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sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Postagem não-prevista

A última postagem desta tranqueira terminava com aviso de um possível recesso do blog até o início de 2023; no entanto a vida ainda pode ter lances inesperados e estimulantes e a inspiração surgir quando menos se espera.

Este escriba encontrou-se esta semana com uma grande amiga e ex-caso; não nos falávamos há mais de mês. A conversa foi descontraída, alegre, profunda e rasa, tudo isso simultaneamente e muito misturado, como uma boa conversa entre dois amigos deve ser. 

Em um dos momentos de alguma seriedade, ela relatou que visitara os pais poucas semanas antes e notou como o bairro, a cidade em que eles vivem - sua cidade natal, cumpre notar - se tornou estranha a ela, como não mais sente-se parte daquele ambiente provinciano, paralisado e sufocante e que ela, assim como eu, optou por sair de lá e viver no bulício do Centro de São Paulo para experimentar horizontes mais amplos e experiências e vivências com gente mais diversa e em um meio mais variado, ainda que mais caótico, para fugir daquela mesmice existencial.

Repassamos e refletimos um pouco nossa escolha e não demoramos a concluir que foi muito acertada. Em dado momento ela perguntou, em tom de total deboche e ironia, se eu não me arrependia de ter 'abandonado e renegado minhas raízes' ? (Ha ha ha !)

Respondi de imediato, de 'prima', como se diz:

"Querida 'X', algumas raízes devem ser arrancadas e mortas sem dó, pois são raízes de nada mais que ervas daninhas; outras, no máximo, merecem ser mantidas cercadas e vigiadas, podem continuar vivas, mas sem se reproduzir ou se espalhar!"

Este escriba deseja a seus parcos leitores boas festas, um 2023 mais auspicioso e humano e prudentemente não anunciará recesso ou pausa para alguma semana qualquer do início do próximo ano; sabe-se lá o que pode pintar nos próximos dias!

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXXIII

"O que faz pensar incomoda."

Afirmação nada original, mas profunda, eterna, necessária, que sempre deve ser repetida aos quatro ventos e enfiada a marteladas na cabeça dos humanos imbecis (só 90% da espécie, no mínimo!), que surgiu mais numa vez na cabeça e lábios deste escriba, em uma noitada em seu bar favorito, durante uma epifania alcoólica na qual, ao ter uma revelação mística arrebatadora sobre juventude, sobre manter a juventude eterna no espírito e que amadurecimento na verdade é isso, amadurecer é manter o espírito sempre jovem, esse pensamento brilhante foi formulado.

Este blog - provavelmente, talvez, quem sabe - entrará em recesso de fim de ano e voltará a ter postagens no começo do próximo ano, a não ser que a suprema e maravilhosa Calíope abençoe este sujeitinho com um raio brilhante e avassalador de inspiração que, conjugado a alguma experiência notívaga-sexual-alcoólica transcendental, o façam correr para o teclado ainda na próxima semana.

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

A experiência... a sabedoria... o medo!!!

 Introduções e preâmbulos longos e sofisticados - enrolação, em suma - não são necessários. Tudo que precisa ser dito, antes do núcleo dramático-macabro desta postagem é que este escriba estava passando mais uma noitada em seu bar favorito e sendo, digamos, 'corjetado' por uma senhora já adiantada um tanto em anos e desprovida de quaisquer encantos (se teve algum, em alguma era pretérita, o que duvido muito). Ele fugia dos ataques e investidas da senhora (dama é um adjetivo que não lhe cabia) com aquela mistura de desinteresse e educação que ele acha ser muito sagaz e da qual se orgulha(...). 

Até que no fim da noite, encostado no balcão, pagando as despesas etílicas da noitade, a mulher faz uma derradeira tentativa, se achega mais uma vez (!) e, após agradecer numa fala trôpega, bêbada que estava, por este escriba só ter colocado 'sonzera' na juxebox do estabelecimento, tentou retribuir e aproximou sua boca ressecada e bafejando álcool dos lábios deste desaventurado ser...

Caros leitores, o movimento sutil, preciso e rápido ao extremo que executei para evitar o beijo foi de deixar um ninja estupefato. A 'dama', desconsolada, não fez nova tentativa - Comus e Baco sejam louvados! - e afastou-se cabisbaixa. A balconista assistiu a cena impávida e após eu concluir o pagamento, comentou, entre sorrisos: 

- Coisas da noite, né 'X'?

O colaborador-mor desta tranqueira, ao ouvir este relato, concluiu/comentou:

 - Só a experiência de muitas noites permite executar esse movimento ninja e fugir das assombrações da própria noite!

P. S. : este evento se soma a outros recentes que claramente  denunciam a este sujeito: na competição amorosa-sexual das noites paulistanas, ele está sendo passado para trás, dado que está se tornando um 'tiozão' aos olhos da mulheres mais jovens e está atraindo a atenção, cada vez mais e pelo visto apenas, de mulheres que ele ainda não incluiu em seu rol de possibilidades. Ou em poucas palavras: só mulheres mais velhas, da faixa etária dele ou quase, estão se engrançando e as mais novas o ignoram mais e mais. 

Um assunto delicado, profundo e extenso, que cedo ou tarde, terá de ser abordado da maneira devida aqui, nesta tranqueira, por mais que eu queira evitá-lo ou fingir que  não está acontecendo...

Saudações canalhas e cafajestes 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

"Não há nada de natural em ficar sóbrio"

 

Caros leitores, aprendam: a pergunta certa a ser feita a um bebedor contumaz não é "Por que você bebe?", e sim " Você vive neste mundo, nesta época e ainda passa parte do tempo sóbrio??!!" Como escreveu um dos gênios da nossa espécie, Charles Baudelaire: 

 Embriaguem-se

É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo, que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.

Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: “É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso! Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.”

 (Trad. de Leda Tenório da Motta, 1995)

O título da postagem foi proferido por  um grande cientista e pesquisador brasileiro do uso das ditas drogas psicoativas pela humanidade, desde a aurora dos tempos, mas infelizmente, este sujeitinho ébrio não tomou o cuidado de anotar seu nome.

Saudações canalhas e cafajestes (e embriagadas)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

O tempo e a vida são inevitáveis Ou: cedo ou tarde, isso iria acontecer

 

Esta postagem é o retorno à tranqueira de um amigo deste escriba que protagonizou algumas outras narrativas e há tempos não aparecia. Trata-se do divorciado, pai de dois filhos, que tenta equilibrar, manter em uma coisa racional, pacata e equilibrada a relação, divisão de tempo, entre sua atenção aos filhos e uma conturbada vida amorosa (e se os parcos leitores lembram, ele quase nunca consegue essa proeza, óbvio!).

Pois bem, recentemente, ele relatou a este sujeitinho que vos escreve um evento que não fez parte de suas agruras habituais derivadas das quixotescas tentativas de dar, igualmente, atenção a filhos e eventuais namoradas que aceitam se relacionar com o um homem que tem prole gerada em um relacionamento anterior (é, ele ainda acredita que essa fantasia é possível!) Do que se tratou?

