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domingo, 15 de junho de 2014

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XLII

"Mulher não admite ser trocada pela liberdade, que o cara a abandone para ser simples e totalmente livre, isso é pior que ser trocada por outra."

Frase do mais antigo e maior amigo cafajeste colaborador deste blog, disparada durante a madrugada em  nosso antro favorito, em que mais praticamos canalhices nos últimos vinte anos, pérola de sabedoria que formulou ao discutirmos a situação de um amigo comum, até hoje atormentado pela megera da ex.
 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Os poderes da psicossomatização

Estava este escriba em seu refúgio, dedicado a um de seus emocionantes trabalhos de produção de textos comerciais-institucionais, empreitada deveras sacal, mas que garante parte considerável dos rendimentos que sustentam sua vidinha hedonista. Como milhões de outras pessoas, sou muito afeito a ouvir música enquanto executo trabalhos no recôndito do lar. Pois bem, nessa ocasião pinçei um disco da minha seção de música erudita e me deleitava com a arte do mestre Mendelssohn quando de súbito fui tomado por um mal-estar, uma sensação de desconforto percorreu minhas entranhas e senti como se minha espinha fosse tracionada, deixando meu corpo rijo e dolorido. Permaneci nesse estado por alguns segundos até identificar a fonte mística de onde partia a emanação maligna que me subjugara. Sim, era a música do grande compositor alemão, nada mais nada menos que a  marcha nupcial, opus 61, da sua versão musical dos Sonhos de uma Noite de Verão
Exato, caros leitores: a peça musical que tornou-se a trilha suprema daquela cerimônia horrenda de auto-imolação em dupla que é o casamento me causou uma verdadeira e sem exageros reação orgânica de asco, de nojo, de horror supremo.        
Após desligar o aparelho tocador de cds e ser tomado por uma onda de alívio, senti-me orgulhoso de mim, feliz com os efeitos de uma férrea disciplina: tantos anos odiando o casamento, pregando contra ele, o desfazendo - cheguei a ter alguns problemas, nada sérios felizmente, em minha vida social e profissional, tamanha minha ânsia de atacar essa instituição quando a mínima chance para isso se oferecia - produziram  efeito não apenas no meu espírito mas também em meu corpo, a ponto desse reagir de modo doloroso a um elemento associado ao enlace matrimonial. Sim, hoje posso afirmar cheio de si que o casamento me faz realmente mal!
E há quem duvide dos poderes da psicossomática...

Saudações canalhas e cafajestes

sábado, 24 de maio de 2014

O vaticínio se cumpriu (ou: parte IV de A impermanência das coisas do mundo)

Semanas se passaram, a expectativa crescia, alguns se afligiram, mas por fim o que foi vaticinado aqui nesta tranqueira foi consumado pelas forças cósmicas que regem a sagrada mundanidade da noite paulistana: um dos últimos antros da laia a qual este escriba pertence ressurgiu, com nova aparência, mas o mesmo espírito juvenil, inconsequente e alegre de antes. Esta noite passada foi a primeira de seu glorioso retorno e estive presente.
Algumas coisas, neste mundo inconstante, não permanecem sempre as mesmas, mas se renovam e continuam sua missão de espalhar caos, alegria e confusão.

Saudações canalhas e cafajestes.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Diálogo ocorrido numa alcova qualquer, numa noite qualquer

- Ah, por favor, faça mais uma vez esse carinho delicioso na c*inha do meu p*!
- Por que eu deveria?
- Porque suas mãos são mágicas, mãozinhas de fada, meu amor...
- Criatura dos infernos! Manipulador! Conversinha! 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Sobre a impermanência das coisas do mundo ( ou das coisas desta cidade) - parte III - Um novo começo

