Noites Cafajestes à venda

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Um verdadeiro guia de comportamento e sabedoria canalhas e cafajestes por R$6,00.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Pensamento brilhante forjado na porta do bar

"As falas de cara que conta vantagem sobre comer todas e dar várias seguidas sem tirar de dentro, para mim, há muito tempo ficaram igual música ruim - funk carioca, sertanejo, essas merdas - que sai dos carros de playboy:  um ruído sem sentido a que não dou  importância."

Do proprietário de um dos únicos bares da Rua Augusta que ainda é frequentável, e que sempre me brinda, quando eventualmente passo por lá, no fim da madrugada, com uma observação sagaz e instigante

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LV

Três coisas que um homem de verdade - um cafajeste, portanto - deve sempre variar, experimentar novidades: mulheres, cerveja e música.


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Esporro

#meuamigosecreto de cu preto e fedorento como o de vocês é rola, suas infelizes!!!

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Texto rude, curto, nu e cru

Caros leitores,

Comunico que no último sábado tive de agir como o sujeito que diz 'vou comprar cigarros e já volto', protagonista de várias histórias e lendas urbanas. E comunico que não me arrependo de ter largado a muitíssimo questionável musa de algumas poucas horas(uma noite inteira seria demais para ela) naquele canto escuro, muito pelo contrário. Como minha obra literária magna, que deu nome a esta tranqueira, afirma: por vezes o homem se vê diante duas opções - ser um canalha ou ser destruído.

Saudações canalhas e cafajestes

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Reflexão densa e breve

A sensação que nos toma, ao fim de uma noite proveitosa, é a do prazer vivido, jamais a do 'dever cumprido', pois somos seguidores do hedonismo, a filosofia suprema.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Texto furioso, indignado, chauvinista, porco, puro enputecimento! Mulherzinhas medíocres e mandonas, fiquem longe ou se explodam!!



Nesse momento tão tenso do país, em que o embate entre defensores e defensoras dos direitos das mulheres e machistas escrotos (perdão da redundância) toma de assalto imprensa, redes sociais, blogs -  a internet toda, portanto - ruas, discussões públicas e privadas, escrever e postar um texto em que se critica  o comportamento nocivo, opressor e destrutivo de CERTO TIPO MUITO ESPECÍFICO E IDENTIFICÁVEL DE MULHER é mais que politicamente incorreto: é mexer num belo vespeiro, correr risco de ter blog hackeado, entupido de ameaças, etc (Opa, peraí, Alex B, aqui é seu superego falando, para te pôr no te devido lugar. Tu acha mesmo que essa sua tranqueira, lida por uns cinco ou seis abnegados que o fazem por pena, para você não se sentir mais um mané obscuro da net, vai realmente causar alguma polêmica real, ter textos reproduzidos por outros sites, chamar a atenção? quá quá quá quá!!!!!). Bem, querem saber? Tenho compulsão por encrencas, como diz há muito tempo um de meus mais antigos amigos. Então, feminazis, femistas, feministas radicaizinhas em geral, garotinhas que acabaram de descobrir o feminismo e acham a pilantra, a picareta judith butler uma heroína e exemplo, seres intelectuamente deficientes em geral, tremei, pois nada temo vindo de vocês. Vamos ao ataque!!!
Entre meus colegas de trabalho há um muito semelhante a mim(falam que somos irmãos): boêmio nato, beberrão, notívago, mulherengo, bom de papo e (isso é exclusividade dele) cervejeiro caseiro (embarcou nessa onda de craft beer há pouco mais de ano e está produzindo cervejas excelentes; parte da produção delas, distribui entre os amigos); outro é um sujeito igualmente bom papo e companhia, embora bem diferente do primeiro: formado em ciências exatas, enveredou-se pela comunicação e jornalismo e hoje é um divulgador de ciências da pesada, um dos melhores do país, casado, pais de três filhos adultos, gosta de boa música tocada ao vivo, boa bebida, mas não pratica a boêmia, é muito mais pacato que o primeiro. Nós três formamos o trio mais sólido, unido e tipificado da principal empresa de comunicação para a qual prestamos serviços, e na qual nos encontramos com mais frequência. Ocorreu que há cerca de uma semana o boêmio nos trouxe, a cada um de nós, duas garrafas de sua última criação cervejeira, pediu que a experimentássemos  durante o último feriado e déssemos nossa crua e verdadeira opinião o mais breve possível. Pois foi no começo da noite de hoje que o trio se reencontrou, após o feriado, que foi um tanto atribulado para este cafajeste que vos escreve - por hora, deixem para lá, quiçá em outra postagem relato minhas mais recentes desditas.
Assim que tivemos uns minutos para papear, terminados alguns compromissos, o boêmio perguntou se tínhamos degustado sua mais nova criação etílica e o que achamos. Emiti minhas opiniões de pronto, com a sinceridade que meu amigo pede e espera, ele inclusive registrou minhas impressões em algumas notas. Em seguida, ambos encaramos nosso amigo não-boêmio. Ele olhou para os lados, assobiou, balbuciou umas palavras, recomeçou e então disparou: 
"promete que não vai ficar puto comigo?"
"Claro que não - respondeu o boêmio - o que foi? Achou essa uma porcaria? Sem problemas, diga o que não gostou nela!".
"Não, não foi isso... Minha esposa jogou fora a bebida, ao encontrar as garrafas na geladeira..."
Por um instante imaginei que o Ragnarok se instalaria naquela acanhada sala na zona oeste de São Paulo. Meu amigo boêmio inchou como um sapo, ficou vermelho como uma fera, seus olhos dardejavam ódio  e incredulidade. O outro se pôs a se desculpar incessantemente e reexplicar o que nós já sabemos de longa data: sua mulher é uma urutubóia[1], uma peste opressora, azeda, amarga, que não suporta, como a imensa maioria das mulheres comuns que empesteiam este mundo - casadas, mães de família burguesas normais, caretas e castradoras - que ‘seu homem’, ‘seu seu seu seu marido’ desfrute de algum prazer,  principalmente se ela está longe ou não-envolvida com esse prazer. As castrações que a esposinha de nosso amigo impõe a ele são inúmeras, uma mais revoltante que a anterior e a última consiste em proibi-lo de saborear qualquer bebida alcóolica no conforto do lar, mesmo durante um final de semana, mesmo após a faina diária.
Pois nosso amigo chegara a seu castelo, colocou as garrafas do preciso líquido na geladeira e foi cuidar de diversos afazeres e responsabilidades, sempre controlado pela esposinha, claro. No dia seguinte (domingo último), livre de tarefas ou deveres, relaxado, resolveu experimentar a beberagem de nosso amigo alquimista. Abre o refrigerador e nada, revira o eletrodoméstico e mais nada; percorre as prateleiras, inspeciona o porão e outro nada maior. Por um momento supõe que a demência e a senilidade chegaram, mas eis que uma luz sombria surge em sua cabeça. Busca a esposinha, pergunta a ela e voilà! Infatigável na sua missão de impedir o marido de ser um grama que seja feliz, encontrou as garrafas e despejou o conteúdo na pia...
Caros leitores, podem imaginar o enputecimento e a decepção de nosso amigo? Estou plenamente convencido que ele não disparou os piores insultos contra a urutubóia de nosso terceiro amigo graças a um imenso esforço e aos olhares suplicantes por calma que eu lhe dirigia, enquanto ele, numa sequência de malabarismos linguísticos, amaldiçoava a situação e o evento, poupando, com imenso esforço, sua agente.                        
Repetirei: este texto não é um libelo odioso contra todas as mulheres, é uma exclamação de ódio contra as mulherzinhas que acreditam com toda a convicção que ser esposa e mulher é oprimir, destruir, ferrar, acabar com o infeliz que cometeu a estupidez de casar-se com ela.
Não gostou? Acha que sou um machista, um sexista? Um porco? Pegue-me e prenda-me se for capaz!!!

