Noites Cafajestes à venda

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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Postagem direta, precisa e irritada

Após quase dois dias ausente, alojado que estava na alcova de uma certa e deslumbrante dama, lá pelos lados da zona oeste (ah, uspianas, quantas alegrias vocês nos deram e nos dão!), estou de volta à masmorra em que me oculto da humanidade quando farto dela. Pois enquanto sacava o molho de chaves, parado diante o portão do prédio, a patética espécie humana me (re)lembrou um motivo mais que justo para desprezá-la. Antes, algumas explicações: o edifício em que me escondo é reduto, em boa parte de seus apartamentos, de uma 'galera', 'esperta', 'muderna', 'antenada', e que 'curte a vida', se me entendem. Bem, da janela da sala de um dos 'apês', espalhavam-se na noite sons típicos de uma festinha ou reunião dessa fauna ignara. Eis que meus ouvidos, infelizmente apurados apenas nas ocasiões em que seria preferível a surdez, captou a obra musical, a  mediocridade expressa em infelizes e pobres notas musicais: a 'galerinha' acompanhava um tipinho que ao violão entoava ' noite do prazer', 'crássico' dos ânus 80 do senhor claudio zoli (sinto engulhos ao digitar esse nome), uma  das mais pueris, idiotas, vazias e medíocres canções pop nacionais da década em questão. 
Caros leitores,  quando conheci essa belezura, lá nos 80, nos idos dos meus 14, 15 anos, já a julguei todos os predicados acima e outros mais:  a pior, mais burra, tosca e rala  celebração ao hedonismo, à noite e aos prazeres que provavelmente já foi perpetrada em nosso idioma pátrio. Alguns círculos que eu frequentava me execraram por detestar essa musiqueta; já outros me aceitaram pela mesma razão.
E lá vinham  aqueles versos rastaqueras me aporrinhar mais uma vez, em pleno 2015, eu já com mais de 40 anos...
Resmunguei algo contra meus estúpidos vizinhos, entrei apressado e pus um hardão setentista daqueles para tocar...

Saudações Canalhas Cafajestes

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Outro relato do caçador noturno

O caçador noturno mais uma vez acorre para o buraco que foi, é, e sempre será a mais importante casa noturna da vida noturna/boêmia/putanheira dele, de seus amigos e amigas, da geração a que pertencem (e outras), o templo noturno em que toda uma população que ainda pulula por São Paulo  professa seu culto, a saber, fazer do profano nosso sagrado.
Assim, mais uma vez lá foi ele, em busca de companhia, conversas, acabar-se na pista de dança subterrânea, o lugar mágico em que o tempo não só é suspenso, mas regride e todos nós, por breves momentos, voltamos a ter nossos gloriosos e inconsequentes vinte e alguns anos.
A noite transcorreu aqui e ali, durante seus espaços e instantes, e tudo mais que há entre estes; a madrugada seguia firme, já indicando que iria desaparecer em breve, que portanto a noite de aventuras e caçadas estava findando, quando o amigo-em-armas de tantas noites e patifarias,  que travava uma animada conversa com uma moça ainda mais animada, faz sinal para ele, o caçador noturno, juntar-se à conversa. Sua cada vez mais aguçada pelos anos intuição emitiu um sinal de que algo trágico ou cômico (ou talvez os dois predicados) viria dessa convocação; sim convocação, como verão.
O amigo-em-armas não se demorou: apresentou a moça ao caçador noturno (na verdade o contrário: continue lendo e entenderá) e logo informou que era grande amiga de uma certa dama com a qual ele, o amigo, já se atracou  umas tantas vezes, o que alarmou o escaldado sujeito que garatuja estas linhas: o amigo-em-armas, ao apenas trocar algumas carícias bucais com essa certa dama em questão por pouco não meteu-se numa encrenca imensa - e claro, nós dois consideramos imediatamente, pautados pela limitada lógica masculina, ainda por cima afetada pelas várias cervejas  que entornáramos, que o simples fato de ser amiga daquela encrenca fazia da moça outra encrenca em potencial.
Nada demorou para o amigo-em-armas expôr, numa pressa e ênfase que soaram estranhas e gratuitas, um dado sobre o caçador noturno, uma sua prática que ao mesmo tempo indigna as mulheres e muita da vez as deixa em fogo, algo que não é ilegal nem criminoso, mas moralmente reprovável, isso se o caro leitor acredita na inocência feminina... A moça recebeu a informação/relato, fez caras e bocas de espanto e indignação, desfiou um discurso de censura e ameaças, mas a cada palavra sorria mais e mais e mais se alisava no caçador noturno. 
Então, súbito e sem aviso, o amigo-em-armas se afastou, caminhando na direção do mictório masculino, ou assim parecia... 
Após o previsível e inevitável, que durou alguns minutos, e deve-se confessar, foi até mesmo agradável e divertido, o caçador noturno tratou de se desvencilhar da amiga-potencial-encrenca, antes que o contato tomasse um vulto maior. Foi fácil fazê-lo, pois a moça, nada inocente (esqueceu-se de censurar a prática imoral do canalha, até mesmo de que ele fizera essa prática alguma vez, com uma rapidez estonteante) entendeu os sinais e o contexto e também se afastou bem rápido, rápido demais, como se estivesse ansiosa por algo (ansiedade que será explicada mais abaixo).
Livre e solto, o caçador noturno juntou-se à minúscula fila para liquidação da conta da beberagem, minúscula dado que a imensa maioria dos presentes na noite em questão já havia debandado, pagou e pôs-se a procurar o companheiro-de-armas e canalhices, que surgiu, como se emanado das trevas da pista de dança, um sorriso sacana nos lábios.
Fim da noitada, cervejas nas mãos, a manhã irrompendo, defronte ao nosso templo maior trocamos perguntas e respostas e confirmamos o óbvio: sim, o amigo-em-armas  'despachou' a moça, pois para este canalha ela seria apenas mais uma qualquer apanhada na noite, da qual saberia se livrar devida e facilmente se o potencial encrencatício dela um mísero decigrama se manifestasse; e sim! ele, o amigo-em-armas não conseguiu fugir de fato da moça, teve de, digamos, deixar uma leve e ligeira marca na memória e lábios da moça.
Rimos muito ao sacarmos a patetice e canalhice da mais rasteira de toda a situação,  demos as mãos no aperto fraternal de despedida e seguimos cada um para seu esconderijo, felizes e plenos.    

