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sexta-feira, 26 de junho de 2015

"Pela janela do meu quarto"...

Caros leitores, decididamente, a fronteira entre ser um completo e total fã apaixonado pelo sexo feminino e ser um canalha, um autêntico safado, sem-vergonha, é tênue demais para ser percebida e mensurada, e ótimo que assim é!
Já há algum tempo percebi que em um prédio quase exatamente defronte ao meu há uma pequena escola de artes: nas raras noites em que já estou na minha masmorra antes das 8 da noite (evento raríssimo, para ser exato) já captei sons de piano que partiam da ampla sala envidraçada que ocupa o segundo andar desse edifício, em outra ocasião ouvi gritos tamanhos que perguntei ao zelador o que era a algaravia, para ele responder que era apenas o 'curso de teatro em frente', em meio a risos. 
Mas há bem poucos dias descobri o que parece ser a função principal da tal escola: ensinar as técnicas, truques e segredos do balé a um grupo de mulheres, todas bem jovens e esguias, claro.  
Percebi isso ao chegar e ficar por pouco minutos no meu refúgio: entrei, deixei a bolsa, peguei os apetrechos para a tarefa que aguardava e ao bater o portão, dei uma olhada casual e lá estavam, saltitantes e belas, alguns metros acima desse ser baixo e vil, belas mocinhas a desfilar graça juvenil, feminilidade. Nessa ocasião não dei maior atenção a elas, apressado que estava. No entanto a imagem rondou minha danificada cabeça por uns dias, até que no começo dessa noite em vi em casa - os compromissos profissionais  do dia estavam resolvidos, e os não-profissionais, se é que me entendem, acertados para os próximos dias. 
Mal entrei e sentei na minha biblioteca-escritório, abri a janela, movido por algum estranho impulso, ergui um tanto o olhar  e lá estavam elas, leves, elegantes, suaves, a praticar uma arte que, num acesso de chauvinismo às inversas, afirmo: deveria ser exclusiva das mulheres! Por que afirmo isso? Simples, leitores, porque nada é perfeito e o que é bom dura pouco: após alguns minutos embevecido com aquele desfile de suavidade e graça, eis que surge em primeiro plano na parede de vidro a abjeta figura de um homem, trajando roupitcha colada, praticando com elas. Por sorte, um pequeno ajuste no ângulo de visão escondeu o ogre atrás de um poste e pude contemplar as beldades por mais algum tempo, o suficiente para me sentir uma fusão total e de partes indistinguíveis dos tipos enumerados no parágrafo inicial, além de um pouco paspalho e babão, claro.
Saudações canalhas e cafajestes.   

P.S. : esse texto foi rascunhado há algumas horas,  enquanto assistia à aula de balé, guiado e inspirado pela dança das belas ninfas, mas claro, sem captar um centimiliátomo da situação. 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Some years ago and sometimes nowadays night feeling


"Arm yourself because no-one else here will save you

The odds will betray you"