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terça-feira, 28 de março de 2017

Um certo prazer noturno Ou: mais um texto fútil e inútil



Não caros leitores, o título desta postagem não é uma menção ao prazer sensorial sempre associado à vida noturna, à boêmia, às noitadas, inclusive porque o culto e prática desse prazer físico não precisa e não tem horário. Essa postagem é uma  pequena celebração a outro prazer que nós pobres humanos encontramos na noite: o prazer de pertencer a uma comunidade, por menor e menos importante que esta seja; o desfrute de ser um membro pleno e respeitado dela; a alegria e importância de receber atenção dos demais membros desse grupo, a disposição autêntica de ouvirem o que você tem a dizer e quererem ser ouvidos por você; o deleite, nas horas tão fugazes e deleitosas de uma noite passada em claro, pelas ruas e bares do Centro, de viver uma rápida utopia de uma vida social sem amarras ou falsidades, de abandonar as abjetas máscaras sociais do dia e sermos o que somos.

Saudações canalhas e cafajestes  

segunda-feira, 20 de março de 2017

Viva a família tradicional brasileira (SQN!)

Há umas poucas semanas, tive de mergulhar em várias páginas na maldita 'infernet' - como uma grande amiga chama a rede de computadores - para preparar uma matéria sobre o analfabetismo político que campeia sem peias (desculpem a rima medíocre, não resisti!) no mundo virtual em língua portuguesa. Nesse mergulho no lodaçal de ignorância, fanatismo e burrice em que o brasileiro médio se lambuza, topei com 'textos' e ideias inacreditáveis, uma verdadeira deep web visível à luz do dia sem pudores, e que fez minha já muitíssimo combalida fé na espécie humana definhar mais um pouco. Já com os nervos em frangalhos, encontrei uma página, a qual obviamente não nomearei, em que a seção dos comentários era impressionante: qualquer mínima postagem gerava um debate, entre os frequentadores da pocilga, que não raro atingia os mil comentários, vários bastante extensos. Como fui obrigado a colher uma amostra desses para a confecção da matéria, tive de ler vários. Surpreendi-me: entre tanto ódio, palavras de ordem insanas e quetais, estavam soterradas críticas inteligentes e ponderadas, sarcasmo e ceticismo saudável para com todas as ideias prontas. Pois bem, caros leitores, no meio de tanta idiotice, encontrei o relato abaixo, que reproduzo sem modificar uma vírgula que seja. É uma história rica de possibilidades, a partir de um trecho qualquer dela seria possível criar uma pequena saga tragicômica para atacar uma das maiores causas da tragédia nacional, a família tradicional cristã monogâmica, que os leitores devem se lembrar, ataquei e ataco sem tréguas.
Assim, posto a narrativa pelo cômico e ridículo a que ela expõe os protagonistas(não senti a mínima pena dos imbecis, espero que vocês também não se compadeçam deles) e como um oferecimento a algum leitor que tenha veleidades literárias, como uma inspiração, um  material bruto a ser lapidado em uma história que contribua para a missão de acabar com a hipocrisia e falsos valores morais que o brasileiro médio tanto prega.
Saudações canalhas e cafajestes

A História, portanto:

