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domingo, 17 de outubro de 2010

Saturday night feeling

Modern Day Delilah lyrics
[Verse]
I still remember when I saw your face across the room
Told me to take you but the price of love would seal my doom

[Pre-Chorus]
I know the way you made the others break
But loving me would be your first mistake

[Chorus]
Same old way, same old ways
Modern Day Delilah
Each time you learn to give
Queen to slave
Modern Day Delilah

Listen

[Verse]
You lived your glory in a liars haze you called the truth
The same old story of a social plan from wasted youth

[Pre-Chorus]
You thought that you could bring me to my knees
But whos the one whos crying baby please

[Chorus]
Same old way, same old ways
Modern Day Delilah
Each time you learn to give
Queen to slave
Modern Day Delilah

[Bridge]
Just like the trigger of a loaded gun
You were the reason for the damage done
Too many lovers like a hunters prey
Not today

[Solo]

[Pre-Chorus]
I know the way you made the others break
But loving me would be your last mistake
Each time you learn to give

[Chorus]
Same old ways
Modern Day Delilah
Shame, shame, shame on you girl
Queen to slave, come on now
Modern Day Delilah
Yeah, yeah, each time you learn to give
Same old way, same old ways
Not today
Delilah
Queen to slave, loves decayed
Delilah

sábado, 16 de outubro de 2010

Homenagem

   Acabo de chegar a minha casa, ligo o computador para olhar e-mails e portal de notícias antes dos devidos preparativos e rituais para mergulhar na noite e me deparo com péssima notícia, das piores em muito tempo: faleceu o grande José Ângelo Gaiarsa, o maior pensador libertário que este paiseco, centro mundial da hipocrisia e do falso-moralismo, já teve. Não me alongarei em tecer loas e descrever a  obra desse herói, desse gênio, que apontou armas e mais armas, devidamente carregadas e preparadas, contra esse câncer, essa desgraça, essa maldição, essa maldita e abominável fonte de neurose, sofrimento e abuso que é a família-burgueso-cristã, tão defendida e seguida à risca por nossos papais de família decentes que durante o dia zelam pela retidão moral dos filhos e da sociedade e durante a noite se acabam nos dotes dos travestis, e pelas mamães de família e senhoras solteironas que abafam suas frustrações e desejos carnais ora sorvendo os líquidos produzidos pelas vaginas das sobrinhas e empregadas, ora se deliciando com as secreções dos sobrinhos e subalternos.
   Gaiarsa disparou até o fim contra essa instituição abjeta e podre, que já deveria estar enterrada bem fundo, para seu odor pestilento não incomodar mais àqueles que querem se libertar de todo o mal e obtusidade que ela causou e ainda causa.
   Se querem realmente conhecer a obra dele e crescerem como seres humanos, viverem uma vida plena, sem as ridículas amarras morais que a cultura judaico-cristã nos impige há milênios, leiam sua extensa obra e tentem aplicá-la a suas vidas. Ah, sim,um aviso: antes que alguém, algum desfensor das minorias ou ativista peça meu IP e endereço ao Blogger para me processar, aviso que não sou anti-semita,anti-judeu, nada disso: sou um ateu-libertário-anarquista que vocifera contra um dos elementos formadores da patética cultura ocidental, somente isso.
   Findo aqui essa minúscula homenagem a um dos meus mestres intelectuais, pois quem acompanha este blog há algum tempo sabe  que ele é uma ineficaz e infinitesimal empreitada contra o estrago que os ditos valores familiares e morais fazem em nossos corpos e mentes, e que tudo que ataco aqui, o brutal desentendimento entre homens e mulheres que nos assola e nos massacra, é fruto maligno dessa cultura.
Saudações.
 



