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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Homenagem

  O dia existe e é comemorado, apesar do silêncio que nossa sociedade hipócrita ergue ao redor dele e das homenageadas.Sim, hoje é o Dia da Prostituta, essa santa mulher (maiúsculas mais que propositais e merecidas, nenhuma ironia ou sarcasmo no adjetivo) que mantém a ordem social, sexual e principalmente  a falida ordem marital de pé há milênios. Como não conseguei escrever nada digno de publicação, tamanha é minha emoção e respeito por elas, publico o texto que o Xico Sá postou hoje mesmo, em seu blog (http://xicosa.folha.blog.uol.com.br), acrescentando, logo abaixo do próprio, uma humilde tentativa de resposta à pergunta que fecha sua obra literária.

A difícil vida fácil -o dia das profissionais

Comemora-se hoje, 02 de junho, o Dia Internacional das Prostitutas. Todo respeito é pouco. Para mim é quase como se fosse o próprio Dia das Mães, tamanha a milhagem de colos macios que elas me deram.
No passado, era o meu verdadeiro e único dia dos namorados. E continua sendo para muita gente.
Nos momentos de angústia nos socorreram; nas quaresmas dos desertos sexuais foram boas Madalenas, não quiseram saber de origem, sobrenome, títulos, passageiras glórias.
Sim, tudo bem, hoje, na versão 2.0., se apresentam como garotas de programa, blogueiras como este cronista que vos roda a bolsinha on line, elas são mais objetivas e menos generosas. não importa.
Nos bataclãs baianos, nos lupanares, nas casas da luz vermelha das moças vocacionadas ou na onda moderna, como as admiro. Como são importantes para o equilíbrio do planeta, como lubrificam as engrenagens do desejo.
Com elas, não tem essa história do processo burguês da cantada e tampouco a hipocrisia dos consórcios matrimoniais dos pombinhos. O contrato social, caro Rousseau, é claro, direto, limpo.
Hoje é, com toda a dignidade do mundo, o dia da mais antiga das profissões. Prostitutas, secretárias da calçada, quengas, raparigas, garotas de programa, michês, rariús, profissas, moças da vida fácil, putas...
Rariú, amigos, é uma forma sonora sincopada de “who are you?”, com origem, óbvio, nas tentativas de comunicação entre gringos e nativas.
Não importanta a denominação. Hoje é o dia delas. Brindemos.
Seja no Red Light District de Amsterdã, no mangue carioca, na rua Augusta, na casa da Carmén (Porto Alegre), na Beth Cuscuz (Teresina) e no Borbulhas de Amor (Juazeiro do Norte).
Sem se falar no Recife, minha educação sentimental, onde reinaram o Aritana, a rua da Guia, a Rio Branco e as mais incríveis meninas que amavam Buñuel e viam filmes de arte no cine Moderno. Luxúria completa.
Parabéns, moças, das calouras às bravas senhoras do parque da Luz, em SP, sinceros cumprimentos. Das luxuosas do New Sagitarius em BH à viração do Ladylaura, vizinho da estação ferroviária lá do Crato.
A melhor comemoração, porém, acontece no centro de João Pessoa, a Paraíba sempre na vanguarda da crônica de costumes. Hoje tem a 5ª Corrida da Calcinha. Um carnaval com profissionais e amadores, homens e mulheres, todos com uma provocante peça na cabeça, como touca. É ali na rua da Areia, perto do centro histórico. 
E fica uma pergunta: por que os homens, mesmo os que têm mulheres incríveis, mulheres maravilhosas, procuram as prostitutas ou garotas de programa? É uma pergunta tão antiga quanto a humanidade.
O viciado Jack Nicholson, o velho lobo do cinema, é, declaradamente um desses marmanjos. Pode ficar com infinitas amadoras, mas se derrete mesmo é com as profissas.
Parabéns a todas!

Caro Xico, porque são as mulheres mais honestas e diretas que existem, e porque precisamos delas para realmente nos encontrarmos com nossa essência de machos e canalhas!

Saudações canalhas e cafajestes, desligando para sair para a cidade e a noite, com intenções de comemorar o Dia das Prostitutas da forma adequada. 
 

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