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domingo, 27 de setembro de 2009

Reflexão feminina

Como prometido, a inteligente reflexão de uma amiga sobre os bailinhos de adolescência.

Primeiro, nostalgia travestida de explicação:

sou de uma geração que experimentou, a despeito de então (e sempre e até hoje) pensarmos e querermos sexo e mais sexo,  tanto quanto qualquer pessoa normal, uma relação menos banal, predatória e apressada com a coisa, com o ato e seus mágicos significados e epifanias. Sou de uma geração que, antes de ter idade, meios e capacidade de cair na noite, nos verdadeiros inferninhos, "noitadas" ( alguém ainda usa esse termo, ao invés do insuportável "balada"?) e putarias, se esbaldava, dentro de nossas limitações e ingenuidades, nos bailinhos de sábado à noite feitos nas garagens das casas dos amigos e das nossas, eventos em que erámos os djs, dançarinos, garçons, organizadores, porteiros... Uma instituição da periferia e dos bairros de classe média baixa de São Paulo, que não sei se ainda existem ou se existem, se na forma que experimentei.

Bem, minha grande amiga citada no último post, na mesma ocasião disse que, na época em que viveu esses bailinhos, ela e amigas sentiam-se como frutas em exposição numa barraca de feira, pois os meninos passavam e as avaliavam, para escolher uma e dançarem agarrados uma "música lenta" (esse é um termo realmente abissal de tão antigo!).Quando contei que eu e amigos sempre, durante essas famigeradas danças, tentavámos fazer nossas mãos nada bobas deslizarem e apalparem o corpo da parceira de dança, ela saiu-se com essa:
" Tá vendo, nós eramos frutas na feira mesmo, de se apalpar para ver a qualidade e tudo!"
Depois dessa observação, o que mais fazer além de rir, concordar e mudar de assunto?

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