Há pouco dias pela primeira vez conversei longamente com uma garota que já conheço há tempos, mas da qual pouco sabia, até então. Ela tem metade de minha idade mas sabedoria e maturidade inusitadas para seus 17 anos. Contou sua história com os pais: nunca viveram juntos, foi criada pela mãe, mas o pai era um cara presente, atencioso etc e tal. A coisa desandou, adivinhem, quando ele, o pai, casou-se com outra mulher e foi viver no interior. A madrasta nunca a tratou bem, competia com ela, chamava-a de nomes impublicáveis. E claro, tentou ter uma filha mulher seguidas vezes, para que a pura e imaculada menininha que surgisse desse amor puro e celestial tomasse o lugar que a suja e vilã que é minha amiga ocupa no coração do cara, sem merecer, é claro.
E por que relato isso? Porque o penúltimo conto do Noites Cafajestes, "Como Suzana Retornou à vida de João Eduardo", trata exatamente disso: de como a esmagadora maioria das mulheres não aceita que seus namorados, ficantes, maridos (nesse caso, sempre a coisa fode bonito: se o cara tem filhos de uma relação anterior, esses e sua mãe serão agentes da danação e do mal por cinco eternidades afora) tenham uma vida amorosa e/ou sexual anterior. Daí o título dessa postagem: as mulheres querem algo impossível, um cara que saiba provocar-lhes orgasmos múltiplos sem-fim, duro na queda, que saiba lidar com esse mundo cão e garantir o dela e de sua prole sem ser passado para trás. Mas que não tenha tido muitas mulheres antes, muito menos filhos.
Por fim, um convite às mulheres que leram o texto até aqui e ainda não estão me execrando: escrevam nos comentários, sua opinião sincera sobre o tema. Por que é tão difícil, para quase todo o mulherio, aceitar que seu homem tem passado?
às corajosas e sinceras, agradecimentos.
Alex B
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