Porta de um bar nas imediações da Estação da Luz.
Prosaico? Sim. Mas também pitoresco e interessante?
Sem dúvida.
Porta de um bar nas imediações da Estação da Luz.
Prosaico? Sim. Mas também pitoresco e interessante?
Sem dúvida.
Cartaz fixado em uma parede interna de um bar qualquer na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, Centro/região da Avenida Paulista.
Saudações canalhas e cafajestes
Quando eu tinha 12, 13 anos ficava a olhar as luzes do Centro de São Paulo e da
avenida Paulista
nos terraços e quintais nas partes altas da minha periferia natal, em noites frias e noites quentes, todas escuras mas pontuadas de luzes. E eu sentia o
chamado da noite vibrando na minha carne, foram as primeiras vezes que
eu senti esse chamado, o mistério, o fervor do desejo, eram o meu corpo e a
cidade se fundindo e eu senti a energia desprendida por esta fusão me
atormentar e me dominar e ainda a sinto.
Nós caímos na vida, cometemos excessos e fazemos coisas que porventura chateiam e magoam a quem amamos justamente para afirmar e fortalecer nosso amor por essas pessoas amadas: a vida verdadeira alimenta a vida que vivemos.
Não peçam explicações, sequer ousem considerar a possibilidade!
"O orgasmo alcançado por meio do intercurso sexual com uma mulher, por meio de penetrar e desbravar o universo que é o sexo de uma bela dama, é o único meio do macho comum conseguir alguma iluminação cósmica e superar, mesmo que brevemente, sua triste e patética condição"
Texto que estava guardado há quase uma década, de autoria deste escriba, que, segundo a anotação na própria folha(verso de uma nota fiscal), foi redigido em uma noite de bebedeira solitária e graças a uma bela coincidência, sem dúvida tramada pelos deuses e entidades protetoras dos canalhas e cafajestes, reapareceu, durante uma arrumação, exatamente quando este sujeitinho sofria com falta de material/relatos para postar nesta tranqueira.
Saudações canalhas e cafajestes
Luciano de Samósata foi um dos grandes autores da antiguidade clássica e por tabela, portanto, de toda a humanidade. O cara deixou uma obra em que as falhas de nós humanos, nossas hipocrisias, vaidades, vícios e ridículos são pulverizados sem misericórdia: ricos, poderosos, pessoas comuns, sacerdotes, filósofos, ninguém escapou da verve implacável desse gênio.
Pois bem, caros leitores, apesar de saber da existência dessa obra desde a adolescência, só recentemente mergulhei de cabeça nela. E no estudo introdutório da joia que estou a ler, Diálogo dos Mortos, há uma catalogação de toda sua produção. Pois a sinopse de uma delas me chamou a atenção de imediato: a novela picaresca O Asno.
Acompanhem a história: Lúcio de Pratas, por acidente de sua escrava, é transformado em asno e vive várias aventuras, inclusive ser objeto da paixão de uma mulher muito rica(!). No entanto, ele consegue recuperar a forma humana. Pois não é que a mulher, ao saber que ele não mais era um burro, o rejeitou???!!
Caros leitores, precisa explicar a moral dessa história imortal e tão profunda??
Saudações canalhas e cafajestes