Em 2014 estive numa festa.
Era a celebração da “quaresma”, quarenta dias de vida, de um recém-nascido.
Filho de um jovem casal de evangélicos, na faixa dos 30 anos.
A mãe é dona de uma escola de reforço, filha de médico, com vida confortável.
O pai veio da periferia, e ganha a vida com pregação religiosa. Fundou uma igreja, virou pastor e foi lá que conheceu a mãe da criança.
O casal tentava engravidar fazia algum tempo, mas parece que o pastor era infértil.
Então ele fez tratamento e ela engravidou.
“Um milagre”, diziam eles.
E pra celebrar a chegada desse milagre, fizeram uma festa do arromba na mansão da família.
Não importa se a criança tinha apenas 40 dias de vida, se ela mal abria os olhos, ou se não parava de chorar por causa da música nas alturas.
O importante era mostrar para todos o sucesso deles.
E justiça seja feita, o casal ia muito bem.
A escola de reforço estava com mais de uma centena de alunos.
Contratava cada vez mais professoras pra dar conta da fila de espera.
A igreja do pastor não ficava para trás.
Agregava cada vez mais fieis, inclusive algumas figuras proeminentes da sociedade local.
Na hora do jantar, o pastor serve-se do microfone e começa a falar:
“Hoje em dia, o brasileiro abandona as suas crianças!”
“Os pais largam os filhos o dia inteiro na creche, pois não querem ter a responsabilidade de cuidar deles!”
“Mas o nosso filho, esse nós não vamos abandonar!”
“Ele foi um milagre, uma bênção de Deus!”
Eu já não aguentava mais aquela ladainha de doutrinação, de como eles eram bons e os outros não.
Estava ali só por causa da namorada, que tinha sido convidada.
Hoje ela veio me atualizar sobre o casal bem sucedido.
Em 2016 as coisas começaram a ficar muito ruins pra escola.
Quase todos os pais tirando seus filhos do reforço.
Tiveram de demitir todas as professoras, com exceção de uma.
A dona do reforço teve que arregaçar as mangas, e agora tá dando aula também.
O dízimo da igreja do pastor também definhou. E agora tá com um trabalho “de verdade”.
Mas no caso dela tinha um agravante. Seu pai, que era médico e sustentava a mansão, engravidou uma prostituta, separou-se da mulher e se picou da casa, deixando as contas pra eles pagarem. Dizem que o IPTU da mansão é um absurdo de caro.
Daí que parece que o casal não aguentou a primeira crise financeira.
Resultado? Separaram-se. E hoje a criança tão querida tá sendo cuidada quase exclusivamente pela avó e pela tia, porque os pais passam o dia trabalhando.
E como minha namorada ficou sabendo disso?
Ela perguntou pra uma amiga da família, depois de ver uma foto da mãe da criança no Facebook.
Estava de caipirinha na mão, com uma amiga conhecida por ser da rasgação.
Num show do Wesley Safadão.
  

sábado, 11 de março de 2017

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LXIX

"Minha filha, ao entrar na adolescência com tudo, tornou-se mais uma mulher de verdade na minha vida: extremamente interessante e ao mesmo tempo de enlouquecer!"

Do colaborador mor desta tranqueira, o mesmo citado e que protagonizou a postagem anterior desta série interna do blog.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Ode às ruivas

Estava este escriba com uma grande amiga, já citada várias vezes, que tornou-se recentemente colaboradora involuntária desta tranqueira, é um ex-caso e hoje (sempre, aliás) confidente, bebendo e conversando em um boteco qualquer do Centro. Relembrávamos parte de nossas aventuras noturnas vividas em dupla ou em grupo, nosso relacionamento que não acabou, mas transformou-se, e em dado momento comentei que tinha uma certa saudade das madeixas da moça quando a conheci, época em que ostentava uma longa cabeleira ruiva que enlouqueceu hordas de pessoas de todos os sexos que frequentam a noite paulistana (hoje seu cabelo é muito diferente). A moça riu, me chamou de bobo, não sem alguma razão e observou, com a típica sagacidade feminina, que talvez fosse por isso que cometi uma bobagem recente - de mínimas ou nenhuma consequência, cumpre notar:  ter sugerido  à moça com a qual atualmente tenho encontros noturnos e outros nem tanto que ela voltasse a ser ruiva, pois ela me mostrou fotos de alguns anos antes, em que ela também exibia uma cabeleira flamejante de elevar ao máximo os mais baixos instintos do mais frouxo dos machos. Descambamos para um debate sobre as graças, mistérios, delícias e possíveis qualidades das ruivas em relação às outras mulheres e não deixei de anotar em um guardanapo o tema, para transformar a anotação tosca em uma postagem, pois ainda que a supremacia de tudo que o gênero feminino possui de maravilhoso, belo, sedutor, inebriante, etc, etc, etc, caiba, inconteste, às loiras, como já afirmei em postagem de tempos atrás, as ruivas ocupam um honrosíssimo segundo lugar, perdem somente para as platinadas em termos de beleza, sensualidade, etc. 
Assim, esta postagem, muito movida e influenciada por líquidos alcoólicos, é uma singela homenagem a um tipo de mulher que, em certos momentos de nossa vida escrota e desprezível de homens que somos, reinam absolutas, mesmo que um reinado fugaz.
Seguem imagens de lindas mulheres do gênero (acreditem, selecionar algumas poucas imagens, dentre o turbilhão que saltou de uma simples teclada,foi difícil ao extremo!).

Saudações noturnas, cafajestes e bêbadas