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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Você é um homem ou um rato?! (Adivinhem a resposta)

Em idos tempos, este canalha praticava atividades que a moral familiar-burguesa-cristã, por ele tão execrada, como bem sabem, condena sem trégua (bem, ainda as pratico...) Atividades adúlteras, se me faço entender. Em busca de aventuras,  alívios e esquecimento das dores e horrores da vida comum e medíocre, atendendo ao chamado do seu corpo, sequioso por conhecer biblicamente novos corpos femininos, ele se permitia ser tragado pela cidade e pela noite, em busca do fugaz (sempre fugaz, infelizmente) êxtase que lhe permitia suportar, por mais algum tempo, o horror em que estava aprisionado. 
Essas incursões, que me levaram por vezes a lugares e situações inomináveis, ora cômicos, ora degradantes, algumas vezes gloriosos, devido a elementos que prefiro omitir, mas são fáceis de intuir, eram clandestinas, ocultas, praticadas cercadas de cuidados (às vezes, farto de tudo, mandava quaisquer instinto de preservar-se de problemas às favas e flertava com o perigo descaradamente).
Pois então. Nessa época, em um bate-papo com um amigo de muitos anos, colaborador muito esporádico desta tranqueira, e adepto dessas mesmas práticas, chegamos à conclusão que durante essas nossas incursões adúlteras agíamos como verdadeiros ratos de esgoto, roedores que furtivos e baixos saíam da toca e praticavam seus atos vis(dos quais muito se orgulham!!) escondendo-se dos inimigos e predadores. E percebemos, sem a menor vergonha, que gostávamos dessa situação!(e os caros leitores podem adivinhar quem seriam nossos 'predadores', nessa época...)
Pois bem, os anos passaram, a vida deste canalha mudou muito, mas como é óbvio, sua atração pela canalhice não esmoreceu em nada, muitíssimo pelo contrário. E foi atendendo a seus desejos canalhas que há pouco ele arriscou-se a praticar um dos atos que a moralidade hipócrita vigente tanto condena. E durante sua peregrinação pela cidade, rumo ao lugar combinado para a consumação do ato, ele experimentou de novo a sensação de proibido, de ser um rato correndo daqui para ali, ocultando-se dos olhos inquisidores dos invejosos, moralistas e infelizes, avançando mais uns metros rumo a seu objetivo, ocultando-se nas sombras e no anonimato da multidão. E esse canalha sentiu mais uma vez, mesmo que apenas como simulacro e lembrança desses tempos idos, o prazer canalha de se sentir um rato de esgoto correndo pelos cantos, enquanto os desprezíveis e arrogantes humanos não olham.

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Um pouco de sabedoria ancestral, pagã, eterna

"Agora falarei claro. Conheço os dois lados.
 A mente dos homens é traiçoeira para as mulheres.
 Quanto mais nossa intenção é falsa, mais agradáveis somos,
 e isto ilude o coração mais sábio. "

Trecho de Hávamál, um dos mais importantes poemas mitológicos da cultura nórdica, trecho que seria uma fala de ninguém menos que O mais alto, O portador da lança, O caolho, mais conhecido como Odin.

Saudações canalhas e cafajestes

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Chega uma hora na vida que o homem quer sossego...


Os leitores mais fiéis e antigos lembram-se de um relato de pouco mais de dois anos(ou já se passaram três? Bem que me avisaram que um dia minha memória seria afetada pelo álcool...), sobre os pais de um grande amigo, um dos principais colaboradores desta tranqueira, que se mudaram, num ímpeto, para o litoral, em busca dessa quimera chamada 'qualidade de vida'? Lembram-se que o plano mirabolante partiu da mãe de meu amigo/colaborador, que seu pobre pai só conseguiu cumprir as ordens dela, desolado e impotente? Lembram-se que meu amigo e seu tio, irmão de sua mãe, criaram um bolão de apostas sobre quanto tempo duraria a patuscada? E por acaso lembram-se que o idílio putanhesco de meu amigo, agora morando só no Centro de São Paulo(um músico, requisitado e conhecido na cena em que atua, morando só, entenderam?) durou uns poucos meses, menos de um ano, pois logo seus pais retornaram à suja, violenta e imensa São Paulo, para cá atirados pelo mundo cruel e a óbvia falta de planejamento da empreitada? 
Lembraram-se?
Pois a mãe de meu grande amigo planeja nada mais nada menos que um retorno triunfal ao litoral sul!!!
Caros leitores, após várias tentativas falhas, há menos de uma semana eu e esse amigo conseguimos nos reunir para uma noitada etílica na Rua Angústia. Após os cumprimentos de praxe, primeiros goles e papos-furados, ele contou sua desdita, seu desespero, pois ele sabe que esse novo período de liberdade plena, fazer da casa e na casa o que bem entender será breve como a trepada casual de fim de noite, agridoce como o beijo de uma musa questionável(há um bom tempo não usava esse termo). Logo, logo, seus pais voltarão, cabisbaixos, e sua mãe se porá a protestar, mal colocará as malas na porta, contra a 'zona', o 'pulgueiro'  que meu amigo terá feito no sagrado apartamento da família!
Ao final de seu relato, meu amigo, sagaz como só ele, saiu-se com estas reflexões:   
"Quem tá parecendo os jovens posando de rebeldes, que vivem voltando para casa com o rabo entre as pernas, após sua última brincadeira dar errado, são eles. Considerando que eu pago quase todas as contas da casa, é isso mesmo!"
E então, após mais uma rodada de bebida, a obra-prima, o centro e clímax desta postagem:
"Pô, quero sossego para estabelecer meu puteirinho particular de uma vez por todas!Quero estabilidade para minha zona particular!"

Saudações canalhas e cafajestes  

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Texto fútil, curto, inútil porém sincero, como sempre