Um de seus filhos pura e simplesmente o abordou e contou que durante uma de suas recentes (e primeiras) andanças noturnas com amigos por São Paulo, experimentou a bebida maldita, a desgraça, a praga conhecida como corote. O choque foi grande mas em seguida a razão o dominou e ele, refeito, perguntou a seu rebento, tremendo de medo, o que achou da iguaria. A resposta veio pronta e ligeira:

"- Uma porcaria! Horrível! Detestei!"

Meu amigo sentiu um alívio e bem-estar como há tempos não sentia. Após relatar o evento e beber mais um longo gole de bebida, refletiu, com a sabedoria de sempre:

"viver é isso, a passagem do tempo e os acontecimentos da vida são inevitáveis. Os filhos serão atirados com a cara lavada e desprotegida contra ambos, cabe aos pais prepará-los para lidar bem com isso, nada mais."

Saudações canalhas e cafajestes   

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXXII

"Mulher sempre é prioridade, mas nunca seja capacho!"

Do colaborador-mor desta tranqueira, sagaz e preciso como sempre.

Breve comentário sobre o pesamento: certíssimo, mas como é por vezes difícil atingir e manter esse equilíbrio...

Saudações canalhas e cafajestes 

sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Verdades duras e inegáveis da vida - e uma versão um tanto cômica de uma delas

Ninguém, nenhum, niente, ser humano algum aprecia passar pela situação de sua(seu) parceira (o) amorosa(o)/sexual. trocá-lo por um indivídudo mais jovem. De fato, ser deixado de lado em favor de uma pessoa com anos, às vezes décadas a menos de existência, é algo que leva nós humanos, criaturas dadas a histeria, imaturidade e falta de sabedoria pra lidar com a vida real, a cometer atos e palavras vexatórios, ainda que compreensíveis, pois essa situação, no limite - por exemplo, a matrona de corpo disforme e humor azedo trocada por uma deliciosa garota no limiar dos vinte, vinte e cinco anos - lembra amargamente que a decadência física é inexorável e o fim, inevitavelmente, virá, ou seja, no extremo, essa situação é um aviso sobre nossa mortalidade. 

Mas, como tudo em nossa inglória existência, isso tem seu lado cômico (ou pelo menos, deveríamos procurá-lo, sempre!) ou uma versão em que há um certo humor.

Ocorreu, caros leitores, que o colaborador-mor desta tranqueira, após encontros e (des)encontros com uma mocinha pelo menos dez anos mais jovem (a mocinha apreciadora de uma famosa - e horrível - beberagem alcoólica, que o desafiava a ingerir da mesma 'fórmula mágica', para se provar macho e digno de desfrutar dos favores dela. Vocês lembrarão facilmente da sequência de postagens aqui na tranqueira que registram as aventuras noturnas do casal...) acabaram por estabelecer um relacionamento nada fixo, sem cobranças, esporádido e livre, 'de boas'. Bem, nada, quando seres humanos estão envolvidos, fica 'de boas' por muito tempo, por vezes nem por pouco tempo...

Meu amigo, utilizando um app de pegação (bem melhor, diferente e mais direto que tinder), conheceu outra mocinha na flor da idade. A pegação evoluiu para um relacionamento que já se assumiu como fixo, namoro para ser exato. Bem, e quanto à mocinha anterior? Houve entre ele e ela conversas maduras e adultas que firmaram: ambos eram livres e caso um deles engatasse relacionamento com outra pessoa, poderiam continuar ficando, desde que isso não atrapalhasse esse eventual relacionamento. Óbvio que não foi assim. A mocinha, ao saber que meu amigo estava de caso firme com outra não demorou a se afastar, a 'dar uma gelada. E certa informação foi crucial para mudança de atitude, ela própria confirmou. 

Que informação foi essa, caros leitores? Simples, ela se sentiu ofendida, ameaçada, reagiu como uma mulher de meia idade trocada por uma novinha ao saber que a nova namorada de seu ficante era uma mocinha na flor dos 18 anos de idade, sendo que ela - que não foi abandonada, descartada, ele deixou claro que ainda poderiam ficar, ocasionalmente - tem a avançada e provecta idade de... 23 anos!

Assim que ele terminou o relato bebemos mais cerveja e passamos a ponderar: esse acontecimento, um tanto engraçado, cômico, não seria expressão de um modo de pensar, de uma sensibilidade e psicologia típicos dos tais jovens de hoje e que nos escapam, que nós, já velhacos rodados e curtidos, não conseguimos compreender?

O que os caros leitores acham? Cartas à redação!

Saudações canalhas e cafajestes   

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Texto curto, fútil, mas, tomara, não inútil a um eventual leitor (ou: AlexB dando uma de autor de...autoajuda)

Jamais tenha medo de vencer seus medos e viver de modo diferente e melhor. 

Não peçam explicações, nada mais a declarar por hora.

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Última reflexão sobre os acontecimentos recentes relatados em outra postagem (ou: uma postagem muito fútil e inútil)

Os acontecimentos narrados em uma postagem de setembro, sobre a 'dama' que se transformou em uma tremenda baranga e assediou este sujeitinho, o qual foi salvo por um amigo que revelou um até então oculto talento para domador de dragões (quá quá quá), geraram posterior observação sagaz de outro amigo, devidamente registrada aqui na tranqueira. Pois aquela pequena desventura noturna  deu origem a mais reflexões, esta da lavra do dono do estabelecimento, o qual, observando tudo, mais tarde comentou com este escriba já aliviado, olhando o movimento da noite na frente do bar e com uma cerveja nas mãos:

'É, tem umas pessoas, umas minas, que não sabem respeitar o espaço dos outros, não se tocam quando não são desejadas e se tornam inconvenientes. Pior que depois a gente acaba ficando com fama de frouxo. Mas tem umas que não dá!'

Nada mais a declarar.

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXXI

"Deixa o lixo para os  jovens!"

Observação sagaz e precisa de minha amiga mais íntima e querida (e ex-ficante, caso 'rolo', chamem como quiser), proferida na penumbra da pista de nosso porão favorito, após este escriba apontar a 'senhora' que 'requebrava' no extremo oposto da pista e tinha flertado explícita e pesadamente comigo minutos antes, durante a execução de um digamos, sucesso musical, flerte que ignorei e do qual me escafedi.  Usei o termo 'senhora' porque a dama em questão era exatamente isso: já não estava mais na flor da idade - longe disso! - e era perceptível que mesmo quando uma jovenzinha não dispunha de encantos físicos em profusão...

Minha amiga simplesmente apontou que não estou mais na idade de se deixar levar por qualquer olhar, não tenho mais de 'pegar' qualquer sujeita mal ajambrada, apenas porque sou um homem e estou na noite, que a idade e a experiência impõem um certo padrão, nível, dignidade. Ela estava tão certa que mais tarde, minha paciência ou 'pose' - de novo, chamem como quiser! - foi muito bem recompensada.

Saudações canalhas e cafajestes  

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Observação cínica, direta e sucinta (e também fútil, claro)

"Nunca fiz a tal de DR - discussão de relacionamento, essa idiotice moderninha de mulherzinhas metidas a modernas e emancipadas - porque meus relacionamentos, mal começavam a se deteriorar, imediatamente se tornavam uma completa discussão, logo não havia mais relacionamentos, só encrenca, se é que me entendeu."