Saudações enfurecidas


[1] Neologismo criado por uma ex-caso e hoje amiga, para nomear a própria...mãe, que segundo ela, é uma cobra letal, um híbrido de urutu e jibóia, que conseguiu destruir a vida do marido ( o querido pai de minha amiga) e fazer dele um sujeito casmurro, infeliz e de mal com a vida.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Postagem cafajeste, canalha e orgulhosa disso

Um dos pequenos mas preciosos prazeres de ser um canalha é o de disparar, sem culpas ou constrangimentos, olhares descarados cujo alvo são os olhos e o rosto de belas mulheres ao encontrá-las mundo afora, tomando o cuidado de mirar apenas a face e evitar ao máximo possível que o olhar alveje o corpo da dama; o brilho de fascínio e perturbação (ambas as emoções fundidas na cintilação que salta dos belos olhos femininos) que elas emitem em resposta vale todos os riscos! O leitor nunca praticou essa nobre arte? Recomendo veementemente que comece já! 

Saudações canalhas e cafajestes

sábado, 10 de outubro de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LIV

"Saber tratar mal as mulheres é uma arte. Se você apenas trata mal, toma um pé."

De um novo e inesperado colaborador, definindo, com a precisão que somente nós canalhas detemos, as nuances para conquistar, manter e se aproveitar de certo tipo de mulher, muito comum, informe-se.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LIII


"O cara é um escravoceta."

Neologismo brilhante forjado por uma mulher jovem, muito vivaz e com grande talento em utilizar as palavras(sim, contribuição feminina a essa tranqueira de cafajestagem). Ex-amante - ela protagonizou algumas postagens, há alguns anos -  tornou-se uma grande amiga.
A moça criou o termo para definir um tipo que a perturba já há algum tempo. Ambos fervem de desejo um  pelo outro, ela já externou com todas as letras, olhares e gestos, que quer muito se entregar a ele, no entanto o sujeito não se define; andou atormentando madrugadas da moça por meio de mensagens eletrônicas carregadas de lascívia; declarou-se a ela por telefone várias vezes, mas não tem coragem de consumar o ato porque, pura e simplesmente...gosta de sua namoradinha e principalmente TEME muito a reação dela caso descubra  a traição. Ohhhh, que 'homenzinho' fofo e admirável, um exemplo de retidão e caráter nestes tempos tão imorais, não acham?
Merece esse termo e outros mais para desancar sua falta de macheza.

Saudações canalhas e cafajestes       

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LII

"A estética afeta o outro num raio de pelo menos 30 m."

Um amigo que contribuiu pouquíssimo a este blog, mas em todas as ocasiões com verdadeiras pérolas, ao definir como homens e mulheres, quando se interessam um pelo outro, agem e reagem .
Sim, feminazis, feministas que odeiam homens e demais idiotas do tipo: homens e mulheres atraem-se um pelos outros e isso não é machismo, opressão patriarcal, blá blá blá , etc, etc. Vão à merda, como sempre!!!!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Fúria, raiva, indignação, enputecimento

feminazis, femistas, feministas radicais em geral, que odeiam tudo que é parte de relacionamentos heterossexuais:

VÃO SE FODER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
BANDO DE LOUCAS INFELIZES, VADIAS DESPREZÍVEIS, PSICÓTICAS MISERÁVEIS!!!

P.S. : sim, eu uso o 'termo' feminazi; não venha com esse papinho de que 'não existem feminazis', 'o termo é ofensivo', blá blá blá.  Uso justamente porque é ofensivo e porque esse tipo de feminista doentia e irracional deve ser assim chamada.
  

sábado, 5 de setembro de 2015

Cronograma elaborado em guardanapo e mesa de bar

Na última noite de quinta-feira me reuni com meu amigo colaborador mor desta tranqueira, que me convocou por telefone para auxiliá-lo, após nossa labuta diuturna, a resolver um problema de ordem, digamos, crono-logística que o atormentava há dias e para o qual não vislumbrava ou intuía solução; assim, chamou este canalha barato e ébrio, segundo ele, muito versado em resolver questões que envolvem mulheres e como ludibriá-las, enganá-las, acalmá-las e, no caso em questão, agradá-las sem ser reduzido a um títere em suas doces mas mortíferas mãos .
Nos encontramos em um bar obscuro,  discreto e calmo, na Liberdade, o bairro do Centro de São Paulo, na minha modesta porém calejada opinião, mais apropriado a acolher e manter incógnitas reuniões, negociatas e tratativas que outros não devem conhecer.
Bem, o amigo em questão é o protagonista de uma postagem de meses atrás, a que relata ele ter esquecido a data do (perdão pelo palavrão) do seu  finado casamento e que compara esse esquecimento ao oblívio que os protagonistas do livro A Coisa, de Stephen king experimentam ao enfrentar o monstro mais que alienígena que nomeia a obra.  Como descrevi nessa postagem pregressa, esse divorciado exemplar sempre priorizou seus filhos a sua vida amorosa, pagou e ainda paga caro por isso, e este era o tormento a fustigá-lo e o fez me chamar: o feriado máximo desta nação gloriosa se aproxima, na próxima segunda-feira, e ele estava há um bom par de dias revirando horas, datas, calendários, possibilidades, encaixes, esquemas e nada de encontrar um plano de passeios, eventos, de dedicação às pessoas que ama, para os três dias compostos por fim de semana e feriado, plano que contemplasse filhos e namorada, de forma a agradar esta, que ela não se sentisse em segundo plano, desprezada em prol dos filhos,  e que estes recebessem toda a atenção e presença que merecem - convenhamos, a empresa que ele intenta é tal como  encontrar, capturar e manter dócil e submissa uma quimera várias vezes mais horrenda e perigosa que a criatura homônima da mitologia grega!!
Guardanapos de papel e caneta a postos, garrafas e mais garrafas de cerveja entornadas, combina aqui, mexe ali, tenta-se encaixar esse evento após aquele, especula-se o quão namorada ficará possessa se não for visitada nesse ou naquele dia, busca-se, inutilmente, evento em que ela e filhos engendrados com outra fêmea - bons leitores entenderão o que esse trecho significa - poderiam estar todos juntos sem confusões amargas e pesadas advindas de tão perigoso encontro e chegamos a um arranjo,  que ao final da empreitada, homens vividos que somos - leia-se desiludidos e pessimistas -  sabíamos, apesar de nossos pesados e extenuantes esforços, ser provisório, pois uma mudança súbita de humor ou de planos por parte de namorada ou de ex-esposa poria tudo abaixo e geraria uma  'treta' na vida do infeliz digna de ele aportar mais uma vez na mesa do bar e encharcar corpo, consciência e combalida alma de álcool para esquecer sua desdita.
Ao fim da pseudo-noitada encaramos nossa produção de engenharia e num laivo, soltei:
"moral da história: nunca se case e se possível não tenha relacionamentos fixos!"