Esse canalha sempre afirmou, afirma e defende, com unhas, dentes e argumentos:
quando nós humanos nos encontramos diante a possibilidade de um contato físico com outra pessoa, não importa quais sejam nossas preferências sexuais, estéticas, nossos limites, apetites, perversões, disposição a novas aventuras, nada disso é imperativo, sempre e sempre devemos ouvir, sentir e seguir, acima de tudo, não nossos princípios morais, também não devemos superá-los em nome de uma demonstração juvenil de rebeldia, muito menos  devemos nos importar com o que 'as outras pessoas acharão'. O que devemos ouvir com toda a atenção, e obedecer, é o que nosso corpo diz, é a resposta glandular e cerebral à possibilidade de uma refrega com a pessoa a sua frente. E se a fala do corpo, despida de sons mas repleta de poder e apelo, for NÃO, o ser a sua frente não excitou, não acendeu, não provocou nada em você além de desinteresse, estranheza, repulsa, não titubeie: diga não, saia elegantemente à francesa, mude de assunto de forma educada, mas não se atraque com a pessoa a sua frente somente para posar de garanhão, pegador(a), aberto(a) a novas experiências e bobagens tão nocivas e 'modernas'.
Por que este escriba resolveu discorrer sobre isso e bancar o conselheiro a seus parcos leitores? Por que é óbvio que ele passou por essa pequena encruzilhada moral e principalmente biológica no último final de semana. Mal entrou em um dos últimos bares ainda frequentáveis, que ainda mantêm o espírito do rock vivo e saudável, do Centro de São Paulo, foi fulminado por olhares e sorrisos de uma senhorita, que estava no balcão, conversando com um conhecido dele, frequentador dos mesmos porões e bares; convidado a se juntar à dupla, logo entabulamos conversas, beberagem; a moça não demorou a mostrar-se disponível (e muito disposta) a uma eventual investida deste sujeitinho. Mas eis que a sabedoria arquimilenar do corpo, a experiência de eras retumbando em sua consciência, vindas das profundezas atávicas de um corpo e mente masculinos que sabe o que quer e do que gosta proclamou: tu não és um matador de dragões, tu não tens vocação para São Jorge!!(expressãozinha tola, adolescente essa, mas a melhor para definir a ordem que o corpo deu às duas cabeças desse sujeitinho).
E assim, caros leitores, da maneira mais sutil e educada possível, saí de cena, convicto, calmo e sereno, satisfeito comigo mesmo, pois decididamente alguma coisa aprendi da vida e consegui aplicar na própria vida.  

Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Frases desconcertantes, ditas por uma mulher deslumbrante - II (Sim, isso mesmo)

É, caros leitores, parece que uma nova série acaba de nascer aqui na tranqueira. Este pobre escriba  não fez o menor esforço para resistir a isso, aliás, pois ele procura seguir uma das leis que regem a atividade de criação de todo escritor, ou daqueles que a isso se pretendem: quando um tema, uma ideia, uma imagem, surge e se impõe na consciência, fervilhante, exigindo ganhar vida - entenda-se, ser registrada em um suporte e ser levada a outros (os leitores), não cabe ao escrivinhador resistir, mas agir como se fosse um simples veículo para a transmissão dessa entidade que te agraciou pousando em sua mente. Assim é e assim é feito. Além do mais, essa nova peça foi dita pela mesma dama da primeira ocorrência dessa nova série, e as máximas tecidas pela sabedoria dessa dama merecem toda atenção. Então, aproveitem essa pequena porção de sapiência contra os estúpidos homens e também contra certas(a maioria) das mulheres:

"Vocês homens são todos trouxas ao casar e ter filho. Sabem que não vai durar para sempre e que a mulher vai foder a vida de vocês e arrancar tudo que pode depois. Essas criaturas casadoirinhas são como viúvas-negras, mas mais espertas: não comem a cabeça da vítima, se não ele morre e para de dar dinheiro, come o dinheiro! E mesmo sabendo, vão lá e fazem isso. Sou mulher mas não sou dessas aí, reconheço que a maioria delas não presta!"

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXVII

"A instância última e definitiva do homem - a espécie toda, não apenas o gênero - é a carne, o corpo, a matéria. Torçam-se de desespero e raiva por isso, idealistas, pós-modernos emburrecidos, iludidos e demais seres patéticos. É a carne que nos comanda."

Este escriba, em um bar qualquer do Centro de São Paulo, em um começo de madrugada. Meio bêbado, mas totalmente são.

Nada mais a dizer e não peçam explicações.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Another Eternal Night Feeling

Há noites em que essa canção é a pura expressão do desespero e do desânimo; há noites em que nos inflama com esperança, energia e poder; há noites em que nos infunde tantas sensações, ideias e sentimentos que nos sentimos heróis poderosos mas também miseráveis incapazes de viver à altura do que essa maravilha nos inspira. O fato é, portanto, um só: impossível não ser abalado a cada vez que a ouvimos, não sermos tocados pelas suas camadas e camadas geológicas de sons e sentidos. Com vocês a canção que provavelmente é a definitiva, a primordial, da série 'night feeling' dessa tranqueira:



E para brincarmos um tanto, segue abaixo uma das minhas versões favoritas desse clássico, feita pela maravilhosa, saudosa e eterna Nico, uma das minhas favoritas porque o tom e o clima são bem diferentes dos da original, mas tão impactantes quanto:




quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Frases desconcertantes, ditas por uma mulher deslumbrante

"Homem, depois de uma certa idade, não se apercebe e não se importa mais com o que fala para as mulheres, principalmente as mais novas."

" Homem que é homem não tem vergonha."

Duas pequenas mas densas porções de sabedoria, ditas pela mulher mais sábia e admirável que este canalha já conheceu, desferidas por ela quando ele negou, veementemente, que teria cantado a secretária de seu dentista. Ela disparou essas réplicas de primeiríssima, sem titubeios, para silêncio e pasmo deste escriba, que foi, claro, incapaz de rebatê-las. 

Saudações canalhas e cafajestes

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Texto furioso e politicamente incorreto( frescos e feminazis fiquem longe. Pensando bem, leiam, para espumarem de raiva)

Não lembro com segurança se fiz já postagem sobre o tema, o qual, infelizmente, não caducou nem desapareceu da vida diuturna deste e de muitos outros canalhas. Assim, sendo, caso seja postagem repetida, que seja uma retomada, um registro para não deixar essa coisa cair no esquecimento - e a vida, repito, não permite que isso aconteça! Então, vamos lá.
O fato, caros leitores, é que certas(muitas) mulheres demonstram, pela forma que reagem a uma abordagem educada e simples, a um simples aceno, uma palavra de saudação, tudo isso feito de modo respeitoso, sem grosserias e insinuações, essas mulheres, por meio de sua reação estão, de um modo distorcido, dizendo a nós homens que estão fartas de educação e respeito, estão expressando, da pior forma possível, que estão, isso sim, com imensas e desesperadas saudades dos machões grosseiros que chegavam/chegam exalando testosterona, passando a mão, alisando os cabelos, a voz pingando intenções libidinosas.

E tenho dito! 


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Texto fútil, inútil, curto, mas intenso como seu tema

Ah, o perfume que envolve as mulheres que desfilam pelo mundo, pela noite, por nossa pobre vida de machos capturados por esses aromas.  É um dos pequenos e preciosos prazeres da condição masculina sentir a nuvem doce e inebriante que envolve uma mulher passar por nós; ser envolvido, abraçado pela doçura dos cheiros femininos por um único instante e em seguida, conforme a mulher se afasta, jogado de volta ao mundo sem essa graça. As mulheres perfumadas possuem uma aura de poder incomensurável...  