Saudações canalhas e cafajestes

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XLVIII

"Deixa as cervejas rolarem e o desespero aumentar"

Do amigo, colaborador mor desta tranqueira e parceiro-de-armas de tantas canalhices, ao definir, com a concisão e precisão de sempre, quais os elementos noturnos que deve-se aguardar irromperem e dominarem as musas questionáveis que pululam pela noite, antes de partir para o ataque.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Saturday Night Feeling

Headbangers e o Heavy Metal mandam na noite de São Paulo!!



terça-feira, 31 de março de 2015

Nostalgias noturnas Ou: texto curto, fútil, inútil e pretensamente enigmático

Saudades do disco voador que pairava por subterrâneos infectos, alegres e empolgantes do Centro, a embalar, com sua luz e presença estáticas, noites de putaria, romance barato, intrigas baratas de pseudo-adultos, risadas, beijos recendendo a cigarro e álcool, e muito rock´n roll.
Hoje, o que resta, após uma noite a observar o que outrora foi nosso reino, é celebrar e lembrar.

Não peçam explicações e entendam como quiser!!
  

quinta-feira, 26 de março de 2015

Texto curto, fútil e inútil (e bastante incorreto politicamente,com orgulho!!)

Há poucos dias (Há poucas noites seria o mais correto), numa sexta, para ser mais exato, me encontrava em um bar qualquer, lá para os lados da zona sul, num ponto entre os bairros do Cursino e Ipiranga, esperando uma musa para lá de questionável sair de uma  uniesquina  da vida, em que ela finge estudar para garantir, ao fim de longos e duros dois anos e meio de estudo (sim, é ironia pura) um diploma que lhe garantirá uma promoçãozinha na multinacional escrota em que labuta. Tínhamos uma noitada, que certamente culminaria com intercurso sexual, marcada, e lá estava eu, esperando-a, no balcão do bar, engolindo a péssima cerveja do boteco (o que nós homens não fazemos por uma trepada certa!), cercado de tipos obtusos em todos os aspectos humanos possíveis. Para me distrair durante a espera, dirigia minha atenção auditiva a esses tipinhos que me cercavam. Logo, destacou-se o diálogo travado por duas sujeitas barangosas, vestidas com aquele primor típico de funcionárias típicas de escritórios claustrofóbicos do Centro e arredores da Avenida Paulista; não pude ignorar as falas das infelizes, pois desandavam a criticar algum desafortunado qualquer que se envolvera com uma delas, dera no pé e passou a ser desancado pela despeitada, devidamente consolada pela amiga. O que mais me chamou a atenção foram os arquimilenares clichês: ' esse cara não te merece', ' esses moleques são uns babacas, não querem saber de compromisso', etc, etc , etc que elas não cansavam de entoar, como papagaios bêbados. Senti um tal misto de divertimento com irritação que as encarei por um instante, o que bastou para uma delas responder  minha atenção com um olhar lânguido que ignorei com a maior frieza, pois já estava a elaborar a idéia que é o centro desta postagem besta, para variar, aliás. Bem, a ela:
Finalmente me dei conta, de modo consciente e acabado, em palavras claras e definidas, que a maiorias das mulheres que vocifera contra os homens 'galinhas', 'imaturos' e termos rancorosos assemelhados em bares, metrô, nas ruas, ou seja, em lugares públicos ou próximos a isso, na maioria das vezes são umas barangas já passadas dos 25, com sinais claros na expressão facial do desespero de candidata a megera que ainda não encontrou seu "príncipe" (leia-se otário para explorar e mandar), que constituem um tipo marcado e fácil de identificar de mulherzinha.
Confere, produção?

Saudações canalhas e cafajestes

sexta-feira, 20 de março de 2015

Descobertas feitas em mesas de bar e registradas em guardanapos - XLVII

"Todo relacionamento foi feito para acabar. "

Argumento utilizado por um mero conhecido meu, para explicar e defender porque acredita piamente que uma beldade de cabelos flamejantes, conhecida de nós dois, ainda poderá se jogar nos braços dele, apesar de ela ter um relacionamento fixo  e estar bastante apaixonada. Claro, o rapazola também ignorou o fato de que ele é desprovido de todo e qualquer encanto (principalmente o mais importante, a saber: $) que encanta o mulherio, mas pouco depois de ele disparar o pensamento, concluí, do alto de mais de quatro décadas de vida e mais de vinte e cinco anos de idas e vindas amorosas, que o sujeito foi simples e perspicaz.