Quando a Thais me procurou, propondo que eu publicasse no Vadio Amor, a idéia evoluiu de imediato para uma parceria: uma postagem aqui, outra acolá. Assim, tenho a honra de apresentar a primeira colaboração de minha amiga para o Noites Cafajestes. Com a sabedoria, beleza e precisão nas palavras que só as mulheres possuem (ah, como precisamos desses seres maravilhosos para mostrar coisas que nós homens somente desconfiamos, não conseguir definir sozinhos!), ela expõe aspectos de nós canalhas e cafajestes muito importantes.
Chega de enrolação, leiam o texto abaixo e deleitem-se!
Desabafo
de uma cafajeste
Que tarefa difícil essa de escrever pro
Noites Cafajestes! Apesar de ter meu lado cafajeste incurável ainda acredito no
amor, mesmo sabendo que ele é um vadio.
A parte boa é que o povo já tá acostumado
a ler bastante por aqui então posso abusar do número de palavras. :)
Gosto de manter datas e personagens
ocultos em minhas postagens, então andei pensando muito no que ia escrever que
combinasse com o Noites. Aí vem a vida e joga um post na nossa cara. Hahaha.
Fui casada por 6 anos e me separei. Já
estou na vida bandida há pouco mais de um ano e digamos que não tenho me
comportado lá muito bem… Segundo alguns amigos meus, estou no período de luto.
Sabe, né? Aquele em que a gente sente que tá tendo um infarto sempre que ouve a
palavra "relacionamento".
Na verdade já estou saindo dessa fase. Já
estou até aceitando a idéia de iniciar um relac… isso aí outra vez e já até me
apaixonei (pelo cara errado, mas me apaixonei. hahaha).
Mas não acho que tô em fase de luto
nenhuma. A verdade é que o gene cafa também se desenvolveu em mim e quem sou eu
pra lutar contra a Natureza? ;)
Agora… consigo entender quando os amigos
das pessoas cujos corações eu partia queriam me matar com requintes de
crueldade há tempos atrás, já que naquele tempo eu agia como qualquer cafajeste
age, iludindo, conquistando, prometendo, se aproveitando e dispensando.
Mas agora não! Agora sou de uma nova
safra de cafajestes. Assim como meu bom amigo Alex, não iludo mais. Tenho minhas
fontes de "diversão fácil" sempre à mão e sempre garantindo, logo no
início da conversa, as intenções de ambas as partes. E estas são sempre ponta
firme, me dando problemas pouquíssimas vezes.
Mas quando chega na hora de se relacionar
de verdade… aí a coisa fica feia!
To chegando à conclusão de que nós,
pobres cafajestes, não podemos nos relacionar com pessoas comuns. Temos um
ritmo diferente, que ninguém parece entender. Somos animais selvagens, agimos
por instinto puro, quase não é possível nos domesticar então qualquer
aproximação deve ser conduzida com paciência e cautela.
Nos forçar a encontros que nos tiram de
nossas rotinas não funciona. Nos obrigar a falar de sentimentos não funciona.
Nos pressionar para cuidarmos da saúde ou deixarmos de fazer algo que nos faz
mal não funciona, na verdade, só piora! E muito! A gente sabe o que é bom ou
não pra gente e agimos como queremos porque é assim que é importante pra gente.
Só pra citar um exemplo bobo, tive que
esclarecer para dois rapazes que não os estava encontrando por falta de tempo e
não de vontade. Digo: "Cara, tem x semanas que não vejo nem meus pais. Nem
as pessoas que moram comigo eu não vejo todo dia!" e é a verdade! E em vez
de ter o tempo que preciso pra organizar minha vida recebo um "tá, então
amanhã dá pra gente se ver, né?". Esse é o tipo de coisa que me dá
preguiça imediatamente.
É… parece que não tem muito jeito mesmo.
Ou a gente publica um livro tipo "Como cuidar do seu cafajeste" ou
continuaremos nos relacionando só entre nós mesmos. Hahaha.
Por hora, sigo feliz e contente, com o
projeto Namorado Novo completamente suspenso por falta de paciência e me
divertindo na noite Paulistana, no meu ritmo e do jeito que eu gosto e me sinto
à vontade. ;)
Esse post foi mais um desabafo do que um
"causo". hahaha. Acho que tô na esperança de ler palavras de apoio
dos companheiros cafas. Mas já me contento em escrever.
Beijos calhordas pra vocês! E meu super
obrigada ao Alex pelo espaçinho por aqui. ;) Sssssssmack
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