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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

É meu, ninguém põe a mão!Meu, meu, meu, meu!!!!!!!!! manhê, tem uma moça má querendo usar meu brinquedinho!!!

Caros leitores, o relato abaixo é verídico da primeira à última letra. Nomes foram omitidos e pouquíssimos detalhes alterados, apenas isso. Esse texto é mais uma prova que a realidade, sempre, consegue ser mais medonha e neste caso, revoltante, que a mais pirada ficção. Leiam e tenham uma torção no estômago de asco, como eu tive...    

O show  não teve auge, foi, isso sim, todo um auge de celebração do puro heavy metal. O bar/porão de rock  está impregnado da energia que aqueles ensandecidos exalaram com tanta entrega e paixão para o público que respondeu à altura: cabeças cabeludas bangeavam alucinadas, rodas de trombadas e encontrões, casais atracam-se nas paredes, lembrando que a conexão rock e sexo é inescapável. Tudo  intenso, rápido, feroz. 
O baixista e vocalista anuncia um intervalo e que dentro de meia hora retornam para o segundo e definitivo ataque. Assim que ele termina o anúncio,  uma garota alta, de cabelos negros que emitem brilho azulado, pele alva e corpo perfeito como só as musas roqueiras exibem, se apóia na beirada do palco e  assim se aproxima do guitarrista solo, um sujeito tão fissurado na música, em seu instrumento e em despejar uma avalanche de sons que para ele os suspiros e gritinhos das menininhas cujas entranhas genitais estão alagadas por ele não existem. No palco, só importa ele e a guitarra, nada mais. A platéia é a platéia, com quem troca energia e devoção ao metal, ele está ali para isso, não para  conseguir favores sexuais com as "rampeiras do metal", como uma certa pessoa diz a ele com frequência enervante.
A garota faz sinal para ele e  pede uma palheta de recordação, pois, nas palavras dela,  gostara muito da apresentação deles, é musicista e sabia reconhecer algo muito raro: um grupo que sabia tocar com fúria e técnica unidas para formarem um todo devastador e não disputarem espaço na performance e composições do grupo.
Ele agradece e puxa uma palheta do bolso, e eis que todos os presentes descobrem que estavam errados: o auge da loucura, ataque e violência daquela noite, naquele buraco sagrado do rock de São Paulo, não ocorreria no palco e não seria figurado, ele seria bem real e físico e ocorreria na pista,  pois uma criatura totalmente descontrolada e histérica, outra garota morena, quase tão bela e atraente quanto a musicista, surge de um canto do palco e aos berros escorraça a " vagabunda" e ordena ao guitarrista, seu namorado, que nada dê a ela, àquela "vadia", que argumenta, diz que quer apenas uma palheta, que também é guitarrista, tinha percebido que ele estava acompanhado e que jamais daria em cima de um cara com namorada. Nesse momento todos já cercam o palco e acompanham a cena, apreensivos, farejando a encrenca.
A resposta da namorada ultrajada por uma vaca qualquer que ousou dirigir-se a seu, seu, seu, única e exclusivamente seu namorado é imediata: ela apanha uma garrafa vazia do chão e golpeia aquela descarada na testa com todo o ódio e força que uma menininha de verdade, que uma criança adulta na forma de mulher deve desferir, para proteger sua propriedade, seu homem, seu varão, seu futuro provedor e pai de sua sonhada prole. 
O sangue jorra, a confusão se instala, a gritaria é total. 
A garota que estava certa, pois defender sua propriedade e a fidelidade conjugal sempre está certo, não importam as consequências, recebe mil e uma ameaças dos amigos da puta descarada, que ainda tem a ousadia de se aproximar e com voz incrivelmente calma afirmar que amanhã à noite terá de tocar em outro bar de rock com a testa costurada e enfaixada por conta do ciúme doentio da outra e que, reitera, só queria uma lembrança de músico para músico, que admirou a técnica e habilidade dele, não seu corpo ou rosto.
A mulher de verdade rosna um pedido de desculpas falso e débil e recebe mais ameaças dos acompanhantes da vaca metaleira, antes que eles saiam porta afora em busca de um hospital, enquanto este sujeitinho, que acompanhou toda a experiência noturna, estava num canto, quieto, meditando para chegar, pela bilionésima vez em sua vida de canalha baixo e vil, à conclusão que o restante da humanidade rastejante parece negar até o fim, por mais que ataque, morda e dilacere suas consciências e vidinhas desprezíveis:
Até quando vão defender com unhas, dentes e garrafas essa ideia natimorta de fidelidade conjugal, de monogamia, de que o seu é apenas seu, quando vão acordar que esse conceito herdado do período tribal, pré-urbano, pré-tudo da história já está mais que podre e que praticá-lo como essa garotinha que se julga uma mulher o faz só pode dar nisso?

