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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Serviço de utilidade pública - fiquem longe dessa birosca!!





Há poucas semanas arrisquei retornar a um ponto que frequentei com certa assiduidade há uns anos. Trata-se, digamos, de uma casa de lanches e bar, situada nos inícios da concentração roqueira no Bixiga, ou seja, a velha 13 de maio (aliás, não compareço aos pontos de rock do pedaço já há anos, irritantes de tão decadentes e dominados pelos boyzinhos "roqueiros"), ponto utilizado pelo povinho que assola a rua como 'esquenta' antes de adentrar os botecos travestidos de casas de shows, uso que eu e alguns companheiros de noitadas também praticamos, nesses idos tempos.
Aportamos no boteco-lanchonete para nos abastecer de cerveja e continuar nossa via-nada-sacra noite afora. Nossa estada ali seria breve, tomar uma ou duas garrafas e seguir. E foi, porém mais do que nós mesmos estipuláramos...
Um de nós teve um, digamos, desarranjo estomacal, que já se anunciava pelo menos meia hora antes, lá nos baixios do Anhangabaú: uma vez recostados iniciamos o entornar dos copos. Eis que meu amigo, mal verte o primeiro gole da cerveja no máximo razoável disponível, dispara para o banheiro do antro, sua face exibindo um caleidoscópio de cores assustadoras. Um, dois, três minutos se passam e nada. Um de nós se ergue para descobrir seu paradeiro, quando o dono do muquifo irrompe, disparando impropérios e reclamações sobre a sujeira feita por nosso amigo e que "aquilo não ia ficar assim, pois para piorar estavam sem fornecimento de água e não dava para limpar a sujeira" (!!!).
Mantivemos a calma e frieza, amparamos nosso amigo - obviamente muito mais refeito - ouvimos as queixas do sujeito, pedimos desculpas o quanto foi possível, sem perder a linha, e concordamos em deixar uns trocados extras, para cobrir os custos de limpar a ignomínia que nosso amigo teria deixado no já infecto banheiro.  E partimos, seguros e de cabeça alta.
Os leitores podem questionar este sujeito de visão de mundo e ações um tanto torpes, tapadas mesmo, e que: 1) o dono do bar estava certo: não tem nada que limpar jato de rejeitos digestivos (gostaram do eufemismo para vômito?) que metaleiro bêbado espalha no banheiro de seu estabelecimento; 2) fez um relatozinho banal, hein, AlexB? Isso lá é suficiente para uma postagem mais ou menos longa e condenar a casa?
Caros leitores, o segredo a ser revelado que ao menos explica o teor ralo desta postagem: não foi a primeira vez que tive uma certa tensão com o proprietário: poucos meses antes, lá pelos meados de 2014, parei no lugar com outras pessoas, para nos abastecermos de algum alimento sólido, antes de nos encharcamos de álcool, como programado. Para lá fomos por sugestão e insistência minha, pois nos tempos em que frequentava, sempre fora bem atendido e os pratos rápidos eram corretos e satisfatórios. Pois esse retorno, em 2014, foi uma decepção: pedimos as esfihas e cerveja. Esperamos, esperamos, esperamos e nada. Ao ser interpelado de modo cortês e educado (nenhuma ironia aqui, trecho absolutamente sério, sei muito bem ser um cavalheiro bastante civilizado, quando a situação pede), o dono nos encarou, grunhiu algo e pouco depois meio que jogou os pedidos na mesa. Pus isso na conta de uma noite problemática com clientes arruaceiros, brigas com a esposa baranga que se recusava a conceder uma simples chupadinha, algo assim. E dei mais uma chance ao lugar e ao sujeito, que mostraram não merecê-la: tivesse nos abordado de modo mais calmo, após encontrar o estrago que nosso amigo cometeu, aceitaríamos sua queixa e certamente não cuidaríamos de difamar o "nobre" local. 
Portanto, passo a sugestão: fiquem longe de um lugar que subitamente passou a tratar os apreciadores de rock e cerveja que o frequentam e sustentam como cães vira-latas. Qual o nome do antro e sua localização?  Início da 13 de maio, defronte os bares de rock, esfihas, cerveja... São necessárias mais indicações?
Por fim, um pensamento um tanto bukowskiano, surgido durante a redação deste textinho fútil, inútil, mas não curto:
Bar do centro que não é compreensivo e solidário com os excessos dos notívagos não merece ser frequentado por nós!   

Saudações canalhas e cafajestes

P.S. : constrangedores erros de gramática e digitação corrigidos.
 

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