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sábado, 29 de outubro de 2011

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XXI

"Tem uma surucucu na minha bota"
Frase de um grande amigo, canalha de estirpe, mestre absoluto do ramo - por que será que meus amigos mais antigos e fiéis são todos membros dessa gloriosa corja? he he he - e encrencado por causa de uma dama que, apesar de reiterados avisos de que a relação não passa de uma amizade mantida com fins a sessões de sexo anal e mais nada, está descambando para o clássico: ciuiminhos (e ambos são comprometidos com outras pessoas!), cobranças, possessão, ceninhas histéricas. A coisa está se tornando tão pesada que ele cunhou a frase acima para descrever a situação, frase que pinta à perfeição algo que todo canalha já viveu. É, amigos e amigas, a jararaca e a clássica cascavel já não são mais bastantes para se definir o nível de letalidade de certas mulheres, tivemos de tomar emprestados os nomes de ofídeos ainda mais terríveis, como a tal surucucu, o urutu (essa última, os amigos que conhecem minha identidade civil sabe a que ou quem me refiro)...
Saudações canalhas e cafajestes

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Um ano sem o mestre

Dia 16 último fez um ano que o maior iconoclasta que já investiu contra a mais que morta, apodrecida e fétida moral sexual brasileira-latina-burguesa-cristã-hipócrita-moralista (sim, eu sei, cada palavra componente do imenso termo logo aí atrás pressupõe as demais, ou seja, é de uma redundância tremenda;o objetivo é mostrar meu ódio virulento e inextinguível à coisa) partiu, e este relapso deixou a data passar.
Sim, mestre José Ângelo Gaiarsa nos deixou já faz um ano. Esta postagem é uma modestíssima contribuição para que a obra dele não se perca,não seja esquecida e sejamos pessoas um pouquinho mais plenas e donas de si, aquilo a que ele dedicou sua vida.
Saudações;




sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Mulheres modernas, decididas e independentes, essas criaturas adoráveis

 Com a devida autorização, o texto abaixo foi retirado do blog do grande Chuck. É como todo compêndio de sabedoria deve ser: simples, direto e arrebatador, revira a cabeça do leitor e o faz perceber sua insignificância ou tomar consciência do mundo absurdo e sem sentido em que vive. Leiam e vejam como é maravilhoso lidar com mulher que gosta de "pegada"...

" WTF?!?!

Deixem o tio Chuck tentar entender:

Se o sujeito avança o sinal, é considerado atirado demais e leva  fama de tarado, mas se mantém uma postura respeitosa, é devagar, falta "pegada" (eu realmente odeio esse termo!!)

Se o sujeito é romântico e respeitador, é bunda-mole, mas se é direto e objetivo, é chamado de tarado.

Se olha firme pra mulher, leva fama de lobo mau , mas se desvia o olhar e tenta uma abordagem indireta, é uma banana.

Se foge de compromisso é considerado galinha, mas se quer levar a garota a sério é chamado de pegajoso, grudento.

Se cai na balada, é chamado de animal, mas se fica em casa na base do DVD, é chamado de roda-presa.

Se tenta beijar sem muitas delongas, leva um fora e é mandado caçar biscate em micareta (ok, eu já ouvi isso!!), mas se demora pra tentar o beijo é considerado devagar, devagarzinho - mais uma vez, "falta pegada" o termo favorito de onze entre dez biscates curva de rio.

Se ignora o que a mulher diz por saber que é contraditório com o que ela sente, é um canalha insensível, mas se respeita o espaço e opinião dela é mantido no banco de reservas.

Se é um canalha qualquer e assume abertamente quais são as regras da casa, é jogado pra escanteio, mantido como amiguinho e enrolado até o ponto que se enche e manda a sujeita passear, mas se for o canalha certo, o e$colhido, o cari$mático, o grande docinho secreto, enfim, se tiver o c(arro)harme, o cari$ma, e a pegada ("esse homem tem futuro, amiga", diz o mesmo tipo de biscate que adora "homem de pegada") necessários, bom, qual o problema dele ser canalha, não?"