terça-feira, 12 de outubro de 2010

Texto bukowskiano Ou: noturnidade sobre o ódio

  Ontem e hoje à noite eu atravessava a principal avenida da cidade, nessa noite de julho em outubro, e enquanto os edíficios, regulares e impassíveis, sólidos e perfeitos passavam por mim, ou eu passava por eles, sua imensidão e regularidade, suas formas geométricas pareciam se fundir com o ar gelado, como se um fosse exalação do outro, como se o ódio que eu sentia e a fria desumanidade que se apossara de mim, um desejo mecânico e desapaixonado de impingir dor, sofrimento e vingança fossem provocados por eles, ou se todos - frio da noite, edifícios de ar inumano, ódio - se fundissem numa só coisa, como se a frieza se tornasse tudo que existe.
   E assim aprendi que a chamada desumanidade, a frieza, ou o "mal" (outra palavra pueril e idiota que abomino por ser tão rasteira, limitada e limitadora) não são a negação do humano, a derrota dos bons sentimentos para o que é mal e oposto à doce e tola teoria do bom e velho Rousseau. Não, este filósofo barato da noite nega tudo isso e afirma: tornar-se um monstro desumano é a última ação desesperada de resistência que é possível para aqueles que não tem outra escolha, que têm diante de si serem destruídos ou destruírem, é um grito desesperado de uma humanidade esmagada. E todos temos de fazer escolhas. 
  Assim, não sejamos obtusos ou moralistas diante dos frios e insensíveis, pois eles são uma forma extremada e incompreensível de humanidade.

Post Scriptum:   esse textinho acima, à primeira leitura parece fugir do tema maior e praticamente único deste blog, a saber, refletir sobre as relações homem versus mulher contemporâneas e detoná-las (as mulheres e as relações), mas adivinhem qual o sexo da criatura que inspirou essa pérola de mediocridade linguística e literária?  

sábado, 2 de outubro de 2010

Mulheres, essas criaturas misteriosas e seus poderes que nos desconcertam

 O grande Chuck postou um texto no seu blog, há poucos dias, em que discorre sobre um tipo de maluca que ele  (e eu) temos grande dom de atrair: esotéricas (exo-histéricas?) que afirmam existir profundas, inescapáveis e magníficas conexõese entre elas e o felizardo que a encontra, que nossos destinos foram traçados nas estrelas e que devemos ficar juntos para todo o sempre (brrrrrrrrrrrrrr) conhecimento esse que lhes foi agraciado por meio de suas conexões cósmicas desenvolvidas via leitura de revistas e livros que são depositários de conhecimentos arcanos e profundos, mas que são encontrados, à venda por bons pares de reais, em qualquer comércio do setor livreiro e via cursos caros ministrados por mestres interessados apenas em espalhar conhecimento e sabedoria, apesar de cobrarem 300 pilas por mês, no mínimo. Bem, essa espécie do bestiário feminino moderno tem um apreço especial por caras como nós, canalhas céticos, curtidos, rodados nas desventuras da vida.
  O parágrafo acima já deixa claro o que penso e como reajo a esse tipo de dama. Como diz um dos meus mestres, o grande Pica Pau de Walter Lantz, " vudu é pra jacu!", no entanto, hoje tive uma experiência pequena mas bem estranha, e pior, a mulher envolvida na situação é ainda mais cética e descrente dos mistérios entre a Terra e o céu do que este que vos escreve.
  A dama em questão é muito, mas muito, muitíssimo importante em minha vida, tanto que nem quero entrar em detalhes, meus amigos que conhecem minha verdadeira identidade sabem quem ela é.
  Infelizmente, por uma dessas maldades da vida estamos separados por alguns milhares de quilômetros, ela atualmente vive em outro continente e nos vemos pouquíssimo.Claro, apesar do amor imenso e sincero que há entre nós, cada um tem uma vida "particular"(ô termozinho besta!), afinal somos feitos de carne e osso, vida que procuramos manter distante do conhecimento do outro e mantemos.
  Hoje nos falamos pelo telefone, como fazemos pelo menos uma vez por semana (sim, a conta anda bem cara...) e ela perguntou, no tom entre jocoso e enciumado com que sempre pergunta, o que ando aprontando, minhas mais recentes aventuras noturno-etílico-sexuais, as quais neguei, é claro. Em seguida, perguntou se eu pretendo viajar durante o feriado de finados, pois tem planos de tomar um avião e vir à Terra Brazilis somente para me ver. Respondi, um tanto espantado, claro que não, pois como ela bem sabe, somente um evento cataclísmico para me tirar de São Paulo e do Centro da cidade. Ela, num tom de deboche desconfiado ainda maior, disse um tradicional "sei" e emendou: " vai saber se você não recebeu um convite para uma viagem imoral, para encontrar uma dessas safadas que pega por aí na casa dela lá no interior, ou algo assim". Fiquei mudo, olhei para o bocal do aparelho tomado por uma expressão de chimpanzé lobotomizado e balbuciei uma negativa. 
  Caros leitores, poucos dias antes, finalmente tinha conseguido falar, via telefone, com uma linda mocinha que mora no interior do Estado e que vem regularmente à São Paulo, sua cidade natal. Conheci-a numa dessas visitas, em um dos meus bares de rock favoritos e logo tivemos, passados poucos minutos, digamos, um contato mais íntimo, após o qual trocamos telefones e juras de novo encontro. Houve alguns desacertos internéticos e telefônicos, mas por fim nos falamos, um bastante empolgado com o outro. E o que a mocinha me disse, ao final? Que quando eu quisesse, poderia visitá-la e ficar na sua casa em São Carlos, onde estuda. Disse isso há dois dias, dois dias antes de minha amada e musa, há algumas horas, soltar tal míssil de esperteza e sagacidade.
   Alguém pode oferecer uma explicação para esse fenônemo que não seja baseada em misticismo, caro ou barato? 
 Saudações canalhas.

