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terça-feira, 31 de março de 2015

Nostalgias noturnas Ou: texto curto, fútil, inútil e pretensamente enigmático

Saudades do disco voador que pairava por subterrâneos infectos, alegres e empolgantes do Centro, a embalar, com sua luz e presença estáticas, noites de putaria, romance barato, intrigas baratas de pseudo-adultos, risadas, beijos recendendo a cigarro e álcool, e muito rock´n roll.
Hoje, o que resta, após uma noite a observar o que outrora foi nosso reino, é celebrar e lembrar.

Não peçam explicações e entendam como quiser!!
  

quinta-feira, 26 de março de 2015

Texto curto, fútil e inútil (e bastante incorreto politicamente,com orgulho!!)

Há poucos dias (Há poucas noites seria o mais correto), numa sexta, para ser mais exato, me encontrava em um bar qualquer, lá para os lados da zona sul, num ponto entre os bairros do Cursino e Ipiranga, esperando uma musa para lá de questionável sair de uma  uniesquina  da vida, em que ela finge estudar para garantir, ao fim de longos e duros dois anos e meio de estudo (sim, é ironia pura) um diploma que lhe garantirá uma promoçãozinha na multinacional escrota em que labuta. Tínhamos uma noitada, que certamente culminaria com intercurso sexual, marcada, e lá estava eu, esperando-a, no balcão do bar, engolindo a péssima cerveja do boteco (o que nós homens não fazemos por uma trepada certa!), cercado de tipos obtusos em todos os aspectos humanos possíveis. Para me distrair durante a espera, dirigia minha atenção auditiva a esses tipinhos que me cercavam. Logo, destacou-se o diálogo travado por duas sujeitas barangosas, vestidas com aquele primor típico de funcionárias típicas de escritórios claustrofóbicos do Centro e arredores da Avenida Paulista; não pude ignorar as falas das infelizes, pois desandavam a criticar algum desafortunado qualquer que se envolvera com uma delas, dera no pé e passou a ser desancado pela despeitada, devidamente consolada pela amiga. O que mais me chamou a atenção foram os arquimilenares clichês: ' esse cara não te merece', ' esses moleques são uns babacas, não querem saber de compromisso', etc, etc , etc que elas não cansavam de entoar, como papagaios bêbados. Senti um tal misto de divertimento com irritação que as encarei por um instante, o que bastou para uma delas responder  minha atenção com um olhar lânguido que ignorei com a maior frieza, pois já estava a elaborar a idéia que é o centro desta postagem besta, para variar, aliás. Bem, a ela:
Finalmente me dei conta, de modo consciente e acabado, em palavras claras e definidas, que a maiorias das mulheres que vocifera contra os homens 'galinhas', 'imaturos' e termos rancorosos assemelhados em bares, metrô, nas ruas, ou seja, em lugares públicos ou próximos a isso, na maioria das vezes são umas barangas já passadas dos 25, com sinais claros na expressão facial do desespero de candidata a megera que ainda não encontrou seu "príncipe" (leia-se otário para explorar e mandar), que constituem um tipo marcado e fácil de identificar de mulherzinha.
Confere, produção?

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 20 de março de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XLVII

"Todo relacionamento foi feito para acabar. "

Argumento utilizado por um mero conhecido meu, para explicar e defender porque acredita piamente que uma beldade de cabelos flamejantes, conhecida de nós dois, ainda poderá se jogar nos braços dele, apesar de ela ter um relacionamento fixo  e estar bastante apaixonada. Claro, o rapazola também ignorou o fato de que ele é desprovido de todo e qualquer encanto (principalmente o mais importante, a saber: $) que encanta o mulherio, mas pouco depois de ele disparar o pensamento, concluí, do alto de mais de quatro décadas de vida e mais de vinte e cinco anos de idas e vindas amorosas, que o sujeito foi simples e perspicaz.

