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Um verdadeiro guia de comportamento e sabedoria canalhas e cafajestes por R$6,00.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LIII


"O cara é um escravoceta."

Neologismo brilhante forjado por uma mulher jovem, muito vivaz e com grande talento em utilizar as palavras(sim, contribuição feminina a essa tranqueira de cafajestagem). Ex-amante - ela protagonizou algumas postagens, há alguns anos -  tornou-se uma grande amiga.
A moça criou o termo para definir um tipo que a perturba já há algum tempo. Ambos fervem de desejo um  pelo outro, ela já externou com todas as letras, olhares e gestos, que quer muito se entregar a ele, no entanto o sujeito não se define; andou atormentando madrugadas da moça por meio de mensagens eletrônicas carregadas de lascívia; declarou-se a ela por telefone várias vezes, mas não tem coragem de consumar o ato porque, pura e simplesmente...gosta de sua namoradinha e principalmente TEME muito a reação dela caso descubra  a traição. Ohhhh, que 'homenzinho' fofo e admirável, um exemplo de retidão e caráter nestes tempos tão imorais, não acham?
Merece esse termo e outros mais para desancar sua falta de macheza.

Saudações canalhas e cafajestes       

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - LII

"A estética afeta o outro num raio de pelo menos 30 m."

Um amigo que contribuiu pouquíssimo a este blog, mas em todas as ocasiões com verdadeiras pérolas, ao definir como homens e mulheres, quando se interessam um pelo outro, agem e reagem .
Sim, feminazis, feministas que odeiam homens e demais idiotas do tipo: homens e mulheres atraem-se um pelos outros e isso não é machismo, opressão patriarcal, blá blá blá , etc, etc. Vão à merda, como sempre!!!!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Fúria, raiva, indignação, enputecimento

feminazis, femistas, feministas radicais em geral, que odeiam tudo que é parte de relacionamentos heterossexuais:

VÃO SE FODER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
BANDO DE LOUCAS INFELIZES, VADIAS DESPREZÍVEIS, PSICÓTICAS MISERÁVEIS!!!

P.S. : sim, eu uso o 'termo' feminazi; não venha com esse papinho de que 'não existem feminazis', 'o termo é ofensivo', blá blá blá.  Uso justamente porque é ofensivo e porque esse tipo de feminista doentia e irracional deve ser assim chamada.
  