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXVI

"Deveríamos agradecer certas mulheres, por recusar nossas investidas."

Este escriba, ainda no começo da incursão noturna, após ver claramente, quase à luz (entenda-se, longe da escuridão estroboscópica da pista/porão da casa noturna), os 'encantos' da garota que ele abordou minutos antes naquele breu, e o rechaçou sem a menor finesse. Respirei fundo e fui tomado por um grande alívio. 

Saudações canalhas e cafajestes

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Eternal Night Feeling

Uma pequena obra-prima perdida  no tempo. A interpretação é tecnicamente ruim, mas intensa e sincera, e é isso que importa no rock, a letra é um tanto simplória, mas transborda verdade, sinceridade e é um perfeito registro do que move  boêmios, perdidos e insatisfeitos noites afora, pelas cidades desse mundo podre. Com vocês, o som de mestres perversos e meio esquecidos do rock gótico dos anos 80  (letra abaixo, como cortesia): 

The Night is Calling
(Bator, Turner)
Memories of so long ago
Strange feelings I don't really know
Drawing me from my sancturary
Wandering with shadows
Animal instinction cries
Hear the creature locked up inside
Don't you run from the celebration
Follow me into temptation
Price we pay for nocturnal admission
The night is calling, the night is calling, the night is calling
When the day's killed by the night
I'm awake until mornin' light
Fantasy becomes my possession
Craving immortality
Let me show you my darkest dream
Rituals that will set me free
Dine with me my forbidden feast
Learn the beauty of the beast
Walking in the dark among the danger
The night is calling, the night is calling, the night is calling
Calling, the night is calling, the night is calling, thing calling, the night is
The night is calling, the night is calling
The night is calling, the night is calling
When pleasure becomes the pain
When the feeling's not the same
Taste the fear of this life's convention
Sin was always man's invention
Run with me to nocturnal salvation
The night is calling, the night is calling
The night is calling, the night is calling

 
 

 

 

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Participação muito especial ( e texto meu em outro blog)

Os leitores mais antigos desta tranqueira devem se lembrar que lá pelos idos de 2013 foi aqui publicado um texto de outrem, uma postagem muito bem escrita e sagaz de autoria da Thais Roland, uma mulher fora de série, que conheci durante o exercício de minha profissão, que se tornou com o tempo amiga e parceira de várias cervejadas, e também talvez se recordem que na mesma ocasião em contribui com um texto para o blog dela, o Vadio Amor, excelente manancial de pensamentos, reflexões e ensinamentos sobre relacionamentos amorosos. Pois bem, durante nosso último encontro etílico decidimos: que era mais que hora de uma nova 'contribuição simultânea'. Decidimos os temas de cada texto, o que foi um tanto difícil, dado nosso avançado estado ébrio, he he he. Pusemos mãos aos teclados e as criações finalmente viram a luz do dia(ou a luz dos monitores de computador). Assim, segue a contribuição da Thais para o Noites Cafajestes, logo abaixo (e claro, não deixem de conferir minha postagem no blog dela: http://www.vadioamor.com.br/.



Que tipo de homem você é e por quê?

O mundo tá complicado... bem complicado. Tão complicado que a gente não sabe mais exatamente como agir pra não ofender ninguém, ser mal interpretado ou... sei lá... só não fazer nada de errado.

Meu caro amigo AlexB me passou a difícil tarefa de falar sobre as diferenças entre um cara machista, um cara dominador (ou até violento) e um cara “com pegada” (esses que encantam de verdade), que eu prefiro chamar de homem de verdade.

O machista é fácil. É o covarde, inseguro, cheio de medos... um panaca. O duro é que alguns deles sabem disfarçar bem. Concordam que as mulheres têm que ter os mesmos direitos dos homens, acham mesmo que elas podem usar a roupa que bem entenderem, que merecem ir pra balada com as amigas no final daquela semana punk no trabalho mas......... na primeira oportunidade:
-          Acham que uma mulher trabalhar na construção civil já é exagero. Não por nada... mas é que é perigoso, né... elas podem se machucar.
-          Beleza usar a roupa que quiser, mas esse shortinho apertado e com a poupa da bunda aparecendo pra uma mulher de 40 anos é falta de noção, né. (mesmo que a quarentona tenha o corpo melhor do que muita menininha de 18)
-          Legal aquele grupo de mulheres bebendo e se divertindo na mesa ao lado, mas não dá pra ter nada sério com uma dessas, né...
-          e por aí vai...

Eu sempre digo que tenho a solução perfeita pro fim do machismo. Identificou um machista? NÃO DÊ PRA ELE! Eu quero ver sobrar uma porra de um machista nesse mundo se eles tiverem que sobreviver de punheta pro resto da eternidade. Eu to tentando fazer a minha parte, ficando cada vez mais seletiva. Claro que, às vezes, a gente vacila (principalmente quando tem pernas durinhas a braços fortes envolvidos... a carne é fraca, né, meu!), mas to tentando fazer meu melhor.

Os dominadores são um tipo foda de caras. Alguns são imbecis, babacas e fáceis de identificar. Esses são os violentos. Levantou a mão pra mina ou até a voz de uma forma um pouco mais ameaçadora pula fora e pronto, sem vacilar! Ninguém te obriga a ficar com um escroto, ninguém mesmo!

Agora... o problema é que caras dominadores, em geral, são espertos, traiçoeiros, mentirosos e manipuladores. Eles vão te envolvendo em uma teia bem aos pouquinhos e quando você percebe (se perceber) tá numa situação foda de sair.

Esse tipo de cara sabe escolher bem as suas vítimas pegando sempre as mais carentes. E olha: carência não é uma coisa óbvia não. Tem muita mulher por aí que todo mundo definiria como um tanque de guerra de auto estima e na verdade é super carente.

Caras dominadores fazem de tudo pra sugar toda a energia de suas vítimas. Alguns fazem isso por dinheiro, outros por orgulho, outros só pelo desafio mesmo... Eu sei lá que merda que passa na cabeça desses caras... só sei que eles destroem a gente e relacionamentos desse tipo deixam marcas que nem a vida toda de terapia é capaz de apagar. As cicatrizes são tão profundas que vão, invariavelmente, refletir nos próximos relacionamentos dessas mulheres e aí, os homens de verdade que cruzarem com essas pobres almas têm que ter um pouco de paciência com elas.

E eles terão. Porque os homens de verdade são Homens de Verdade. Prestam atenção na mulher que escolheram para conquistar, não porque querem dominá-la, mas porque querem deixá-la confortável. E, meu! Um cara que te deixa confortável é tipo.... tipo... mano.... tipo tudo! Você poder deitar com um cara na sua cama, sem roupas (porque pele com pele é sempre uma delícia) e saber que podem ficar ali só batendo papo, sem nenhuma obrigação de nada é Mágico!