Este escriba, num momento de iluminação e acreditem, em que estava de todo sóbrio.

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Dica cultural de AlexB

 

Loucuras de uma primavera é um filme de Louis Malle, um dos últimos deste grande cineasta francês. Belíssimo filme, que trata das inquietações, hipocrisias e tensões que mesmo os mais esclarecidos burgueses experimentaram diante do terremoto de maio de 68 França e mundo afora. Além desse elemento central, a obra também trata de amor, morte, conflitos familiares, da vida humana enfim. E para convencer o leitor que supõe que este escriba está ficando intelectualóide ou 'cabeça' (sempre fui essas duas coisas, se o caro leitor não percebeu isso antes e está desdenhando, então não leu corretamente muitas postagens desta tranqueira!), segue uma fala do filme, que expressa muito dos valores cultivados e propagados por este blog:

"O casamento é a sepultura do amor."

Saudações canalhas e cafajestes   

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Ainda sobre os acontecimentos relatados na última postagem ou: reflexão importante

Conforme anunciado na postagem anterior, esta é uma continuação sua, uma reflexão importante e a ser sempre lembrada. E por que publicada depois, numa postagem posterior e não, por exemplo, fechando a postagem em questão?

Porque ela surgiu dias depois do acontecido e o mais lógico é que pontuasse uma postagem própria, posterior.

Ocorre que ao relatar o acontecimento ao meu amigo e colaborado-mor desta tranqueira, ele definiu, com suas sagacidade e precisão de sempre, o que seria trocar beijos e carícias com uma mulher que não mais me atraía e que causaria uma certa ressaca moral, em um local em que sou assíduo, conhecido e benquisto, um ato que certamente queimaria minha imagem e seria lembrado de maneiras desagradráveis:

"Fez muito bem em fugir da mina, pois se você fica com ela num lugar em que isso queima tua imagem, o ambiente se torna tóxico para você, não será mais tão agradável e legal; estragaria um dos lugares que você mais gosta de ir."

"O ambiente se torna tóxico a você"- brilhante e cortante definição do que é fazer algo que não deve em um lugar importante para um boêmio barato como este sujeito.

Saudações canalhas e cafajestes

  

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Amigo é para essas coisas ! (Uma noite do caçador noturno)

Sábado à noite, este escriba prepara-se para uma noitada tranquila e sem grandes pretensões em seu bar favorito (sem grandes prentensões, afim de uma noite 'sossegada', até o momento em que topa com o movimento da noite de São Paulo e, diante do infinito de mulheres, manda a calma e o sossego para o quinto dos infernos e passa a traçar planos grandiosos e libidinosos, como todo homem soi fazer ao cair na vida, sempre).         

Ele adentra o bar, cumprimenta o dono, os habitués, a dita elite do bar - à qual ele pertence -  pede uma cerveja e senta-se na mesa com os companheiros de noitada. Eis que dos fundos do estabelecimento brota o grito: 

- 'X' ??!!! Não acredito!

E uma mulher na casa dos quarenta anos, já visivelmente 'alegrinha' por umas doses vem ao seu encontro como um pé de vento, o abraça, o agarra, numa alegria e efusividade impossível de ser ignorada, se houvesse um morto sendo ali velado, até ele se espantaria com a cena. Era nada menos que uma antiga ficante, um caso rápido que  ele teve há uns anos e que dispensou com um tanto de elegância e um tanto do dito 'ghosting', se é que me entendem. A moça (não mais tão pertencente a essa condição), ficou na ocasião encantada e me considerava um verdadeiro guia, um mestre de sabedoria e cultura (vejam a que ponto pode chegar o desespero das mulheres!) e pela reação, assim ainda achava. 

Pragmático e canalha como sempre, este escriba avaliou a moça, após conseguir se soltar do abraço. Bem caros leitores, como dizer? A dama em questão perdera quase todos dotes físicos que possuía, em bom 'canalhês': a infeliz tinha embarangado pacas!A disposição para um possível intercurso físico com aquela criatura meio obesa e ficando disforme era próxima do negativo elevado ao infinito. Imediatamente,  senti o cheiro de uma possível encrenca e de uma noite que agora se anunciava sombria e assustadora...                                                

Conversa vai, conversa vem, dou respostas não muito animadoras ou longas, procuro ficar mais na mesa com os parceiros habituais de copo que na mesa da 'moçoila', a qual não cessa de tecer loas sobre minhas cultura e sabedoria para o sobrinho (!!!!) que a acompanha. Não demora a ela sacar que o encontro casual não me animou e o que ela faz, como boa mulher na faixa dos quarenta desesperada em que o espírito de Rê Bordosa carente baixa como pomba-gira ensandecida? Se aprochega na nossa mesa, sem pedir licença e passar a me elogiar em voz alta, dizer que sou seu eterno 'crush', pergunta porque estou fugindo dela e quetais. 

Duas vezes consigo escapulir, vou à frente do bar, dou uma volta em um quarteirão inteiro da rua Augusta, na vã esperança que os espíritos noturnos, os deuses da beberagem, da devassidão, Baco, Comus e companhia, me agraciassem com uma companhia feminina mais interessante e principalmente, tirassem aquela criatura do meu caminho.

Pois eis que ao retornar pela segunda vez ao bar, torcendo para que a sujeita tivesse finalmente se mancado ou desaparecido, com que cena topo? Um dos meus parceiros de copo usuais, que estava na mesa, se atracando com a  moça, com ardor!

Aliviado, leve, livre e solto, peguei mais uma cerveja e fiquei contemplando o entra e sai de pessoas do bar com renovadas alegria e disposição. 

Dias depois, ao relatar este pequeno e patético episódio noturno ao colaborador-mor desta tranqueira, ele, sagaz e mortífero como sempre, fez a definição perfeita da cena:

"Ou seja, 'Y' foi muito amigo: se jogou na frente dos disparos para as balas não atingirem você, foi um verdadeiro escudo humano!"

Bem caros leitores, se o cara tem talento para guerreiro noturno, só posso agradecer.

E não percam: na próxima postagem mais algumas reflexões brilhantes sobre este grande e profundo acontecimento aqui relatado! Aguardem ansiosamente.

Saudações canalhas e cafajestes                                

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Reflexão rasa e inútil

Quando o canalha, homem da noite, putanheiro, disposto a qualquer coisa por mulher, atesta a queda de um lugar - segundo seus critérios - é o fim dele, ou uma fase muito ruim da qual provavelmente não se recuperará. O putanheiro é baixo e rigoroso ao mesmo tempo, se o mais mal cuidado, decadente e patético boteco tem mulheres, devassidão, licensiodade, cerveja gelada, para ele é um templo sagrado; mas se essa frequência decai, é questão de tempo para abandoná-lo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Texto curto, fútil e inútil

 Às vezes o álcool é a única maneira de aguentar esta existência. 

- Pensata elaborada por este escriba, quando, obviamente estava embriagado. 