sábado, 5 de setembro de 2015

Cronograma elaborado em guardanapo e mesa de bar

Na última noite de quinta-feira me reuni com meu amigo colaborador mor desta tranqueira, que me convocou por telefone para auxiliá-lo, após nossa labuta diuturna, a resolver um problema de ordem, digamos, crono-logística que o atormentava há dias e para o qual não vislumbrava ou intuía solução; assim, chamou este canalha barato e ébrio, segundo ele, muito versado em resolver questões que envolvem mulheres e como ludibriá-las, enganá-las, acalmá-las e, no caso em questão, agradá-las sem ser reduzido a um títere em suas doces mas mortíferas mãos .
Nos encontramos em um bar obscuro,  discreto e calmo, na Liberdade, o bairro do Centro de São Paulo, na minha modesta porém calejada opinião, mais apropriado a acolher e manter incógnitas reuniões, negociatas e tratativas que outros não devem conhecer.
Bem, o amigo em questão é o protagonista de uma postagem de meses atrás, a que relata ele ter esquecido a data do (perdão pelo palavrão) do seu  finado casamento e que compara esse esquecimento ao oblívio que os protagonistas do livro A Coisa, de Stephen king experimentam ao enfrentar o monstro mais que alienígena que nomeia a obra.  Como descrevi nessa postagem pregressa, esse divorciado exemplar sempre priorizou seus filhos a sua vida amorosa, pagou e ainda paga caro por isso, e este era o tormento a fustigá-lo e o fez me chamar: o feriado máximo desta nação gloriosa se aproxima, na próxima segunda-feira, e ele estava há um bom par de dias revirando horas, datas, calendários, possibilidades, encaixes, esquemas e nada de encontrar um plano de passeios, eventos, de dedicação às pessoas que ama, para os três dias compostos por fim de semana e feriado, plano que contemplasse filhos e namorada, de forma a agradar esta, que ela não se sentisse em segundo plano, desprezada em prol dos filhos,  e que estes recebessem toda a atenção e presença que merecem - convenhamos, a empresa que ele intenta é tal como  encontrar, capturar e manter dócil e submissa uma quimera várias vezes mais horrenda e perigosa que a criatura homônima da mitologia grega!!
Guardanapos de papel e caneta a postos, garrafas e mais garrafas de cerveja entornadas, combina aqui, mexe ali, tenta-se encaixar esse evento após aquele, especula-se o quão namorada ficará possessa se não for visitada nesse ou naquele dia, busca-se, inutilmente, evento em que ela e filhos engendrados com outra fêmea - bons leitores entenderão o que esse trecho significa - poderiam estar todos juntos sem confusões amargas e pesadas advindas de tão perigoso encontro e chegamos a um arranjo,  que ao final da empreitada, homens vividos que somos - leia-se desiludidos e pessimistas -  sabíamos, apesar de nossos pesados e extenuantes esforços, ser provisório, pois uma mudança súbita de humor ou de planos por parte de namorada ou de ex-esposa poria tudo abaixo e geraria uma  'treta' na vida do infeliz digna de ele aportar mais uma vez na mesa do bar e encharcar corpo, consciência e combalida alma de álcool para esquecer sua desdita.
Ao fim da pseudo-noitada encaramos nossa produção de engenharia e num laivo, soltei:
"moral da história: nunca se case e se possível não tenha relacionamentos fixos!"

Abaixo, registro fotográfico de nossa gloriosa produção intelectual (o cronograma do que pode ser o feriado de meu depauperado amigo):



quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Texto fútil, curto, inútil e sincero

Ah, mulheres jovens com pouco menos ou nos vinte anos; meninas, mocinhas, garotas cheias da alegria exuberante, esfuziante e inconsequente da juventude. Que vocês sempre desfilem, brilhem e exultem pelas ruas da cidade, para que, numa situação inesperada, curta e alegre, deem a um tolo qualquer um final de noite que redime o que seria um dia comum e sem vida.

P. S.: não peçam explicações     

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O fodelão bola-murcha do Centro de São Paulo Ou: estudo de caso patético




