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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Texto fútil, curto, mas não tão inútil(quem sabe)

Há pouco mais de um mês, eu e um dos companheiros de cafajestagens principais, dos mais frequentes colaboradores desta tranqueira, estávamos em nosso bar favorito na rua Angústia. Eis que reparamos em um entra e sai de belas e curvilíneas mocinhas na flor da idade, meio em polvorosa, agitadas, aos burburinhos, indo e voltando do 'toalete' do boteco e eis que pouco mais tarde surgem na porta do bar dois tipos muito, mas muito inferiores a elas em aparência e modos, dois autênticos molambos da 'perifa', os quais foram recebidos pelas lindas fadas noturnas com um misto de alegria e ansiedade e conduzidos aos fundos do estabelecimento com toda pressa. Este escriba e seu amigo, vividos notívagos, sacamos de imediato o que se passava e ele, sagaz como sempre, saiu-se com essa perfeita definição  para essa cena, meio patética, meio deprimente, presenciada por nós desde nossas primeiras incursões boêmias, já há décadas, cena que se repete desde sempre na noite de São Paulo e na noite de sabe-se lá quantas outras metrópoles mais deste mundo idiota:
'dope show' : quando meninas gostosinhas estão às voltas com uns escrotos para descolar drogas.

Sem mais

terça-feira, 20 de junho de 2017

Reflexão amarga


Sou um grande apreciador da obra de Joseph Campbell, conhecido pelos leigos, semidesinformados e curiosos em geral sem paciência para leituras exigentes, que se esbaldam com a superficialidade da 'infernet', por ter forjado ou no mínimo tornado mais fácil o conceito da jornada do herói, tão diluído internet em português afora em um sem-fim de sites de escritores iniciantes que por terem escrito um ou dois livros se metem a querer ensinar os segredos da escrita a outros escritores iniciantes. E assim vai a  juventude educada pela internet.
Bem, não sou desses, conheço a obra desse mestre há mais de duas décadas, li vários de seus livros, de cabo a rabo, e o último a ser degustado, lentamente, algumas poucas páginas por manhã (confesso: muitas vezes, já era quase tarde), logo após acordar, enquanto me entupia de cafeína para curar as ressacas brabas de sempre e, evitando a luz do sol a entrar pela janela, repassava os artigos, revisões e trabalhos que gritavam por minha atenção, foi o da capa acima, uma coletânea de textos, ensaios e palestras que ele fez/elaborou durante décadas, sempre versando sobre as divindades femininas e sua importância para as mitologias do mundo e o universo mental e cultural da humanidade. Obra maravilhosa, obrigatória de ler e que me suscitou vários pensamentos e reflexões, pois Campbell, genial e visionário como só ele, aqui e ali em alguns trechos, sem ter previsto ou planejado - os textos datam de um período que abrange de 1972 a 1986 - desfere golpes de morte na boçalidade típica do discurso simplista, radicalzinho e vazio dos radicais que tomaram de assalto movimentos progressistas e 'justiceiros sociais' (feminazis, 'lacradore(a)s', lgbts histéricos, etc, etc, etc), com suas observações muitíssimo lúcidas sobre as relações entre os sexos, os arquétipos que regem essas relações e outras coisas mais interessantíssimas. 
Esses apontamentos ficaram reverberando na pobre cabeça danificada deste escriba por semanas, vezes sem conta eu abria o livro, a qualquer hora, sem motivo definido algum, em busca de alguma dose dessa sabedoria. E eis que,  em uma dessa sessões em que eu bancava o pensador, xícara de café na mão, veio o pensamento que é o verdadeiro tema desta postagem:
Sou parte de uma geração de homens dito 'esclarecidos', aos quais foi ensinado que as mulheres deveriam ser exaltadas, elevadas e até mesmo deificadas, que as mulheres seriam deusas que agraciaram nós homens com sua presença e favores. Certo, nós acreditamos nisso por algum tempo( breve ou longo, depende de um sem-número de fatores, os mais importantes fáceis de serem enumerados pelo leitor sábio) e quando eu e os outros infelizes(muitos milhões, eu temo) que caíram nessa conversa perceberam o tamanho desse papo furado o estrago já estava feito, foi muito grande e até hoje ainda sofremos as consequências de refazer nossos conceitos e relações  sobre e com as mulheres pós essa hecatombe nuclear.  Pois  foi isso que essa leitura me mostrou, ou melhor, pôs em palavras claras e acabadas uma sensação amarga que persegue a nós homens que acreditamos nisso por algum tempo, um mal-estar que nos fustiga há muito: acreditávamos que as mulheres eram deusas e quando descobrimos que elas eram meros seres humanos, como nós, a rebordosa(ressaca da braba causada pelo consumo de 'coisas' pesadas, para os preguiçosos em procurar) foi e ainda é muito intensa. E a leitura desse grande livro também deu contornos claros a outra força, outra a ação que é oposta a esse mal-estar e nos impele a buscar, experimentar  e tentar conhecer todas as expressões do infinito que é  a condição feminina, a saber, o idealismo de crer que algumas mulheres podem sim ser divindades em nossa existência, podem estar muito além e acima da mera, baixa, mesquinha e desprezível humanidade e que um dia encontraremos uma delas por aí, para nos conceder alguns lampejos de sua radiância a nós pobres homens, o que já seria mais que suficiente.

Saudações canalhas e cafajestes      

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXIII

"Nossa Gaia está aqui no centro."

Frase perfeita, lapidar, fulminante, desferida por um grande amigo, colaborador frequente do blog, parceiro de várias noitadas e cafajestadas noturnas, e morador do Centro da cidade, como este escriba.
Evito repetir  postagens dessa série ou postar dois textos semelhantes em demasia quanto a conteúdo ou forma, mas este é tão preciso, direto e cortante, sua metáfora tão simples e poderosa em definir o a importância do  coração da cidade a nós, que tive de fazê-lo, as forças de Gaia assim ordenaram.        

domingo, 4 de junho de 2017

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXII

"O ódio que ex-marido devota a sua ex- é para sempre. E além."

Um contraponto masculino, canalha e cafajeste que faz frente à mais que manjada frase 'ex-mulher é para sempre." Sim, caras e queridas mulheres, muitas são capazes de infernizar eras afora o infeliz que teve a audácia de deixá-la. Mas não subestimem o mesmo tanto de raiva e fúria que um homem que teve sua vida arrasada por uma ex- rancorosa é capaz de impingir, como vingança! Se vocês são deusas, somos seres das trevas mais densas e macabras!!!

Saudações canalhas e cafajestes