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Coisas que gostaríamos de dizer para certas mulheres - I

Sou um praticante assumido e orgulhoso da arte de ouvir conversas alheias em bares, metrô, filas e principalmente, ônibus. Trata-se de uma fonte inesgotável de risadas, reflexões e revelações sobre a patética raça humana e manancial infinito de idéias e material para escritores medíocres como este. Há  tempo, postei uma frase, típica de mulherzinha bem chorosa, bem "mimimi", que ouvi em um ônibus que utilizo seguidamente. 
Pois bem, há poucos dias fui agraciado com uma obra-prima de canalhice, de sem-vergonhice, quando estava nesse mesmo veículo, um dos velhos e charmosos trolébus que percorrem o centro e parte da zona leste e sul (confesso que gosto pacas dessas máquinas desajeitadas e com pinta de superadas). Bem, voltava para casa a bordo do venerável calhambeque, numa noite de sexta, quando flagrei o seguinte diálogo, travado por dois rapazes, típicos representantes da juventude de classe média baixa que não mede esforços nem grana para poder frequentar boas festas e noitadas, inclusive vestidos como se estivessem a caminho de uma ... a peça de sabedoria é tão espirituosa e saborosa  que assim  que cheguei a minha toca tratei de anotá-la, antes de mergulhar na noite. E aqui está:
- Mano, esse meu amigo é muito cara de pau, você não acredita nele!!
- É aquele que viu uma mina, na balada, com uma calça com zíperes na lateral, que iam até o quadril e pediu para abrir e ver a "corzinha" da tanguinha dela?
- Esse mesmo!! Sente essa: estávamos na balada tal (não reparei no nome que o cara citou), e uma mina colou nele e veio com essa: "minha amiga ali tá querendo ficar com você". Sabe o que ele respondeu?
- Não. Diz aí.
-Pediu para a mina mostrar a tal amiga; olhamos: era uma puta gorda feia!!! Ele virou para ela (a mina que veio falar com nós) e disse:
- Fala para ela esperar um pouco, preciso beber mais, bastante, antes de ir falar com ela...
É ou não é um artista, um mestre da canalhice?  E convenhamos, certas mulheres merecem ou não, menos pela falta de belos atributos físicos que pelo comportamento possessivo e histérico, ouvir essa? 

Saudações canalhas e cafajestes
 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O que fazer com o vestido de noivinha da ex - parte VI

 Capota basculante
Vai dar um rolê com os amigos e o sol está de fritar os miolos? Há finalidade mais nobre para esse trapo?

   Na academia de ginástica
Lembra das recomendações  (leia-se cobranças) dela, para que começasse a frequentar uma academia, que sua forma não era mais aquela que a deixou, quando se conheceram, cheia de tesão?  Pois este é o momento de pôr a idéia em prática!
Fantasia
Super-divorciado! O único macho verdadeiro, dono de si e com super-poderes!!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A HQ mais adulta ( no sentido de profunda, madura, rica) já feita

Segue uma resenha da obra literária da década, um compêndio de sabedoria, verdadeira, densa, incômoda e necessária que todo homem de verdade deve ler e reler... indignem-se com o que está abaixo.