Sim, este pensamento profundo como um garrafa de bebida barata já apareceu, com outras palavras, umas tantas várias vezes aqui nesta tranqueira. Mas, feliz ou infelizmente, nunca perde sua verdade e alcance e deve ser sempre relembrado.

Saudações canalhas e cafajestes  

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Dica cultural de Alex B

 

Como anunciado recentemente, passarei a fazer postagens que lembram e recomendam a obra do cineasta brasileiro que, na minha modesta opinião, melhor trouxe ao cinema nacional os ideais da contracultura, da vida plena, do libertário (não confunda este com a palhaçada do 'libertarianismo'; que não passa de delírio de incell punheteiro que sonha ser magnata), o grande Carlos Reichebach.

Nesta, posto o cartaz e recomendo uma de suas obras máximas, O Império do Desejo. Sexo, busca por liberdade sexual e existencial, divagações, delírios, cenas que desafiam a compreensão do público, tudo isso em uma narrativa longe do bom mocismo cinematográfico, mas sim com a marca plena do cinema de Carlão.

Não existe edição oficial, pelo que sei, em dvd, bluray,  o que seja, mas é um filme fácil de encontrar nos sites de pirataria. Assistam e descubram o que é viver sem limites.

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

Reflexão

Pais de família, homens de bem, machões tradicionalistas e demais falsos moralistas em geral não arrotam suas hipócritas palavras de ordem vazias e praticam seus 'nobres' atos - que não passam de pura violência - em nome de uma causa maior e admirável, como adoram pregar. O fazem porque são egocêntricos, adoram poder, por mínimo que seja e não conseguem disfarçar suas arrogância e egocentrismo.

Este escriba fala com profundo conhecimento de causa sobre esse tipo de ser. Entre outras coisas, ele vem de uma família na qual SÓ HÁ esse tipo desprezível de homem; não por acaso, sou a ovelha buraco negro da família há muito, me afastei da maioria dos tais 'parentes de sangue' (essa expressão me faz gargalhar, de tanto que a odeio)  e disso me orgulho.

Saudações canalhas e  cafajestes

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Texto curto, fútil e inútil

Poder e conseguir viver, agir como se tivesse 20 e tantos, 30 anos, quando se tem 40 e tantos é muito bom e prazeroso, revigora, eleva. Mas o senso de que o tempo é implacável e cruel, que os anos à frente não serão imensos ou infinitos e que há uma porção de ridículo nesse comportamento também estão sempre presentes e conforme a idade avança, tornam-se mais intensos e dolorosos.

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Pérola de sabedoria


"Como todo grande caso de amor, o nosso começou com um fracasso na cama."

A ilha dos prazeres proibidos

Brilhante diálogo/frase de um dos melhores filmes do mestre Carlos Reichenbach, um dos maiores cineastas do país. Estou assistindo aos filmes de sua obra que faltavam na minha formação cinéfila - alguns são difíceis de encontrar -  e topei com essa joia de sabedoria, o que me fez perceber que há muito não postava nada aqui nesta tranqueira sobre este mestre; assim, preparem-se que farei algumas postagens para relembrar o talento, verve e profundo humanismo libertário do grande Carlão.

 Saudações canalhas e cafajestes 

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Uma das maiores e mais importantes lições de sabedoria de toda a existência

"Não existe magia maior que um homem olhar nos olhos da mulher que ele ama."

Frase do lendário Alex Sanders, ocultista inglês muito influente nas paradas do ocultismo, magia, etc. 

Uma sabedoria suprema e de uma profundidade além de qualquer explicação racional, que tem de ser sentida e vivida por todo homem que se preza.

Saudações

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Reminiscências - texto fútil e inútil

 Quando atinge e depois supera os quarenta anos, o sujeito tende a, quanto aos anos de sua 'juventude dourada'(sim, esse termo é bastante irônico), tratá-los de uma de duas formas principais ao rememorá-los:

1) lembrar deles mais com nostalgia, afeto e complacência;

2) sem negar como eram tempos mais simples, felizes e incosequentes, reconhece quão idiota ele e os seres com que convivia (muitas vezes forçado)eram.

Bem, o sujeitinho que vos escreve confessa que anda dado a essa prática de lembrar os tais velhos tempos (quem não, neste tempo deprimente que vivemos?) Para evitar ser engolido pela nostalgia barata, um monstro que sempre está à espreita, depois que passamos da quarta década de vida, para nos devorar e dominar por completo, este escriba trata de sempre temperar as lembranças do passado com providenciais e elevadas doses crítica virulenta à maioria das pessoas que passaram sua vida, muita autocrítica a ele mesmo, desdém pela humanidade em geral e absoluta falta de  levar  e se levar a sério, para que o sentimentalismo barato não o transforme daqui a uns anos em um velho saudosista, criatura mais que patética, convenhamos!       

Pois um dia (ou seria noite?) desses lembrei, ao repassar aquela época 'empolgante' da minha vida uma prática que foi comum na periferia de  São Paulo (minha região natal, apesar de morar no Centro há muitos anos) na segunda metade dos anos 80 e começo dos 90: uma modinha de casais de adolescentes, com poucos meses de namoro - dois, três, não mais que isso muitas vezes - envergarem, orgulhosos, para todo mundo ver, uma tais 'alianças de compromisso', que na quase totalidade nada eram além de aneis folheados a prata bem vagabundos, ostentados para anunciar ao mundo - leia-se, família, escola e bairro - que estavam apaixonadinhos e unidos por 'fortes laços' (ouvi isso da boca de colegas de escola e até de primos!). 

Não sei se a modinha prosperou, deitou raízes entre a garotada e foi transmitida para as gerações seguintes (os filhos que muitos deles tiveram precocemente, ainda na adolescência), o que sempre soube sobre isso é que não passava de compromisso é com a burrice e conservadorismo. Imitar os ridículos ritos do casamento tradicional cristão-burguês bem na época da vida em que se deve chafurdar pesadamente na porralouquice não passa de atestado de imbecilidade.

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 22 de julho de 2022

Mais uma verdade definitiva

Feliz, autêntico e pleno o homem cuja obsessão maior, sua máxima causa de devaneios, sonhos, desejos, preocupações (e também frustrações e mancadas) são as mulheres!

Acréscimo perfeito do colaborador-mor desta tranqueira:

"Desde que ele não seja um capacho, um escravoceta, claro!"

Saudações canalhas e cafajestes.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Uma verdade definitiva, uma regra inegociável

Não se dá três chances para uma mesma mulher na mesma ocasião! (e para ser mais correto, não se deve dar três chances a uma mulher nunca!). Duas são o limite, sempre, sem possibilidade de quebrar isso.

E tenho dito.

E não façam perguntas sobre a origem da postagem, como sempre!


sexta-feira, 8 de julho de 2022

O quanto um homem pode se rebaixar (não, não falta interrogação no título!)

