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sábado, 13 de abril de 2024

Anjo da noite (não, não é aquele filmeco de vampiros e lobisomens!)

 No fim do ano passado, foi dado o anúncio: uma lendária banda do rock nacional dos anos 80 faria um show, em fevereiro seguinte (ou seja, fevereiro que passou) para comemorar seus quarenta anos de fundação, com a formação original e o evento aconteceria no porão favorito deste sujeitinho.      

Ah! Claro que comprei mais que depressa o ingresso. Não me alongarei sobre a apresentação, uma catarse para cinquentões como eu, que lotavam o ambiente, ao lado de gente mais jovem e bem mais jovem. Finda a apresentação, meu plano era se dirigir para meu bar favorito na rua Angústia, como já tinha aliás combinado com os bebuns e as bebuns de sempre que pontuam lá.      

Mas, ao passar pela pista, o porão propriamente dito, fui imediatamente capturado pela música que lá tocava e fui ficando. Quando dei por mim, já era quase meia-noite. Chamei um carro e zarpei.     

Assim que pus os pés no bar, uma amiga e ficante eventual e um dos membros masculinos da elite dos bêbados do local correram a mim e dispararam:       

- Alex, você chegou na hora certa! Se livrou de uma!               

- Do que estão falando? - Fiz a pergunta óbvia.         

E relataram que uma criatura, uma mala do sexo feminino, que já baixara por lá antes, tinha aparecido por lá umas horas antes, já embriagada, perguntando por mim, dizendo que me adorava, estava louca de saudades.... Bem, caros leitores, já me agarrei com essa moçoila umas vezes antes e caí fora ao sentir o pesado cheiro de encrenca, de chave de cadeia (claro, esse pequeno lance/romance patético foi devidamente relatado aqui nesta tranqueira).          

Daí, fizeram a grande revelação, que me causou arrepios e alívio ao mesmo tempo: apesar de tentarem despistar, dizer que eu não aparecia lá há muito tempo (ah, os amigos de verdade!), ela insistiu em esperar, sempre me chamando e me exaltando (arghhh), até que se cansou e foi embora, CERCA DE DEZ MINUTOS ANTES DE EU CHEGAR.        

Silenciosamente, agradeci não aos céus, ao inferno, ao que fosse de místico ou sobrenatural, mas sim ao talento do dj que estava comandando a mesa da pista da casa noturna e me reteve lá por quase uma hora, deleitando-se com as pérolas que disparava uma após a outra.      

Mais um corte, para o final desta cômica história noturna vivida por um homem ridículo:      

Semanas depois, retornei ao porão e saí a perguntar quem era o dj que comandou a música na pista daquela noite. Pois ele estava lá, o abordei e relatei a história. Ele e os dois funcionários ao lado riram muito, fiz questão de pagar uma bebida para ele e dizer: - você, sem saber, salvou minha vida!     

E um dos funcionários soltou a pérola: - 'X', o anjo da noite!                                                                                                                                                                                                                                             Saudações canalhas e cafajestes                     

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