Noites Cafajestes à venda

Noites Cafajestes está de novo à venda, agora no site da Amazon Brasil: clique no link abaixo, e digite o nome do livro na pesquisa loja kindle, no alto da página.
Um verdadeiro guia de comportamento e sabedoria canalhas e cafajestes por R$6,00.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Sobre a impermanência das coisas do mundo ( ou das coisas desta cidade) - parte III - Um novo começo

Mudança, finitude, renovação, ciclo fim-recomeço-fim-recomeço, eterno retorno. Muitos são os nomes para a impermanência de tudo que grassa, por um instante que seja, pela superfície deste mundinho perdido universo afora, antes de se tornar pó e lembranças. 
A humanidade lida com ela de várias formas: os sábios a distinguem antes que todos, compreendem e aceitam-na e procuram compartilhar esse entendimento com os comuns dos mortais; os filósofos - que em muitos casos, não pertencem ao grupo dos sábios - encobrem, categorizam, nomeiam, em busca mais de aceitação e posteridade que em dar ao resto da humanidade algo que a possibilite viver um mínimo que seja de maneira mais plena; místicos e metafísicos de todo o tipo a vêem como um sinal de que um tal mundo superior e eterno é tudo que importa e devemos desprezar a vida material - babacas!; e por fim os comuns dos humanos se digladiam com ela, a impermanência, dia a dia, tentam enganá-la, se não destruí-la, da melhor maneira que podem, no mais da vezes se rendendo a formas um tanto distorcidas e diluídas do que os três primeiros grupos produzem/oferecem/vendem.
O fato definitivo e inclemente é que todos nós humanos somos presa fácil da mudança que rege este mundo e não há como dela escapar, o que para a maioria é inaceitável e desesperador, pois lidar com a bendita da melhor maneira possível é dificílimo a uma espécie medíocre e narcisista como a nossa.
Bem, e daí, o que toda essa reflexão de mesa de bar metida a sabedoria autêntica e profunda tem diabos a ver com as patéticas aventuras noturno-etílico-sexuais do patético autor desta tranqueira?
Caros leitores, a mudança tudo devora deste mundo para criar o novo, para manter a lei máxima da vida. E este tipinho anuncia, com alegria e alívio: todas as evidências apontam que essa lei, finalmente, agiu na vida noturna roqueira do centro de São Paulo, que antes do desespero da derrota, surgiu a alegria da renovação. Graças a indicação de amigos tão canalhas quanto ele, encontrou um novo antro no qual viver novas aventuras noturnas, um novo porão escuro (mas luminoso, em certo e figurado sentido) no qual poderá vir a reinar, talvez o digno sucessor de outro porão do rock mais antigo, citado na parte I, cuja ausência ainda é tão sentida por tantos tipos vestidos de couro e preto que vagam pelo Centrão.
Estive no local durante o feriado prolongado, fui bem-sucedido na incursão (creio que isso não necessite de maiores explicações, correto?) e já convoquei outros amigos canalhas e cafajestes para explorarmos o local em profundidade e finalmente aceitarmos e celebrarmos a mudança e a renovação que se processa nos confins tão acessíveis do centro de São Paulo.
Tanta ladainha para registrar que encontrou uma nova casa noturna para dar vazão a sua cafajestice? Sim, caros leitores, como sempre, muita filosofia barata e belas palavras para engrandecer a vidinha de nós canalhas.
Saudações.

domingo, 20 de abril de 2014

Assistam

O vídeo abaixo dura pouco mais de cinco minutos. É incômodo, não concordo com algumas observações do sujeito, mas faz pensar, como todo material politicamente incorreto faz.

PS: antes que alguma feminista enfurecida me chame de porco sexista, informo que apoio a marcha das vadias, já engrossei as fileiras de manifestações pró-aborto, odeio o machismo enfim, mas odeio mais ainda qualquer sexismo!!!



sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sobre a impermanência das coisas do mundo ( ou das coisas desta cidade) - parte II

Já foi dito antes, por seres muito mais sábios que este pobre escriba, que a impermanência é certamente a única coisa permanente deste mundo; eles estão certos, claro. Soube há pouco que um dos últimos e únicos refúgios que sobraram no centro de São Paulo para minha tribo ou laia, após o vagalhão que sobre nós se abateu ( leia a parte um deste título, datada de 15 de fevereiro último, para entender ou reavivar a memória), mudará de endereço em breve, pois tornou-se mais uma vítima da especulação imobiliária (malditos corretores! especuladores imobiliários escrotos: morram todos, em meio às piores torturas!).
Felizmente, esse antro não fechará as portas, somente mudará para o outro lado da rua.
A normalidade e o vazio querem nos vencer, mas nunca conseguirão.