E não achem que eu sou do tipo que tá esperando um príncipe encantado não (o que eu queria mesmo era um Killian Jones, o Capitão Gancho, da série Once Upon a Time. Ai ai)... péra... do que eu tava falando mesmo? Ah sim...

Pra ter um Homem de Verdade, o mínimo que eu tenho que ser é uma Mulher de Verdade. A gente tem essa mania de querer tudo e achar que a gente simplesmente merece porque já caiu na mão de um monte de tranqueira, ou pior, acha que pode ser tosca com o próximo cara porque já sofreu demais na mão de homem. NÃO! A lei da reciprocidade vale pra todo mundo e não importa o histórico de nenhum dos dois. Relacionamentos novos são novos e devem começar zerados. Nada de projetar as merdas passadas. E, bróder, eu sei que é muito difícil fazer isso, mas a gente precisa. Mesmo que a gente faça uma besteira (o que super acontece), peça desculpas, explique o que rolou. É sempre mais fácil pra pessoa te entender quando você diz o que sente. Isso vale pros dois lados, viu, rapazes que não falam sobre sentimentos!

No final das contas eu acho que a gente sempre recebe o que a gente vibra. Mesmo que eu queira muito um cara bacana, se to vibrando em uma freqüência negativa de energias vou atrair os caras errados. Depois de algum tempo de terapia já descobri que a chave é me conhecer profundamente antes de decidir o tipo de pessoa que quero pra mim, portanto, tudo o que posso fazer por enquanto é ficar atenta pra, pelo menos, não atrair dos machistinhas de plantão e escapar dos dominadores. Amém! Doim!

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Reflexão noturna

Um aviso para essas moças que desfilam pelo mundo e pela vida afora, inclusive noites afora, que se acham perfeitas, supremas, absolutas, princesas maravilhosas que não são dignas de nenhum dos insuportáveis, 'imaturos'(esse termo é hilário!), 'galinhas' e desprezíveis homens, que se julgam deusas inacessíveis: esperem deitadas em sua solitária cama no seu solitário quarto o príncipe encantado perfeitinho, pois sentadas morrerão de cansaço e tristeza. E mais: não dirigir uma palavra, virar o rosto e sair andando, como resposta a uma abordagem masculina, inclusive uma feita de maneira educada, não faz de você poderosa, misteriosa ou besteira do tipo, faz de você uma mal educada, pura e simplesmente.

Saudações noturnas e cafajestes

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXV

"Homem é que nem gato doméstico: quando quer comer, fica carinhoso."

Observação feita por uma conhecida, moça curtida pela vida e bastante cética para com os homens. Os homens que estávamos na mesa com ela rimos, constrangidos, mas concordamos, alguns encabulados.

Tão vendo? Essa tranqueira também zoa os homens!!

Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Late friday night (or saturday dawn) feelling

Um clássico absoluto,um blues rock matador, e um perfeito retrato da safadeza e  malícia masculinas, bem como uma forma sutil e canalha de anunciar suas (ótimas) intenções lascivas para com a dama desejada, sem ser explícito. Acompanhem a letra dessa obra-prima, confirmem isso  e sigam a dica deste escriba: é uma forma elegante e ao mesmo tempo bem sacana de deixar claras essas ótimas intenções com aquela moça que se faz, com a sutileza e falsa ingenuidade que só as mulheres de verdade conseguem, de desentendida:
E não peçam explicações sobre as circunstâncias que trouxeram essa música de volta à vida deste cafajeste barato!

 

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Uma irmandade cujos membros, ao se reconhecerem, sabem quão duro é ser parte dela

Um encontro de antigos amigos, que se conheceram e forjaram laços de amizade em redações de jornais prostituídos, agências de comunicação picaretas e editoras nada profissionais. A conversa flui como vinho de um assunto a outro(o trecho em negrito foi surrupiado de um número de Hellblazer escrito pelo grande Garth Ennis),  até que um dos participantes da mesa etílica relata algumas das desditas e sinas que sofreu nas sedutoras e macabras mãos de sua última parceira de vida, cama, copos, etc. Sua narração dos sofrimentos que a referida dama lhe impingiu prossegue em um crescendo que prende a atenção de todos, até que ele chega ao clímax que todos previam e relata as agressões físicas que sofreu. Horrorizado, pois este infeliz escriba já passou pela mesma situação, ele balbucia algo que o rapaz não compreende bem devido ao barulho que preenche o bar, por isso imagina ser incredulidade, daí reafirma: tudo que acabou de relatar é verdadeiro. Ao que respondo: 'acredito em você, não duvidei, fiquei é pasmo e indignado, pois sei que é verdade e sabe como? Vi nos seus olhos o brilho sofrido de um homem que apanhou da mulher que então gostava, sem ter merecido isso, coisa que só nós que já passamos por isso podemos reconhecer'(aliás, me sinto um idiota por reiterar algo tão óbvio e fundamental, mas nesses tempos de burrice campeando à solta, é necessário: NINGUÉM, em um relacionamento, merece receber agressões físicas do outro!!!!!). 
Caros leitores, naquele momento apertamos as mãos como dois irmãos, dois membros da sofrida irmandade dos homens que já sofreram agressões físicas(precedidas por agressões verbais tão humilhantes quantos, irrepetíveis) da sua então mulher. Esta é a irmandade cujo reconhecimento de pertencer a ela nunca é motivo de orgulho, uma tribo que preferia não existir.

E para manter o tom insistente, monótono, raivoso que permeia esta tranqueira nos últimos tempos, encerro a postagem com a seguinte dedicatória: feminazis que sempre relativizam a violência praticada pelas mulheres, vão se foder!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Texto fútil, curto e iradíssimo (não peçam explicações!!!!!!!!!)

Só se consegue se tornar um adulto pleno, um ser humano de verdade, um dono de si de verdade, um canalha de verdade, seja essa pessoa homem ou mulher, aquele(a) que rompe totalmente, violentamente e para sempre, com todos os valores que sua adorada família burguesa-cristã-machista-hipócrita tentou lhe impigir.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXIV

"Se todo homem é um estuprador, então toda mulher é literalmente uma castradora. "

Este escriba, bêbado, mas muito são.

Apenas mais uma postagem para a coleção de ataque às nojentas feminazis.