quinta-feira, 12 de março de 2015

A abominação que deve ser esquecida



Um amigo muito próximo, que com certa frequência colabora para esta tranqueira com algum relato ou frase lapidar, sempre devidamente  transposto para o linguajar  podre e pseudo-culto deste tipinho que vos escreve fez mais uma recente (e ótima) contribuição, segue:
Esse meu amigo cometeu a burrice que a esmagadora maioria de nós comete ao menos uma vez na vida, ou seja, casou-se. Mas um bom  tempo depois, teve a sanidade e decência de reparar o erro e consumou a separação. Claro que as sequelas e o preço disso (monetário e emocional) foram pesadas e assim não se recuperou muito bem da confusão, mas segue firme e forte, amealhando mulheres e mais mulheres, o que, convenhamos,  torna tudo o mais suportável, leve.
Bem, ocorre que nasceram duas crianças dessa relação e meu amigo jamais se furtou de dar toda a atenção a elas: sou testemunha de como e quantas ficantes e candidatas a caso e namorada ele perdeu pelo caminho por priorizar, sempre e sempre, seus filhos. E ainda dizem que homem que se separa só quer saber de farra e virá o tal 'pai quando dá para ser', como umas feminazis imbecis andam a afirmar mundo real e virtual afora... 
Há algumas semanas, meu amigo passou na masmorra em que a bruxa das trevas que atende pela alcunha de 'ex-esposa'  se esconde, para entregar as pobres crianças à criatura em questão, após passarem todo um final de semana com ele. A primogênita pediu para o papai esperar um pouco, pois tinha feito um desenho para ele, todo caprichado, e queria entregá-lo.  Enquanto esperava, defronte a ponte levadiça que conduz ao reino das trevas, a governante desse recesso de loucura materializou-se, para desgosto dele. Abaixo o diálogo que se seguiu:
- As crianças já estão em casa e seguras, já trouxe elas, por que não vai embora?
- **** (nome da filha oculto por razões óbvias) pediu para eu esperar, para buscar um desenho que fez para mim e me entregar. Não se preocupe, já estou indo. Sabe que te ver é tão "prazeroso" para mim quanto para você.
- Sei sim. É que hoje em especial não queria te ver de jeito nenhum.
(Ele percebeu um tom estranho na sempre ácida e desagradável voz da megera e não se furtou a perguntar):
- Mas o que tem o dia de hoje? 
(Ela arregala os olhos e pergunta, ainda mais nervosa):
- Você não sabe mesmo que dia é hoje?
-Não!! Dia X de fevereiro, tá, e daí?
(Bruxa das trevas cerra os olhos e vocifera):
- Hoje é o aniversário de nosso finado casamento. Nos casamos num dia X de fevereiro há 12 anos!!!
(O grandessíssimo e insensível canalha - atenção, esses termos são elogio!!! - mais uma vez não faz o menor esforço para conter sua reação  e responde entre risos que tinha felizmente esquecido a data por completo). Por um feliz acaso, sua doce e vivaz filhinha apareceu no momento exato, entregou-lhe o caprichado e singelo presente, estalou um beijo no rosto do papai e este zarpou, todo orgulhoso: orgulhoso dos filhos que gerou, únicas coisas boas que houve nesse casamento, e orgulhoso de si mesmo, por ter conseguido esquecer, sincera e completamente, aquela data desditosa e macabra.
Após me contar o ocorrido, reunidos num dos nossos botecos sujos e decadentes favoritos do centro, e depois de muito rirmos, me ocorreu que o episódio renderia uma postagem aqui na tranqueira, uma postagem em que eu comparasse o tema esquecimento desse relato com o tema esquecimento tal e qual comparece em um livro cuja leitura terminei há pouco: nada menos que It (A coisa, em português), de Stephen King. 
Não resumirei as quase 1.100 páginas do volume, apenas citarei que o grupo de protagonistas, as crianças que derrotam o monstro uma vez e têm de retornar, quase trinta anos depois, à cidade natal, para derrotar a criatura de uma vez por todas, após ambos confrontos passam por uma espécie de amnésia autoimposta: o confronto com uma criatura monstruosa, sanguinária e de tudo alienígena, terrível e incompreensível demais para a mente humana, força suas mentes, para não enlouquecerem de vez, a esquecer quase tudo que fizeram e sofreram nesses combates medonhos, apenas uma vaga imagem de que algo terrível residia nos subterrâneos de Derry e que eles a enfrentaram e a destruíram é o que fica como lembrança de sua jornada heroica, ao final da narrativa.
Entre muitas risadas, disparei, e meu amigo concordou, rindo ainda mais e pedindo mais cerveja ao proprietário do bar, canalha como nós, e que ouvia atentamente o papo:
- Moral da história: seu terminado casamento e sua ex-mulher foram duas coisas horríveis  como um monstro extraterrestre com poderes sobrenaturais, tão assustadoras que você esqueceu a data em que entrou no covil do monstro. 
Como encerramento, segue uma imagem do ser em questão. Convenhamos, lembra bastante uma ex-esposa ressentida e nervosinha, não?

Saudações canalhas e cafajestes



domingo, 1 de março de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XLV e XLVI


"Noivei porque o segundo Madame Satã fechou"

Frase espirituosa dita por uma moça deveras interessante e atraente, que conheci no antro noturno em questão, frase que expressa muito bem o modo de vida, como e para que vivem os hedonistas, boêmios, seres da noites e canalhas em geral.

"De blueseiro e louco, nem todos têm um pouco"

De um anônimo, proferida durante uma conversa etílica ocorrida numa mesa de um bar qualquer.