Um dos tipos mais patéticos, tediosos e dignos de pena que nosso país varonil e sua escrota cultura machista geraram é o típico machão que em rodas de homens, sejam parentes, amigos, conhecidos, colegas de trabalho, companheiros da pelada de fim de semana, etc, sempre, sempre, sempre ostenta relatos em que ele come todas, nunca broxou, jamais termina uma noitada sem 'faturar' uma mulher - sempre muito gostosa, claro - e nunca deixa de desfazer e rebaixar os infelizes e pacientes brindados por suas bravatas. Já identificaram  a espécie cabulosa, relembraram os vários com que toparam? Continuemos.
O último exemplar dessa criatura com que topei é um músico medíocre e metido a rockstar, que frequenta os bares, casas noturnas decrépitas e demais "rolês de rock" do Centro da cidade. Seu
modus operandi para desfiar seus contos fantásticos em que ele sempre é o garanhão que possui a dama (bem, damas é o que há de mais escasso nos buracos que frequentamos, se me entenderam...) consiste em afirmar, sempre que alguma garota conhecida por algum membro da rodinha de papo furado e cerveja em que estamos se aproxima para nos cumprimentar, mal a inocente moçoila se afasta, que 'pegou', 'comeu' a referida garota e perguntar se alguém da roda fez o mesmo. Caso a resposta seja negativa, tome um contar vantagem e posar de garanhão cercado de 'paus-moles' que dura minutos e minutos. A prática já virou motivo de chacotas pelas costas por parte dos mais vividos e sábios de nosso grupo social.
Pois há cerca de duas semanas, o tipinho deu a prova cabal de que é, nas palavras de um grande amigo, colaborador frequente desta tranqueira, um belo de um 'bola-murcha'.
Resolvi visitar o meu boteco favorito da rua Angústia, após algumas semanas longe, um tanto por atividades noturnas mais interessantes, outro por opção. Após me abastecer, trocar umas palavras com o dono e curtir o ótimo cantor e violonista(nenhuma ironia nessas palavras) que disparava um rock sessentista após o outro, nos fundos do bar,  com muita garra e alegria, resolvi dar uma banda pela calçada em torno, durante o merecido intervalo do guitarrero. Mal ando cinco metros, surge o el grande comedor (dose cavalar de ironia nessas palavras), acompanhado de dois amigos. Tentei desviar, mas o sujeito me percebeu, me cumprimentou todo efusivo e por pura educação me juntei àquela trupe de roqueiros patuscões. 
Conversa vai e vem, uma conhecida de três de nós surge, bêbada como uma porca. Feliz e sorridente, se insinua a todos e se retira em seguida, pois um tipinho a esperava, impaciente, e a puxou, antes que fosse cooptada por  um de nós.  Para este rodado  escriba nada de mais houve de marcante, fiz um comentário raso e usual sobre esse minúsculo incidente, mas bola-murcha tinha de se exibir: CLARO que ele já tinha traçado a moça. Mas ainda não satisfeito, afirmou que a noite não poderia terminar daquele jeito e que TINHAMOS de descolar umas mulheres, liderados por ele, óbvio, que passou a escrutinar os arredores em busca um grupo de moças dispostas a serem brindadas por nossas dignificantes companhias. Para mim, a noite poderia terminar daquele modo, pois a não muitas horas eu teria um compromisso matutino com um ser do sexo feminino, e ao qual não pretendia me atrasar dez minutos sequer; já estava mais que disposto a anunciar minha partida, quando o tipo percebe, no interior de uma lanchonete metida a besta, gourmetizada mesmo, diante da qual estávamos, um grupo de quatro belas moças na casa dos vinte e poucos, três loiras e uma morena, que segundo ele estavam a nos admirar. Cético ao extremo como sou, espiei as mocinhas algumas vezes até me certificar que não era mais uma mentira dele e para meu pasmo o cara estava certo. Começa uma discussão sobre como abordá-las, quem o faria, e nenhum consenso brotava. Resolvi mais assistir que agir e acompanhar atentamente como o autodeclarado comedor faria.
Por fim, decide-se adentrar a hamburgueria gourmet, sentar perto das beldades e puxar conversa. Tomei o cuidado de não liderar a gangue, curioso para observar como  agiria o pegador que sempre acusa os amigos e conhecidos de serem uns frouxos. E o que fizeram? Sentaram-se um tanto distante delas, não ocuparam a mesa ao lado delas, que estava vazia... As moças nos dirigiram uns olhares estranhos, que podemos muito bem supor o que significavam, não caros leitores? pois poucos minutos após pediram a conta da beberagem, pagaram e saíram. O desespero que se instalou em nossa mesa foi cômico: nos levantamos e deixamos o estabelecimento. Uma vez lá fora, elas nos encaravam mais e mais e os roqueiros pegadores não se decidiam quem seria o intrépido a mobilizar seu charme e lábia para cima delas. Bola-murcha apenas nos instigava mas nada fazia. Por fim, cansado da ceninha, me aproximei, cumprimentei as moças e engatamos uma conversa amistosa. Os demais se aproximaram uns passos e ouviram atentamente, inclusive que elas adentrariam em breve a casa noturna do lado oposto da rua - antro que abomino - e que nos convidavam  a acompanhá-las, se nos interessasse, após o que seguiram caminho.    
O final: anunciei que estava de partida, devido ao meu compromisso vindouro e os estimulei a entrar em um antro decadente, pagar trinta paus às três da manhã e tentar a sorte com as damas. 
E foi isso mesmo: o cara nos açulava a agir, sempre nos acusando de sermos uns frouxos, mas nada fez, apenas assistiu.
Detesto clichês e frases feitas, mas esta história pede uma, para ser fechada de modo correto: quem muito fala nada...
Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Breves apontamentos das últimas noites do caçador noturno



