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domingo, 22 de julho de 2012

Quando é preciso ser homem

Estava prestes a retomar uma série antiga, dos primórdios do blog, que recebeu até o momento somente o texto de estréia, mas um acontecimento da última noite me obriga a adiar essa retomada.
Fui a uma conhecida e badalada festa de rock de São Paulo, com dois amigos. Um, recente, amigo de outros amigos meus e com o qual travei amizade imediata, há menos de ano, após sermos apresentados e um identificar o outro como canalha de estampa, claro. O outro, amigo de muitos anos, colaborador contumaz desta tranqueira (a postagem anterior é registro de uma conversa com este).
Entramos, após uma pequena e desprezível treta com a criatura escrota e obesa que se diz "hostess" da casa, curtimos o som (ótimo, rock´n´roll de primeira, no talo), bebericamos um pouco e partimos para o ataque, mesmo ao percebermos que a casa noturna e a festa já viveram noites melhores.
Meu amigo mais recente foi mesmerizado pelos encantos de uma roqueira muito bonita, estilosa, muito produzida, alta e com um belo corpo. Trocando em miúdos: uma autêntica equina, uma exuberância de mulher. Aproximou-se, pediu para conversar, entabularam conversa. Enquanto isso eu  e o outro cafajeste partimos em busca de nossas musas de uma noite.
Idas e vindas, abordagens, conversas, um trombando o outro pelos corredores, fumódromo e pista. Eis, mais de uma hora depois, que o amigo recente nos procura cuspindo fogo, os olhos cintilando de raiva:
"Cara, tô muito puto com aquela vaca! (quando  a mulher muda de família mamífera e migra de equino para bovino tão rápido, cumpre deduzir que a treta foi feia!) Ela sumiu após conversarmos um pouco, disse que ia ao fumódromo. Achei ela perto do palco dançando, um tempo depois, e fui direto: disse que gostei dela e que queria ficar, claro. Ela enrolou um pouco, daí disse que estava louca por uma bebida e pediu para eu pagar uma. Fui ao bar e peguei uma das mais caras. Pus a bebida na mão dela, conversamos mais um minuto, daí a vaca sumiu de novo, já faz tempo, sem sequer me dar uma resposta!"
Caros leitores, o relato de nosso amigo acendeu a fúria de seus companheiros canalhas. A falta de honestidade da garota, diga-se de breve passagem, uma marca muito difundida e detestável das mulheres jovens contemporâneas, não poderia ficar incólume; logo o trio nos pusemos a discutir o que ele faria ao encontrá-la (porque iriamos encontrar a bovina de belas ancas, ah, se iríamos!):encher um copo de água e arremessar no lindo rostinho? Chegar já chamando-a de puta e interesseira? Aproximar-se, pedir explicações e daí disparar os xingamentos? Ele decidiu pela ação mais fria, calculada e a que um homem de verdade deve executar num casos desses e fomos em busca da moçoila, a qual tive a honra de encontrar, conversando com um pequeno séquito de amiguinhos abicholados. Combinamos previamente que ele a abordaria e nós ficaríamos nas proximidades; caso as "amiguinhas" intervissem nós dois as afastaríamos, expondo que a coisa tinha de ser resolvida entre os dois.
Foi um espetáculo deveras interessante: meu amigo, com expressão de rosto e voz calmas, nomeando a garota de nomes e termos que vocês podem deduzir. E ela, aparentando resignação, concordando com curtos movimentos de cabeça. Por fim, o final triunfante: a garota abriu a bolsa e devolveu a meu amigo a honra dele, encarnada no valor que ele dispendeu com a bebida. Eu e o amigo antigo acompanhamos tudo com olhos e atenção de águias.
Finda a missão, cumprimentamos nosso irmão canalha, que, satisfeito e realizado, agradeceu nossa obrigação de o auxiliarmos; meu amigo mais antigo, o mestre dos canalhas, disse que o amigo mais recente tornara-se seu novo herói e que vagabas daquele naipe tem de ser tratadas dessa forma.
Não creio ser necessário discorrer muito sobre moral e significado da história, mas é fora de dúvida que um homem de verdade tem de assim fazer em certas ocasiões e que o evento valeu a noite.

