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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXVI

"Eu faria uma degustação dela ou com ela - ambas, de preferência - com todo gosto!"

Observação feita por um amigo de longa data, que infelizmente até hoje pouco contribuiu para esta tranqueira, mas aos poucos está sanando essa falta; importante informar que o sujeito é um cafajeste do mais extremado e refinado grau, deixa este pobre escriba comendo poeira!    
O caro leitor, porém, só degustará a canalhice da frase se esta receber a devida contextualização, então vamos lá:
Este meu amigo canalha é jornalista e recentemente decidiu se especializar em produzir conteúdo sobre um ramo de atividade econômica, social, cultural e também, digamos, pré-sexual(calma que vocês entenderão) que muito cresce neste país varonil: bebidas alcoólicas especiais, bem produzidas e bem servidas. 
Para se aprofundar no tema, dominá-lo e assim escrever a respeito com propriedade, estava e está frequentando um curso de sommelier após o outro: vinhos, cerveja, cachaça,  coquetelaria, o diabo a quatro. Pois bem, contou-me ele que ao final do curso de sommelier de cachaça, todos os alunos, como última atividade obrigatória para aprovação, deveriam criar um drinque com cachaça, servido aos demais e por eles degustado e avaliado. 
Após essa aula final, todos aprovados e diplomados, fizeram o óbvio e lógico: foram ao bar mais próximo 'bebemorar' e confraternizar.  Havia mulheres no grupo, claro, e ainda segundo ele uma das moçoilas, nessa noite especial, trajava uma vestimenta que lhe revelou encantos insuspeitos até então. Em termos mais diretos, mais 'cafas': apareceu para a última aula enfiada numa minissaia curta e justa e numa blusinha que descortinaram-na gostosíssima. A maioria dos homens presentes esticou os olhos e se mostrou mais gentil que o habitual. (Ele, meu amigo, tirou uma foto da dama em questão, enquanto ela preparava o drinque e a mostrou a mim. Merecedora de toda a atenção e galanteios, garanto). 
Ao final da noitada, meu amigo se dirigia ao estacionamento, com outros dois colegas de curso, para apanharem seus carros. A conversa tinha como centro, margem e meio a coleguinha deliciosa. Eis que ele recebe a iluminação noturna dos canalhas e dispara a pérola acima, que felizmente registrou na memória para transmiti-la a este escriba. Creio estar claro o significado da frase (porca e canalha pacas, para nosso orgulho!), e mais que dado o significado de qualificar consumo de bebidas como atividade pré-sexual.

Saudações canalhas e cafajestes  

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

E as portas se cerram: reflexão barata e alcoolizada sobre o fim de casas noturnas de rock




Nas últimas semanas, nada menos que três casas noturnas de rock de São Paulo (senão exclusivas,  voltadas principalmente ao gênero) desceram - ou descerão em breve - suas portas em definitivo: O Matrix, velho de guerra, lendário e para lá de decadente, da  Vila Madalena; o Inferno Club, da Rua Augusta; e o Rockerama, ponto rockabilly do Bexiga.
Frequentei os três locais, em épocas distintas da minha porca e patética vida; vivi muitos bons, inumeráveis ótimos e alguns péssimos momentos no primeiro dos citados (tenho uma coleção de ótimas memórias sobre as noites passadas na sua apertada pista de dança), poucos bons e alguns desagradáveis acontecimentos no segundo - o qual adentrei não mais que umas cinco ocasiões, se tanto! - e apenas ótimas noites no último. Lamentei o fim deles? Ao saber da notícia, apenas o fechamento do Rockerama me aborreceu, mas ao discutir o assunto com um amigo, membro de um dos grupos que se apresentava regularmente na casa, ele me deu várias informações interessantes sobre o desfecho do ponto e soube que não havia nada a lamentar e que o bem decorado e alegre ponto de culto ao rock´n´roll dos anos 50 pertence, com todas as honras - sim, isso é uma ironia - ao rol das outras duas casas noturnas citadas e que não devemos prantear o fim delas, e sim torcer para que sejam substituídas por pontos roqueiros mais bem pensados e dirigidos. Ou, como postei em uma postagem datada de quase três anos: as coisas nesse universo, a vida noturna de São Paulo inclusa, morrem, se transformam e renascem, mesmo o que parece perene e eterno, em um dado instante no fluxo dos eons, felizmente, desaparece e dá lugar ao novo.

Saudações canalhas, cafajestes e posando de filosóficas