Primeiro, transcrevo a seguir matéria retirada do uol (acreditem, vez por outra aparece algum texto decente naquela porcaria):
Primeiro, transcrevo a seguir matéria retirada do uol (acreditem, vez por outra aparece algum texto decente naquela porcaria):
Sede de paixões, de 1949, não é o melhor filme de Ingmar Bergmann sobre os relacionamentos homem/mulher, tanto no tratamento do tema, quanto esteticamente (a edição/montagem da parte final é uma bagunça); mas desfila alguns dos diálogos mais ferinos e afiados sobre esse tema eterno e infinito e portanto, merece e deve ser assistido.
Um amigo de muitos anos, irmão mesmo, que já foi colaborador-mor desta tranqueira, passou (ainda está passando, na verdade) por um problema de relacionamento com sua atual namorada dos mais severos; como ele é realmente apaixonado pela moça, o sofrimento que está experimentando é intenso, até comovente.
Bem, uma noite qualquer, estávamos eu, ele e mais outro amigo em, adivinhem onde? Em um bar claro. Este terceiro membro desta pequena narrativa é um canalha da mais alta estirpe, vivido, um dos caras mais sábios que conheci nesta vida porca e sem sentido. Pois após o relato/desabafo do nosso amigo, ele, o terceiro membro da mesa, do alto de sua sabedoria, disparou:
"Se quer conselho de um velho cafajeste, para que você evite problemas com sua namorada, lance mão de um recurso ancestral: minta."
Saudações canalhas e cafajestes
O sujeito pousa a mão no seio da mulher. Ela olha indignada, ele reage de imediato:
- Posso deixar minha mão pousada aqui?
- Claro que não! Meu peito não é poleiro!
O curtido e rodado canalha não sabe o que dizer. Silêncio sepulcral.
Fim.
Saudações canalhas e cafajestes
Se os caros leitores acessam, leem ou mesmo apenas passam os olhos pela seção de literatura/cultura de portais de notícias e/ou acompanham sites que não fazem parte da escrotíssima 'grande imprensa' brasileira, certamente souberam de algo que como se fala 'quebrou a internet' (foi o assunto mais comentado na rede em português por algumas horas ou mesmo um dia inteiro), no mês passado, a saber:
Aviso: não citarei o nome de nenhum dos envolvidos ou protagonistas dessa historinha lamentável.
Uma escritora paulistana da nova geração de autores brasileiros, premiada, querida pelos cultureres, etc. contou os horrores que viveu quando foi casada com um conhecido tradutor e editor - ele também incensado pela 'intelligentsia' paulistana, etc. e tal: traição que o cara negou o quanto pode, relação abusiva (melhor não discutir aqui o que acho desse termo mais que banalizado e desgastado...), violência psicológica. A mina relatou a história toda em um conhecido podcast (invenção do mundo moderno que me irrita profundamente) e também contou que o ex-marido tinha um grupo de conversas por e-mail, fechado (os eventos se passaram há cerca de 13, 14 anos, antes de whatsapp e merdas do gênero surgirem para vampirizarem nossos parcos cérebros), em que ele e amigos desdenhavam das mulheres em geral e da reação dela ao se descobrir corna. O detalhe é que esses caras se diziam amigos dela e são todos também escritores da tal nova geração da literatura brasileira, também queridos pelos culturetes e modernosos que pululam nesta metrópole moderníssima.
Resultado: a patrulha lacradora/feminazi e acólitos caíram matando, uma avalanche de declarações de solidariedade e amor à moça e de xingamentos, ódio e cancelamento aos homens.
A puerilidade, maniqueísmo e ridículo da guerrinha internética foi hilária, declarações constrangedoras de todos os lados.
Eis que uma voz de sensatez e maturidade surge, nesse carfanaum: a atual esposa do sórdido editor que traiu a esposa escritota.
Ela publicou um texto deveras interessante, em que, sem passar pano para ele, reconhecendo suas falhas do passado (falhas do ponto de vista da moral burguesa, do casamento monogâmico, cumpre registrar!), revela que a ex-esposa maltratada, seis meses antes, procurou o ex-marido crápula pedindo ajuda para divulgar seu novo livro, sendo carinhosa, dizendo estar com saudades (!). Diante das recusas e silêncio dele, o que ela fez? Procurou algumas amiguinhas jornalistas do tal podcast e jogou a merda no ventilador virtual das redes sociais...
O texto da atual esposa é excelente: além de muito bem escrito, mostra uma maturidade e serenidade muito raras no ser humano contemporâneo. Claro que choveram comentários metendo o pau nela, na atual esposa, que respondeu um deles com a seguinte resposta devastadora e definitiva:
"feminismo não é abraçar todas mulheres cretinas."
Postagem encerrada, saudações canalhas e cafajestes