Os caros leitores certamente conhecem no mínimo um caso (senão alguns ou até vários) de homens que se deixam dominar e rebaixar até a mais vergonhosa submissão para ter uma companhia feminina, homens para os quais - mesmo jovens, bem apessoados, com atrativos aos olhos das mulheres, portanto - a solidão é uma maldição terrível e inescapável, que está logo ali à porta, de tocaia para devorá-lo lentamente até o fim de sua triste vida se ele não se relacionar da maneira mais profunda e séria com a primeira abnegada que aparecer para livrá-lo dessa condição medonha. Em suma, homens que são, na perfeita definição de minha melhor amiga, e que já registrei aqui: escravoceta (sim, o termo não foi criado por ela, mas não tem importância), aquele ser patético que se humilha e se rebaixa para ter companhia e favores femininos.

Bem, um amigo que não via há algum tempo relatou-se a situação de um grande amigo seu. O sujeito, apesar de ter predicados e vivência para não agir com um pobre punheteiro gordinho cheio de espinhas no rosto que tem de dar graças aos céus e lamber os pés da maravilhosa mulher que aceitou suportá-lo e salvá-lo da solidão (incrível como a imensa maioria das pessoas, no exercício de sua mediocridade, confunde morar só com estar só, ser solitário, mas isso é tema para outra postagem), é dado a fazer isso desde sempre. Toda mulher que apareceu em sua vida, após ter terminado com outra, é sempre tratada como a deusa suprema e definitiva que desceu à Terra para presentear o pobre infeliz! Segundo meu amigo, essa tendência do cara ao escravocetismo  sempre existiu mas foi piorando com o tempo, de vez que ele já está batendo nos quarenta anos e esse tipo de comportamento ('Tô ficando velho, ninguém mais vai me querer, buááá", "tenho de agarrar essa e não fazer nada que a desagrade, senão ela vai embora!") se exacerba com a idade.

Pois o cara se superou, atingiu o ápice da vergonha e da falta de respeito por si próprio: após tomar um belo pé na bunda da última namorada (uma mulher muito bonita, um vaginaço, como diria o primeiro colaborador frequente do Noites, lá nos primórdios do blog, e que aparentemente se aposentou da cafajestice), mergulhou numa fossa tal que para não ficar só, triste e abandonado, apelou para algo que, leitores, me deixou incrédulo: 

Fez um cadastro no site de relacionamentos Adote um cara e lá pôs-se a buscar a nova amada de sua vida. 

Sim, leitores, existe um site com esse nome e proposta!  Nunca tinha ouvido falar dessa coisa. Fiquei tão incrédulo e pasmo que tive de acessar para confirmar e lá estava!!! Apenas a visão da página inicial já me causou uma sensação indescritível e dela saí o mais rápido possível.  Meu amigo explicou depois que o objetivo e contatos predominantes do site não são desse tipo, mas que muitos incautos, escravocetas, ingênuos, cornos mansos e quetais são fisgados lá pelas devoradoras de homens de plantão. 

A pedido do amigo que me relatou a história, não contarei certo detalhes e eventos, muito específicos e denunciadores sobre a identidade do casal, pois o mundo virtual pode ser tão pequeno quanto o real e se porventura alguma das partes eventualmente ler esta postagem, será deveras constrangedor e desagradável...Basta relatar o seguinte: após menos de dois meses trocando mensagens cada vez mais apaixonadas com uma dama que fisgou o infeliz no site, ela mudou-se de maia e cuia, vinda de outro estado, para a casa dele (!!!!) e logo a convivência apaixonada transmutou-se num inferno de humilhação, maus tratos, desprezo sofridos apenas por ele, claro, muita da vez diante dos amigos (isso quando ela permite que ele os encontre, sempre com a presença e supervisão dela, claro!). E as falas do cara, segundo meu amigo, são angustiantes e também revoltantes: ele se queixa que ela não é mais a princesa encantada do início do relacionamento, mas ao tempo aceita isso, pois 'ao menos não está mais sozinho'.

Caros leitores, o que dizer a respeito? 

Como os leitores 'das antigas' bem sabem, este blog por vezes publicou postagens que, admito, soam machistas e/ou misóginas, mas já deixei muito claro, em outras, que não é nada disso, que apoio totalmente as demandas feministas mas não deixo de reconhecer e atacar os absurdos pregados pelas 'radfems', nossas queridas (sqn) feminazis! Em suma, igualdade entre os gêneros, nada de violência de um contra o outro. Ponto.

As mulheres sofrem horrores nesta nossa sociedade machista, violenta e podre, fato. Mas elas também podem ser bastante maléficas.

É isto.           


sexta-feira, 1 de julho de 2022

Quem sai na chuva é para se molhar, quem sai com alguém com os hormônios em brasa é para...

O colaborador-mor desta tranqueira foi convidado pela mocinha com a qual viveu, no último ano e meio, noites épicas (todas aqui registradas, claro), a acompanhar a última parada lgbta de São Paulo, há alguns dias (se algum leitor pensou algo estúpido ou malicioso, teve pensamentos adolescentes e/ou preconceituosos, trate de rever seus conceitos e se atualizar! A parada gay, já há anos, se tornou uma verdadeira balada a céu aberto, uma festa, zoeira, e muitos heterossexuais lá vão em busca de companhia também hétero e segundo vários relatos, se dão bem muitas vezes). 

O convite foi deveras atrativo porque além de desfrutar mais uma vez da companhia da dama, esta anunciou que uma amiga dela, lésbica assumida e convicta, iria com eles. Claro que meu amigo, canalha extremo que é, já imaginou convencer ambas a um belo ménage, embora antevisse que isso exigiria muito de sua lábia. Assim, animado e cheio de disposição para uma possível aventura sexual, lá foi ele.

Vamos pular o passeio em si, os três acompanhando o desfile. A amiga foi bastante simpática e educada, o canalha foi discreto e sem pressa, avaliou a dinâmica da amizade e nível de intimidade entre sua ficante e a outra moça antes de tentar outra coisa, mas eis que o maldito acaso, os imprevistos acabaram com seus planos: um telefonema desesperado  implorava que ele fosse fazer um plantão no seu emprego em pleno começo de noite de domingo... Ele tentou escapulir, mas como era o único profissional disponível naquele momento (e de longe, o melhor da equipe), não houve saída: deixou as duas e, entre desconsolado e puto, foi cumprir seu dever profissional.

Poucas horas mais tarde, seu telefone celular toca: a mocinha está do outro lado da linha, toda aflita. Após a dispersão da parada pararam em um bar, tomaram umas e sua amiga, até então recatada e discreta, pôs-se a se insinuar e assediar, deixando claro que há tempos desejava um intercurso sexual com ela!

Assustada, desviou-se como pôde e assim que a amiga assanhada foi ao banheiro ligou para meu amigo, que entre divertindo-se com a situação, imaginando desdobramentos e chegando a conclusões(a principal: a garota lésbica aproveitou que ele teve de sair de cena e preparou o bote, ou seja, nada de homem numa eventual transa!), não se fez de rogado ou se sentiu diminuído. Disparou para sua ficante:

"Ela faz seu tipo?"

"Sóbria, não!"

Esse diálogo  é tão impagável e desconcertante que nada mais precisa ser relatado, a história e a postagem se encerram aqui.

