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terça-feira, 18 de maio de 2010

Algumas frases esparsas para não deixar o blog morrer

Ainda estou muito ocupado e atrapalhado, peço compreensão, minha meia dúzia de leitores. Para que o blog não mofe de vez, algumas frases sábias que colhi por aí.
Primeiro, uma pérola do rei de todos os boêmios, mulherengos e canalhas, o imortal Nelson Gonçalves (sou melomâno por rock e música erudita, mas idolatro esse sujeito), retirada do blog Violão, Sardinha e Pão, do amigo Matheus:

“Para ser adorado por uma mulher convém amá-la pouco, prometer muito e fingir sempre”

Segundo,  um trecho de eterna "No Time", do grupo canadense de hard rock The Guess Who, que retrata muitíssimo bem o momento pelo qual passo, como se os caras tivessem criado a música para mim ( ah, a velha e sempre presente sensação de sermos os protagonistas de uma canção que nos toca ou nos faz sentir poderosos e fodões):

" No time left for you (On my way to better things)
  No time left for you
  I'll find myself some wings (No time left for you)
  Distant roads are calling me (No time left for you)"

Sim, eu descobri que tenho asas, tenho de usá-las para explorar as estradas distantes que me chamam e o tempo para inutilidades e malefícios auto-impingidos terminou. 
E não, não adianta pedirem explicações. 
 

sábado, 8 de maio de 2010

E agora... Porcos chauvinistas ! Episódio de hoje: Vingança

   Esta postagem é feita em um fim de noite, uma noite que terminou bem, e é  expressão e defesa de um sentimento muito mesquinho e vulgar, mas muito humano. Bem, vamos lá.
   O leitor já foi esnobado por uma garota na noite e  decidiu seguir adiante, beber mais um pouco e abordar outro exemplar da infinidade maravilhosa que é a feminilidade? E por ventura se deu bem, conseguiu beijo, atenção e carinho e mais tarde, ao olhar casualmente para o lado, flagrou a sua primeira e agora esquecida musa noturna sozinha em uma mesa, bêbada, ou aturando a conversa barata de um idiota qualquer? Bem, saibam disso, mulheres que esnobam os homens: vocês não serão as úlitmas, mas serão as primeiras a serem desprezadas, se me entenderam.Saudações de um canalha barato.   

sábado, 24 de abril de 2010

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - VIII

" Cada lugar ( casa noturna, boate, randevu, bar, o escambau) tem o príncipe encantado que suas frequentadoras merecem."

Do meu grande amigo e principal fornecedor de frases lapidares para este blog, ao saber do desfecho do acontecimento narrado em Noivinha Satânica.  

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Noivinha Satânica

   Ela surgiu na pista de dança, bem diante de mim, que estava parado no balcão, bebendo um vinho autêntico, bom e barato - uma beberagem quase impossível naquele porão pseudo-alternativo,devo informar -. sinuosa, lânguida, movimentos curvílineos e sedutores de um corpo alvo metido em uma saia  feita de camadas e camadas de renda negra e em um corpete de cor viva, justo como tinha de ser. E a música que a trouxe à pista era ainda mais improvável que o vinho: uma das minhas canções  favoritas do eterno Dead Can Dance, feita para um súcubo como aquela linda e pequenina criatura destroçar os machos presentes, uma peça sonora extremamente improvável de se ouvir naquele antro de ignorância musical, social, cultural e mental.
   Acompanhei seus movimentos, a beleza do movimento ritmado dos quadris como que tornava-se parte da carne  daquele corpinho pequeno e maravilhoso; demorei para sair do transe, beber o último gole de vinho e partir no encalço da fada noturna, após a música e a sessão de sedução findarem.
   Encontrei-a em uma mesa, com amigos. Nitidamente ela não tinha relações amorosas ou carnais com nenhum deles ou delas, assim, sentei-me e perguntei onde e como poderia ser agraciado com a dádiva de vê-la exibir seus dotes de dançarina do ventre(foram essas as palavras que usei). Ela sorriu, puxou minha mão e pediu que sentasse. 
  Nos entendemos sem dificuldades, nossas preferências e opiniões incentivavam um contato mais próximo.Mas como já disseram os grandes e verdadeiros filósofos da humanidade, o entendimento entre os corpos rara ou nunca garante entendimento entre os espíritos e todos os recalques, desejos, frustrações, neuroses, medos e taras que habitam a tal essência eterna aprisionada no desprezível e sujo corpo: após uma bela harmonia físico-corporal, durante a conversinha mole de sempre, deixei escapar algumas informações sobre  minha condição e história que entregavam: eu não era o homem perfeito que ela, mulher do rock pesado, curtidora de black metal, rainha das boates góticas do Centro de SP, fluente no idioma anglo-saxão, procurava para com ele construir uma família burguesa, estável e feliz. Decepcionada e enraivecida, não mais permitiu nenhum beijo ou carinho, apressou-se em zarpar para a segurança da casa paterna e, claro, o nome de guerra que usava na principal rede social da internet e o telefone que deixou, antes de sumir, eram falsos.
    E eu, no dia seguinte, experimentando um improvável, paradoxal e indescritível misto de pasmo e sensação de previsibilidade para com o acontecido, ponderava, um peso nos ombros, apesar da noite ter dado aquilo que nós homens no fundo sempre buscamos dela: será que algum dia toparia com uma mulher diferente de fato, que realmente despreza o sonho do príncipe encantado repleto de posses, energia e burrice e que lhe daria uma vidinha segura e eterna?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Explique-se, seu relapso