Sem mais.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Este medíocre escriba no ainda mais medíocre facebook

Os leitores mais atentos ou curiosos já notaram o link para meu perfil na tranqueira absoluta, no carfanaum  da imbecilidade humana que é o facebook, à direita. Bem, fiel a meus princípios de baixeza, covardia e mediocridade, lá andei postando explosões de raiva, acessos de ódio e mesquinharia que se publicados no meu perfil 'civil' certamente me causariam aborrecimentos, pois certamente alguns conhecidos de compleição delicada e frágil se sentiriam ofendidos e rebateriam com admoestações 'ponderadas' que me levariam a respostas ainda mais iradas e o resultado disso todos sabemos. Sim, meu ignoto perfil no face é um repositório do que evito postar sob minha identidade real. Sei lá por que, tive um rompante de mudar isso um pouco, assim, segue o último texto que lá postei. E se se interessou ou que conhecer um pouco mais de minha natureza vil, passe a seguir ou me adicione, espalhar discórdia e confusão é minha segunda natureza!

O texto:


MILITANTES HISTÉRICAS QUE ACHAM SER ESCRITORAS(OU SERIAM ESCRITORAS QUE MAIS MILITAM QUE ESCREVEM??):
MAIS UMA PRAGA DA MODERNIDADE INTERNÉTICA
Farto de certas escritoras que se preocupam muito mais com ativismo feminazi-lacrador(argh!!)-empoderador-justiceiro social que com escrever textos que prestem( conheço algumas pessoalmente; duas são ótimas autoras, ao menos, seus textos são de grande qualidade, o ativismo é chato pacas; outra, a mais extremista e insuportável, escreve contos medíocres - será mera coincidência isso?). Triste que em vez de encarar a difícil tarefa de combinar literatura de qualidade com militância (Lima Barreto manda um alô para vocês, queridas!!!), essa moça - como outras aliás, que só conheço virtualmente - prefere ficar no conforto da histeria politicamente correta e ser autora de 'histórias fofíssimas para deixar seu coração quentinho' (juro que li isso no perfil de uma delas!!!Podem vomitar agora!!!)
 

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Serviço de utilidade pública: risco que um homem pode correr ao ficar perto de uma ex-

De um site da área médica:

Reações Adversas ao Meio de Contraste Iodado 

 Os meios de contrastes são as substâncias utilizadas para visualizar estruturas anatômicas e funções fisiológicas. Os meios de contraste são compostos por substâncias químicas, entre eles estão o sulfato de bário e o iodo. O meio de constraste iodado é administrado por via intravenosa para realização de urografias excretoras, angiografias e em exames de tomografia. No entando, os meios de contraste iodados são relacionados aos efeitos adversos como as reações alérgicas e a nefrotoxicidade.   

A maioria dos efeitos adversos relacionados ao uso dos meios de contraste são leves ou moderados, que não expõem os pacientes a risco de vida e não requerem tratamento. A maioria das reações graves apresentam sinais imediatamente após a injeção que permitem o diagnóstico precoce, possibilitando o início imediato de medidas terapêutica eficientes. Por outro lado, quase todas as reações graves apresentam, imediatamente após a injeção, sinais que permitem o diagnóstico precoce, possibilitando assim o início imediato de medidas terapêuticas.

Não é possível identificar os pacientes que terão reação alérgica aos meios de contraste. Então, é fundamental existir uma equipe preparada para acompanhar as reações.

Reação Anafilactóide

As reações ao contraste são idênticas a reações anafiláticas a drogas ou a alérgenos, porém, como não se estabeleceu uma resposta anticorpo-antígeno, chamamos de reação anafilactoide. O tratamento é o mesmo da reação anafilática.
Reação Leve
Reação limitada e sem progressão, os sintomas comuns são: náusea, vômito, tosse, calor, cefaléia, tontura, tremores, alteração do gosto, coceira, palidez, rubor, calafrios, suor, nariz entupido, inchaço facial e nos olhos e ansiedade. 
Reação Moderada
Maior intensidade dos sintomas, os mais comuns são: taquicardia/bradicardia, hipertensão, eritema difuso ou generalizado, dispnéia, broncospasmo, chiado, edema laríngeo e hipotensão moderada.
Reação Grave
Edema laríngeo (acentuado ou rapidamente progressivo), arresponsividade, parada cardiorrespiratória, convulsões, hipotensão acentuada, arritimias com manifestação clínica.


Segundo relatos de alguns amigos e conhecidos deste escriba e da escumalha de canalhas e cafajestes que com ele convive, ser obrigado a permanecer próximo ou no mesmo ambiente que uma ex-qualquer coisa a qual ele não mais suporta, por mínimo que seja o tempo de exposição à pestilência, pode gerar reação alérgica tão grave quando a reação grave ao contraste iodado, descrita logo acima.    

Saudações canalhas e cafajestes
 

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Last Friday Dawn Feeling ou: Outro texto fútil e inútil

Madrugada de quinta para sexta. Este escriba está a percorrer a Rua Angústia com seus amigos canalhas de sempre; assim que se refugiam em um dos últimos bares da sempre decadente e atraente rua, que ainda  mantém o verdadeiro espírito do rock´n´roll, são brindados com este clássico meio esquecido do rock, executado por um grupo ainda mais esquecido, mas cultuado por toda nossa trupe, resgatado das catacumbas por uma benfazeja web rádio. Eis que um dos nossos sugere, bem de acordo com o clima 'hardão pesado empoeirado' dessa pequena obra-prima, uma rodada de Jack Daniels para todos. Já estávamos bastante alcoolizados, sabíamos que o mágico elixir seria a gota que faltava para uma ressaca pesada na manhã que já não tardava, mas, caros leitores, peço que ouçam atentamente o grande Jamul em ação e hão de concordar: embalados por esse som, como negar a sugestão?


Saudações canalhas e cafajestes




sábado, 15 de julho de 2017

Compêndio de cantadas infalíveis(ou quase), forjadas por acaso - II

Utilizei esta cantada quase infalível em mais de uma ocasião, e aquelas nas quais funcionou desdobraram-se em momentos inesquecíveis. Assim, preferi não descrever nenhuma das situações, dos lugares em que essas palavras foram empregadas. A própria cantada fala por si, meio exagerada, meio forçada, mas no bulício da noitada, tentando conquistar os favores de uma musa questionável, isso em nada importa, importa conseguir o que queremos!
Eis a pérola, proferida em situações em que a dama desejada inquiriu este canalha se ele se dispunha a acompanhá-la na pista de dança, em uma beberagem ou outras coisas mais:

"Seu desejo é meu destino, que abraço com todo prazer e ardor!" 

Sim, como disse uma grande amiga, sou um tremendo 'conversinha'!!!