A graphic novel mais comentada nos EUA este ano, até agora: as memórias de Chester Brown sobre o período em que teve relação com prostitutas, em uma espécie de ensaio em defesa do sexo pago e contra a tirania do amor romântico.
Se você achou estranho o primeiro parágrafo, este aqui talvez compense: nunca vi outra HQ ter Robert Crumb, Neil Gaiman e Alan Moore tecendo elogios juntos na quarta capa. E os três não costumam gastar teclado pra qualquer coisa.
Paying for It: A Comic-Strip Memoir About Being a John é, em outras palavras, um relato autobiográfico sobre ser um “john” – gíria utilizada no inglês para os clientes das profissionais do sexo. Brown faz o inverso do anonimato de um “john”: revela em quadrinhos, uma a uma, as relações que teve com prostitutas durante um período de seis anos.
Quem espera algo pornográfico ou minimamente erótico vai broxar. Por mais que a HQ tenha cenas de sexo, elas só parecem estar ali pela questão burocrática que o autor impõe-se de mostrar graficamente suas experiências. Brown não reforça atributos físicos de nenhuma das moças (que, aliás, nunca têm o rosto desenhado), além de ser cruel com sua própria forma física esquálida, careca e de óculos.
Não contente em fazer seu relato, o autor transforma seu álbum numa espécie de manifesto a favor dos que pagam por sexo e dos que vendem sexo. Entre cada encontro com acompanhantes, Brown mostra conversas que teve com os amigos mais próximos no mesmo período, montando sua filosofia contra o amor e a monogamia.
“Agora vejo que o ideal do amor romântico na verdade é maléfico... O amor causa mais tristeza do que felicidade. Pense em todas as pessoas que almejam o amor mas sentem-se desgraçadas por não conseguir encontrar... É impossível uma única pessoa ser compatível com todas nossas necessidades emocionais e sexuais.” Brown – defensor declarado do libertarianismo - despeja suas frases inclusive sobre amigos famosos, como os também quadrinistas Seth e Joe Matt. Para não deixar dúvidas sobre suas posições, o autor ainda escreve vinte e três apêndices à HQ, rebatendo cada argumento que conhece contra a prostituição.
Com este posicionamento nada usual, Paying for It também não é um quadrinho usual. Não parece haver conflito, nem clímax, nem ênfases. A história anda num movimento arrastado – que parece intencional, visto a desempolgação nas expressões, nos cenários e no estilo das páginas de Brown. Mas se analisado pelo lado de que os quadrinhos devem aceitar cada vez mais gêneros, pode-se dizer que o autor está acrescentando o relato/manifesto ao repertório das HQs. Vale lembrar que em sua obra mais famosa, Loius Riel, ele também inovou na forma de contar História com H maiúsculo em quadrinhos.
Paying for It é uma obra curiosa por todos os motivos acima. Justifica todo o falatório. E pode dar bom combustível para conversas de bar sobre amor, sexo, relacionamentos e dinheiro. Da minha parte, o que acho mais interessante é ver essa discussão ser provocada por um gibi.
PAYING FOR IT tem 292 páginas e custa US$ 24,95

Texto retirado do site Omelete ( www.omelete.uol.com.br)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XX

"Eu tenho um problema para me comunicar e me fazer entender com as pessoas, deve ser porque falo muito correto"
A pensata acima não foi colhida em uma mesa de bar imundo, pouco recomendável e por isso atrativo a canalhas como eu; foi ouvida há pouco mais de duas horas, em um ônibus, enquanto eu atravessava esta cidade congelada e voltava para minha toca. Um casal discutia acaloradamente (entenda-se: acusações mútuas, voz alterada, rancores velhos irrompendo à toda), sem dar a mínima para os demais passageiros do coletivo, quando a mulher mandou essa. Anotei na minha parca memória, para registrá-la nesta tranqueira, pois apesar de forjada em e para outro contexto, a idéia expressa muito bem o estupor que tenho vivido já há tempos, com a parcela mais jovem do mulherio: quanto mais novas as mulheres, mais repelentes a uma fala correta, uma abordagem desprovida de exagero de gírias, a um galanteio mais elaborado, tanto na forma quanto no conteúdo, reduzindo os cavalheiros (e os canalhas que sabem sê-lo) a tiozões excêntricos e assustadores... Um assunto que deve ser mais explorado e que será retomado em outras postagens, aguardem. 
Saudações canalhas e cafajestes.