" Só se casa uma vez, a primeira é perdoável, na segunda perde a carteirinha de cafajeste."
Mais uma pérola do colaborador-mor desta tranqueira, que voltou com tudo.
" Só se casa uma vez, a primeira é perdoável, na segunda perde a carteirinha de cafajeste."
Mais uma pérola do colaborador-mor desta tranqueira, que voltou com tudo.
Uma das daquelas noites em que o sujeito se deixa levar pela própria noite e pelo que a cidade traz e também aquilo em que a cidade te joga (o tal 'rolê aleatório' de que os mais jovens falam) me levou a um bar/casa de shows/loja modernoso, meio hipster, lá pros lados da zona oeste. Pois na porta do banheiro (unissex, claro. Ainda bem que não tinha a maldita linguagem neutra na porta!) havia essa colagem pregada. Saquei o celular e fotografei o mais discretamente possível.
Mais tarde, olhando a foto cheguei a uma triste conclusão: isso não deveria ter nada de revolucionário, deveria ser algo praticado, feito, repetido e refeito sempre, algo normal quando homem e mulher se atracam. Daí lembrei de relatos e depoimentos de homens, héteros, que têm nojinho de chupar buceta (sim, isso existe! Hétero que tem nojo de cair de boca numa xota molhadinha e quente!) e concluí que muitas das queixas das mulheres procedem completamente.
Saudações canalhas e cafajestes
"Ao contrário de 90% dos homens, um cafajeste sabe valorizar uma mulher, quando ela merece."
O colaborador mor desta tranqueira, de volta após um longo e tenebroso inverno em sua vida.
“Sempre preparado para o fim, quando ele veio me pegou de surpresa.”
Charles Bukowski
Há poucas semanas, confirmei, por um amigo que não via há
tempos, o que tinha percebido há meses:
um notório bar, típico pé sujo do Centro, que muito frequentei e foi importante,
um marco em período repleto de acontecimentos e alegrias da minha vidinha,
fechou em definitivo. Esse boteco compareceu em muitas postagens desta
tranqueira, sendo que as últimas lamentavam a triste decadência que viveu,
provocada exclusivamente por seu proprietário, que permitiu que o tráfico de
drogas – feito por marginaizinhos dos mais baixos! – e a consequente violência
grassassem na porta e às vezes no interior do seu estabelecimento sem pudores,
em troca de uma porcentagem dos negócios ali fechados. A coisa ficou tão brava que toda turma da
qual eu era membro notório debandou e nunca mais lá foi ou sequer se aproximou.
Bem, conversando com outro amigo, que também não via há um bom tempo – e que
muito frequentou este bar comigo – percebemos que o fim desse lugar marca o fim
de um período, de um certo movimento humano de um grupo social no Centro; a conversa
fluiu e lembramos do fim de outro estabelecimento, também situado no Centro,
que também frequentamos. Este outro não era um bar, mas sim uma casa noturna de
rock, das mais ‘underground’ (ô palavrinha desgastada!), sujas, fuleiras – exatamente
como gostamos – e que também foi cenário de muitas postagens por aqui. E
durante a conversa lembramos de uma postagem que serviu de elegia a esta casa
noturna, feita em 2012, e da qual repito a música tema e a citação do Velho
Safado para a elegia a este outro buraco, em que tantas experiências vivemos.
Esta postagem é a primeira de uma novidade no blog:uma série que contará a história de um sujeito, de um canalha que perverteu o termo, tão sem limites e escroto foi durante sua vida. Esta é uma história que pode ter sido baseada em pessoas e fatos reais; o escriba desta tranqueira não confirmará ou não, cabe aos leitores imaginar e talvez descobrir...
Por hora, vamos apenas apresentar nosso protagonista.
Valêncio, desde muito cedo, ainda criança, mostrou-se uma manifestação bruta da macheza violenta e sem limites: era o menino valentão que brigava com todos, o praticante de bullying que criava e cometia as perseguições mais cruéis contra os tímidos e fracos; quando chegou à adolescência atraiu um séquito de admiradores e puxa-sacos e os suspiros das meninas: o pegador, o comedor, e que, claro, se gabava disso para tudo e todos, a ponto de até os outros meninos encrequeiros e mulherengos do bairro e da escola logo não suportarem mais sua mania de contar vantagem pra cima deles: ninguém se equiparava a ele, todos eram frouxos e covardes, Valêncio era o único macho de verdade da área e ponto! Para ele, ser homem era uma contínua expressão de brutalidade e mais nada.
Ele acreditou nisso tanto, viveu em função disso a tal ponto que chegou o dia em que realizou a proeza máxima de sua cafajestice: roubou a mulher de seu irmão.
Continua daqui a algumas semanas.
Encontrei a imagem no perfil de um conhecido; ele não sabia do que se tratava - livro, disco, cordel, o que fosse - mas tal como eu, achou interesantíssimo. Uma pesquisa no grande oráculo desta era revelou uma única referência: trata-se de um disco de frevo (!), lançado em 1978. Não tive o menor interesse em ouvir a obra musical, a ilustração da capa é que importa, uma pérola que merece pontuar nesta tranqueira, tamanhas a sabedoria, expressividade e simplicidade reunidas.