sábado, 18 de setembro de 2010

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XI

" Se você quer conhecer sua namorada, case-se com ela; se quer conhecer sua esposa, separe-se dela."

Uma jóia de sabedoria, que me foi transmitida por um amigo de muitos anos, e que eu não encontrava há outros tantos, há pouco.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Raiva

     Olhar para os lados com displicência e naturalidade estudadas, agitar os cabelos e espalhar seu perfume e finalmente parar e olhar para a vítima da vez por uma fração de tempo suficientemente curta para poder negar, mais tarde, que olhou, que jogou charme.
     Ao serem questionadas porque o fazem tanto, com tanta graça e naturalidade, as mulheres sempre afirmam que é parte da natureza delas, que estão apenas expressando seu charme e feminilidade naturais, que após décadas, isto é, séculos e até milênios de repressão, perseguição, preconceitos e tudo mais finalmente têm a liberdade de viver e expressar a sensualidade e o charme e se nós homens implicamos com isso somos uns machistas, ignorantes, grosseiros, uns ogros malditos e que se levamos isso a sério e imaginamos que querem algo com nós ogros, canalhas, cafajestes, estamos imaginando coisas ou sendo inconvenientes e atirados...
     E ao abordá-la, o imbecil capturado com tanta facilidade por truques tão antigos e eficientes, muitas e muitas vezes recebe como resposta uma cara de virgem inocente atacada por estuprador demente, uma negação veemente de que olhou ou flertou, quando não a clássica " eu tenho namorado".
    Por que tanta raiva expressa na ladainha acima? Porque, mais uma vez, esse tão prosaico, eterno, mas muitas vezes enlouquecedor e revoltante joguinho, me apanhou, no último fim de semana. Não soube o nome da inocente menina que incomodei com minha desprezível e animalesca busca por companhia, beijos e sexo. Se o soubesse, o poria aqui, com as devidas homenagens. Mas soube (e me lembrei em seguida, enquanto virava a bebida garganta abaixo e curtia a fúria) o nome de outra moça, com quem travei contato, no mesmo  local, semanas antes: a você, cara Sarah(sim, é o nome verdadeiro),  linda mocinha de traços orientais, meus agradecimentos e  meu deslumbre, por ser o que tão poucas garotas jovens como você nesses tempos de desencontro e desentendimento são: decente, sem perfídias, admitir que gostou de mim quando cruzamos olhares, mas também admitir que foi engolfada pela noite e seus acasos e que quando eu a reencontrei era tarde demais, já estava envolvida por outro. Também espero que um dia nos vejamos de novo, em ocasião mais propícia, em que os beijos não serão jogados ao léu.

