pessoas, vida. O dono ficou muito surpreso e feliz com nossa aparição, bebemos, conversamos, rimos, travamos conversa com pessoas legais e interessantes. Foram cerca de duas horas em que o tempo regrediu e todos nós não só lembramos, mas revivemos anos anteriores, mais felizes, em que éramos mais um pouco mais jovens e o mundo não estava tão degradado.
Ilusões que duram pouco, as que experimentamos nessa recente noite de sexta-feira? Sim, mas muito necessárias e bem-vindas, afinal, o que seria do ser humano se não cultivar algumas ilusões e relembrar, entre amigos, alguns bons anos e momentos?
Saudações canalhas e cafajestes
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