Saudações noturnas e  cafajestes

domingo, 30 de março de 2014

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XLI

"Ela (a música) nunca trai minha confiança ou me deixa na mão."

De um amigo canalha, colaborador eventual desta tranqueira e exímio músico, ao explicar porque segue à risca um princípio básico que todo músico verdadeiro segue: fugir ao máximo de relacionamentos estáveis, fixos. Seu único amor, seu único relacionamento verdadeiro é com a música.
E sou testemunha disso: essa postura canalha garante muitas mulheres aos pés deles músicos!    

segunda-feira, 24 de março de 2014

Livro à venda na loja digital da Saraiva

Caros leitores, após excruciante demora e solução absurda de simples (tenho grande culpa nesse atraso, mas deixemos essas agora banalidades de lado), Noites Cafajestes encontra-se à venda na loja digital da Livraria Saraiva, em formato Epub.
O link encontra-se à direita.

Saudações noturnas e canalhas.

sexta-feira, 7 de março de 2014

São Paulo Feeling




São Paulo pela noite (Mário de Andrade)*

Meu espírito alerta
Baila em festa e metrópole.
São Paulo na manhã.
Meu coração aberto
dilui‑se em corpos flácidos.
São Paulo pela noite.
O coração alçado
Se expande em luz sinfônica.
São Paulo na manhã.
O espírito cansado
Se arrasta em marchas fúnebres.
São Paulo noite e dia...
A forma do futuro
define as alvoradas:
Sou bom. E tudo é glória.
O crime do presente
Enoitece o arvoredo:
Sou bom. E tudo é cólera.
*Poema publicado em Lira paulistana, edição póstuma, [1946].


Ah, São Paulo desconcertante e infinita, será que um dia (ou noite) conseguirei te definir em um texto, um poema, uma narrativa? Sinceramente, espero que não, pois se isso se consumar talvez o maior mistério que me anima e me atormenta, uma das maiores forças que me impele, será desfeito e isso espero que jamais ocorra, que essa busca pela definição perfeita do que é São Paulo jamais se encerre.  

segunda-feira, 3 de março de 2014

Uma proposta para melhorar a educação do país

Os caros leitores muitíssimo bem sabem que sou inimigo de tudo de reacionário, conservador, tacanho e limitado que rege ou tentar reger as patéticas ações da patética espécie humana, e nesse cabedal de alvos para meu ódio ocupa um trono reluzente o que já foi chamado de homenagem à virtude, feita por aqueles que não conseguem praticá-la. Sim, me refiro à hipocrisia, essa instituição humana e tão brasileira, o asqueroso comportamento de censurar, criticar, perseguir, atacar, humilhar, agredir quem tem hábitos, costumes e práticas que considera imorais ou nocivos, mas secretamente (por vezes não muito secretamente) quem comete essas violências chafurda e se lambuza de êxtase exatamente no que critica em outros.
Bem, do alto de mais de quatro décadas de vida afirmo com absoluta segurança: nunca encontrei um moralista que apontasse dedo inquisidor e "moralizante" para alguma prática íntima da vida alheia que fosse um exemplo de virtude, que não adorasse praticar e praticava o que publicamente o enojava. Estudantes colegiais que tachavam todas as colegas de sala de "putinhas" e na viagem de formatura protagonizava uma cena de pornô "gang bang" , realizando uma entusiasmada felação em sete rapazes, quase ao mesmo tempo, pais de família que exigiam que a filha fosse um exemplo de pureza, que exigiam que se casasse virgem e retornavam a seu sagrado lar embriagados, após horas com a amante que era pouco mais velha que a filha que ele tanto "protegia" (leia-se, reprimia) - minha família, aliás, é um celeiro imenso desse tipinho ´de "homem" - machões que dizem odiar gays e se acabam com os travestis que fazem ponto nas esquinas das grandes cidades, mães de família que condenam a imoralidade dos dias atuais e seduziram boa parte das sobrinhas, a lista seria imensa...
A minha proposta para elevar o nível da educação brasileira é muito simples: dado que a hipocrisia quanto à moral e  à vida sexual de outrem é uma lei da natureza, invariável e certa, os livros de física deveriam ser atualizados e incluí-la entre as leis, expressas por fórmulas matemáticas, que explicam o funcionamento do universo. Simples, e isso.
Saudações canalhas e cafajestes.