sábado, 4 de setembro de 2010

Os que contabilizam mulheres ( mais um da série texto fútil e inútil)

    Uma noites dessas, eu e meu amigo canalha, o parceiro de jornadas noturnas fornecedor número um de frases para esta tranqueira, estávamos em um bar de rock qualquer (sim, não direi o nome do recinto, pois seria uma pista para saber quem somos), no bulício da caça às fêmeas. No intervalo da ação, conversamos sobre as abobrinhas de sempre e, não perguntem porque, a conversa caiu nesses sujeitos que mantém listas, controle, contabilidade de quantas mulheres comeram ou apenas ficaram, o que fizeram com elas etc. Lembramos de um tipo que conhecemos há muito anos, esse era um verdadeiro artesão da coisa: além de manter um caderno (era pré-excel e internet) com nomes de todas que, digamos, "derrubou", dava nota à performance da moçoila...
    Bem, e daí?  Cada um emitiu sua opinião sobre a coisa e lembrei de anotar o assunto, para transformá-lo em postagem do Noites Cafajestes. Pedi papel e caneta para minha musa e pseudo-confidente que labuta no recinto, a deliciosa e famigerada n.19 (desistam de explicações sobre isso!!!) e fiz o rascunho que deu origem a essa postagem.
   Minha opinião sobre esse tipo de homem não é muito generosa, pelo contrário - e meu amigo é uma exceção ao tipo, cumpre registrar -  pois, na imensa maioria das vezes esses caras são uns babacas com compulsão de alardear que o registro de mulheres que ele comeu é gigantesco e não pára de crescer, além da compulsão de mostrar a lista ao primeiro tonto que se dispõe a levar ladainha desse tipo a sério, para, é claro, mostrar-se mais macho que todos ao redor.
   Eu,inclusive, durante anos joguei futebol com o provável exemplar supremo dessa raça, um idiota que dizia ter registrado em fotos TODAS as mulheres que comeu na vida e que os álbuns reuniam mais de duas mil  imagens. O mais irritante era o desespero dele em querer mostrar o tal álbum a todos os homens que ele conhecia, fossem amigos ou não. E se o sujeito se recusava ou mostrava desinteresse (como fiz, expressando mais,desprezo) ele revidava afirmando ser inveja de frustrados ... No comments, people.
    A verdade é que a maioria dos homens faz isso ou pensar em fazer, mas minha técnica é, acredito, sui generis: tenho compulsão de apanhar e guardar folhetos, prospectos, flyers, anúncios, ou seja, qualquer coisa de papel de todos os lugares em que adentro com intenções de lá arrebatar uma mulher. Se consigo o intento, até um simples beijinho de despedida após horas, guardo o papel anos afora e sem anotar nada, procuro lembrar que musa conheci/arrebanhei naquela lugar e naquela noite. Já tenho uma pilha incomensurável e acreditem, é muito mais divertido que anotar nome, tipo de beijo, envergadura da bunda, potência de sucção da chupeta, grau de intensidade do olhar de vadia, nível de umidade produzido por centímetro cúbico da xota em uma folha de papel ou arquivo digital.
    Pelo menos uma vez ao ano espalho a massa de celulose no chão de minha sala e me dedico a lembrar quem conheci em tal lugar e noite e o que aconteceu. Acreditem, é muito divertido e estimulante treinar a memória e o ego canalhistíco dessa forma,  pois quando a memória falha e se mistura mulheres com mulheres (nenhuma menção ao lesbianismo aqui, embora eu seja um imenso e taradíssimo fã dele!!), local  com  local as risadas são garantidas. E mulheres, passem a fazer o mesmo, garanto as propriedades desopiladoras dessa babaquice.