Essa postagem inaugura uma nova série dentro do blog. Primeiro, peço aos leitores de mais de trinta anos, ao lerem-na, que cantarolem a introdução do quadro Porcos no Espaços, do lendário e sensacional programa Muppet Show. Os leitores que não são jurássicos que assistam no youtube a essa maravilha, antes de ler.
Pronto? Então, vamos lá: e agora ... Porcos Chauvinistas!!!
Ainda hoje, ao vagar e vadiar pela cidade e dedicar-me à prática de contorção ultra-veloz do pescoço, para admirar os "belos latifúndios dorsais" das mulheres, nas palavras do grande Xico Sá, topei, como sempre
com várias belas de cara e parcas (muitas vezes totalmente parcas) de funda. Ocorreu-me uma interessante conclusão, um daqueles pensamentos que surgem nas cabeçinhas masculinas somente se inspiradas pela visão mais bela do universo.
As caras mulheres que não foram agraciadas pela natureza com curvas e mais curvas libidinosas não deveriam se lamentar, ameaçar de espacamento as que foram, como a pobre loira da uniban, se roer de inveja ou gastar os tubos em próteses arredondadas para engrandecerem suas silhuetas. Não! Pois se, ainda nas palavras do filósofo cearense, a beleza passa e a feiúra é eterna - ele se referia ao homerio, não ao mulherio - as curvas das bem-feitas pela natureza, todos sabemos, um dia despencarão e se tornarão os declives através dos quais suas amarguras, frustrações e lembranças - verdadeiras ou falsas, pouco importa - mergulharão fundo no poço do azedume, do moralismo falso e barato e na defesa do machismo mais retrógrado, disfarçado de defesa da "moral e dos bons costumes". Já as retas, as tábuas, as sem grandes atributos curvilíneos serão poupadas dessa decadência e muitas, sou testemunha e vivenciante disso, compensam essa carência com graça, feminilidade e delicadeza.
Assim, que treinem desde já essas qualidades, pois lá diante, na curva dos anos, será a vez de vocês desdenharem das futuras pelancudas e acabadas.