Saudações canalhas e cafajestes    

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Pérola de sabedoria

"Usar uber é bem mais barato e dá menos trabalho que manter um carro próprio; transar com uma puta, de vez em quando, é bem mais barato e dá menos trabalho que manter uma esposa."

Uma joia de sagacidade, enviada pelo Azarão, do blog A Marreta do Azarão, leitor fiel desta tranqueira e agora colaborador dela, que enviou esta pensata - que qualquer homem com um pouco de vivência sabe e experimentou muito bem! - via comentários. 

Como ele comentou, poderia fazer parte da seção Pensamentos... mas só não entrou nesta por ter sido vista pichada em um muro, o que não diminui nada sua grandeza, tanto que foi aceita.

Saudações canalhas e cafajestes  

 

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Putanheiro na saúde... e na doença!

 O colaborador-mor desta tranqueira, devido a uma contingência de sua profissão, entrou em contato com fluidos de um doente de covid (em termos mais claros: o infeliz que ele atendia, diagnosticado com a maldita doença, espirrou em sua cara). 

Possesso, irritado ao extremo, assim que deixou o trabalho, homem consciente que é e ainda por cima arrimo de família, não titubeou: chegou a sua casa, mandou todos ficarem bem longe, fez uma mala com roupas, objetos pessoais, laptop e se mandou para um hotel, seu plano ficar uma semana lá isolado, até que a possível contaminação se escafedesse de seu organismo.

Putanheiro por natureza, escolheu rapidamente e sem vacilações o refúgio: o hotel Lido Plaza, o grande Lidão, alcova favorita dos canalhas, cafajestes e putanheiros de São Paulo quando vão se encontrar com alguma dama para sexo pago ou grátis (bem, este na verdade não existe, mas isso é assunto para outras postagens) e querem desfrutar dos favores sexuais dela em um local seguro e de nível.

Lá passou os dois primeiros dias sem que tédio ou solidão o afligissem, entretido com música e filmes, mas ao fim do segundo dia decidiu verificar sua real condição clínica, quanto a ser hospedeiro do famigerado coronavírus: foi à farmácia mais próxima, adquiriu um autoteste, o realizou e voilà! Negativo. Ele poderia muito bem retornar ao lar, mas os eflúvios e energias que impregnam o templo da putaria o influenciaram e a ideia maligna se apossou de seu corpo e mente.

Sacou do celular e retomou conversa com uma moçoila que conheceu em um aplicativo de encontros (nada de tinder! O protagonista da postagem é um cara muito desenvolto no mundo virtual e também direto e sem delongas, ele usa apps menos conhecidos e muito mais diretos quanto aos objetivos do contato, se é que os leitores me entendem). Conversaram e ele logo propôs que finalmente se conhecessem no mundo físico  e ela passasse os próximos três dias com ele no hotel, tudo pago, claro...

E a dama, desinibida e afeita a aventuras, topou de imediato. Em poucas horas, adentrava o quarto, vestindo uma roupa insinuante, de banho tomado e cheirosa. E passaram três alegres dias de devassidão, beberagem, de vida enfim. 

Ao ouvir o relato, disparei de imediato: "as energias sexuais, os momentos de putaria lá vividos te influenciaram! E podemos formular o  seguinte mote: 'X', você promete ser putanheiro para sempre? Na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença?" 

E rimos muito, em meio a copos de bebida.

Saudações canalhas e cafajestes                

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Ode à mais maravilhosa criação da natureza

Os caros leitores que acompanham com regularidade esta tranqueira sabem que não sou afeito a simplesmente copiar textos de outrem e colar aqui; prefiro escrevinhar pérolas próprias ou elucubrar em cima do que vivo, ouço e presencio noite, cidade e vida aforas, mas vez por outra, sou obrigado a fazer o 'copia e cola', tão poderosos, emocionantes e precisos são certos textos com que topo, vez por outra. 

Esta postagem é um desses casos: uma ode ao órgão sexual feminino que expressa o que todos nós sentimos por esta maravilha da natureza. 

A obra-prima abaixo é de autoria de Bráulio Tavares, grande escritor brasileiro e o qual tive o privilégio de conhecer pessoalmente, em um festival literário acontecido em São Paulo, há uns anos. 

Leiam e se emocionem, como este escriba e sujeitinho: 

 

A buceta da minha amadatem pêlos barrocos,lúdicos, profanos.É famintacomo o polígono-das-secase cheia de ritmoscomo o recôncavo-baiano.A buceta da minha amadaé cabeludacomo um tapete persa.É um buraco-negrobem no meio do púbisdo Universo.
A buceta da minha amadaé cabeluda,misteriosa, sonâmbula.É bela como uma letra grega:é o alfa-e-ômega dos meus segredos,é um delta ardente sob os meus dedose na minha línguaé lambda.A buceta da minha amadaé um tesouroé o Tosão de Ouroé um tesão.É cabeluda, e cabe, linda,em minha mão.A buceta da minha amadame aperta dentro, de um tal jeitoque quase me morde;e só não é mais cabeludado que as coisas que ela geme
quando a gente fode.
(Bráulio Tavares)

sexta-feira, 3 de junho de 2022

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXX

"Se o cara pobre conta toda a verdade, o que ele passa, como se ferra, não conquista mulher nenhuma, não come ninguém. É como na política: se não mentir um pouco (ou muito) não consegue nada!"

Pérola transcendental de tão sábia, perpetrada pelo dono do bar favorito deste escriba.

Saudações canalhas e cafajestes


sexta-feira, 27 de maio de 2022

Instantâneos da cidade - XIX

 

 
Escrito na mureta do Viaduto 9 de Julho, centro de São Paulo. Coisas tão simples, fundamentais e importantes, que deveriam ser franqueadas a todos seres humanos e a tantos são inacessíveis, nestes tempos macabros.
 
Alguns dias depois, o texto foi apagado. Felizmente, este escriba o registrou e aqui nesta tranqueira o eternizou.
 
Saudações canalhas e cafajestes  

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Postagem curta, direta, cortante - e brilhante

"O que se deve dizer a um marido?"

" Não se deve dizer nada!"

Do filme Sangue de pantera (1942)   

 Qual o sentido que este sujeitinho atribuiu a este diálogo perfeito e delicioso, desse clássico do cinema fantástico? Ora, que um marido, um homem que aceita ser a ele impingido esse termo ridículo e todos os abjetos valores burgueses, tradicionais, etc que ele carrega, esse homem não merece consideração nenhuma, nenhuma resposta, explicação ou respeito, inclusive da mulher que ele chama de 'esposa'!

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Instantâneos da cidade - XVIII

Escrito na traseira de um banco de um ônibus qualquer que circula por esta cidade.
 

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Texto curto, fútil e inútil

Às vezes a noite nos engole e só nos resta abraçar (e beijar e tudo mais...) o que ela traz a você. Principalmente se essa 'que' tem um belo par de olhos azuis e canta uma balada hard rock ao seu pé de ouvido.

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Canalha sim, mas com princípios, sempre!