Saudações canalhas e cafajestes, orgulhoso de ser o que é e de ter os amigos que tem.  

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Uma verdade incômoda

Estava este canalha ébrio conversando com um grande amigo, que já contribuiu com frases lapidares e relatos de eventos para o acervo desta tranqueira, conversa sobre mulheres e nossas últimas conquistas, reveses e encrencas com elas, claro. Eis que a confabulação cai no assunto lides na cama, como agir em certas situações de alcova muito comuns, manter-se no estreitíssimo e perigoso perímetro em que procuramos nos mostrar canalhas e ao mesmo tempo não nos mostrarmos desprezíveis demais, não estragarmos nossa imagem, para quem sabe repetir a dose ou ser elogiado conversas afora com as amigas e assim despertar o interesse destas. 
Conversa vai e vem, um supreso com as práticas do outro - como enrolar e começar as preliminares apenas após o apito final do clássico de futebol imperdível que passa na tv do quarto do motel, sem deixá-la doida, como virar para o lado e dormir sem ser grosseiro e oh! "insensível" etc - um exaltando o outro como  o maior cafajeste que conhece, como sempre, até que caímos no assunto o orgasmo das mulheres e a já mais que arquimitológica fama de nós, vis machos,  não saber e não se empenhar em provocar a sublime "pequena morte" nelas...
Bem, o sujeitinho aqui fez uma observação, durante o papo,  que nenhum homem contestou, em todas as ocasiões em que a disparou, a saber: quantas e quantas mulheres, o prezado leitor já teve(não importa seu sexo, leitor) que só alcançaram o êxtase após você manipular o instrumento do prazer das mulheres, vulgo clitóris, utilizando algum apêndice de seu corpo que não o órgão sexual? Em termos  muitos chulos e diretos: quantas e quantas mulheres, não importa o que fizesse a ela, nela e no interior dela, só tinham orgasmo após uma bela manipulação de dedinhos em seu "pontinho"?
É curioso, para não dizer revoltante: nós homens que crescemos durante as décadas de 70 e de 80 fomos massacrados com a idéia de que teríamos de estar a serviços das mulheres na cama, que elas são deusas supremas e perfeitas e que nós homens somos seres baixos, mesquinhos, e só pensamos em sexo sem sentimento(OHHHH!!!!!!) e que a culpa, se elas não atingem o gozo, é nossa e somente nossa. Discutir o estrago que essa patacoada causou nas relações entre os sexos e como foi e ainda é difícil para ambos superarem esse papinho de feminismo barato pós-revolução sexual dos 60´s é assunto para postagens e mais postagens imensas, por isso aqui só farei uma simples observação: sexo, me parece, é troca, comunicação, contato, influenciar e ser influenciado durante todo o ato, portanto se um não faz sua parte corretamente durante a coisa, o outro sempre tem alguma culpa nesse cartório repleto de papéis que ninguém quer assinar.
A culpa de as mulheres não atingirem o orgasmo é nossa, sem dúvida, mas também delas, que se proclamaram liberadas, mas ainda não sabem, na maioria, lidar com seu corpo, receios, recalques, desejos e inibições, esta a verdade incômoda: a culpa também é delas.
Ah, sim, a conversa sobre o assunto com meu amigo terminou da seguinte forma, caros leitores: comuniquei a meu amigo estar tão farto de toda a encrenca descrita acima que, quando percebo que minha acompanhante nas atividades imorais e hedonistas que nos afastam do divino é uma dessas liberais travadas e que meus esforços pouco adiantarão, não me furto a seguir o mais leve sinal emitido pela dama e desço o dedo....
Meu amigo apenas disse: Você é o cara, o mestre dos canalhas!!
Saudações muito canalhas e cafajestes.  
    