Saudações canalhas e cafajestes

 

sábado, 8 de julho de 2017

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Texto fútil, curto, mas não tão inútil(quem sabe)

Há pouco mais de um mês, eu e um dos companheiros de cafajestagens principais, dos mais frequentes colaboradores desta tranqueira, estávamos em nosso bar favorito na rua Angústia. Eis que reparamos em um entra e sai de belas e curvilíneas mocinhas na flor da idade, meio em polvorosa, agitadas, aos burburinhos, indo e voltando do 'toalete' do boteco e eis que pouco mais tarde surgem na porta do bar dois tipos muito, mas muito inferiores a elas em aparência e modos, dois autênticos molambos da 'perifa', os quais foram recebidos pelas lindas fadas noturnas com um misto de alegria e ansiedade e conduzidos aos fundos do estabelecimento com toda pressa. Este escriba e seu amigo, vividos notívagos, sacamos de imediato o que se passava e ele, sagaz como sempre, saiu-se com essa perfeita definição  para essa cena, meio patética, meio deprimente, presenciada por nós desde nossas primeiras incursões boêmias, já há décadas, cena que se repete desde sempre na noite de São Paulo e na noite de sabe-se lá quantas outras metrópoles mais deste mundo idiota:
'dope show' : quando meninas gostosinhas estão às voltas com uns escrotos para descolar drogas.

Sem mais

terça-feira, 20 de junho de 2017

Reflexão amarga


Sou um grande apreciador da obra de Joseph Campbell, conhecido pelos leigos, semidesinformados e curiosos em geral sem paciência para leituras exigentes, que se esbaldam com a superficialidade da 'infernet', por ter forjado ou no mínimo tornado mais fácil o conceito da jornada do herói, tão diluído internet em português afora em um sem-fim de sites de escritores iniciantes que por terem escrito um ou dois livros se metem a querer ensinar os segredos da escrita a outros escritores iniciantes. E assim vai a  juventude educada pela internet.
Bem, não sou desses, conheço a obra desse mestre há mais de duas décadas, li vários de seus livros, de cabo a rabo, e o último a ser degustado, lentamente, algumas poucas páginas por manhã (confesso: muitas vezes, já era quase tarde), logo após acordar, enquanto me entupia de cafeína para curar as ressacas brabas de sempre e, evitando a luz do sol a entrar pela janela, repassava os artigos, revisões e trabalhos que gritavam por minha atenção, foi o da capa acima, uma coletânea de textos, ensaios e palestras que ele fez/elaborou durante décadas, sempre versando sobre as divindades femininas e sua importância para as mitologias do mundo e o universo mental e cultural da humanidade. Obra maravilhosa, obrigatória de ler e que me suscitou vários pensamentos e reflexões, pois Campbell, genial e visionário como só ele, aqui e ali em alguns trechos, sem ter previsto ou planejado - os textos datam de um período que abrange de 1972 a 1986 - desfere golpes de morte na boçalidade típica do discurso simplista, radicalzinho e vazio dos radicais que tomaram de assalto movimentos progressistas e 'justiceiros sociais' (feminazis, 'lacradore(a)s', lgbts histéricos, etc, etc, etc), com suas observações muitíssimo lúcidas sobre as relações entre os sexos, os arquétipos que regem essas relações e outras coisas mais interessantíssimas. 
Esses apontamentos ficaram reverberando na pobre cabeça danificada deste escriba por semanas, vezes sem conta eu abria o livro, a qualquer hora, sem motivo definido algum, em busca de alguma dose dessa sabedoria. E eis que,  em uma dessa sessões em que eu bancava o pensador, xícara de café na mão, veio o pensamento que é o verdadeiro tema desta postagem:
Sou parte de uma geração de homens dito 'esclarecidos', aos quais foi ensinado que as mulheres deveriam ser exaltadas, elevadas e até mesmo deificadas, que as mulheres seriam deusas que agraciaram nós homens com sua presença e favores. Certo, nós acreditamos nisso por algum tempo( breve ou longo, depende de um sem-número de fatores, os mais importantes fáceis de serem enumerados pelo leitor sábio) e quando eu e os outros infelizes(muitos milhões, eu temo) que caíram nessa conversa perceberam o tamanho desse papo furado o estrago já estava feito, foi muito grande e até hoje ainda sofremos as consequências de refazer nossos conceitos e relações  sobre e com as mulheres pós essa hecatombe nuclear.  Pois  foi isso que essa leitura me mostrou, ou melhor, pôs em palavras claras e acabadas uma sensação amarga que persegue a nós homens que acreditamos nisso por algum tempo, um mal-estar que nos fustiga há muito: acreditávamos que as mulheres eram deusas e quando descobrimos que elas eram meros seres humanos, como nós, a rebordosa(ressaca da braba causada pelo consumo de 'coisas' pesadas, para os preguiçosos em procurar) foi e ainda é muito intensa. E a leitura desse grande livro também deu contornos claros a outra força, outra a ação que é oposta a esse mal-estar e nos impele a buscar, experimentar  e tentar conhecer todas as expressões do infinito que é  a condição feminina, a saber, o idealismo de crer que algumas mulheres podem sim ser divindades em nossa existência, podem estar muito além e acima da mera, baixa, mesquinha e desprezível humanidade e que um dia encontraremos uma delas por aí, para nos conceder alguns lampejos de sua radiância a nós pobres homens, o que já seria mais que suficiente.

Saudações canalhas e cafajestes      

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXIII

"Nossa Gaia está aqui no centro."

Frase perfeita, lapidar, fulminante, desferida por um grande amigo, colaborador frequente do blog, parceiro de várias noitadas e cafajestadas noturnas, e morador do Centro da cidade, como este escriba.
Evito repetir  postagens dessa série ou postar dois textos semelhantes em demasia quanto a conteúdo ou forma, mas este é tão preciso, direto e cortante, sua metáfora tão simples e poderosa em definir o a importância do  coração da cidade a nós, que tive de fazê-lo, as forças de Gaia assim ordenaram.        

domingo, 4 de junho de 2017

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXII

"O ódio que ex-marido devota a sua ex- é para sempre. E além."

Um contraponto masculino, canalha e cafajeste que faz frente à mais que manjada frase 'ex-mulher é para sempre." Sim, caras e queridas mulheres, muitas são capazes de infernizar eras afora o infeliz que teve a audácia de deixá-la. Mas não subestimem o mesmo tanto de raiva e fúria que um homem que teve sua vida arrasada por uma ex- rancorosa é capaz de impingir, como vingança! Se vocês são deusas, somos seres das trevas mais densas e macabras!!!

Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Para não dizerem que deixei de atacar as feminazis

Segue pensata do imortal Gabriel Garcia Marquez, sobre as feministas radicais. Certamente o termo 'feminazi' não existia quando esse mestre formulou essa afirmação, mas ela se aplica à perfeição a essas criaturas abomináveis:

"Há feministas, por exemplo, que o que desejam realmente é ser homens, o que as define de uma vez como machistas frustradas. Outras reafirmam a sua condição de mulher com uma conduta que é mais machista que a de qualquer homem."