Abaixo, registro fotográfico de nossa gloriosa produção intelectual (o cronograma do que pode ser o feriado de meu depauperado amigo):



quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Texto fútil, curto, inútil e sincero

Ah, mulheres jovens com pouco menos ou nos vinte anos; meninas, mocinhas, garotas cheias da alegria exuberante, esfuziante e inconsequente da juventude. Que vocês sempre desfilem, brilhem e exultem pelas ruas da cidade, para que, numa situação inesperada, curta e alegre, deem a um tolo qualquer um final de noite que redime o que seria um dia comum e sem vida.

P. S.: não peçam explicações     

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O fodelão bola-murcha do Centro de São Paulo Ou: estudo de caso patético




Um dos tipos mais patéticos, tediosos e dignos de pena que nosso país varonil e sua escrota cultura machista geraram é o típico machão que em rodas de homens, sejam parentes, amigos, conhecidos, colegas de trabalho, companheiros da pelada de fim de semana, etc, sempre, sempre, sempre ostenta relatos em que ele come todas, nunca broxou, jamais termina uma noitada sem 'faturar' uma mulher - sempre muito gostosa, claro - e nunca deixa de desfazer e rebaixar os infelizes e pacientes brindados por suas bravatas. Já identificaram  a espécie cabulosa, relembraram os vários com que toparam? Continuemos.
O último exemplar dessa criatura com que topei é um músico medíocre e metido a rockstar, que frequenta os bares, casas noturnas decrépitas e demais "rolês de rock" do Centro da cidade. Seu
modus operandi para desfiar seus contos fantásticos em que ele sempre é o garanhão que possui a dama (bem, damas é o que há de mais escasso nos buracos que frequentamos, se me entenderam...) consiste em afirmar, sempre que alguma garota conhecida por algum membro da rodinha de papo furado e cerveja em que estamos se aproxima para nos cumprimentar, mal a inocente moçoila se afasta, que 'pegou', 'comeu' a referida garota e perguntar se alguém da roda fez o mesmo. Caso a resposta seja negativa, tome um contar vantagem e posar de garanhão cercado de 'paus-moles' que dura minutos e minutos. A prática já virou motivo de chacotas pelas costas por parte dos mais vividos e sábios de nosso grupo social.
Pois há cerca de duas semanas, o tipinho deu a prova cabal de que é, nas palavras de um grande amigo, colaborador frequente desta tranqueira, um belo de um 'bola-murcha'.
Resolvi visitar o meu boteco favorito da rua Angústia, após algumas semanas longe, um tanto por atividades noturnas mais interessantes, outro por opção. Após me abastecer, trocar umas palavras com o dono e curtir o ótimo cantor e violonista(nenhuma ironia nessas palavras) que disparava um rock sessentista após o outro, nos fundos do bar,  com muita garra e alegria, resolvi dar uma banda pela calçada em torno, durante o merecido intervalo do guitarrero. Mal ando cinco metros, surge o el grande comedor (dose cavalar de ironia nessas palavras), acompanhado de dois amigos. Tentei desviar, mas o sujeito me percebeu, me cumprimentou todo efusivo e por pura educação me juntei àquela trupe de roqueiros patuscões. 
Conversa vai e vem, uma conhecida de três de nós surge, bêbada como uma porca. Feliz e sorridente, se insinua a todos e se retira em seguida, pois um tipinho a esperava, impaciente, e a puxou, antes que fosse cooptada por  um de nós.  Para este rodado  escriba nada de mais houve de marcante, fiz um comentário raso e usual sobre esse minúsculo incidente, mas bola-murcha tinha de se exibir: CLARO que ele já tinha traçado a moça. Mas ainda não satisfeito, afirmou que a noite não poderia terminar daquele jeito e que TINHAMOS de descolar umas mulheres, liderados por ele, óbvio, que passou a escrutinar os arredores em busca um grupo de moças dispostas a serem brindadas por nossas dignificantes companhias. Para mim, a noite poderia terminar daquele modo, pois a não muitas horas eu teria um compromisso matutino com um ser do sexo feminino, e ao qual não pretendia me atrasar dez minutos sequer; já estava mais que disposto a anunciar minha partida, quando o tipo percebe, no interior de uma lanchonete metida a besta, gourmetizada mesmo, diante da qual estávamos, um grupo de quatro belas moças na casa dos vinte e poucos, três loiras e uma morena, que segundo ele estavam a nos admirar. Cético ao extremo como sou, espiei as mocinhas algumas vezes até me certificar que não era mais uma mentira dele e para meu pasmo o cara estava certo. Começa uma discussão sobre como abordá-las, quem o faria, e nenhum consenso brotava. Resolvi mais assistir que agir e acompanhar atentamente como o autodeclarado comedor faria.
Por fim, decide-se adentrar a hamburgueria gourmet, sentar perto das beldades e puxar conversa. Tomei o cuidado de não liderar a gangue, curioso para observar como  agiria o pegador que sempre acusa os amigos e conhecidos de serem uns frouxos. E o que fizeram? Sentaram-se um tanto distante delas, não ocuparam a mesa ao lado delas, que estava vazia... As moças nos dirigiram uns olhares estranhos, que podemos muito bem supor o que significavam, não caros leitores? pois poucos minutos após pediram a conta da beberagem, pagaram e saíram. O desespero que se instalou em nossa mesa foi cômico: nos levantamos e deixamos o estabelecimento. Uma vez lá fora, elas nos encaravam mais e mais e os roqueiros pegadores não se decidiam quem seria o intrépido a mobilizar seu charme e lábia para cima delas. Bola-murcha apenas nos instigava mas nada fazia. Por fim, cansado da ceninha, me aproximei, cumprimentei as moças e engatamos uma conversa amistosa. Os demais se aproximaram uns passos e ouviram atentamente, inclusive que elas adentrariam em breve a casa noturna do lado oposto da rua - antro que abomino - e que nos convidavam  a acompanhá-las, se nos interessasse, após o que seguiram caminho.    
O final: anunciei que estava de partida, devido ao meu compromisso vindouro e os estimulei a entrar em um antro decadente, pagar trinta paus às três da manhã e tentar a sorte com as damas. 
E foi isso mesmo: o cara nos açulava a agir, sempre nos acusando de sermos uns frouxos, mas nada fez, apenas assistiu.
Detesto clichês e frases feitas, mas esta história pede uma, para ser fechada de modo correto: quem muito fala nada...
Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Breves apontamentos das últimas noites do caçador noturno



