E de repente, o cinquentão (levado por amigos cinquentões como ele) vai parar em uma 'novidade', uma casa noturna de rock recém-aberta nas proximidades do Centro, não muito longe de sua residência; uma casa noturna 'moderna' frequentada principalmente por jovens e modernosos. E lá o cinquentão logo se vê trocando olhares e falas maliciosas com uma moçoila mais jovem que ele (bem, para um sujeito como ele, uma mulher de trinta e poucos anos já pode ser considerada quase uma 'novinha!), paga uma bebida para ela e logo estão se atracando no balcão. Como bom canalha que não perde oportunidades, ele não dá a mínima para ela estar um pouco alterada. E mais tarde, uma amiga da moçoila pede para você 'cuidar um pouco dela, pois "misturou substâncias" e está um pouco mal. E em seguida você está sentado em uma mesinha de ferro em uma saleta semiescura, ao som de rock tosco e energético, tentando acompanhar a conversa cada vez mais desconexa de uma mulher cada vez mais alterada. E você se pega mais uma vez em uma situação que viveu muito nos vinte e poucos anos e que se repetiu nas década seguintes de sua vida, com frequência menor, claro; mas você tem a sensação, naquele momento, que o tempo não passou, que você não envelheceu e que a vida pode ser surpreendente, inesperada e deliciosa, quando menos esperamos.
Saudações canalhas e cafajestes
E a tal mulher "ligeiramente alterada", foi devidamente traçada?
ResponderExcluirRs rs rs...leia atentamente!
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