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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Sentimento de várias das últimas noites

“Sempre preparado para o fim, quando ele veio me pegou de surpresa.”

Charles Bukowski

Há poucas semanas, confirmei, por um amigo que não via há tempos,  o que tinha percebido há meses: um notório bar, típico pé sujo do Centro, que muito frequentei e foi importante, um marco em período repleto de acontecimentos e alegrias da minha vidinha, fechou em definitivo. Esse boteco compareceu em muitas postagens desta tranqueira, sendo que as últimas lamentavam a triste decadência que viveu, provocada exclusivamente por seu proprietário, que permitiu que o tráfico de drogas – feito por marginaizinhos dos mais baixos! – e a consequente violência grassassem na porta e às vezes no interior do seu estabelecimento sem pudores, em troca de uma porcentagem dos negócios ali fechados.  A coisa ficou tão brava que toda turma da qual eu era membro notório debandou e nunca mais lá foi ou sequer se aproximou. Bem, conversando com outro amigo, que também não via há um bom tempo ­– e que muito frequentou este bar comigo – percebemos que o fim desse lugar marca o fim de um período, de um certo movimento humano de um grupo social no Centro; a conversa fluiu e lembramos do fim de outro estabelecimento, também situado no Centro, que também frequentamos. Este outro não era um bar, mas sim uma casa noturna de rock, das mais ‘underground’ (ô palavrinha desgastada!), sujas, fuleiras – exatamente como gostamos – e que também foi cenário de muitas postagens por aqui. E durante a conversa lembramos de uma postagem que serviu de elegia a esta casa noturna, feita em 2012, e da qual repito a música tema e a citação do Velho Safado para a elegia a este outro buraco, em que tantas experiências vivemos.     


 

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Texto muito fútil e inútil e (um pouco) cômico

 

No início do ano encontrei um amigo de muito tempo; não nos víamos há vários meses, assim, a conversa canalha, regada a muito café, rendeu bastante; a série interna que estreou semana passada, inclusive, é levemente baseada - com muitas invenções e alterações, claro - em vivências dele, que me relatou.  
Em dado momento da conversa, puro desfile de abobrinhas, bobagens e piadas idiotas, especulamos um lado B ou versão alternativa do Noites Cafajestes, quase um negativo em um universo paralelo: Um lado do Noites fofis, o lado romântico e ursinho carinhoso do autor; ele propôs a empreitada ao constatar como este escriba se refere de modo todo doce à mulher com a qual atualmente tem um relacionamento, ah, digamos, regular.
O que os leitores acham da ideia? Cartas à redação, mas por obséquio, moderem os termos parao magoar o ursinho... Ha ha ha!

Saudações canalhas e cafajestes

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Os segredos de Valêncio

Esta postagem é a primeira de uma novidade no blog:uma série que contará a história de um sujeito, de um canalha que perverteu o termo, tão sem limites e escroto foi durante sua vida. Esta é uma história que pode ter sido baseada em pessoas e fatos reais; o escriba desta tranqueira não confirmará ou não, cabe aos leitores imaginar e talvez descobrir...

Por hora, vamos apenas apresentar nosso protagonista.

Valêncio, desde muito cedo, ainda criança, mostrou-se uma manifestação bruta da macheza violenta e sem limites: era o menino valentão que brigava com todos, o praticante de bullying que criava e cometia as perseguições mais cruéis contra os tímidos e fracos; quando chegou à  adolescência atraiu um séquito de admiradores e puxa-sacos e os suspiros das meninas: o pegador, o comedor, e que, claro, se gabava disso para tudo e todos, a ponto de até os outros meninos encrequeiros e mulherengos do bairro e da escola logo não suportarem mais sua mania de contar vantagem pra cima deles: ninguém se equiparava a ele, todos eram frouxos e covardes, Valêncio era o único macho de verdade da área e ponto! Para ele, ser homem era uma contínua expressão de brutalidade e mais nada.

Ele acreditou nisso tanto, viveu em função disso a tal ponto que chegou o dia em que realizou a proeza máxima de sua cafajestice: roubou a mulher de seu irmão. 

Continua daqui a algumas semanas.    

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Pequena joia da sabedoria e cultura populares

Encontrei a imagem no perfil de um conhecido; ele não sabia do que se tratava - livro, disco, cordel, o que fosse - mas tal como eu, achou interesantíssimo. Uma pesquisa no grande oráculo desta era revelou uma única referência: trata-se de um disco de frevo (!), lançado em 1978. Não tive o menor interesse em ouvir a obra musical, a ilustração da capa é que importa, uma pérola que merece pontuar nesta tranqueira, tamanhas a sabedoria, expressividade e simplicidade reunidas. 

 


    

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - CXXXIV

 "Vou fazer 40, com carinha de 30 e coração de 50."

Pensamento de uma colega de copo; apesar de estar muito perto dos 50, assino embaixo essa peça de sagacidade, pois a sensação de enfado, farto da humanidade, é a mesma!


sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Uma história de terror em pouquíssimas palavras Ou: sempre se aprende algo novo!

Há alguns dias, este sujeitinho estava praticando um de seus passatempos favoritos: entrar em um sebo no Centro da cidade e fuçar a esmo, olhar e olhar as estantes sem buscar alguma obra definida, apenas pelo prazer de folhear livros e eventualmente (quase sempre) encontrar alguma joia, algum ótimo título esquecido. 

Pois lá estava eu, em uma ensolarada tarde, fazendo isso no estabelecimento de propriedade de alguns conhecidos, quando, movido por algum impulso obscuro, puxei um exemplar velho, maltratado (mais de setenta anos de idade, segundo estava impresso!) de uma certa coletânea de 'figuras lendárias e vultos de Minas Gerais' ou algo assim. Confesso que não sei o que me levou a empunhar aquele combalido tomo, que passei a folhear como se buscando algo. Eis que topo com um folheto entre as páginas, desfraldo o impresso e topo com isto:


Caros leitores, fiquei pasmo, li essa página acima várias vezes, mostrei ao balconista e um dos donos presentes, que ficaram tão estupefatos como eu: bodas de urânio?! Setenta anos casado(a) com a mesma pessoa?! E ainda se comemora isso na igreja principal da cidade? (não vou citar qual, uma do interior de Minas). 

Nunca tinha ouvido falar de tal categoria de bodas, de tal comemoração. Passado algum tempo, após o folheto ir de mão em mão, disparei:

- Já sei porque 'bodas de urânio'! Após setenta anos juntos, o relacionamento se tornou tão nocivo e tóxico que passou a radioativo, daí o nome! - E caímos todos na gargalhada. 

Porém, após fotografar o impresso, para incluir a imagem em uma postagem aqui nesta tranqueira (ideia que me ocorreu de imediato, é claro) pus me a pensar mais um pouco e cheguei à conclusão que essa capa, essa apresentação acima, pode e deve ser lida como também um conto de terror muito breve. Setenta anos de vida conjugal, certamente seguindo ou fingindo seguir as regras da maldita família tradicional brasileira?? Um conto de terror dos mais pesados e macabros em pouquíssimas palavras!

Saudações canalhas e cafajestes    

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Instantâneos da cidade - XXV


Escrito encontrado em um muro no bairro da Pompéia.

Saudações canalhas e cafajestes