Noite de sábado, por volta de meia-noite:

- O caçador noturno não resistiu aos apelos dos eflúvios noturnos que percorrem o Centro de São Paulo e dominam os mais sensíveis a aventuras e chamados por diversão (ou os mais inconsequentes): rumou para um dos mais afamados e arriscados muquifos do lugar, nos baixios do Anhangabaú, antro em que já reinou, em outros tempos, e que evitou por meses, nos últimos tempos, motivado por um misto de enfado e temor. Não permaneceu por mais de três minutos, suficiente apenas para cumprimentar alguns poucos conhecidos, pois recebeu o telefonema de uma outrora amante e hoje amiga de todas as horas e necessidades, que embriagada e metida em alguma confusão, ali por perto, pediu pela ajuda do seu cavaleiro noturno, que partiu de imediato, em socorro à dama da noite de perfume inebriante como a planta homônima. 
Assim, parte o caçador, apressado e altivo como um cavaleiro que atende o chamado de uma princesa, rumo aos contrafortes do topo do Centro, vencendo célere os fluxos da rua Angústia.
 
Noite de sábado, um pouco após a meia-noite:

- A amiga em apuros está mais uma vez nos braços do caçador noturno, sua pele macia e sedosa de moça na flor da idade a roçar e se aninhar na pele das mãos e braços  dele, pele curtida pela noite e pelos anos que muito aprecia esse contato. A encrenca em que a linda dama estava metida mostrou-se nada séria: apenas uma embriaguez exaltada, um surto de saudade do caçador noturno e sua presença cheia e viril - palavras dela - e o desejo de desfrutar da companhia dele por algum tempo. Sabedora, talvez graças à intuição feminina, talvez por farejar algo na brisa noturna, de que ele estava nas proximidades, o convocou para ampará-la na embriaguez e dar-lhe um bom fim de noite.
Dali a menos de uma hora, ela e sua amiga, que a acompanhava na noitada etílica, embarcam em táxi providenciado pelo caçador, rumo a segurança de seus lares.

Uma noite qualquer:

O caçador noturno, após um compromisso profissional imprevisto e inadiável, resolve voltar para sua masmorra a pé. Ao descer a rua da Consolação, rumo ao Centro, ali nas proximidades da  Paulista passa por um bar ao qual jamais deu atenção ou sequer entrou uma vez que seja, e diante deste, na calçada,  vê uma garota entre vinte e cinco e trinta anos sendo galanteada por um sujeito cuja figura causa um calafrio no caçador, pois parece uma projeção deste daqui a alguns anos: roupas joviais, mas na medida exata para um quarentão não cair no ridículo de imitar jovens na casa dos vinte e parecer 'antenado', cabelo e barba ainda mais grisalhos que os dele. 
Alguns metros depois, ele não se contém, volta-se para contemplar o desfecho da cena e com satisfação vê que o sujeito foi bem-sucedido.  Ao reprimir o desejo de ir até o recém-formado casal, parabenizar o sujeito e apresentar-se como um irmão-em-armas da noite, que são membros de uma irmandade cujos membros não apreciam se assumir como tais, a rua da Consolação parece-lhe mais escura e solitária do que realmente é; assim, ele toma a primeira rua que leva para a direita, apressado, pois mesmo a juvenalha - esse termo  foi pego emprestado da maior e mais sábia mulher que conheci na vida - da rua Angústia lhe pareceu atraente, naquele momento.

Uma noite qualquer, pouco mais tarde:

Como toda ilusão dura pouco, e seu final sempre é amargo, as criaturas que povoam e sujam mais e mais rua Angústia e arrabaldes, em todos os sentidos possíveis, deram um pequeno golpe nas intenções do caçador noturno, que preferiu embebedar-se e se refugiar logo em sua masmorra.  

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Mais sobre as feminazis

Raríssimas ocasiões (não mais que duas ou três) postei textos de outros sites aqui nesta tranqueira, e este merece que eu o faça, pois é assustador.





http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-o-pais-que-inventou-o-sexo-livre-se-transformou-no-carrasco-de-assange/


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LI

"Traímos nossas esposas ou namoradas, mas não traímos nossa casa noturna/bar favorito" 

Do amigo, colaborador mor desta tranqueira e companheiro-em-armas de tantas noitadas,  logo após adentrarmos - aliviados, um tanto perplexos, mais acima de tudo felizes - nosso antro eterno e favorito, para o qual fomos levados por alguns acontecimentos estranhos, acontecimentos que claramente nos disseram: 'estão tão próximos do antro em que reinam há tantos anos e preferiram ir a uma imitação barata dele? Pois receberão uma lição!'