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Texto curto, fútil e inútil

Irritar outro homem, por meio de gracejos quaisquer aparentemente inocentes dirigidos a sua ficante, ex, ou à mulher por ele desejada, ato cafajeste que ele não pode impedir, por força das circunstâncias, é um dos prazeres masculinos que desfrutamos noites afora.

E como habitual: não peçam explicações!

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Compêndio de cantadas infalíveis(ou quase), forjadas por acaso - I

Não, caros leitores, este escriba não aderiu à modinha babaca de bancar o conselheiro sabichão para infelizes que não se dão bem com a mulherada e oferecer, em troca de audiência em sua página, canal de youtube ou merdas do tipo, dicas 'perfeitas' que transformarão um imbecil de carteirinha em um conquistador irresistível. Inclusive e principalmente porque qualquer ser humano com um pouco de rodagem no elemento de nossa existência que atende pelo termo 'relacionamentos amorosos' está convencido que absolutamente não existem frases, fórmulas, atitudes e truques acabados, eficientes com e para qualquer tipo de pessoa. Sabemos(ou deveríamos saber) que nossos folguedos amorosos e sexuais são por vezes tramados ao comando do acaso, da pura química, do desejo puro e simples(e como deveria ser assim com mais frequência!!) e que palavras estudadas  podem por tudo a perder. 
E sim, comecei mais uma série dentro desta tranqueira. Que esta tenha vida mais longa que as demais que iniciei e larguei no limbo da internet.
Por que então essa postagem? Porque essas frases, como já dito acima, nascidas do puro acaso, são espirituosas, afiadas e por vezes, este sujeito, como cafajeste barato que é, as empregou em outras situações e com outras musas questionáveis e, por incrível que pareça, em algumas dessas ocasiões funcionaram muito bem! Por isso, merecem ser registradas, simples.
À primeira das cantadas quase infalíveis surgidas para uso em uma única noite, então.

Estava esse canalha no dito 'fumódromo' de um lendário ponto roqueiro do Centro de São Paulo, infelizmente fechado há anos e que deixou uma leva de desconsolados e saudosos a vagar por outros pontos, ainda mais sujos e decadentes. Bem, este canalha, nessa noite, teve sua atenção dirigida a uma bela loira de voz rouca e jeito atrevido. Trocamos olhares, dividimos um cigarro e logo entabulamos uma animada conversa. A moça, em questão de minutos, narrou os então últimos tempos de sua vida, com ênfase em um recém-terminado relacionamento com um sujeito que a espancava com regularidade. Detalhou as coisas mínimas que desencadeavam a ira do sicofanta, suas tentativas de fugir da situação e como ela estava vivendo e encarando os homens desde então. Tudo isso aproximando-se de mim a cada minuto. Eis que, inspirado pelas musas da lascívia e dos belos discursos, surgiu em minha limitada cabeça uma fala completa, acabada e lapidar, que brotou como se trazida por Dionísio, Baco, Comus e todas as divindades antigas fomentadoras e protetoras do hedonismo: 
'Meu anjo, um cara que bate em uma mulher como você não merece ser homem, não merece fazer parte da condição masculina!'
O resto aconteceu imediata e naturalmente.
O leitor se pergunta se pode adaptar, alterar e usar essa fala para lá de xaqueveira durante suas abordagens e conversas com as belas fêmeas que tornam nossa vida mais bela? Desnecessário dizer que estimulo e apreciaria isso.

Saudações canalhas e cafajestes         

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXXI

"Só quero ser chata e irritante, como todas mulheres."

O que dizer ou comentar sobre essa frase?

Saudações canalhas e emudecidas

sexta-feira, 28 de abril de 2017

As agruras(e a raiva) nunca têm fim

Os leitores mais assíduos (se existem) devem se lembrar de um amigo deste escriba, divorciado e pai de dois filhos, que passa poucas e boas por tentar equilibrar sua desgraçada vida amorosa com o máximo de atenção possível aos rebentos, tarefa hercúlea de per si, temos de admitir, e tornada deveras difícil pela incompreensão das mulheres: além dos ciúmes infindáveis das suas namoradas(não, ele não se relaciona com mais de uma mulher simultaneamente, o substantivo está no plural porque é uma sucessão de mulheres, todos os relacionamentos dele duram pouco porque o mulherio, salvo escassíssimas exceções, não suporta sequer por pouco tempo um homem com filhos que ousa priorizá-los em sua vida), tem de lidar com o ódio, mesquinhez e criancice de sua queridíssima ex-esposa, que lhe prometeu azucrinação eterna por ter cometido o crime lesa-desejo- feminino-de-mandar-em-um-trouxa de simplesmente deixá-la para ser livre...
As postagens sobre as desditas que esse rapaz enfrenta estão espalhadas por esta tranqueira, é fácil identificá-las.
Pois bem, neste último feriado a criança birrenta, mimada e histérica que é a mãe de seus filhos aprontou a última a levá-lo a espumar de raiva. Acompanhem essa pequena saga de dor de cotovelo feminina:
Sem consultá-lo, ela arrumou uma viagem durante o feriado, para o litoral, com uma amiga de infância, uma perua insuportável metida a  ricaça do Guarujá, cujas duas filhas tapadas caminham a largas passadas para ficarem tão idiotas como a mãe. Sua ex anunciou que iria viajar com essa trupe, sem consultar os planos dele para o feriado, se pretendia dedicar um dia ou dois aos filhos(o que ele tinha programado com antecedência, aliás), certa de que ele não o faria, óbvio que ficaria atracado com sua atual 'vagabunda' durante o fim de semana prolongado e esqueceria da prole, o crápula horrendo.
Frustrado e emputecido, acionava o telefone celular da imbecil pelo menos duas vezes ao dia, para ao menos trocar palavras amorosas com os filhos. Na maioria da vezes, ela demorava quase um minuto para atender o aparelho e colocá-lo nas mãos das crianças, para irritação dele, que mal imaginava o que estava por vir.
O feriado se desenrola, a noite de domingo cai sobre a cidade e ele retorna para seu refúgio particular de homem solteiro. Mal chega e corre a telefonar para a casa dos filhos, saber as últimas, se chegaram bem, etc, etc. Segue transcrição dos quarenta minutos seguintes:
20h 30  
Telefone residencial:ocupado
Celular da adorável ex: não atende
Celular do filho mais velho: em caixa postal
20h 40            
Telefone residencial:ocupado
Celular da adorável ex: não atende
Celular do filho mais velho: em caixa postal
20h 50
Telefone residencial:ocupado
Celular da adorável ex: não atende
Celular do filho mais velho: em caixa postal
21h 00
Telefone residencial:ocupado
Celular da adorável ex: não atende
Celular do filho mais velho: em caixa postal
21h 05
Telefone residencial:ocupado
Celular da adorável ex: não atende
Celular do filho mais velho: em caixa postal
21h 10
Telefone residencial:ocupado
Celular da adorável ex: não atende
Celular do filho mais velho: em caixa postal
21h 11
Telefone residencial:ocupado
Celular da adorável ex: não atende
Celular do filho mais velho: em caixa postal