Este escriba, há alguns meses, pôs em prática mais uma vez o lema que encima esta postagem. Abdicou de mais uma mísera hora de beberagem e música na sua casa noturna favorita e eterna (desnecessário e bandeiroso dar o nome) para acompanhar sua melhor e eterna amiga até a casa dela, não aceitou a proposta do namorado dela de ficarem os dois lá, curtindo, e ela ir para casa sozinha, ainda que morasse nas proximidades. Minha amiga estava cansada e queria se recolher, ele queria mais noitada; este escriba foi o voto de Minerva da situação e não titubeou: amizade e certos valores são superiores a prazeres! 

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Aviso à praça (e aos leitores, claro)

Leitores, simpatizantes, fãs, detratores, inimigos do blog, anônimos cujas desventuras e prezepadas são o material deste blog, temos um aviso muito importante a todos vocês: 

Por favor, cometam sempre o vexame de 'discutir a relação' na frente de outras pessoas. Adoramos que casais de qualquer tipo - hétero, bi, gay, lgbta++, pan, assexuado, o diabo a quatro! - façam DR em público, seja na rua, ponto de ônibus, sentados na calçada, na mesa de um bar ou restaurante...

É ótimo comprovar, sempre, como o ser humano é idiota e assim gerar conteúdo para o Noites Cafajestes!

 

Saudações - canalhas e cafajestes,    

sexta-feira, 15 de abril de 2022

A boa e velha camaradagem masculina Ou: finalmente uma certa 'dama' foi exorcizada

 É na alta madrugada, durante conversas despretensiosas, bate-papos repletos de bobagens, em meio às companheiras  e companheiros de beberagem e boêmia que muitas vezes grandes descobertas sobre a vida humana, fofocas irresistíveis e inomináveis, brilhantes sacadas e outras  expressões da inteligência e vida humana surgem, quando menos se espera. Uma noitada recente, no bar favorito deste sujeitinho, foi mais uma ocorrência desse benfazejo evento.

Estava este escriba e alguns dos seus companheiros diletos do bar (a tal 'diretoria' ou clientes preferenciais e mais assíduos) em pleno ato descrito no primeiro parágrafo, quando um conhecido nosso, figura muito bom astral e bem-vinda, apareceu e se juntou a nós. Conversa vai e vem, eis que aproveito uma deixa e toco no assunto de uma dama com a qual ele teve um enrosco, poucos anos antes, figura conhecida por ali, pois naqueles tempos frequentava o bar e um extinto estabelecimento vizinho, em que rolava música ao vivo. A distinta senhorita em questão protagonizou algumas postagens aqui na tranqueira, a saber: 1) aquela em que critico com desmesurada raiva a hipocrisia de mulheres que pregavam que homens realmente 'feministas' e voltados à causa do feminismo deveriam combater a prática dos homens de comentarem (entre eles) que uma mulher é 'gostosa' , pois isso seria 'objetificação' da mulher. No entanto, a mesma dama postava fotos de biquíni em suas redes sociais e ADORAVA os elogios masculinos que recebia... 2) relato de uma noite em que este tipinho foi literalmente tirado para dançar pela dama em questão, durante uma apresentação de um grupo musical, no bar ao lado. Ação feita, ele não demorou a sacar,  para causar ciúme no então ficante dela (justamente o nosso conhecido gente boa). Me senti protagonista de uma versão rock´n´roll de Arma de Vingança, clássico do cancioneiro brega nacional... Se o bravo leitor tiver paciência, procure as postagens aqui no blog.

Foi bem sobre esta noite em questão (número 2) que nos pusemos a relembrar, entre risadas, inclusive rindo do clima tenso da ocasião. E o cara não se fez de rogado, sabedor, desde aquela patética noite       (convenhamos, 'fatídica noite' seria um exagero), que eu fui um pseudojoguete nas mãos da moça: desfiou toda a capivara dela na arte de provocar outros homens, tentar causar ciúme, confusão e quiçá até brigas, apenas para se sentir mais fêmea e poderosa, comportamento feminino eterno e ao qual nós homens, não importa quantas vezes tenhamos vivido e testemunhado, reagimos com espanto e indignação também eternos.

Ao menos um dos episódios por ele relatados, da moça procurando envolvê-lo em confusão, para que ele se mostrasse intrépido, machão, capaz de desafiar e enfrentar outros homens,  e assim se mostrar digno dela, merece ser aqui registrado: a ocasião em que ela o arrastou para um bairro da cidade repleto de agitação e boêmia de todos os níveis, deu um 'perdido' proposital nele e se enfiou num boteco bem pouco recomendável, repleto de tipos os mais mal encarados. Ela era a única mulher presente e claro, todos os homens presentes caíram em cima como lobos no cio. Ele chega, flagra ela cercada por um bando de sujeitos com pinta de encrenqueiros, A-DO-RAN-DO a atenção que lhe dão. Mas o cara, vivido e escaldado, não faz cena, confusão, nada: simplesmente chega ao pé do ouvido dela, avisa que está indo embora  do 'rolê', do bairro e sai calmamente. E claro que ela sai desesperada atrás dele!

Segundo ele, foram anos nessa toada, até se livrar da moça, um verdadeiro encosto em sua vida. E eu, entre risadas e observações jocosas, senti e guardei para mim um alívio, um bem-estar, por  finalmente exorcizar aquela  mulher do meu imaginário, onde ela volta e meia assombrava, e por confirmar algo que eu já sabia há tempos dessa mulher, muito bela, desejável, ótima conversa: que também era uma encrenca daquelas. A sabedoria instintiva, animal, de macho, dizia isso desde o início, mas o ser civilizado, racional, exigia a confirmação disso em palavras, que por fim vieram. 

Todos na roda (inclusive outras mulheres) riram da moçoila, bebemos, mudamos de assunto e a noite seguiu seu curso.

A inevitável e indispensável moral da história: mulheres como essa posam de sacerdotisas de grandes mistérios maravilhosos com os quais nós machos só seremos  agraciados se nos rendermos por completo aos desejos e caprichos dessas mulheres especiais. Mas essas maravilhas que elas tanto valorizam não passam de expressão de uma suposta superioridade arrogante, de  desespero e ressentimentos contra os homens que ao fim envenenam a si mesmas. 

Saudações canalhas e cafajestes

         

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXIX

"É milhões de vezes preferível e melhor tomar uma surra de uma mulher que receber um beijo de homem."

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 1 de abril de 2022

O verdadeiro canalha é um homem de muitos saberes e habilidades


 

"Quer dizer que agora você também é sommelier de motel?!"

Frase disparada por uma jovem dama, dirigida ao colaborador-mor desta tranqueira, após este, incomodado com as instalações precárias e um tanto sujas do quarto do  h(m)otel que tinham adentrado dez minutos antes, propor que simplesmente saíssem, esquecessem o dinheiro gasto e se acomodassem em uma alcova à altura da moça e da ocasião. Ela, aventureira noturna, desprendida, aficionada por lugares um tanto fuleiros  e louca para logo se engalfinhar com ele, a princípio resistiu à ideia mas por fim rendeu-se e em vinte minutos estavam rolando entre os lençóis limpos e cheirosos de um quarto igualmente asseado de uma lenda da putanhagem paulistana, o grande Lido, vulgo Lidão. 