terça-feira, 14 de julho de 2015

Sobre feminazis e sobre a (agora penúltima) noite de sexta-feira - parte II

E não bastasse a bela, misteriosa e insinuante moça, com quem este parvo trocou olhares por todos os cantos e partes da casa noturna, antes de abordá-la, evocar, na aparência e nos trejeitos, uma musa para lá de questionável, a musa questionável definitiva de sua estragada vida deste sujeito, a musa inspiradora dos apontamentos e rascunhos que se tornaram o livro Noites Cafajestes e Alguns Dias Canalhas - ela já foi tema de uma postagem, datada dos últimos dias de 2010. Não! Tinha ela de portar mais algum traço exasperante, revoltante e desconcertante, caros leitores. A moça, após entabular uma animada conversa, convite para tomarmos uma cerveja juntos, jogar seus belos e sedosos cabelos nas mãos deste tratante, anuncia, em alto em bom que "todos os homens são uns filhos da puta. Meu pai é um filho da puta, meu irmão é um filho da puta; até o filho dele, meu sobrinho de 8 anos, que adoro, também será um filho da puta quando crescer, pois é um homem. " - Foram essas as palavras delas, garanto.
Sim, caros leitores, a moça era uma autodeclarada 'feminazi',uma dessas feministas radicais que odeiam todos os homens, pregam o extermínio ou a submissão deles, etc, etc, etc... Depois de quase uma hora de atenção e aparente amistoso papo, se sai com uma dessa.   
Creio ser desnecessário relatar como esse  contato que travamos terminou, correto?
Meus encontrões e atritos com essas criaturas e com as tais femistas (para mim, tudo a mesma tranqueira), estão mais e mais frequentes, como se meu ser exalasse algo - meu ar de canalha? minha cara de safado e pilantra? Meu jeito de mulherengo assumido, com um fraco tremendo por mulheres bonitas? - que as atiça, obviamente não em termos sexuais, as atrai e faz com que revelem toda a plenitude de criaturas rancorosas e revoltadas.
Eu poderia desfiar uma bela discursera sobre o tema, poderia dar uma de erudito, citar Camile Paglia, Judith Butler, etc, mas não o farei, ao menos por enquanto. Quando tiver um embate memorável com uma delas, o que aliás parece cada vez mais próximo e provável, o farei, Por hora, apenas afirmo o seguinte:
Caras feministas extremistas e radicais, lésbicas e sapatas que pregam a extinção dos homens, e demais doidas do tipo: ser contra vocês não é ser machista, é pensar! Felizmente e não à toa que mesmo dentro do feminismo, como algumas amigas militantes me contam (sim, eu tenho amigas feministas!! Oh! Que absurdo!), vocês estão longe ser majoritárias. Ódio não vence ou atrai, apenas separa.

Saudações canalhas e cafajestes

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Sobre a última noite de sexta-feira - parte I


Malditas sejam as paixões mal-resolvidas e encruadas do passado, que foram (mal)fagocitadas por nossa pobre e danificada mente masculina - ou assim imaginamos - mas quando menos se espera  voltam para estragar uma noite que parecia promissora e era bastante cheia de vida até então...  

P. S. : não peçam explicações

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Alex B, o poeta

Estive há dois dias no Museu da Língua Portuguesa, em companhia de alguns parentes interioranos, interessados em conhecer o local, e que pediram a este escriba, notório na família por residir  no Centro e conhecer  'todos seus  buracos e segredos', para lá levá-los e ciceroneá-los.
Bem, a exposição temporária da vez no Museu chama-se Poesia Agora, a qual possui uma sala muito interessante, cuja descrição surrupiei do próprio site da instituição e se encontra a seguir:

" Na Sala de Leitura/Escrita, o envolvimento evolui para a autoria. 150 livros com diferentes palavras em suas lombadas convidam as pessoas a montarem seus poemas, reordenando esses livros. E a interação aumenta ao abrir esses livros, cada um com quatro poemas e diversas páginas em branco, para os espectadores colocarem seus versos."

Sei lá porque ou o que me inflamou, o fato é que apanhei de chofre um dos volumes e arrisquei a escrever uns versos, coisa que tentei pouquíssimas vezes em minha carreira escrivinhadora, sempre gerando 'textos' horrendos que eram imediatamente despedaçados. Uma rala inspiração bateu e fiz uma paródia da primeira estrofe da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias.

Provável que meus cinco ou seis leitores estão perplexos com meu lado versejador, e é por isso que posto a criação: ao terminar e ler o que garatujei na página em branco, fiquei igualmente perplexo. Segue o poemeto:

Minha São Paulo tem noites escuras
Onde brilham luzes de prédios à piá-piá
As luzes que aqui brilham
Não brilham angustiadas como as de lá  

Ah,sim, apus, abaixo dele, o endereço desta tranqueira. Vejamos o que isso poderá gerar...

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 26 de junho de 2015

"Pela janela do meu quarto"...

Caros leitores, decididamente, a fronteira entre ser um completo e total fã apaixonado pelo sexo feminino e ser um canalha, um autêntico safado, sem-vergonha, é tênue demais para ser percebida e mensurada, e ótimo que assim é!
Já há algum tempo percebi que em um prédio quase exatamente defronte ao meu há uma pequena escola de artes: nas raras noites em que já estou na minha masmorra antes das 8 da noite (evento raríssimo, para ser exato) já captei sons de piano que partiam da ampla sala envidraçada que ocupa o segundo andar desse edifício, em outra ocasião ouvi gritos tamanhos que perguntei ao zelador o que era a algaravia, para ele responder que era apenas o 'curso de teatro em frente', em meio a risos. 
Mas há bem poucos dias descobri o que parece ser a função principal da tal escola: ensinar as técnicas, truques e segredos do balé a um grupo de mulheres, todas bem jovens e esguias, claro.  
Percebi isso ao chegar e ficar por pouco minutos no meu refúgio: entrei, deixei a bolsa, peguei os apetrechos para a tarefa que aguardava e ao bater o portão, dei uma olhada casual e lá estavam, saltitantes e belas, alguns metros acima desse ser baixo e vil, belas mocinhas a desfilar graça juvenil, feminilidade. Nessa ocasião não dei maior atenção a elas, apressado que estava. No entanto a imagem rondou minha danificada cabeça por uns dias, até que no começo dessa noite em vi em casa - os compromissos profissionais  do dia estavam resolvidos, e os não-profissionais, se é que me entendem, acertados para os próximos dias. 
Mal entrei e sentei na minha biblioteca-escritório, abri a janela, movido por algum estranho impulso, ergui um tanto o olhar  e lá estavam elas, leves, elegantes, suaves, a praticar uma arte que, num acesso de chauvinismo às inversas, afirmo: deveria ser exclusiva das mulheres! Por que afirmo isso? Simples, leitores, porque nada é perfeito e o que é bom dura pouco: após alguns minutos embevecido com aquele desfile de suavidade e graça, eis que surge em primeiro plano na parede de vidro a abjeta figura de um homem, trajando roupitcha colada, praticando com elas. Por sorte, um pequeno ajuste no ângulo de visão escondeu o ogre atrás de um poste e pude contemplar as beldades por mais algum tempo, o suficiente para me sentir uma fusão total e de partes indistinguíveis dos tipos enumerados no parágrafo inicial, além de um pouco paspalho e babão, claro.
Saudações canalhas e cafajestes.   