Noite de sábado, por volta de meia-noite:

- O caçador noturno não resistiu aos apelos dos eflúvios noturnos que percorrem o Centro de São Paulo e dominam os mais sensíveis a aventuras e chamados por diversão (ou os mais inconsequentes): rumou para um dos mais afamados e arriscados muquifos do lugar, nos baixios do Anhangabaú, antro em que já reinou, em outros tempos, e que evitou por meses, nos últimos tempos, motivado por um misto de enfado e temor. Não permaneceu por mais de três minutos, suficiente apenas para cumprimentar alguns poucos conhecidos, pois recebeu o telefonema de uma outrora amante e hoje amiga de todas as horas e necessidades, que embriagada e metida em alguma confusão, ali por perto, pediu pela ajuda do seu cavaleiro noturno, que partiu de imediato, em socorro à dama da noite de perfume inebriante como a planta homônima. 
Assim, parte o caçador, apressado e altivo como um cavaleiro que atende o chamado de uma princesa, rumo aos contrafortes do topo do Centro, vencendo célere os fluxos da rua Angústia.
 
Noite de sábado, um pouco após a meia-noite:

- A amiga em apuros está mais uma vez nos braços do caçador noturno, sua pele macia e sedosa de moça na flor da idade a roçar e se aninhar na pele das mãos e braços  dele, pele curtida pela noite e pelos anos que muito aprecia esse contato. A encrenca em que a linda dama estava metida mostrou-se nada séria: apenas uma embriaguez exaltada, um surto de saudade do caçador noturno e sua presença cheia e viril - palavras dela - e o desejo de desfrutar da companhia dele por algum tempo. Sabedora, talvez graças à intuição feminina, talvez por farejar algo na brisa noturna, de que ele estava nas proximidades, o convocou para ampará-la na embriaguez e dar-lhe um bom fim de noite.
Dali a menos de uma hora, ela e sua amiga, que a acompanhava na noitada etílica, embarcam em táxi providenciado pelo caçador, rumo a segurança de seus lares.

Uma noite qualquer:

O caçador noturno, após um compromisso profissional imprevisto e inadiável, resolve voltar para sua masmorra a pé. Ao descer a rua da Consolação, rumo ao Centro, ali nas proximidades da  Paulista passa por um bar ao qual jamais deu atenção ou sequer entrou uma vez que seja, e diante deste, na calçada,  vê uma garota entre vinte e cinco e trinta anos sendo galanteada por um sujeito cuja figura causa um calafrio no caçador, pois parece uma projeção deste daqui a alguns anos: roupas joviais, mas na medida exata para um quarentão não cair no ridículo de imitar jovens na casa dos vinte e parecer 'antenado', cabelo e barba ainda mais grisalhos que os dele. 
Alguns metros depois, ele não se contém, volta-se para contemplar o desfecho da cena e com satisfação vê que o sujeito foi bem-sucedido.  Ao reprimir o desejo de ir até o recém-formado casal, parabenizar o sujeito e apresentar-se como um irmão-em-armas da noite, que são membros de uma irmandade cujos membros não apreciam se assumir como tais, a rua da Consolação parece-lhe mais escura e solitária do que realmente é; assim, ele toma a primeira rua que leva para a direita, apressado, pois mesmo a juvenalha - esse termo  foi pego emprestado da maior e mais sábia mulher que conheci na vida - da rua Angústia lhe pareceu atraente, naquele momento.

Uma noite qualquer, pouco mais tarde:

Como toda ilusão dura pouco, e seu final sempre é amargo, as criaturas que povoam e sujam mais e mais rua Angústia e arrabaldes, em todos os sentidos possíveis, deram um pequeno golpe nas intenções do caçador noturno, que preferiu embebedar-se e se refugiar logo em sua masmorra.