Sim, a moça resistiu um tanto mas depois elogiou o bom gosto e princípios do rapaz, mesmo tendo emitido a espirituosa tirada que abre esta postagem.

Caros leitores, um canalha de verdade precisa dominar muitos temas e ter vários conhecimentos e habilidades, para exercer esta nobre condição. E  mais: todo esse arsenal se manifesta fácil e rapidamente, como uma segunda natureza.

 

Saudações canalhas e cafajestes     

sexta-feira, 25 de março de 2022

Postagem sexista, chauvinista, canalha (leitores de compleição e mentes frágeis e delicadas, lacradora{s} e feministas semianalfabetas de internet, mantenham distância)

 Homem faz de tudo para agradar mulher, grandes sacrifícios, renúncias, move montanhas para deixá-la contente:

" Bah, não fez nada demais, nada além da obrigação!", " E ainda se vangloria.", " Homem é tudo igual, só faz tantos agrados porque quer sexo."

Mulher faz uma coisa para agradar homem:

"Veja como sou maravilhosa, muito melhor, mais legal e carinhosa do que aquelas bruxas que infernizaram você, antes que me conhecesse. ", "Olha o tanto que faço por você, e não reconhece!" "Sou tão boazinha!"

Não peçam explicações, como sempre.

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 18 de março de 2022

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXVIII

"É possível ser feliz sem álcool, mas não vamos arriscar!"

Saudações canalhas e cafajestes


sexta-feira, 11 de março de 2022

Pérola de sabedoria de autoria de uma mulher e tanto

"Os homens têm mais chance de encontrar sua megera definitiva, a grande chave de cadeia de sua vida que o amor de sua vida ou será que no fundo preferem o monstro abissal ao amor verdadeiro?"

De uma grande amiga (e ex-amante, caso, rolo, chamem como quiser) uma das mulheres mais inteligentes que conheci. E esta pérola não aumentou a seção Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos simplesmente porque foi dita em uma mesa de cafeteria/lanchonete em uma tarde ensolarada!

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 4 de março de 2022

Reflexão noturna meio alcoolizada, dura, cortante e verdadeira

Para pôr em prática os truques, ritos e técnicas que usamos para conquistar as mulheres, nós homens muitas vezes envergamos máscaras vazias à frente de nosso verdadeiro ser, são artifícios  que seduzem com mentiras e ares de misteriosos, envolventes e mais interessantes do que somos de fato.  Máscaras que portanto, em verdade, nada são. E com o tempo o vazio delas nos consome até que nada mais há atrás delas, só nosso desejo, nossa fome insaciável pelo prazer e o êxtase. E quando percebemos isso, é tarde demais ou não lamentamos. 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Pensamentos e sensações de uma sexta-feira à noite(e de muitas outras noites)

 


Brilhante criação de Sting, gênio que ouvi muito na adolescência, e que foi citada durante uma conversa de bar, na última sexta-feira, em que este escriba e algumas pessoas filosofávamos como o amor comum, medíocre, das pessoas medíocres, não passa de sentimento de posse infantil e como é difícil transcender essa mediocridade.

Saudações canalhas e cafajestes


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Seja irresponsável enquanto pode

Um conhecido deste escriba passou por uma situação comuníssima, universal, que todo homem de verdade que já caminhou pela terra já passou: estar muito a fim de uma garota (apaixonado de fato ou só querendo possuir a moça, pouco importa) e esta não lhe dar mínima chance ou atenção reais, quando muito uma graça bem leve, com um toque de desprezo, porque ela está envolvida com um sujeito muito mais bem postado em termos materiais e financeiros. Mas como todos os seres racionais sabem, o mundo é redondo e dá voltas, ao contrário do que as corjas negacionistas e terraplanistas imaginam. 

Assim, o boyzinho que desfrutava dos favores da bela dama um belo dia foi morar e trabalhar em terras europeias, bancado pela família, claro, e deixou a moça na rua da amargura. Uma chance que o protagonista deste relato não poderia perder. E não a deixou passar: correu a consolar a moça, que aceitou o ombro amigo sem delongas. Logo, logo o rosto e boca dela tocava mais que o ombro dele... 

Eis que um belo dia a bela dama o convoca para um evento e tanto: uma balada com música ao vivo (algum sertanejo horroroso ou um funk carioca anencéfalo qualquer) e depois, o convida para terminarem a noite em um motel nas proximidades. Acontece que a data do grande evento era em uma noite em que ele, funcionário de um restaurante, fora escalado para substituir um colega de licença. 

O que fez nosso protagonista? Fingiu estar doente, febril e tomado por uma bela infecção. Para dar maior verossimilhança, baixou no posto de saúde mais próximo, caprichou na encenação, o médico de plantão lhe aplicou uma bela duma injeção de benzilpenicilina benzatina, vulga Benzetacil, exatamente como ele havia planejado e lhe entregou um atestado escrito, contendo inclusive essa informação. (Detalhe: ele estava com a saúde perfeita, não tinha uma mísera unha encravada na ocasião).

Dispensado do trabalho pelo chefe, que segundo ele ficou realmente impressionado com o documento e o estado aparente do rapaz, correu para os braços da dama. 

E a noite terminou em alto estilo, no melhor motel das proximidades da balada, com direito a garrafa de champagne no quarto.

Mas não muito depois, a reviravolta. Quem reaparece nesta história? Exato! Boyzinho que se mudou para a Europa às expensas da família riquinha. O rapaz pelo visto estava realmente apaixonado pela moça, pois a convidou a morar com ele no Velho Mundo, bancada nos primeiros meses por ele, incluindo passagem aérea! Claro que ela zarpou sem vacilar ou olhar para trás e deixou nosso protagonista a sós, que no entanto não se lamentou, pelo contrário, conseguira o que tanto intentou, isso que importava. 

A moral dessa história, caros leitores, está expressa no título da postagem. Façam isso, sejam isso enquanto podem. No fim da vida, temos duas opções: lamentar ou lembrar. Façam suas escolhas.

Saudações canalhas e cafajestes


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXVII

"Meu irmão sempre diz: um único pelinho do 'xibiu' de uma mulher tem mais força que 600 cavalos!"

Uma conhecida e frequentadora do bar favorito deste sujeito, ao ouvir a história relatada na última postagem desta série.  


Saudações canalhas e cafajestes


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Sentimentos de uma sexta à noite (e de muitas outras noites)

 

"O rock nos lembra que estamos vivos."

De um frequentador do bar favorito deste sujeito.

Saudações canalhas e cafajestes

 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Texto curto, inútil mas nada fútil

O centro da cidade é o universo onde espalho minhas dores, medos e pensamentos que me assombram, os mais recônditos e que nunca me abandonam; cada rua, prédio e lugar historicamente marcante ganha a projeção de alguma lembrança ou pensamento meus, e assim a cidade ganha sentido para mim, me misturo a ela, enquanto vago por seu labirinto fugindo das coisas que não quero encarar, torno-me dependente dela e sua amante, vício e júbilo fugaz.

Não peçam explicações a respeito, como sempre.