P.S. : esse texto foi rascunhado há algumas horas,  enquanto assistia à aula de balé, guiado e inspirado pela dança das belas ninfas, mas claro, sem captar um centimiliátomo da situação. 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Some years ago and sometimes nowadays night feeling


"Arm yourself because no-one else here will save you

The odds will betray you"
 

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Postagem curta, direta e precisa

"Você é um 'CAFALHEIRO' !"

Sem mais, nada a acrescentar.

domingo, 17 de maio de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - L


 "Você trabalha muito para ficar longe da sua  hezbollah!"

Frase que foi dita a um meu amigo, por um amigo dele, e que desvenda porque ele deixou-se, nos últimos anos, ser soterrado por mais e mais obrigações profissionais: para ficar o mínimo possível em seu 'lar' e evitar assim a presença da pessoa que atende pelo termo 'esposa', e que, no presente caso, tornou-se uma verdadeira organização terrorista a destruir sua vida. 
Julgamos, eu e meu amigo, o termo tão preciso e espirituoso que passamos a usá-lo para nos referirmos a esposas em geral.
Colabore você também! Ajude a popularizar a mais nova terminologia para essas lindas e dóceis criaturas e passe a se referir a elas assim!

Saudações Canalhas e Cafajestes 


sábado, 9 de maio de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XLIX

"O cara sai à noite para cair na gandaia e porque se acha esperto e toma cuidados, acha que ficará invisível, que ninguém vai vê-lo."

Pensata aparentemente simples e óbvia, mas muito precisa, que põe nós homens no devido lugar, nos lembra que somos estúpidos humanos, no fim e apenas, dita por ninguém menos que... meu cardiologista! 

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Postagem zoológica





Mais um fim de semana passado na alcova da mesma adorável dama da semana anterior, mais momentos vívidos, mais ótimas e enriquecedoras conversas com essa que é uma das únicas mulheres de verdade que conheci nesta vida infame.
E foi durante uma dessas conversas, noite afora, sentados na varanda, vinho fluindo, lua cheia no céu (cena romântica no blog do AlexB? Estará ele ficando mole com a idade? Será que finalmente  sossegou? Quá quá quá!!!) que, desfiando e debatendo desditas, azares e loucuras de nossos passados, meu e dela, que levantamos a seguinte hipótese: serão as cobras venenosas mais famosas da terra Brazilis parentes próximas? Elaboramos a hipótese por um motivo simples e forte: tanto este sujeitinho como a adorável dama tiveram, no decorrer de suas espinhosas e acidentadas vidas amorosas, sogras (até a palavra, a combinação de sons, que nomeia essa potestade do mal é desagradável!) cuja peçonha - leia-se tudo que uma criatura dessas pode tramar e executar contra o 'canalha' ou a 'vagabunda' que 'só faz mal' a seu/sua precioso(a) filhinho(a) - era por demais potente e destruidora para chamarmos a criatura em questão somente de jararaca ou cascavel. Não, certas sogras - entendam como mãe dos(das) consortes de todos  relacionamentos mais ou menos fixos e estáveis pelos quais passamos - precisariam ser nomeadas por um termo ainda mais assustador. Por uns minutos nos esforçamos em lembrar até que me ocorreu o nome de uma serpente, nativa deste país tão belo e exuberante, mais venenosa que as acima citadas: o lendário urutu, que mereceu destaque até na obra máxima de Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas
O papo, claro, tomou rumo de piada de humor negro barato, e eis que uma nova hipótese surgiu: serão a  detestável jararaca e o poderoso urutu parentes próximos? Será esta a mãe daquela?  Pois certas criaturas com que tivemos embates verbais, amorosos e sexuais eram superadas em letalidade somente por suas mamães.   
Retornei a minha masmorra elucubrando o tema, fiz uma pequena investigação e descobri que chegamos perto dos fatos: conforme consta em textos científicos, ambas são do gênero Bothrops, da  família  Viperidae. 
Não encontrei informações sobre o cladograma(espécie de árvore genealógica que mostra as relações evolutivas entre espécies, qual descende de qual) do gênero, mas arrisco afirmar, do alto de minha experiência, que o urutu é a mãe das jararacas, certas mães são piores que as megeras que elas geraram.

Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Postagem direta, precisa e irritada

Após quase dois dias ausente, alojado que estava na alcova de uma certa e deslumbrante dama, lá pelos lados da zona oeste (ah, uspianas, quantas alegrias vocês nos deram e nos dão!), estou de volta à masmorra em que me oculto da humanidade quando farto dela. Pois enquanto sacava o molho de chaves, parado diante o portão do prédio, a patética espécie humana me (re)lembrou um motivo mais que justo para desprezá-la. Antes, algumas explicações: o edifício em que me escondo é reduto, em boa parte de seus apartamentos, de uma 'galera', 'esperta', 'muderna', 'antenada', e que 'curte a vida', se me entendem. Bem, da janela da sala de um dos 'apês', espalhavam-se na noite sons típicos de uma festinha ou reunião dessa fauna ignara. Eis que meus ouvidos, infelizmente apurados apenas nas ocasiões em que seria preferível a surdez, captou a obra musical, a  mediocridade expressa em infelizes e pobres notas musicais: a 'galerinha' acompanhava um tipinho que ao violão entoava ' noite do prazer', 'crássico' dos ânus 80 do senhor claudio zoli (sinto engulhos ao digitar esse nome), uma  das mais pueris, idiotas, vazias e medíocres canções pop nacionais da década em questão. 
Caros leitores,  quando conheci essa belezura, lá nos 80, nos idos dos meus 14, 15 anos, já a julguei todos os predicados acima e outros mais:  a pior, mais burra, tosca e rala  celebração ao hedonismo, à noite e aos prazeres que provavelmente já foi perpetrada em nosso idioma pátrio. Alguns círculos que eu frequentava me execraram por detestar essa musiqueta; já outros me aceitaram pela mesma razão.
E lá vinham  aqueles versos rastaqueras me aporrinhar mais uma vez, em pleno 2015, eu já com mais de 40 anos...
Resmunguei algo contra meus estúpidos vizinhos, entrei apressado e pus um hardão setentista daqueles para tocar...

