Em meio a todo tipo de texto inútil, arquivos pdfs baixados sem fim e que provavelmente nunca serão lidos, fotos e mais fotos de musas, ex-musas, candidatas a musas, vídeos, arquivos mp3, mp4, mp25, o diabo a quatro, encontro essa peça textual que elaborei há uns bons anos e da qual tinha me esquecido inteiramente: uma pequena sinopse do livro de contos, do Noites Cafajestes e Alguns Dias Canalhas, que preparei para utilizar em ações de divulgação, e que nunca viu a luz o dia(ou as luzes de neon noturnas, he he he). Fiquei uma pequena correção e aí está, quem sabe finalmente esse textinho curto, fútil e inútil terá um punhado de leitores:
Este
é um livro de contos feito para indignar as feministas radicais e causar catarse de
vingança literária nos homens chauvinistas. Um libelo baixo a favor da
canalhice, da cafajestice e de tudo mais que é autêntico e desprezível nos homens. São nove textos,
que se situam entre o conto e a crônica dos desamores contemporâneos.
As
situações e os tipos humanos variam – o relato do ex-adolescente impopular e
desprezado pelos colegas que, anos depois, reencontra a grande paixão de
adolescência, ambos transformados em adultos muito diferentes; o trintão
descasado que há anos tenta levar uma amiga para a cama, até que, cansado, toma uma atitude definitiva; o retrato, sob
dois pontos de vista diferentes, mas pelo mesmo narrador, de um dia na vida de
um homem casado cuja única catarse são os encontros com uma amante que lhe
lembra como ele é covarde e cretino, mas também corajoso e heróico; a tormenta
que se abate sobre a vida de um sujeito de classe média, quando sua esposa
descobre que ele, muito anos antes, engravidou outra mulher; a vingança final
de um roqueiro imaturo contra seu grande amor, após ela trocá-lo por um “homem de verdade” – mas em todos os contos o desfecho é o
mesmo: ou os protagonistas tornam-se ou voltam a ser canalhas, ou são destruídos.
Noites Cafajestes e Alguns Dias Canalhas não
é um livro de experimentos literários e ainda menos uma autobiografia mal
disfarçada: segue com fidelidade a tradição e as estruturas consagradas do
conto em língua portuguesa, respeita a norma culta, sem a ela ser subserviente,
e é acima de tudo, ficção, ainda que a esta mescle reminiscências, reflexão,
observações e experiência.
O
pseudônimo do autor é abreviatura de um codinome que ele utilizou durante algum tempo, em suas incursões pela noite de
São Paulo afora.