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Luto

Soube há pouco que o mais paulistano dos  cineastas brasileiros foi-se na tarde de hoje.Um sujeito como Carlão Reichenbach (pode parecer gaiatice essa intimidade, mas assisti a quatro palestras, bate-papos e encontros com ele nos últimos anos e em todos ele sempre fez todos os presentes se sentirem amigos, íntimos de sua grandeza de espírito e inteligência), que exaltou em sua obra  as mulheres, a liberdade de espírito, a vida livre e sem peias e era paulistano de coração, ainda que não de nascimento, e também exalta esta cidade doida e viciante em boa parte de seus filmes, deve ser lembrado nesta tranqueira.
Se o caro leitor se interessou pela obra do mestre, comece com o filme cuja capa está reproduzida abaixo, "Lilian M: relatório confidencial", o melhor ataque sob a forma de arte já feito neste país contra a putrefata família patriarcal.

Saudações entristecidas


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Reflexões após uma enfiada de noites canalhas e dias cafajestes

Para um canalha merecer essa alcunha, o estrago que causar na cabeça e na vida de certas mulheres sempre deve ser superior ao estrago que elas poderiam causar nas dele.

O verdadeiro canalha, ao deixar uma mulher, nunca olha para trás, em sentido literal e figurado; não importa quão longa, intensa ou duradoura tenha sido a relação. 

Pensamentos baratos de minha autoria, não formulados em uma mesa de bar, durante uma das noites do último feriado, mas em casa, recolhendo-se para o merecido repouso, enquanto o sol se levantava, após muitas atividades noturnas; pensatas que surgiram ao considerar os acontecimentos dessas últimas noites. 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Friday night feeling

Sim, já estamos às portas da quarta-feira, a postagem soa atrasada, mas os ótimos papos em que a obra de arte abaixo foi citada e enaltecida rolaram na última noite de sexta; assim, façamos justiça à noite e a essa ode à grandeza dos que seguem adiante sem olhar para trás, que não são estreitos de espírito, que deixam as mulherzinhas chorosas nos seus cantos se iludindo de que ainda há uma nesga de amor pulsando no fundo daquele coração canalha que a deixou, de que elas nunca (oh!) serão esquecidas. Ha ha ha! Baby, saiba que vem "o vento e te levou".

Saudações canalhas e cafajestes.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Marcha das Vadias, neste sábado

É cansativo e tedioso ter de explicar mais uma e mais uma e mais uma vez: não sou machista, não sou um porco sexista, não defendo, pelas vias tortas das mal traçadas linhas que empesteiam esta tranqueira, a submissão da mulher, não sou favorável a uma volta aos tempos em que os homens tinham poder de vida e morte sobre as mulheres e seus corpos, jamais!! Já deixei claro em vários textos aqui publicados que as mulheres, para este tipinho, são as criaturas máximas e mais maravilhosas do universo inteiro; mas sou contra, sempre serei, o comportamento e ações de uma parcela das mulheres contemporâneas, mesquinhas e ressentidas, que crêem e praticam uma vingancinha barata e histérica contra os homens, e querem subjugá-los. Isso jamais! Igualdade sempre, nenhum sexo deve se curvar ao outro, entenderam?
Bem, por acreditar pia e irrevogavelmente nesta igualdade e nos direitos das mulheres, faço esta postagem para comunicar: a Marcha das Vadias será neste sábado, no mundo todo. Em São Paulo, a concentração será a partir das 13 hs, na Praça do Ciclista, no final da Avenida Paulista, quase na esquina desta com a  Rua da Consolação. Mulheres que acreditam terem pleno direito sobre seu corpo e homens que respeitam as mulheres mas também exigem serem respeitados, compareçam. Mais informações no grupo do evento, no facebook:

          https://www.facebook.com/marchadasvadias


Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos -XXVII

" Todo bom escritor é um músico frustrado."

Observação muito vivaz feita por um parceiro de noitadas e cafajestadas - e a primeira contribuição dele para este blog. A frase surgiu durante uma conversa em um bar da Augusta, em que nos abastecíamos enquanto planejávamos as ações para a noite que começava e discutíamos música e literatura (canalhas não conversam apenas sobre mulheres, também podemos ser cultos.); comentei meus planos sempre adiados de estudar música e ele, que me considera um bom escritor (é o que sempre digo: tem gosto para tudo nesse mundo!), mandou essa.