Saudações Canalhas Cafajestes

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Outro relato do caçador noturno

O caçador noturno mais uma vez acorre para o buraco que foi, é, e sempre será a mais importante casa noturna da vida noturna/boêmia/putanheira dele, de seus amigos e amigas, da geração a que pertencem (e outras), o templo noturno em que toda uma população que ainda pulula por São Paulo  professa seu culto, a saber, fazer do profano nosso sagrado.
Assim, mais uma vez lá foi ele, em busca de companhia, conversas, acabar-se na pista de dança subterrânea, o lugar mágico em que o tempo não só é suspenso, mas regride e todos nós, por breves momentos, voltamos a ter nossos gloriosos e inconsequentes vinte e alguns anos.
A noite transcorreu aqui e ali, durante seus espaços e instantes, e tudo mais que há entre estes; a madrugada seguia firme, já indicando que iria desaparecer em breve, que portanto a noite de aventuras e caçadas estava findando, quando o amigo-em-armas de tantas noites e patifarias,  que travava uma animada conversa com uma moça ainda mais animada, faz sinal para ele, o caçador noturno, juntar-se à conversa. Sua cada vez mais aguçada pelos anos intuição emitiu um sinal de que algo trágico ou cômico (ou talvez os dois predicados) viria dessa convocação; sim convocação, como verão.
O amigo-em-armas não se demorou: apresentou a moça ao caçador noturno (na verdade o contrário: continue lendo e entenderá) e logo informou que era grande amiga de uma certa dama com a qual ele, o amigo, já se atracou  umas tantas vezes, o que alarmou o escaldado sujeito que garatuja estas linhas: o amigo-em-armas, ao apenas trocar algumas carícias bucais com essa certa dama em questão por pouco não meteu-se numa encrenca imensa - e claro, nós dois consideramos imediatamente, pautados pela limitada lógica masculina, ainda por cima afetada pelas várias cervejas  que entornáramos, que o simples fato de ser amiga daquela encrenca fazia da moça outra encrenca em potencial.
Nada demorou para o amigo-em-armas expôr, numa pressa e ênfase que soaram estranhas e gratuitas, um dado sobre o caçador noturno, uma sua prática que ao mesmo tempo indigna as mulheres e muita da vez as deixa em fogo, algo que não é ilegal nem criminoso, mas moralmente reprovável, isso se o caro leitor acredita na inocência feminina... A moça recebeu a informação/relato, fez caras e bocas de espanto e indignação, desfiou um discurso de censura e ameaças, mas a cada palavra sorria mais e mais e mais se alisava no caçador noturno. 
Então, súbito e sem aviso, o amigo-em-armas se afastou, caminhando na direção do mictório masculino, ou assim parecia... 
Após o previsível e inevitável, que durou alguns minutos, e deve-se confessar, foi até mesmo agradável e divertido, o caçador noturno tratou de se desvencilhar da amiga-potencial-encrenca, antes que o contato tomasse um vulto maior. Foi fácil fazê-lo, pois a moça, nada inocente (esqueceu-se de censurar a prática imoral do canalha, até mesmo de que ele fizera essa prática alguma vez, com uma rapidez estonteante) entendeu os sinais e o contexto e também se afastou bem rápido, rápido demais, como se estivesse ansiosa por algo (ansiedade que será explicada mais abaixo).
Livre e solto, o caçador noturno juntou-se à minúscula fila para liquidação da conta da beberagem, minúscula dado que a imensa maioria dos presentes na noite em questão já havia debandado, pagou e pôs-se a procurar o companheiro-de-armas e canalhices, que surgiu, como se emanado das trevas da pista de dança, um sorriso sacana nos lábios.
Fim da noitada, cervejas nas mãos, a manhã irrompendo, defronte ao nosso templo maior trocamos perguntas e respostas e confirmamos o óbvio: sim, o amigo-em-armas  'despachou' a moça, pois para este canalha ela seria apenas mais uma qualquer apanhada na noite, da qual saberia se livrar devida e facilmente se o potencial encrencatício dela um mísero decigrama se manifestasse; e sim! ele, o amigo-em-armas não conseguiu fugir de fato da moça, teve de, digamos, deixar uma leve e ligeira marca na memória e lábios da moça.
Rimos muito ao sacarmos a patetice e canalhice da mais rasteira de toda a situação,  demos as mãos no aperto fraternal de despedida e seguimos cada um para seu esconderijo, felizes e plenos.    

Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XLVIII

"Deixa as cervejas rolarem e o desespero aumentar"

Do amigo, colaborador mor desta tranqueira e parceiro-de-armas de tantas canalhices, ao definir, com a concisão e precisão de sempre, quais os elementos noturnos que deve-se aguardar irromperem e dominarem as musas questionáveis que pululam pela noite, antes de partir para o ataque.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Saturday Night Feeling

Headbangers e o Heavy Metal mandam na noite de São Paulo!!



terça-feira, 31 de março de 2015

Nostalgias noturnas Ou: texto curto, fútil, inútil e pretensamente enigmático

Saudades do disco voador que pairava por subterrâneos infectos, alegres e empolgantes do Centro, a embalar, com sua luz e presença estáticas, noites de putaria, romance barato, intrigas baratas de pseudo-adultos, risadas, beijos recendendo a cigarro e álcool, e muito rock´n roll.
Hoje, o que resta, após uma noite a observar o que outrora foi nosso reino, é celebrar e lembrar.

Não peçam explicações e entendam como quiser!!
  

quinta-feira, 26 de março de 2015

Texto curto, fútil e inútil (e bastante incorreto politicamente,com orgulho!!)

Há poucos dias (Há poucas noites seria o mais correto), numa sexta, para ser mais exato, me encontrava em um bar qualquer, lá para os lados da zona sul, num ponto entre os bairros do Cursino e Ipiranga, esperando uma musa para lá de questionável sair de uma  uniesquina  da vida, em que ela finge estudar para garantir, ao fim de longos e duros dois anos e meio de estudo (sim, é ironia pura) um diploma que lhe garantirá uma promoçãozinha na multinacional escrota em que labuta. Tínhamos uma noitada, que certamente culminaria com intercurso sexual, marcada, e lá estava eu, esperando-a, no balcão do bar, engolindo a péssima cerveja do boteco (o que nós homens não fazemos por uma trepada certa!), cercado de tipos obtusos em todos os aspectos humanos possíveis. Para me distrair durante a espera, dirigia minha atenção auditiva a esses tipinhos que me cercavam. Logo, destacou-se o diálogo travado por duas sujeitas barangosas, vestidas com aquele primor típico de funcionárias típicas de escritórios claustrofóbicos do Centro e arredores da Avenida Paulista; não pude ignorar as falas das infelizes, pois desandavam a criticar algum desafortunado qualquer que se envolvera com uma delas, dera no pé e passou a ser desancado pela despeitada, devidamente consolada pela amiga. O que mais me chamou a atenção foram os arquimilenares clichês: ' esse cara não te merece', ' esses moleques são uns babacas, não querem saber de compromisso', etc, etc , etc que elas não cansavam de entoar, como papagaios bêbados. Senti um tal misto de divertimento com irritação que as encarei por um instante, o que bastou para uma delas responder  minha atenção com um olhar lânguido que ignorei com a maior frieza, pois já estava a elaborar a idéia que é o centro desta postagem besta, para variar, aliás. Bem, a ela:
Finalmente me dei conta, de modo consciente e acabado, em palavras claras e definidas, que a maiorias das mulheres que vocifera contra os homens 'galinhas', 'imaturos' e termos rancorosos assemelhados em bares, metrô, nas ruas, ou seja, em lugares públicos ou próximos a isso, na maioria das vezes são umas barangas já passadas dos 25, com sinais claros na expressão facial do desespero de candidata a megera que ainda não encontrou seu "príncipe" (leia-se otário para explorar e mandar), que constituem um tipo marcado e fácil de identificar de mulherzinha.
Confere, produção?