Saudações canalhas e cafajestes      

domingo, 17 de novembro de 2013

Texto curto, mas nada fútil nem inútil

Uma amiga muito especial e querida e uma das melhores frasistas que já conheci, há algum tempo fez uma espécie de prece mundana para este ser baixo e vil, um pedido de proteção insólito, tão sincero e preciso que me pergunto porque não a postei antes nesta tranqueira:

"que os anjos e demônios da noite estejam sempre com você, não importa aonde for. "

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sinal dos tempos



Há tempos, muito tempo, reparei que as mulheres, no afã de se "liberarem", na busca por "igualdade" (as aspas não expressam oposição a essa busca. Apenas buscam lembrar que na esmagadora, quase absoluta e total maioria, elas não se liberaram nem alcançaram igualdade, que essa empresa é louvável mas muito longe de terminar, muito discurso e pouquíssima prática), adotaram e adotam mais e mais os piores e mais desprezíveis comportamentos e atitudes masculinas. E um dos péssimos hábitos masculinos que as mulheres adotam em escala cada vez maior é apelar para uma fala decorada, fácil de ser desmontada, sem criatividade ou calor, que quando dita por um homem recebe das mulheres a já clássica resposta “você diz isso para todo mundo!” Explico-me: enquanto nós homens usávamos as mesmas cantadas, os mesmos elogios e as mulheres mais espertas nos pilhavam em nossa falta de criatividade e abuso de cara de pau, disparando “você diz isso para todas!”, as mulheres, principalmente as mais jovens, ao que reparei, adotam exatamente a mesma fala para dispensar os homens, um após o outro, para se recusar a ceder seus favores amorosos, adotando a mesma falta de criatividade e  de classe masculinas, o que é deplorável.
Flagrei isso recentemente: abordei uma garota na flor da idade, que após me alvejar com olhares e sorrisos, desfilou com este crápula que vos escreve para lá e para cá num certo ponto da noite paulistana, conhecidíssimo, de mãozinhas dadas e tal... Mas quando o instinto falou mais alto e ele partiu para o ataque recebeu uma resposta negativa ensaiada, tão bem ensaiada que após ver a mesma mocinha, no decorrer da noite, desfilando com outros otários, um após o outro, este sujeito não se conteve e perguntou a um deles como foi sua frustrada tentativa, o que ocorreu de errado e principalmente, o que ela disse.
Os caros leitores não se surpreenderão em saber que ela disse as mesmas e exatas palavras a nós dois e sabe-se a quantos mais naquele período de poucas horas. Rimos, nos desejamos boa sorte e seguimos nosso rumo na noite.
Ah, sim, antes de abandonar a pobre mocinha na rua da amargura, respondi a ela no meio de um sorriso nervoso: “você diz isso para todos!”

Saudações noturnas e cafajestes    
     
       

sábado, 7 de setembro de 2013

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XXXIX

"É claro que o homem é fiel: amamos um único time de futebol durante toda a vida!"

Pérola do mais novo colaborador desta tranqueira, que desfaz uma calúnia aparentemente eterna que se afirma contra nós homens. 

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XXXVIII

"O homem faz coisas para obter sexo,
 A mulher faz sexo para obter coisas." 

Do mais novo colaborador desta tranqueira, Grão-Sacerdote Supremo da Ordem Noturna dos Putanheiros.

Salve!