"Eu tenho um problema para me comunicar e me fazer entender com as pessoas, deve ser porque falo muito correto"
A pensata acima não foi colhida em uma mesa de bar imundo, pouco recomendável e por isso atrativo a canalhas como eu; foi ouvida há pouco mais de duas horas, em um ônibus, enquanto eu atravessava esta cidade congelada e voltava para minha toca. Um casal discutia acaloradamente (entenda-se: acusações mútuas, voz alterada, rancores velhos irrompendo à toda), sem dar a mínima para os demais passageiros do coletivo, quando a mulher mandou essa. Anotei na minha parca memória, para registrá-la nesta tranqueira, pois apesar de forjada em e para outro contexto, a idéia expressa muito bem o estupor que tenho vivido já há tempos, com a parcela mais jovem do mulherio: quanto mais novas as mulheres, mais repelentes a uma fala correta, uma abordagem desprovida de exagero de gírias, a um galanteio mais elaborado, tanto na forma quanto no conteúdo, reduzindo os cavalheiros (e os canalhas que sabem sê-lo) a tiozões excêntricos e assustadores... Um assunto que deve ser mais explorado e que será retomado em outras postagens, aguardem.
Saudações canalhas e cafajestes.
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