21:15 h - nervoso, alterado e preocupado, porém com a consciência fustigada por uma possibilidade, telefona para sua mãe e pede que esta tente telefonar para a ex-nora, desconfiado que esta simplesmente não atende a suas ligações, por puro ressentimento. Bingo! Sua mãe conta que  seus filhos e sua adorável ex-esposinha já estão no conforto e segurança do lar desde o começo da tarde, pois a neta lhe telefonou há pouco para contar como fora a viagem. Após rugir uma saraivada de xingamentos, anátemas, pragas e maldições dirigidas à infeliz que o impossibilitou de conversar com os filhos, ele ainda se vê obrigado a prometer a sua mãe, bastante sensata, que não irá disparar esses impropérios na cara da criatura, pois esta certamente usaria isso como forma de manipular os filhos contra ele. 
Desconsolado, enfurecido, cansado desse inferno que é a vida adulta, ele suspira, faz a promessa a sua mãe, desliga o telefone e vai fazer o mais sensato: encher a cara.
Caros leitores, que tal uma criatura desse tipo? Impossibilitar o ex de falar com os filhos ao final de um feriado, sendo que durante se falaram mais ou menos normalmente. Criticar tal tipo de mulher, nesses insuportáveis tempos politicamente corretos, é misoginia, machismo, etc, etc? Se é, não lamento nem um pouco: esse tipo de vaca, de vadia, de infeliz, merece todas as ofensas e mais um pouco, merece ter sua infantilidade exposta e humilhada a todos os ventos, merece ressecar de solidão e desespero,sem um único imbecil a suportá-la, enquanto o crápula do ex 'vive na gandaia  e esquece dos filhos'.  

Saudações canalhas e revoltadas

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Boêmios à força, pobrezinhos...






Este escriba revirava sua modesta biblioteca, à procura de um tomo com referências e informações para mais uma das emocionantes e intelectualmente desafiadoras matérias jornalísticas que ele encara com intrépido ânimo, quando, antes de encontrar o referido volume perdido entre camadas de poeira, topou com um livro que lera há anos e que lhe despertou algum interesse indefinível e penetrante, assim, retirei este outro livro da estante, deixei-o de lado, para investigá-lo mais tarde.                                                                                                             
Apenas alguns dias depois lembrei de folhear as páginas do referido volume, nada menos que O invisível cavalo voador, uma coletânea de crônicas do falecido Lourenço Diaféria, um dos meus cronistas favoritos, aliás.  O texto e as ilustrações internas, deliciosos, me evocavam diversas lembranças e devaneios, enquanto lia trechos ao acaso, até que alcancei as últimas páginas e topei com uma crônica intitulada ‘cigarra’, que por meio de uma historinha protagonizada por uma típica representante da medíocre classe média paulistana dos anos 80,(acreditem, caros leitores, a classe média brasileira dessa década era menos inculta, grosseira e boçal que a atual, ou talvez  esse pobre escrivinhador tenha sido dominado pela mentalidade ‘antigamente tudo era melhor’ – vade retro, te esconjuro três vezes, nostalgia barata!!Argh!!!), retrata um comportamento, mais que um tipo humano, que teria vicejado na São Paulo oitentista: os homens ( e mais raramente mulheres) casados que deixados sozinhos na metrópole por seus consortes e filhos, que saíam em viagem de férias, viagem da qual o pobre coitado não podia participar, na maioria das vezes, por motivos profissionais,  seriam como cigarras perdidas, pequenos animais (almas?) à solta, sem lastro emocional ou orientação, que zumbindo para lá e para cá( se o termo já tinha essa acepção antes, não consegui confirmar), terminavam por se entregar à vida boêmia, durante os dias(noites) em que se viam privados da maravilha que é a vida familiar... Consta que houve vários bares e casas noturnas da cidade que seriam especializadas em receber esses pobres notívagos solteirões por contingência e não por convicção, os quais, alguns relutantemente, outros com alegria, acabariam por viver aventuras amoroso-sexuais com outras almas perdidas na metrópole hostil. Aventuras porém de curta duração, pois todos e todas cigarras estavam nessa condição por força das circunstâncias, todos  seriam exemplarmente convictos da santidade do lar, do casamento e da família, segundo rezam os relatos da época. Não é de comover o romantismo, o idealismo, a candidez e a bunda-molice dessa figura, caros leitores? 
Pois bem, o grande Diaféria criou, com seu  talento, um texto em que uma mulher vê-se no papel de cigarra solta na cidade, visto que marido e filhos se mandaram em férias, e começa a devanear com um encontro noturno com um sedutor desconhecido em uma boate de classe. Eis que toca a campainha de sua casa e ela recebe a visita mais que inesperada de...(não contarei o desfecho, claro, procurem o livro em algum sebo e se engrandeçam conhecendo a genialidade desse escritor).

E o que esse texto me provocou? Pensamentos molengas e langorosos, a lamentar secretamente, no recôndito do lar, minha opção pela solteirice? Nostalgia por algo que não experimentei, sentimento que inclusive é uma praga a assolar esta época? Arrependimentos, lembrando alguma linda musa questionável do passado, a qual me deixou ao descobrir minha repelência incurável a matrimônio, monogamia, etc, etc?
Não, caros leitores, relembrar esse sentido para a palavra ‘cigarra’, sentido aparentemente em desuso, fez-me rir e muito, pois meus amigos casados ou descasados sempre aguardam/ aguardavam ansiosamente as férias e feriados prolongados durante os quais suas rádio-patroas e proles os deixam/deixavam em paz para muitíssimo bem-vindos dias de gandaia e esbórnia. Para eles e para mim, saber que existiram (e certamente ainda existem) homens que se entregam à boêmia e à putaria sem convicção, desejosos do retorno de suas famílias, ansiosos para retornar à vida familiar, e que tratam a vida noturna como um intervalo meio à força de sua ‘vida real’, é motivo para muitas e muitas gargalhadas numa mesa de um de nossos bares  favoritos.
Serei eu muito zombeteiro, algo cínico e até cruel, ou talvez ando apenas com gente de minha laia e isso limita minha visão de mundo?
Saudações canalhas e cafajestes