Mudança, finitude, renovação, ciclo fim-recomeço-fim-recomeço, eterno retorno. Muitos são os nomes para a impermanência de tudo que grassa, por um instante que seja, pela superfície deste mundinho perdido universo afora, antes de se tornar pó e lembranças. 
A humanidade lida com ela de várias formas: os sábios a distinguem antes que todos, compreendem e aceitam-na e procuram compartilhar esse entendimento com os comuns dos mortais; os filósofos - que em muitos casos, não pertencem ao grupo dos sábios - encobrem, categorizam, nomeiam, em busca mais de aceitação e posteridade que em dar ao resto da humanidade algo que a possibilite viver um mínimo que seja de maneira mais plena; místicos e metafísicos de todo o tipo a vêem como um sinal de que um tal mundo superior e eterno é tudo que importa e devemos desprezar a vida material - babacas!; e por fim os comuns dos humanos se digladiam com ela, a impermanência, dia a dia, tentam enganá-la, se não destruí-la, da melhor maneira que podem, no mais da vezes se rendendo a formas um tanto distorcidas e diluídas do que os três primeiros grupos produzem/oferecem/vendem.
O fato definitivo e inclemente é que todos nós humanos somos presa fácil da mudança que rege este mundo e não há como dela escapar, o que para a maioria é inaceitável e desesperador, pois lidar com a bendita da melhor maneira possível é dificílimo a uma espécie medíocre e narcisista como a nossa.
Bem, e daí, o que toda essa reflexão de mesa de bar metida a sabedoria autêntica e profunda tem diabos a ver com as patéticas aventuras noturno-etílico-sexuais do patético autor desta tranqueira?
Caros leitores, a mudança tudo devora deste mundo para criar o novo, para manter a lei máxima da vida. E este tipinho anuncia, com alegria e alívio: todas as evidências apontam que essa lei, finalmente, agiu na vida noturna roqueira do centro de São Paulo, que antes do desespero da derrota, surgiu a alegria da renovação. Graças a indicação de amigos tão canalhas quanto ele, encontrou um novo antro no qual viver novas aventuras noturnas, um novo porão escuro (mas luminoso, em certo e figurado sentido) no qual poderá vir a reinar, talvez o digno sucessor de outro porão do rock mais antigo, citado na parte I, cuja ausência ainda é tão sentida por tantos tipos vestidos de couro e preto que vagam pelo Centrão.
Estive no local durante o feriado prolongado, fui bem-sucedido na incursão (creio que isso não necessite de maiores explicações, correto?) e já convoquei outros amigos canalhas e cafajestes para explorarmos o local em profundidade e finalmente aceitarmos e celebrarmos a mudança e a renovação que se processa nos confins tão acessíveis do centro de São Paulo.
Tanta ladainha para registrar que encontrou uma nova casa noturna para dar vazão a sua cafajestice? Sim, caros leitores, como sempre, muita filosofia barata e belas palavras para engrandecer a vidinha de nós canalhas.
Saudações.

domingo, 20 de abril de 2014

Assistam

O vídeo abaixo dura pouco mais de cinco minutos. É incômodo, não concordo com algumas observações do sujeito, mas faz pensar, como todo material politicamente incorreto faz.

PS: antes que alguma feminista enfurecida me chame de porco sexista, informo que apoio a marcha das vadias, já engrossei as fileiras de manifestações pró-aborto, odeio o machismo enfim, mas odeio mais ainda qualquer sexismo!!!



sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sobre a impermanência das coisas do mundo ( ou das coisas desta cidade) - parte II

Já foi dito antes, por seres muito mais sábios que este pobre escriba, que a impermanência é certamente a única coisa permanente deste mundo; eles estão certos, claro. Soube há pouco que um dos últimos e únicos refúgios que sobraram no centro de São Paulo para minha tribo ou laia, após o vagalhão que sobre nós se abateu ( leia a parte um deste título, datada de 15 de fevereiro último, para entender ou reavivar a memória), mudará de endereço em breve, pois tornou-se mais uma vítima da especulação imobiliária (malditos corretores! especuladores imobiliários escrotos: morram todos, em meio às piores torturas!).
Felizmente, esse antro não fechará as portas, somente mudará para o outro lado da rua.
A normalidade e o vazio querem nos vencer, mas nunca conseguirão.

Saudações noturnas e  cafajestes