Já não posto há quase dez dias e devo demorar mais um tanto para isso: estou muito atarefado, principalmente com as provas de revisão final de mais um livro meu (físico, em papel, e de não-ficção) que será publicado muito em breve. Peço a meus poucos e fiéis leitores desse compêndio da sabedoria da desprezível raça masculina que tenham um pouco de paciência e compreensão. Obrigado e saudações.

domingo, 28 de março de 2010

Parábola para todos que temem a mudança (e para eu mesmo)


Um guerreiro (não um cavaleiro), oriundo das áreas montanhosas, incultas e repletas de florestas do norte do reino de Sanpalus, após desilusões amorosas, aventuras sexuais e coisas típicas da juventude, um dia conheceu uma bela moça, vinda dos Reinos Interiores, uma região muito atrasada, que falsamente dizia seguir a religião que desprezava  a matéria e o corpo e só se importava com o espírito. Ele ficou desconfiado, mas ela disse ser diferente de suas parentes e conterrâneas e o convenceu de que não era uma mocinha desesperada por casar com um poltrão que a sustentaria e a suportaria, ao participar de muitas das aventuras e loucuras do doidivanas  guerreiro, que julgou ter encontrado a mulher certa, pois diferente das outras.
Como ocorre nessas histórias, casaram-se. E como ocorre nas histórias de verdade, as histórias que revelam as verdades, ela mudou muito após o matrimônio: perdeu o bom humor e o gosto pelas aventuras, exigiu que o guerreiro deixasse de lado os esportes imbecis que praticava com amigos imbecis, seu ciúme tornou-se uma verdadeira praga - passou até mesmo a controlar seu vestir, pois estava certa de que se vestia apenas para impressionar outras moças e possuí-las.  
O guerreiro tinha várias falhas de caráter, mas ao menos uma qualidade: jamais se dobrar às exigências absurdas e à histeria de uma mulher, principalmente uma interiorana e comum, como a  sua antiga princesa se mostrou. Brigaram e discutiram muito, ela até mesmo o agrediu com tapas e socos algumas vezes, mas ele tudo suportava, pois já havia brotado e florescido, daquele casamento, alguém que  tornava tudo aquilo suportável: uma princesinha, uma pequena mulher, que ele amava acima de tudo.
Mas mesmo a renovada paciência e abnegação de um guerreiro podem acabar e a de nosso herói extinguiu-se como o bafo de um dragão moribundo, após seu último suspiro, quando a mãe da princesa veio residir com eles e nosso guerreiro topou com algo estranho, assustador e terrível: a velha era uma verdadeira bruxa, uma íntima das trevas e sua presença inspirou a filha a tornar-se o mesmo.
Algum tempo depois, quando o guerreiro estava mergulhado em uma situação que indignou até mesmo outras princesas e mulheres, sempre prontas a defenderem a própria raça, a princesa comunicou que usaria a herança de seu falecido pai para comprar um novo castelo, em que todos residiriam juntos, um castelo projetado de forma a elas sempre saberem o que ele estava fazendo, com quem falava pelo comunicador mágico. Ele tremeu de fúria e ódio, mas nada disse. O novo castelo ficava no fundo de um vale afastado, remoto, um lugar bonito mas que escondia podridão em todos seus cantos, distante de toda a vida social e variedade humana que fervilhava onde antes residiam. Elas estavam felizes e satisfeitas, ele cada vez mais infeliz e revoltado. O novo castelo era a tumba do guerreiro, que sentia morrer um pouco a cada dia passado ali.
Até que uma noite ele esperou elas adormecerem e fez algo que há muito deixara de lado: a pé, sem seu cavalo, subiu através do vale maldito, habitado por esnobes, falsos religiosos e gente grosseira obcecada por riqueza, alcançou a Grande Avenida e embrenhou-se na Rua Grande e seus arredores. Lá, reencontrou-se com seu passado, seu verdadeiro ser e sua força interna. O frenesi de luzes, movimento, vida, variedade, o desfile da humanidade e suas múltiplas formas de viver, as mulheres que conheceu e tomou, tudo o preencheu de tal forma que ao retornar, quando já era dia claro, anunciou que partiria para sempre, rumo a seu verdadeiro ser e ao seu verdadeiro reino. A indignação foi grande, os homens da família da princesa o ameaçaram – derrotou e humilhou um a um em combates medonhos – , a princesa chorou e gritou, mas ele, sem jamais esquecer ou abandonar sua pequena princesa (muito pelo contrário), partiu, sem medo de ser o que realmente era.  

   

sábado, 20 de março de 2010

A verdade sobre a gentileza masculina

    Minha grande e querida amiga, que já contribuiu com frases e reflexões para este blog, mandou-me a imagem acima. É uma excelente charge, pois revela que muitas das gentilezas, palavras doces e ações aparentemente doces, enaltecedoras e galantes dos homens não passam de técnicas para o sexo ser conseguido com maior facilidade e sem empecilhos.