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 20 de março de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XLVII

"Todo relacionamento foi feito para acabar. "

Argumento utilizado por um mero conhecido meu, para explicar e defender porque acredita piamente que uma beldade de cabelos flamejantes, conhecida de nós dois, ainda poderá se jogar nos braços dele, apesar de ela ter um relacionamento fixo  e estar bastante apaixonada. Claro, o rapazola também ignorou o fato de que ele é desprovido de todo e qualquer encanto (principalmente o mais importante, a saber: $) que encanta o mulherio, mas pouco depois de ele disparar o pensamento, concluí, do alto de mais de quatro décadas de vida e mais de vinte e cinco anos de idas e vindas amorosas, que o sujeito foi simples e perspicaz.

quinta-feira, 12 de março de 2015

A abominação que deve ser esquecida



Um amigo muito próximo, que com certa frequência colabora para esta tranqueira com algum relato ou frase lapidar, sempre devidamente  transposto para o linguajar  podre e pseudo-culto deste tipinho que vos escreve fez mais uma recente (e ótima) contribuição, segue:
Esse meu amigo cometeu a burrice que a esmagadora maioria de nós comete ao menos uma vez na vida, ou seja, casou-se. Mas um bom  tempo depois, teve a sanidade e decência de reparar o erro e consumou a separação. Claro que as sequelas e o preço disso (monetário e emocional) foram pesadas e assim não se recuperou muito bem da confusão, mas segue firme e forte, amealhando mulheres e mais mulheres, o que, convenhamos,  torna tudo o mais suportável, leve.
Bem, ocorre que nasceram duas crianças dessa relação e meu amigo jamais se furtou de dar toda a atenção a elas: sou testemunha de como e quantas ficantes e candidatas a caso e namorada ele perdeu pelo caminho por priorizar, sempre e sempre, seus filhos. E ainda dizem que homem que se separa só quer saber de farra e virá o tal 'pai quando dá para ser', como umas feminazis imbecis andam a afirmar mundo real e virtual afora... 
Há algumas semanas, meu amigo passou na masmorra em que a bruxa das trevas que atende pela alcunha de 'ex-esposa'  se esconde, para entregar as pobres crianças à criatura em questão, após passarem todo um final de semana com ele. A primogênita pediu para o papai esperar um pouco, pois tinha feito um desenho para ele, todo caprichado, e queria entregá-lo.  Enquanto esperava, defronte a ponte levadiça que conduz ao reino das trevas, a governante desse recesso de loucura materializou-se, para desgosto dele. Abaixo o diálogo que se seguiu:
- As crianças já estão em casa e seguras, já trouxe elas, por que não vai embora?
- **** (nome da filha oculto por razões óbvias) pediu para eu esperar, para buscar um desenho que fez para mim e me entregar. Não se preocupe, já estou indo. Sabe que te ver é tão "prazeroso" para mim quanto para você.
- Sei sim. É que hoje em especial não queria te ver de jeito nenhum.
(Ele percebeu um tom estranho na sempre ácida e desagradável voz da megera e não se furtou a perguntar):
- Mas o que tem o dia de hoje? 
(Ela arregala os olhos e pergunta, ainda mais nervosa):
- Você não sabe mesmo que dia é hoje?
-Não!! Dia X de fevereiro, tá, e daí?
(Bruxa das trevas cerra os olhos e vocifera):
- Hoje é o aniversário de nosso finado casamento. Nos casamos num dia X de fevereiro há 12 anos!!!
(O grandessíssimo e insensível canalha - atenção, esses termos são elogio!!! - mais uma vez não faz o menor esforço para conter sua reação  e responde entre risos que tinha felizmente esquecido a data por completo). Por um feliz acaso, sua doce e vivaz filhinha apareceu no momento exato, entregou-lhe o caprichado e singelo presente, estalou um beijo no rosto do papai e este zarpou, todo orgulhoso: orgulhoso dos filhos que gerou, únicas coisas boas que houve nesse casamento, e orgulhoso de si mesmo, por ter conseguido esquecer, sincera e completamente, aquela data desditosa e macabra.
Após me contar o ocorrido, reunidos num dos nossos botecos sujos e decadentes favoritos do centro, e depois de muito rirmos, me ocorreu que o episódio renderia uma postagem aqui na tranqueira, uma postagem em que eu comparasse o tema esquecimento desse relato com o tema esquecimento tal e qual comparece em um livro cuja leitura terminei há pouco: nada menos que It (A coisa, em português), de Stephen King. 
Não resumirei as quase 1.100 páginas do volume, apenas citarei que o grupo de protagonistas, as crianças que derrotam o monstro uma vez e têm de retornar, quase trinta anos depois, à cidade natal, para derrotar a criatura de uma vez por todas, após ambos confrontos passam por uma espécie de amnésia autoimposta: o confronto com uma criatura monstruosa, sanguinária e de tudo alienígena, terrível e incompreensível demais para a mente humana, força suas mentes, para não enlouquecerem de vez, a esquecer quase tudo que fizeram e sofreram nesses combates medonhos, apenas uma vaga imagem de que algo terrível residia nos subterrâneos de Derry e que eles a enfrentaram e a destruíram é o que fica como lembrança de sua jornada heroica, ao final da narrativa.
Entre muitas risadas, disparei, e meu amigo concordou, rindo ainda mais e pedindo mais cerveja ao proprietário do bar, canalha como nós, e que ouvia atentamente o papo:
- Moral da história: seu terminado casamento e sua ex-mulher foram duas coisas horríveis  como um monstro extraterrestre com poderes sobrenaturais, tão assustadoras que você esqueceu a data em que entrou no covil do monstro. 
Como encerramento, segue uma imagem do ser em questão. Convenhamos, lembra bastante uma ex-esposa ressentida e nervosinha, não?

Saudações canalhas e cafajestes